1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Cruzador

República

Classe ?

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1892
Incorporação: ?
Baixa: 1920

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.231 ton.
Dimensões: 68.58 m de comprimento, 64.05 m de comprimento entre pp., 10.67 m de boca, 5.19 m de pontal e 4.57 m de calado.

Blindagem: aço; 2 1/2 pol. no convés.
Propulsão: mista; vela armado em Barca e vapor, com caldeiras cilíndricas e maquinas gerando 3.800 hp.

Combustível: 170 tons. de carvão.

Velocidade: 16 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 6 canhões Armstrong de 4.7 pol (120 mm), 4 canhões Nordenfelt de 57 mm, 6 metralhadoras e 4 tubos lança torpedos de 18 pol. (440 mm).

Tripulação: 132 homens.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador República, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem a Proclamação da República em 1889. Foi construído pelo estaleiro Armstrong, em Newcastle-on-Tyne, Elswick (Reino Unido) em 1892. Era classificado como Cruzador de 2ª classe.

 

1893

 

Entre 17 e 24 de abril, foi realizada a primeira edição da Revista Naval de Hampton Roads, em Norfolk (Virginia - EUA). Na noite de 23 de abril, chegou a Norfolk integrando uma Divisão Naval com o E Aquidabã e o C Tiradentes, para participar da Revista Naval. Na manhã de 24 de abril, o Contra-Almirante (USN) Bancroft Gherardi, comandou a Parada e o contingente norte-americano, tendo o seu pavilhão no Cruzador USS Philadelphia. Participaram pela Marinha dos EUA, o primeiro Esquadrão com os Cruzadores USS Newark (capitânia do CA Benham), USS Atlanta, USS San Francisco, USS Baltimore e as Canhoneiras USS Bancroft e USS Bennington e o segundo Esquadrão com os Cruzadores USS Chicago (capitânia do CA Walker), USS Charleston, USS Vesuvius, a Canhoneira USS Concord e o Torpedeiro USS Cushing. Participaram também pela Marinha Real inglesa, os Cruzadores HMS Blake (capitânia do VA Hopkins), HMS Austrália, HMS Magicienne, o Cruzador-Torpedeiro HMS Tartar e a Canhoneira HMS Partridge; pela Marinha francesa, os Cruzadores Arethuse (capitânia do CA Libran) e Jean Bart, e o Brigue Hussard; pela Marinha italiana, os Cruzadores Etna (capitânia do CA Magnaghi), Giovanni Bausan e Dogali; pela Marinha alemã os Cruzadores Kaiserin Augusta e Seeadler; pela Marinha russa os Cruzadores General Admiral e Rynda; pela espanhola os Cruzadores Riena Regente, Infanta Isabel e o Torpedeiro Nueva España e pela Marinha holandesa o Cruzador Van Speyk.

 

Em 14 de junho, durante a Revolta da Armada, comandado pelo Capitão-de-Fragata Álvaro Belfor, aprisionou o navio revoltado Júpiter, na costa de Santa Catarina.

 

Em setembro, aderiu a Revolta da Armada, tomando parte saliente em varias ações, entre elas o bombardeio a Fortaleza de Santa Cruz em Desterro (hoje Florianópolis).

 

Em 17 de setembro, sob o comando do Capitão-Tenente Cândido dos Santos Lara e arvorando a insígnia do Capitão-de-Mar-e-Guerra Frederico de Lorena, mais tarde barbaramente trucidado em Santa Catarina pelos "legalistas" de Moreira César, forçou a Barra do Rio de Janeiro.

 

Em 29 de setembro, colaborou na retomada de Desterro.

 

O Cruzador Quinze de Novembro fundeado na Baía da Guanabara em 1894. (foto: Marc Ferrez)

 

1894

 

Meteu a pique a Canhoneira Cananéia.

 

Teve seu nome mudado para Quinze de Novembro.

 

Ilustraçao do Cruzador Quinze de Novembro (República), na época da Revolta da Armada. (ilustração: Jane's 1898, via Pedro Caminha)

 

1895

 

Retornou a tomar o nome República.

 

1896

 

Integrou uma Divisão Naval comandada pelo CA Júlio de Noronha, composta também pelo Encouraçado Aquidabã, e pelo Cruzadores Tiradentes, representando o Brasil na Revista Naval passada pelo Presidente Glover Cleveland, por ocasião da Exposição Internacional de Chicago.

 

1901-02

 

Foi remodelado nas oficinas da Casa Laje, na Ilha do Viana, quando sua mastreação foi modificada.

 

1908

 

Foi remodelado pelo estaleiro da Ilha do Vianna.

 

1910

 

Esteve incorporado a Flotilha do Amazonas.

 

1913

 

Entre 17 de fevereiro e 1º de abril, foi docado no Dique Guanabara do AMRJ na Ilha das Cobras, para a raspagem e pintura do fundo.

 

Estava sediado no Rio de Janeiro, não desempenhou comissão alguma, pois encontrava-se em reparos.

 

1914

 

Terminou o ano em concertos.

 

1915

 

Em setembro, foi reincorporado pelo Aviso n.º 3381 a Flotilha do Amazonas.

 

1920

 

Foi submetido a Mostra de Desarmamento(1).

 

1922

 

Em abril, prestou apoio ao vôo de travessia do Atlântico dos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em estação perto dos Penedos de São Pedro e São Paulo.

 

A ultima oficialidade do Cruzador República foi a seguinte:

 

     - CF ? – Comandante

     - CC ? - Imediato

     - CT Engº Maquinista ? - Chefe de Máquinas

     - CT ? - Enc. de Artilharia

     - CT (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal

     - 1º Ten. (MD) ? - Medico

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? - 2º Maquinista

     - 1º Ten. ? - Enc. de Torpedos

     - 1º Ten. ? - Enc. do Destacamento

     - 1º Ten. ? - Enc. de Navegação

     - 1º Ten. ? - Enc. de Casco

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? – Enc. de Eletricidade

     - 1º Ten. ? – Enc. de Sinais

 

O Cruzador República, fundeado e aparentemente depois de desarmado. (foto: JFS, via P. Caminha)

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Cruzador República, fundeado, provavelmente na Baia da Guanabara. (foto: ?, via Alte. Luiz Alberto da Costa Fernandes) O Cruzador República, fundeado, na Baia da Guanabara, próximo a Ilha Fiscal. (foto: Marc Ferrez) O Cruzador República, na forma que ficou depois de remodelado, amarrado a uma bóia na Baia da Guanabara. (foto: Marc Ferrez) O Cruzador República, na forma que ficou depois de remodelado. (foto: Marc Ferrez) O Cruzador República, fundeado, na Baia da Guanabara, próximo a Ilha Fiscal. (foto: Marc Ferrez, via Rogério Cordeiro)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Álvaro Belfor __/__/1893 a __/__/1893
CT Cândido dos Santos Lara __/__/1893 a __/__/188_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.217 e 221.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME

 

- Corveta Júlio de Noronha - V 32 - www.v32.mar.mil.br

 

- BISAFO - Boletim Informativo Segurança de Aviação em Foco - DAerM/SIPAAerM, n.06, jan/fev/mar de 1979.

 

- Hampton Roads Naval Museum

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.

 

- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915.


(1) No livro A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910, consta que deu baixa em 1921.