1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NaPaCo/NPa Piratini - P 10

Classe Cape/Piratini

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 27 de maio de 1968
Lançamento: 26 de fevereiro de 1970
Incorporação: 30 de novembro de 1970

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 105 ton (carregado).
Dimensões: 28.95 m de comprimento, 6.10 m de boca e 1.90 m de calado.
Propulsão: 4 motores diesel Cummins VT-12M com uma potência combinada de 1.100 bhp, acoplados a 2 eixos com hélices de passo fixo.

Eletricidade: 1 gerador de 40 Kw.

Velocidade: máxima de 19 nós, de cruzeiro de 15 nós e econômica de 12 nós.

Raio de ação: 1.000 milhas náuticas à 15 nós, ou 1.700 milhas à 12 nós (18 dias).
Armamento: 3 metralhadoras .50 pol. (12.7 mm), em um reparo singelo e um geminado; um morteiro de 81 mm acoplado ao reparo de .50 da proa.
Sensores: 1 radar de navegação Decca RM 1070A.

Código Internacional de Chamada: PWPI

Tripulação: 16 homens, sendo 2 oficiais e 14 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Patrulha Costeiro Piratini - P 10, ex-PGM 109, é o segundo navio a ostentar esse nome(1) na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio e a cidade homônimos do Rio Grande do Sul. Foi construído no AMRJ - Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na Ilha das Cobras, seguindo o projeto da classe Cape, da Guarda Costeira dos EUA. Foi financiado por fundos do FMS - Foreign Military Sales. Teve sua quilha batida em 27 de maio de 1968, foi lançado ao mar em 26 de fevereiro de 1970. Sua prontificação foi concluída em 27 de novembro, sendo submetido a Mostra de Armamento e incorporado em 30 de novembro de 1970, pelo Aviso n.º 1133/70.

 

1974

 

Foi criado o Grupamento Naval do Norte, desmembrado da Flotilha do Amazonas, pelo Aviso n.º 0373/74 de ??/??/1974, sendo formado então pelas Cv Angostura – V 20, Iguatemi – V 16, Mearim – V 22 e Solimões V 24, e, os NPa Pampeiro – P 12, Parati – P 13 e Piratini – P 10.

 

1981

 

No inicio do ano, realizou viagem ao exterior integrando um GT com a Cv Iguatemi - V 16, visitando a cidade de Port-of-Spain (Trinidad e Tabago).

 

1985

 

O morteiro de 81 mm, e a metralhadora de .50 de proa foram substituídos por um reparo singelo de metralhadora Oerlikon MK 10 de 20 mm.

 

1993

 

Em 3 de agosto, pela Portaria Ministerial n.º 0489, foi reclassificado de Navio Patrulha Costeiro - NaPaCo, para Navio Patrulha - NPa Piratini.

 

Enquanto estava subordinado ao Grupamento Naval do Norte e ao 4º Distrito Naval, tinha como área de atuação o litoral dos Estados do Pará, Maranhão, Amapá e também os rios da Amazônia. Realizava nessa região missões de Patrulha Costeira, Patrulha Fluvial e Patrulha de Pesca, a partir de Belém-PA.

 

1994

 

No período de 25 de agosto a 02 de setembro, participou da Operação RIBEIREX-II/94, que foi realizada na área de Santo Antonio do Iça, no Rio Solimões, distante 682 milhas de Manaus. A Força-Tarefa ribeirinha foi integrada pelos NPaFlu Pedro Teixeira – P 20, Roraima – P 30 e Rondônia – P 31, NTrT Ary Parreiras – G 21, Cv Angostura – V 20 e Solimões – V 24 e o NAsH Carlos Chagas – U 19, 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3) e contingentes da Força de Fuzileiros da Esquadra e dos Grupamentos de Fuzileiros Navais de Belém e Manaus. Na operação foram realizados exercícios de reconhecimento e esclarecimento, patrulha fluvial, controle de hidrovias, ação de presença e assistências às populações ribeirinhas.

