Extraído do site da ANP

Royalties são uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro e são distribuídos aos Estados, Municípios, ao Comando da Marinha, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Fundo Especial administrado pelo Ministério da Fazenda, que repassa aos estados e municípios de acordo com os critérios definidos em legislação específica.

Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados para a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. A STN repassa os royalties aos beneficiários com base nos cálculos efetuados pela ANP de acordo com o estabelecido pelas Leis nº 9.478/97 e nº 7.990/89, regulamentadas, respectivamente, pelos Decretos nº 2.705/98 e nº 01/91.

A partir da Lei nº 9.478/97, a alíquota dos royalties passou de 5% para até 10% da produção, podendo ser reduzida a um mínimo de 5%, tendo em vista os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros fatores pertinentes.

Cálculo dos Royalties

Os royalties incidem sobre a produção mensal do campo produtor. O valor a ser pago pelos concessionários é obtido multiplicando-se três fatores: (1) alíquota dos royalties do campo produtor, que pode variar de 5% a 10%; (2) a produção mensal de petróleo e gás natural produzidos pelo campo; e (3) o preço de referência destes hidrocarbonetos no mês, como determinam os artigos 7º e 8º do Decreto nº 2.705/98, que regulamentou a Lei nº 9.478/97, conhecida como a Lei do Petróleo.

Para alíquota dos royalties do campo produtor até 5%, o Comando da Marinha tem direito a 20% dela. Acima de 5% a parcela é de 15%.

NOTA DO BLOG: o Volume de recursos legalmente destinados ao Comando da Marinha no acumulado do ano (janeiro a agosto de 2008) já supera um bilhão de reais (oficialmente R$ 1.084.062.781,37). Onde ele foi parar?

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João-Curitiba

Foi desviado para criar o tal do superavit fiscal e pagar o juro da dívida interna. Está nos cofres dos bancos e fundos de investimentos. Que repassam uma parte para os aplicadores, brasileiros ou estrangeiros.

João das Botas

Foi desviado também para comprar o Banco do Estado de Santa Catarina e a Nossa Caixa do Estado de São Paulo, assim como elevar enormemente os gastos públicos com a máquina estatal do governo LULA.

Vassily Zaitsev

Com esse dinheiro a mais no caixa, a MB aumentaria os dias de mar de seus navios no mínimo 30% e ainda poderia reformar o São Paulo, para que voltasse a operar. Mas, como o dinheiro não passa por suas mãos, o governo o retêm para ajudar no chamado superávit primário. Realmente uma pena.

Nelson Lima

Eu sei. Royalties é dinheiro que o governo confisca pra fazer superavit e dizer que pagou a dívida externa. tá certo, professor?

[…] os governos militares. Mas na última década, a situação piorou ainda mais, com a retenção dos royalties do petróleo. Clicando nas imagens abaixo, você pode ler a matéria de um quarto de século […]

[…] acumuladas na camada do pré-sal. Ainda assim, os estados já se digladiam pela maior fatia dos royalties. Enquanto isso, 60% dos recursos disponíveis pela fonte de “compensação financeira por […]