AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA

Aerospatiale AS 332F1 Super Puma / Eurocopter AS 532 MK1 Cougar

Helicóptero de Transporte e Emprego Geral


M a t r í c u l a s

AS 332F1 (UH-14)

N-7070

N-7071

N-7072

N-7073

N-7074

N-7075

 

AS 532 MK1 (UH-14)

N-7076

N-7077

 


E s p e c i f i c a ç ã o   o r i g i n a l

 

Origem: França (Societe Nationale Industrielle Aerospatiale/Eurocopter).
Dimensões: diâmetro do rotor principal: 15,60 m; área do disco: 191,13m2; comprimento: 14,76 m (12,84 m com lança da calda dobrada); altura: 4,92 m.
Pesos: vazio:
4.200 kg; máximo na decolagem: 9.000 kg.

Motores: dois turboeixos Makila 1A1 com 1.877 SHP cada.

Desempenho: velocidade máxima: 278 km/h; velocidade de cruzeiro: 262 km/h; razão inicial de subida: 427 m/min; teto de serviço: 4.600 m; Alcance máximo 618 km; Autonomia: 3h20min (sem reservas).
Armamento: a versão brasileira não possui armamento.

Tripulação: um ou dois pilotos, supervisor de carga e até 21 soldados


H i s t ó r i c o

Desde a aposentadoria dos Sikorsky S-55 e S-58, todo o trabalho relacionado ao emprego de helicóptero pesado recaía sobre os Sea King. Quando a tarefa era específica ao transporte e apoio aos Fuzileiros Navais, os equipamentos anti-submarinos tinham que ser retirados para aumentar o espaço e reduzir o peso. Além disso, deslocar os Sea King para apoio aos Fuzileiros significava reduzir a frota de aeronaves ASW. Diante desse quadro, ficou evidente para a MB a necessidade de adquirir uma aeronave específica para a missão.

 

Após alguns estudos, optou-se pelo modelo Super Puma na versão "navalizada" AS 332F ("Frégate"). No entanto, por mais que a aeronave fosse adaptada ao ambiente aeronaval, nenhuma das encomendas feitas ao fabricante até aquele momento exigiram o emprego do mesmo embarcado. Dessa forma, foram criadas alterações no projeto original para atender aos requisitos da MB que queria um helicóptero para operar a bordo do NAeL Minas Gerais. A principal modificação foi a introdução da capacidade de dobrar parte da calda para a lateral e o recolhimento das pás do rotor principal para trás, permitindo a hangaragem do mesmo no Navio-Aeródromo. Essa versão foi denominada AS 332F1 (UH-14 para a MB).

Dentre os principais aviônicos do AS 332F1, destaca-se o radar meteorológico Bendix RDR 1400C. Esse radar ainda possui três faixas de busca de superfície, o que garante ao aparelho uma certa capacidade de esclarecimento marítimo. No entanto, os Super Puma/Cougar da MB não possuem capacidade para lançarem mísseis Exocet. Para isso seria necessário a instalação de um outro radar (OMERA ORB 32), como no caso Chileno.

O contrato para a aquisição de seis modelos foi assinado em 1985. Em outubro do ano seguinte, aviadores navais e mecânicos da Marinha foram enviados a França afim de se familiarizarem com a nova aeronave. Enquanto isso, no Brasil eram tomadas medidas administrativas para a criação de um novo esquadrão para operar essas aeronaves. O 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2) nasceu a partir de um núcleo criado em março de 1987. O objetivo do núcleo era formar novos pilotos e explorar as características da nova aeronave. 

As aeronaves foram desmontadas e transladadas da França para o Brasil a bordo de aeronaves C-130 sendo que as três primeiras chegaram em abril de 1987. A montagem era realizada nas instalações da Base Aeronaval de São Pedro d'Aldeia (RJ) e demorava cerca de 22 dias. Os últimos três exemplares foram recebidos em fevereiro de 1988.

Após o término da montagem dos últimos Super Puma, o núcleo de aviação daria lugar ao Esquadrão HU-2, oficialmente criado em fevereiro de 1988. Inicialmente, os Super Puma dividiam as dependências com o HS-1 até que hangar nº 5 fosse terminado. A entrega do mesmo ocorreu em setembro de 1988. 

 

As tarefas atribuídas aos Super Puma são as mais diversas possíveis. Destaca-se o apoio às operações anfíbias realizadas pelo Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). Com os fuzileiros, os helicópteros desempenham tarefas relacionadas ao helitransporte de pessoal e equipamentos sendo que nesse último caso, o gancho ventral é capaz de carregar uma carga suspensa de até 400 kg. Uma outra atividade muito comum desempenhada pelos UH-14 é a guarda noturna ("Paulo") de aeronaves durante operações de pouso e decolagem em Navios-Aeródromos. A tarefa diurna ("Pedro") fica a cargo dos Esquilos. Além disso os Super Puma realizam transporte de pessoal e carga em geral entre embarcações, fazem tarefas relacionadas a SAR e eventuais missões de esclarecimento. Durante todos esses anos, realizando um leque de missões tão grande, uma única aeronave foi perdida (setembro de 1990).

Em abril de 1994 chegaram outros dois aparelhos (N-7076 e N-7077). Embora fossem praticamente idênticos aos anteriores, a designação do fabricante havia mudado. A fusão das divisões de helicópteros das empresas Aerospatiale e Daimler Benz Aerospace (DASA) em 1992 acabou criando a Eurocopter e o antigo Super Puma passou a ser conhecido como AS 532 MK1 Cougar. No entanto, para a MB todos os helicópteros são designados como UH-14.


P e r d a s / A c i d e n t es / B a i x a s

18 set. 1990 Acidente com perda total do Super Puma N-7072 (1)


F o t o s

Clique na foto acima para abrir o album


B i b l i o g r a f i a

 

(1) SCRAMBLE - Dutch Aviation Society. Stoffer & Blik - Aircraft Accidents. Disponível em:<http://www.scramble.nl/sb.htm>. Acesso em: 17 jan. 2005

(2) http://www.daerm.mar.mil.br/hs-1.htm

(3) http://www.helis.com/timeline/aerospatiale.htm

(4) Revista Força Aérea (1997) nº 5, p.80-87

(5) Revista Força Aérea (1997) nº 8, p.86-87