Croácia adquire duas Lanchas de Ataque da Finlândia

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A costa croata é mais quente que a finlandesa, mas também possui uma linha costeira extensa, com águas restritas e muitas ilhas próximas ao litoral, possibilitando a adoção de soluções semelhantes em termos de emprego de meios navais. Em 17 de julho de 2008 a Croácia comprou duas Lanchas de Patrulha e Ataque Rápido (FAC – Fast Attack Craft) da Finlândia, pertencentes à classe “Helsinki” e que são adequadas para operação nesse tipo de cenário.
O contrato de aquisição foi assinado em Zagreb pelo Ministro da Defesa croata Branko Marjomaa e representantes da firma finlandesa Patria Aviation Ou, e engloba as lanchas Oulu (62) e Kotka (63). Segundo o Ministro da Defesa, essas embarcações não eram previstas nas metas do Plano de Desenvolvimento e Reequipamento das Forças Armadas Croatas, que abrange o período de 2006 a 2015, sendo sim um compra de oportunidade que foi realizada depois de um contato realizado por representantes do país junto a autoridades croatas, informando a disponibilidade desses meios para venda. Foi também levado em consideração a fato desses navios serem compatíveis com meios que já estão em serviço na Marinha deste país.
A classe “Helsinki” é também conhecida pelos finlandeses como “PB 80” e é formada por quatro navios, tendo a construção da primeira unidade sido autorizada em outubro de 1978 e às três subseqüentes em janeiro de 1983. A construção de unidades adicionais foi cancelada em favor dos novos navios da classe “Rauma”.
Os quatro navios foram construídos pelo estaleiro Wärstila, de Helsinki sendo a Halsinki (60) incorporada em setembro de 1981, a Turku (61) em junho de 1985, a Oulu (62) em outubro de 1985 e finalmente a Kotka (63) em junho de 1986.
Construídas em casco de alumínio, tem um comprimento de 45.0 metros, boca de 8.9 metros e calado de 3.0 metros (propulsores), um deslocamento leve de 250 toneladas e carregado de 280 toneladas. Podem atingir até 30 nós de velocidade máxima que é proporcionada por três motores MTU 16V538 TB92 acoplados a três propulsores gerando um total de 12.000 bhp. Conta com uma tripulação de cerca de 30 homens.
O armamento é formado por até oito lançadores de mísseis superfície-superfície RBS-15SF, um canhão de duplo emprego Bofors SAK Mk-1 de 57 mm/70, dois reparos duplos de canhões AAé Sako de 23 mm/87, duas calhas de cargas de profundidade (três cargas cada uma) e minas.
Em missões de minagem é necessário que sejam desmontadas as calhas para cargas de profundidade e os mísseis RBS-15 para poderem ser instalados os trilhos para as minas. Os canhões Sako são uma versão local e modificada do ZU-23-2 russo e são instalados em reparos que podem ser modificados para receber, em seu lugar até 6 mísseis Mistral.
São equipadas com um radar de vigilância de superfície Phillips 9GA 208, um radar de navegação Raytheon ARPA, um radar de direção de tiro Phillips 9LV 225, uma diretora de tiro optrônica Saab EOS-400, duas alças Galileo para os canhões de 23mm, sonar de casco de alta freqüência Simrad SS 304 e Towed Array Finnyards SONAC-PTA. Para Guerra Eletrônica conta com o conhecido MAGE Thales DR-2000U e com dois lançadores de foguetes de chaff e flare do tipo Wallop Barricade, para 32 foguetes cada.
A alça optrônica EOS-400, modelo semelhante ao instalado em nossas Corvetas classe Inhaúma, é usada para controlar o canhão de 57 mm e foi instalada inicialmente sobre o passadiço das três ultimas unidades da classe, que tinham um desenho de superestrutura um pouco diferente da Helsinki. A Helsinki sofreu mais tarde modificações em sua superestrutura e passou a ter a mesma configuração das unidades mais novas.
A quantidade de mísseis RBS-15 varia de acordo com a configuração dos navios, podendo ir de quatro a oito mísseis, mas com a instalação do Towed Array a boreste, passaram a carregar apenas três containeres de mísseis.