 

Entre os dias 16 e 30 de outubro, realizou Patrulha Costeira (PATCOS), no litoral do Amapá, para coibir a presença de pesqueiros estrangeiros em águas territoriais brasileiras. Nessa comissão, contou com a constante colaboração do helicóptero Esquilo UH-12 N-7080 do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3), de Manaus-AM. Essa foi a quarta missão desse tipo, realizada no litoral daquele estado e que contou com a colaboração de aeronaves do HU-3.

 

1996

 

Em agosto, participou da Operação RIBEIREX-AMAZONAS-II/96, nas proximidades da cidade de Coari, às margens do rio Solimões, distante cerca de 230 milhas de Manaus. A Força-Tarefa ribeirinha era formada pelo NTrT Custodio de Mello, NPaFlu Raposo Tavares e Rondônia, Cv Mearim e Angostura, NAsH Carlos Chagas e os NPa Pampeiro, Piratini e Penedo, três aeronaves UH-12 Esquilo do Esquadrão HU-3, assim como tropa da Força de Fuzileiros da Esquadra, Grupamentos de Fuzileiros Navais de Manaus e Belém.

 

1997

 

Em janeiro, participou da Operação ADERIB-I/97, realizada na região de Manacapuru-AM, integrando uma Força-Tarefa Ribeirinha formada pelas Cv Solimões - V 24 e Mearim - V 22, NPaFlu Roraima - P 30, Rondônia - P 31 e Amapá - P 32, NPa Parati - P 13 e Piratini - P 10 e o NAsH Carlos Chagas - U 19, além de destacamento do Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus e Belém.

 

Entre 28 de abril e 4 de maio, participou da Operação RIBEIREX AM-I/97, que se realizou a cerca de 360 milhas de Manaus, nas proximidades da cidade de Alavarães-AM, situada à margem direita do rio Solimões. A FT ribeirinha era composta também pelo NDD Rio de Janeiro – G 31, NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, Raposo Tavares - P 21, Rondônia – P 31 e Amapá - P 32, Cv Solimões - V 24, NPa Parati – P 13 e Penedo – P 14, além de helicópteros do HU-3 (UH-12 Esquilo) e do HU-2 (UH-14 Super Puma), EDCGs do GED, CLAnfs AAV-7A1 e elementos do 2º BthInfFN (Batalhão Humaitá) e dos GptFN de Belém e Manaus.

 

1998

 

Entre 2 e 20 de janeiro, acompanhado da Cv Mearim - V 22 e do NPa Penedo - P 14, participou de uma operação em apoio ao Programa Amazônia Solidária. Partindo de Manaus, os navios transportaram 95 toneladas de mantimentos para a distribuição à população carente das cidades de Santarém, Jacareacanga, Belterra, Aveiro, Monte alegre, Jarilândia, Vitória do Jarí, Munguba, Laranjal do Jarí, Macapá e Mazagão.

 

Entre 26 de fevereiro e 9 de março, integrando um Grupo-Tarefa ribeirinho, sob o comando do Comandante do Grupamento Naval do Norte, participou da Operação ADERIB-I/98, realizada na confluência dos rios Amazonas e Tapajós. O GT ribeirinho foi formado pela Cv Angostura (capitânia), NPa Piratini, Pampeiro e Penedo e pelos NPaFlu Pedro Teixeira e Raposo Tavares, com o apoio de um helicóptero UH-12 do Esquadrão HU-3; já o Grupo de assalto Ribeirinho foi formado ao redor de uma Companhia do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém. O inimigo figurativo, ou força de oposição (OPFOR), foi representado pelos NPaFlu Rondônia e Roraima, um helicóptero do HU-3 e um pelotão do Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus. Ao final do exercício, foi realizada ACISO na localidade de Arapixuna, nas margens do rio amazonas, próximo à cidade de Santarém.

 

Entre 2 de junho e 1º de julho, participou da Operação CARIBE 98, integrando um Grupo-Tarefa sob o Comando do Comandante do Grupamento Naval do Norte, também composto pelas Cv Mearim - V 22 e Solimões - V 24, e pelos NPa Pampeiro - P 12 e Graúna - P 42. A Operação, foi realizada na área marítima entre Belém e La Guaira. Foram visitados os portos de Caiena (Guiana Francesa), La Guaira e Puerto La Cruz (Venezuela) e Georgetown (Guiana).

