1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NAux/RbAM Trindade

U 16/R 26

Classe Trindade

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1954
Incorporação: ?

Incorporação (MB): 31 de janeiro de 1990

Baixa (MB): 24 de agosto de 2007

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 499 dwt, 1.308 grt e 1.308 ton (carregado).
Dimensões: 53.67 m de comprimento, 11.0 m de boca e 3.55 m de calado máximo.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel MWM gerando 2.740 bhp cada, acoplados a 2 eixos com hélices de passo fixo. Também é equipado com um Bow-Thruster.

Tração Estática: ?

Eletricidade: 3 motores diesel-geradores MWM.

Velocidade: máxima de 9.5 nós.

Raio de Ação: 8.700 milhas náuticas à 9.5 nós, autonomia de 37 dias.
Armamento: nenhum.
Sensores e Navegação: 1 radar de navegação tipo Furuno FR-1830, radiogoniômetro, ecobatímetro e NAVSAT e rádios HF e VHF.

Código Internacional de Chamada: ?
Tripulação: 22 homens, sendo 2 oficiais e 20 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Auxiliar Trindade - U 16, ex-Nobistor (IMO 6905094) de bandeira panamenha, é o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. O Trindade foi construído pelo estaleiro J. G. Hitzler GmbH & Co. KG, em Lauemburg, Alemanha, em 1954. O Nobistor, foi apreendido em 14 de março de 1986 pela Policia Federal, nas proximidades da praia de Itaípu, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, transportando armamento e equipamentos militares sem autorização. A 13ª Vara Federal determinou o confisco do navio e sua posterior entrega à Marinha do Brasil, que o recebeu em setembro de 1987. Verificando que o Nobistor, poderia ser recuperado e adaptado para o serviço naval, a Marinha resolveu iniciar obras de recuperação do navio no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 11 de janeiro de 1989. Os motores, que estavam em péssimo estado de conservação, passaram por uma revisão. Foram aproveitados, também, equipamentos e acessórios de navios de guerra que deram baixa nos anos anteriores, para completar o que o Trindade necessitava para se tornar um navio utilizável pela Marinha. Na tarde de 31 de janeiro de 1990, foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada, em cerimônia presidida pelo Comandante do 1º Distrito Naval, VA Hernani Goulart Fortuna. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-Tenente William Márcio Coelho de Souza.

 

Embarque da tripulação do Trindade por ocasião de sua Mostra de Armamento em 31 de janeiro de 1990. (foto: SRPM) O primeiro hasteamento da bandeira nacional em 31 de janeiro de 1990. (foto: SRPM)

 

1990

 

Logo depois de incorporado a Armada, foi subordinado ao Comando do 1º Distrito Naval, passando a integrar o Grupamento Naval do Sudeste (GrupNSE), e sendo de menor porte que os outros Rebocadores do 1º DN, passou a ser utilizado como Navio Auxiliar, cabendo-lhe assim as tarefas atinentes a Rebocadores de menor porte, como o reboque de alvos para os exercícios da Esquadra, o apoio às ilhas oceânicas, como a Ilha da Trindade e, mesmo, eventuais socorros de reboques na área do litoral dos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, operando a partir do Rio de Janeiro-RJ.

 

Em 31 de agosto, recebeu a visita do ex-Ministro da Marinha, AE Maximiano da Fonseca e do VA (RRm) Fernando Mendonça da Costa Freitas.

 

 

1991

 

Em 10 de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro para realizar o reboque de um alvo do tipo HISTAR, em apoio a exercícios de tiro das Fragatas e Contratorpedeiros que participaram da Operação TROPICALEX-I/91.

 

Esteve em Santos-SP de 1º a 4 de novembro.

 

1992

 

Em 27 de fevereiro, saíram em GT, para comemorar o 7º aniversário de criação do GrupNSE, o RbAM Almirante Guillobel - R 25, Tridente - R 22, Triunfo - R 23 e o NA Trindade - U 16. A bordo do Tridente, ia o Comandante do 1º Distrito Naval, Vice-Almirante Arnaldo Leite Pereira.

 

Em GT com os CT Mariz e Barros e Alagoas, o NTrT Ary Parreiras e o RbAM Tridente, esteve em Santos-SP, entre 7 e 10 de fevereiro, onde participou da comemorações dos 100 anos da criação do seu porto.

 

Entre 7 e 10 de agosto esteve em Santos-SP junto com o RbAM Tridente em viagem de adestramento.

 

1993

 

Entre 10 e 13 de maio, participou da Operacão INTERPORTEX, realizada em São Sebastião junto com o CT Sergipe - D 35, S Riachuelo - S 22 e os RbAM Almirante Guilhobel - R 25, Tridente - R 22 e Triunfo - R 23, além de fuzileiros navais do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro e do Batalhão de Operações Especiais Tonelero. Esteve em Santos de 14 a 17 de maio.

