1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Cruzador-Torpedeiro

Tamoyo

Classe Tupy

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: novembro de 1895(2)
Incorporação: novembro de 1896
Baixa: 1916

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.075 ton.(leve).
Dimensões: 86.04 m de comprimento total,
76.19 m de comprimento entre pp., 8.40 m de boca, 5.58 m de pontal e 3.80 m de calado.

Blindagem: ?
Propulsão: duas maquinas alternativas de tríplice expansão, gerando 7.500 hp, acoplados a dois eixos.

Combustível: 295 tons. de carvão.

Velocidade: 21 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 2 canhões Armstrong de 100 mm, 6 canhões Nordenfelt de 57 mm, 2 canhões Maxim de 37 mm, 2 metralhadoras Maxim de 25 mm e 3 tubos lança torpedos.

Tripulação: 155 homens.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador Torpedeiro Tamoyo, foi o primeiro navio a ostentar esse nome(1) na Marinha do Brasil em homenagem ao guerreiro Tamoio, da tribo ameríndia que, no século XVI, dominava a costa brasileira entre Cabo Frio e Ubatuba, e que deixa em continuo alarme os povoados portugueses no litoral. Foi construído pelo estaleiro Germânia, Sttetin, em Kiel, na Alemanha, junto com o Tupy e Tymbira, unidades semelhantes. Foi lançado ao mar em novembro de 1895 e foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado em novembro de 1896, sendo a última unidade da classe a ser entregue. Naquela ocasião, assumiu o comando Capitão-Tenente Antônio Coutinho Gomes Pereira.

 

Aspecto da cerimonia de lançamento do Cruzador-Torpedeiro Tamoyo, em Kiel, Alemanha. (foto: SRPM) Lançamento ao mar do Cruzador-Torpedeiro Tamoyo, em Kiel, Alemanha. (foto: SRPM)

 

1900

 

Fez parte da Divisão Naval que conduziu o Presidente Dr. Campos Salles, em visita à Buenos Aires, na Republica da Argentina.

 

1901

 

Em 2 de janeiro foi extinta a Divisão de Instrução e Criada a 1ª Divisão de Evoluções tendo como comandante o Contra-Almirante Carlos Frederico de Noronha e composta pelo Encouraçado Riachuelo, pelo Cruzador Barroso e Cruzadores-Torpedeiros Tupy e Tamoyo.

 

1907

 

Tomou parte na famosa Revista Naval Internacional de Hampton Roads, nos Estados Unidos, acompanhando o Encouraçado de Esquadra Riachuelo e o Cruzador Barroso, em um Grupo-Tarefa sob o comando do Almirante Duarte Huet de Bacelar Pinto Guedes.

 

O Cruzador-Torpedeiro Tamoyo, na Revista Naval de Hampton Roads, nos Estados Unidos em 1907. (foto: SDM)

 

1913

 

Estava sediado no Rio de Janeiro e precisava de concertos.

 

Em 21 de janeiro, partiu junto com o Cruzador Rio Grande do Sul e o Cruzador-Torpedeiro Tupy, para Jacuacanga, onde já se encontrava o Cruzador Tiradentes, para participar das homenagens à transladação dos despojos das vitimas do Aquidabã, regressando no mesmo dia.

 

Entre 5 e 15 de abril, foi docado no Dique Guanabara na Ilha das Cobras para pequenos reparos no casco além de raspagem e pintura do fundo.

 

Em 19 de maio, zarpou do Rio de Janeiro em Divisão com o Cruzador Barroso e o Cruzador-Torpedeiro Tupy, em comissão ao sul, escalando em Buenos Aires de 24 a 27 de maio, em Montevideo de 28 de maio a 3 de junho, em Santa Catarina de 5 a 9 de junho, retornando ao Rio de Janeiro em 11 de junho. A Divisão, entrou a barra acompanhada pelos CT Amazonas, Alagoas, Santa Catarina, e Piauhy, que saiu no mesmo dia para receber as duas Divisões na chegada ao Rio de Janeiro. Todos esses navios entraram em formação em postos de continência a estatua do Almirante Barroso.

 

Em 12 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro, para exercícios com a Esquadra na Ilha de São Sebastião. Participaram do exercício, que foi assistido pelo Presidente da Republica ,pelo Ministro da Marinha e comitiva, a bordo do Vapor Carlos Gomes, os E Minas Geraes, São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso, Bahia e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy e Tymbira, os CT Amazonas, Pará, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná, e o Santa Catarina. Regressou ao Rio em 12 de outubro, tendo estado em Santos.

 

1914

 

Na primeira quinzena de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 3ª Divisão Naval junto com o C Barroso e os C.T. Tymbira e Tupy para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina.

 

Na segunda quinzena de fevereiro retornou ao Rio de Janeiro, junto com a 3ª Divisão Naval.

 

Terminou o ano em estado regular.

 

1916

 

O último registro que se tem é uma comissão aos portos do Norte.

 

Foi submetido a Mostra de Desarmamento.

 

A ultima oficialidade do Cruzador-Torpedeiro Tamoyo foi a seguinte:

 

     - CF ? – Comandante

     - CC ? - Imediato

     - CT Engº Maquinista ? - Chefe de Máquinas

     - CT ? - Enc. de Artilharia

     - 1º Ten. (MD) ? - Medico

     - 1º Ten. (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? - 2º Maquinista

     - 1º Ten. ? - Enc. de Torpedos

     - 1º Ten. ? - Enc. do Destacamento

     - 1º Ten. ? - Enc. de Navegação

     - 1º Ten. ? - Enc. de Casco

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? – Enc. de Eletricidade

     - 1º Ten. ? – Enc. de Sinais

 

 

 

 

 

 

 

 

Vista de 3/4 de popa do Cruzador-Torpedeiro Tamoyo. (foto: Marinha do Brasil, via Alte. Luiz Alberto da Costa Fernandes) Vista de 3/4 de proa do Cruzador-Torpedeiro Tamoyo. (foto: Marc Ferrez) O Cruzador-Torpedeiro Tamoyo, fundeado com um Encouraçado em segundo plano. (foto: SDM, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Antônio Coutinho Gomes Pereira __/11/1896 a __/__/189_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.247-248.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.

 

- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915.


(1) Em tupi, significa "avô".

(2) Outras fontes dão como data de lançamento 26 de maio de 1898.