 

1999

 

Entre setembro e março de 2000, realizou a Operação LADÁRIO III, que se constituiu na transferência de subordinação, do Piratini e do Penedo - P 14 do 4º Distrito Naval em Belém-PA, para o 6º Distrito Naval em Ladário-MS. Na viagem de transferência foram feitas escalas em: Belém-PA, Itaquí-MA, Fortaleza-CE, Natal-RN, Salvador-BA, Vitória-ES, Rio de Janeiro-RJ, Itajaí-SC, Rio Grande-RS, Montevideo (Uruguai), Rosário (Argentina), Corrientes (Argentina), Assuncion (Paraguai), Porto Murtinho-MS e Ladário-MS.

 

Permanece subordinado ao 6º DN, operando na Flotilha do Mato Grosso, a partir de Ladário-MS, realizando operações de patrulha fluvial, socorro e salvamento e ACISO - Ação Cívico-Social.

 

2000

 

Em 30 de novembro, completou 30 anos de serviço ativo na Armada.

 

2006

 

Em 15 de maio, integrando um Grupo-Tarefa com o M Parnaiba - U 17 e o AvTraFlu Piraim - U 29, sob o comando do Comandante do Flotilha do Mato Grosso, CMG Marcos Thadeu Nazareth Ramos, esteve em Assunção, onde participou das comemorações do 195º Aniversario da Independência do Paraguai.

 

2007

 

Em 11 de junho, data alusiva ao 142º Aniversario da Batalha Naval do Riachuelo, realizou ação de presença em Corumbá-MS, junto com o NTrFlu Paraguassu.

 

Em 13 de dezembro, estava no Porto Geral em Corumbá, junto com o NTrFlu Paraguassu - G 15 e o NPa Poti - P 15, onde participaram das comemorações do Dia do Marinheiro.

 

2009

 

O Piratini em 30 de outubro de 2009 com a tripulação em postos de fundeio / atracação. Notar no lado de bombordo da superestrutura as “quatro âncoras” alusivas à quebra dos 1.000 dias de mar. (foto: CCSM)

 

2011

 

Participou da Operação AGATA 3, realizada entre os dias 22 de novembro e 7 de dezembro, em conjunto com forças do Exército e da Força Aérea sob o coordenação do MD, realizada nas fronteiras Norte e Centro-Oeste envolvendo quase 7.000 homens, sendo 1400 da Marinha. O propósito principal da Operação foi reduzir as ações do crime organizado na faixa de fronteira e a Marinha atuou na realização de Patrulhas e Inspeções Navais e no controle das calhas fluviais, com o apoio de outros órgãos federais e estaduais. Foram abordadas 1329 embarcações, sendo apreendidas 7 e notificadas 28. Cerca de 24280 quilômetros de hidrovias foram navegadas pelos meios navais empregados. Foram empregados o M Parnaíba, o NTrFlu Paraguassu, os NPa Penedo, Piratini, Poti e Pirajá, o AvTrFlu Piraim, o NApLogFlu Potengi, a EApFlu Leverger, os NAsH Tenente Maximiano e Doutor Montenegro, o NPaFlu Amapá, Lanchas de Apoio ao Ensino, Lanchas Patrulhas e botes, além de helicópteros e tropas de fuzileiros navais.

 

2012

 

Entre os dias 3 e 31 de maio participou das Operações PLATINA 2012 e NINFA XXIV, integrando um Grupo-Tarefa, formado também pelo M Parnaíba – U 17, NTrFlu Paraguassu – G 15 e o AvTrFlu Piraim – U 29, que suspendeu de Ladário com destino a Assunção no Paraguai, para representar a Marinha nas comemorações do 201 Aniversario da Independência da República do Paraguai.