 

1995

 

Em setembro participou de exercícios da Esquadra, sob o comando do ComemCh, VA Carlos Edmundo de Lacerda Freire, do qual tomaram parte o NaeL Minas Gerais – A 11 os CT Mariz e Barros – D 26, Pará – D 27, Paraíba – D 28 e Paraná – D 29, F Niterói – F 40, Liberal – F 43, Independência – F 44 e União – F 45, Cv Inhaúma – V 30 e Jaceguai – V 31, S Humaitá – S 20 e Riachuelo – S 22, NT Marajó – G 27 e o NA Trindade – U 16. Esteve em Santos entre os dias 15 e 18.

 

1996

 

Entre 30 de agosto e 1º de setembro, esteve em Santos, junto com o CT Paraíba - D 28, as Cv Jaceguai - V 31 e Frontin - V 33, o S Riachuelo - S 22, os RbAM Almirante Guillobel - R 25 e Tridente - R 22 e o NPa Gurupá - P 46.

 

1997

 

Foi subordinado ao 3º Distrito Naval, integrando o Grupamento Naval do Nordeste (GrupNNE), tendo como área de atuação o litoral dos Estados da Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, operando a partir de Natal-RN.

 

Foi reclassificado como Rebocador de Alto Mar, recebendo o indicativo de casco R 26.

 

2000

 

Em fevereiro, foi submetido a vistoria de Segurança de Aviação, pelo Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM).

 

2002

 

Entre 18 e 22 de março, participou da Operação DEPORTEX-NE 02, realizada no porto de Macuripe, em Fortaleza-CE. Também participaram desse exercício os NPa Grajaú - P 40, Graúna - P 42 e Goiana - P 43, uma companhia do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, um helicóptero UH-12 Esquilo da Marinha, seção de Mergulhadores de Combate (MEC's) e uma aeronave P-95 Bandeirulha do 3º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação da FAB, sediado em Belém -PA.

 

Durante comissão de apoio a Regata Recife-Fernando de Noronha-Natal, rebocando o Veleiro “J-Gaivota”, completou 600 dias de mar, acumulados em 11 anos.

 

2006

 

Em 24 de fevereiro, foi submetido a VSA pela SIPAA-ForSup (Seção de Investigação de Prevenção de Acidentes do Comando da Força de Superfície).

 

Participou da Operação TROPICALEX-I/06, realizada no período de 1º de maio a 1º de junho ao longo do litoral das regiões Nordeste e Sudeste, integrando o Grupo-Tarefa 705.1 composto pelas F Bosisio - F 48, Greenhalgh - F 46, Rademaker - F 49, Niterói - F 40 e Independência - F 44; Cv Jaceguai - V 31 e Frontin - V 33; CT Pará - D 27; NT Marajó - G 27 e Almirante Gastão Motta - G 23; NDD Rio de Janeiro - G 31; NDCC Mattoso Maia - G 28 e os S Tamoio - S 31 e Tapajó - S 33. A operação contou com o apoio do NSS Felinto Perry - K 11 e com a participação dos seguintes navios distritais, além do Trindade: RbAM Tridente - R 22 e NPa Gurupi - P 47 do 1º DN; Cv Caboclo - V 19, NPa Guaratuba - P 50 e Gravataí - P 51 e NV Atalaia - M 17, Araçatuba - M 18, Abrolhos - M 19 e Albardão - M 20, do 2º DN e os NPa Grajaú - P 40, Goiana - P 43 e Graúna - P 42 do 3º DN. Também participaram aeronaves da ForAerNav e da FAB.

 

2007

 

Em 24 de agosto, foi submetido a Mostra de Desarmamento e desincorporado do serviço ativo da Armada, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada Almirante-de-Esquadra Julio Saboya de Araujo Jorge, realizada a bordo do navio, atracado na Base Naval Almirante Ary Parreiras, em Natal-RN, até então sede do navio. O ultimo Cerimonial a Bandeira, foi conduzido pelo CF José Carlos Batista Ferreira e pelo CC Horácio Cartier, respectivamente ex-Comandante e o último Comandante do Navio, que realizaram o arreamento do Pavilhão Nacional.

 

Em 17 anos de serviço, atingiu as marcas de 801.5 dias de mar e 91.808 milhas navegadas.

 

 

 

 

 

 

O Trindade passando por reparos em um Dique Flutuante. (foto: Bony Inoue, via Rogério Cordeiro) O Trindade passando por reparos em um Dique Flutuante. (foto: Bony Inoue, via Rogério Cordeiro) O Trindade passando por reparos em um Dique Flutuante. (foto: Bony Inoue, via Rogério Cordeiro)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC Senna __/07/2001 a __/__/200_
CC José Carlos Batista Ferreira __/__/____ a __/__/____
CC Fábio Vieira Duarte 23/07/2004 a __/__/200_
CC Horácio Cartier __/__/200_ a 24/08/2007

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 559, mar. 1990; n.º 567, nov. 1990; n.º 570, fev. 1991; n.º 584, abr. 1992; n.º 587, jul. 1992; n.º 727, nov. 2002.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 786, out. 2007.

 

- Revista O Convôo - Informativo de Segurança da Aviação - SIPAAerM, Rio de Janeiro-RJ, n.º 1, Ano XIII, jan/fev/mar 2006.