A Transpetro anunciou ontem a adoção de um programa de apoio aos fabricantes de navipeças em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em uma reunião na sede da Transpetro, que reuniu mais de 60 empresas do setor, foram criadas estratégias para superação de gargalos que impedem a construção de uma cadeia competitiva no Brasil. O objetivo da iniciativa é possibilitar que as empresas brasileiras possam atender à demanda que está sendo criada pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

Entre as medidas tomadas, está a criação de um “grupo de competitividade industrial”. Este grupo terá que cadastrar fornecedores e estimular o diagnóstico e a superação de gargalos pelos potenciais ofertantes.

Durante a reunião, foram mapeadas questões tributárias, que agora serão encaminhadas ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). As sugestões visam ampliar a isenção fiscal às fornecedoras de navipeças.

O presidente da Transpetro, Sergio Machado, reafirmou a disposição para concretizar negócios com empresas locais. “Faremos tudo o que for necessário para viabilizar a venda. Só que faremos isso sem abrir mão de prazo, preço ou padrão”, resumiu.

O diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, por sua vez, destacou a variedade de linhas de financiamento disponíveis no banco. Ele ressaltou o aumento dos recursos que a instituição terá para desembolsar este ano, cerca de R$ 118 bilhões. Segundo Bittencourt, o orçamento do banco será suficiente para atender às demandas para os projetos estruturantes. “O objetivo desta parceria é remover obstáculos e fazer com que os fornecedores atendam seus clientes com preço e qualidade”, concluiu.

De acordo com dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a demanda de 214 navios, que serão construídos no Brasil até 2015, representará um gasto de US$ 5 bilhões em navipeças.

FONTE: Portos e Navios

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