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Ozawa

Na esteira da mensagem implícita neste post, e à guisa de informação da comunidade blogueira, segue noticiário de hoje veiculado pelo Jornal O DIA do RJ: 17/08/2008 Brasil vulnerável se arma Plano Estratégico de Defesa vai pleitear verbas para proteger o petróleo e barrar o separatismo Marco Aurélio Reis e Ananda Rope BRASÍLIA E RIO – O Brasil está vulnerável. Esse é o principal consenso entre militares e estrategistas civis que, daqui a três semanas — exatamente no domingo, 7 de Setembro — entregam ao presidente Lula relatório com diretrizes do Plano Estratégico Nacional de Defesa. Para civis alheios a… Read more »

Callia

O processo de independencia indigena já começou e estamos perdendo a gurra de paulada, ou toma-se uma atitude de verdade ou perde-se a amazonia.

Admiral Nelson

Lancha que desloca 250 toneladas? não seria navio?
Os NaPa da MB deslocam a mesma coisa.

Paulo Costa

No governo Geisel,fomos o primeiro pais a reinvidicar o mar de 200 milhas,o governo Geisel ja sabia da existencia do petroleo, navios com sondas e sensores/sonares detectavam muito petroleo nestas plataformas,mas a tecnologia da epoca e o preço do barril impediam o uso comercial,hoje em dia temos tecnologia,em parte,e o preço ficou atrativo.Em terra temos ainda 3 milhões de Km2 de bacias sedimentares,que podem conter petroleo o que é muito. No uruguai descobriram gas,na bacia de santos que vai de s. catarina,ao e santo,tem muito petroleo,subindo no sul da bahia tem perfutação de poços,subindo em sergipe tem plataforma funcionamdo,em frente… Read more »

KURITA

MB um dia vc terá uma

Bosco

A classificações de “navios de guerra” é uma coisa bem complicada e difícil de consenso, mas são consideradas “lanchas” ou “navios de ataque rápidos” barcos de até 500 t, corvetas de 500 a 1500 t, fragatas de 1500 a 6000 t, e cruzadores acima de 6000 t (algumas marinhas adotam o destróier entre 6000 e 12000 t e os cruzadores acima de 12000 t). Nas marinhas de guerra em geral, não se faz distinção entre lancha e navio de ataque. Mas é comum vermos o termo “lancha” ser associado a navios com menos de 150 t, em geral armado “apenas”… Read more »

Bosco

Os termos “missile boats” e “fast attack craft” são usados como sinônimos e em geral designam navios com menos de 500 t, em geral armados com mísseis anti-navios e 1 canhão multifuncional. Os mais pesados podem ter sistemas anti-mísseis, sonares e torpedos leves.

Nimitz

É dessas que o Brasil precisa e não desses NaPa 500 meia-boca.

Voluntário da Pátria

O GW “visto navegando” com outros 11 navios na bacia de santos??
há ha´há… Reis e Rope são páreo duro em suscitar fantasmas!
07 SET é dia de festa,só na cabeça dos debilóides PTistas é data para anunciar um programa de defesa (alguém acredita??). LULA é um banana, dureza só contra os otários Brasileiros: IMPOSTOS EXORBITANTES, VOLTA DA CPMF, GOLPE EM ACIONISTAS DA PETROBRAS E OUTRAS PETROLÍFERAS etc…para a “cumpanherada” sudamericana…CHAVEZ, EVO e LUGO…pedindo com carinho LULINHA dá até a …….PRÉ-SAL , O ACRE e ITAIPÚ.

KURITA

MB um dia vc terá um

[…] Grupo finlandês Patria entregou dois navios-patrulha lança-mísseis da classe “Helsinki” à Marinha da Croácia no dia 13/10. Os navios Kotka e Oulu serão embarcados num navio de […]

[…] navios-patrulha de 300t da classe “Helsinki”, HRM Dubrovnik (42) e HRM Vukovar (41), foram adquiridos à Finlândia  pela Marinha Croata, pelo preço simbólico de €9 milhões, como parte do off-set da compra de 126 veículos Patria […]

marc

Hello! Your post (Croácia adquire duas Lanchas de Ataque da Finlândia) does so well that I would like to translate it into French, publish on my french blog and link to you. You have something against it? Regards