 

No regresso da Operação PLATINA, com a atracação em Porto Murtinho-MS, houve  incorporação do NApLogFlu Potengi – G 17, do NAsH Tenente Maximiano – U 28, dos NPa Poti – P 15 e Penedo – P 14 e da LB Lufada, além dos NPa Itaipu – P 05 e Capitán Cabral – P 01 da Armada Paraguaia, dando inicio a Operação Conjunta NINFA XXVI realizada no Rio Paraguai, que contou também com a participação de fuzileiros navais do Grupamento de Ladário e da Força de Fuzileiros da Esquadra. Foram realizados exercícios de controle de tráfego fluvial, assalto ribeirinho, proteção ao avanço de uma Força- Tarefa Ribeirinha, defesa de base de combate ribeirinha e comunicações visuais.

 

Entre 6 e 20 de agosto participou da Operação AGATA 5 integrando a FT ribeirinha sob o comando do CMG Daniel Silvino Costa Nogueira, Comandante da Flotilha do Mato Grosso junto com o M Parnaíba – U 17, o NPa Penedo – P 14, o AvTrFlu Piraím – U 29, a EApFlu Leverger – U 20 e o NAsH Tenente Maximiano – U 28.

 

Entre 9 e 22 de outubro participou da Operação AGATA 6 do Ministério da Defesa, integrando a Força Naval Componente formado pelo M Parnaíba – U 17, o NTrFlu Paraguassu – G 15, NApLogFlu Potengi – G 17, AvTrFlu Piraim – U 29, NAsH Tenente Maximiano – U 28, NPa Penedo – P 14, NPa Poti – P 15 e NPa Piratini – P 10, uma  aeronave do Esquadrão HU-4, embarcações da Capitania Fluvial do Pantanal e do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, e homens do Grupamento de Fuzileiros Navais.

 

Além da Marinha participaram da Operação o Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, em parceria com a Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Receita Federal entre outros órgãos que atuaram na fronteira entre Bolívia, Colômbia e Peru. A área da operação abrangeu os Estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

2013

 

Entre os dias 25 de fevereiro e 15 de março participou da Operação CÁCERES-2013, realizada no trecho entre Ladário-MS e Cáceres-MT, na calha do rio Paraguai. Participaram da operação o NTrFlu Paraguassu - G 15, M Parnaíba - U 17, NApLogFlu Potengi - G 17, NAsH Tenente Maximiano - U 28, os NPa Piratini - P 10, Pirajá - P 11 e Poti - P 15 e a EApFlu Leverger - U 20, além de uma companhia de Fuzileiros Navais do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa), uma aeronave do 4° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4), elementos da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira do Exército Brasileiro e aeronaves da Força Aérea Brasileira.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Piratini, em frente a Base Naval de Ladário. (foto: SRPM) O Piratini, navegando junto com o Paratí. (foto: SRPM) O Piratini, navegando em águas fluviais, tendo em destaque o reparo do canhão Oerlikon Mk 10 de 20 mm de proa. (foto: SDM) O Piratini, iniciou sua vida operacional patrulhando as aguas do norte e nordeste do Brasil, em patrulhas contra a pesca ilegal de camarão e lagosta realizada por barcos estrangeiros. (foto: SRPM) O Piratini, desatracando do NT Potengi. (foto: SRPM) Foto: NPa Piratini Foto: NPa Piratini

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Pedro Heleno de Almeida Duarte __/__/1987 a __/__/1988
CT Paulo José Rodrigues de Carvalho __/__/198_ a __/__/198_
CT Mercello Silveira de Andrade Carlos 17/02/2009 a __/02/2010
CT Caetano Quinaia Silveira __/02/2010 a 10/02/2011
CT Erico Cavalcanti da Silva 10/02/2011 a __/02/201_
CT __/__/2012 a __/__/201_
CT Leonardo Quagliane Ribeiro __/__/2013 a __/02/2012
CT Rafael Santana da Rocha __/02/2014 a __/__/201_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.210.

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 454, abr. 1981; n.º 530, out. 1987; n.º 627, dez. 1994; n.º 654, jan. 1997; n.º 658, abr. 1997; n.º 661, jul. 1997; n.º 673, abr. 1998; n.º 674, mai. 1998; n.º 677, ago. 1998; n.º 704, dez. 2000.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 770, jun. 2006.

 

- CCSM - Centro de Comunicação Social da Marinha.


(1) Piratini nome que em tupi significa "peixe seco".