Resposta da Marinha à matéria publicada no jornal ‘O Globo’

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RESPOSTA À MATÉRIA PUBLICADA NO “O GLOBO” DE 15AGO2009, INTITULADA: “SUBMARINOS DE R$ 19 BILHÕES” (“Submarinos com preço no céu”).

A matéria publicada na edição de 15 de agosto de “O Globo”, com o título de “O Submarino de R$ 19 bilhões”, afirma que a construção do novo estaleiro e da base naval no litoral fluminense resulta de exigência do governo francês.

Ora, a construção de um estaleiro que atenda aos requisitos tecnológicos e ambientais essenciais, para que nele se possa construir um submarino de propulsão nuclear, bem como a de uma nova base naval capaz de abrigá-lo, constituem necessidades apresentadas pela Marinha (MB) desde o final dos anos 1970, quando deu início ao seu Programa Nuclear. Até a localização é a mesma que já havia sido selecionada pela MB, em 1993. Atribuir tais construções à hipotética exigência francesa denota desconhecimento, para dizer o mínimo. Essas obras são necessárias porque os referidos requisitos não são atendidos, hoje, por nenhum dos estaleiros existentes no Brasil. Além do que, a atual base de submarinos, por exemplo, localizada no interior da Baía de Guanabara, junto à ponte Rio-Niterói, sequer tem profundidade junto ao cais para permitir a atracação de um submarino desse tipo, além de não atender aos requisitos ambientais que se impõem.

Assim, a construção do estaleiro e da base constitui requisito indispensável para a fabricação e operação do submarino nuclear, nada tendo a ver com “operação casada”. Por outro lado, como é evidente, não teria sentido uma construtora francesa ser mobilizada para realizar obras no Brasil, daí a necessidade de a DCNS (Directions de Constructions Navales Services) se associar a uma empresa brasileira, com a qual teve que estabelecer acordos de confidencialidade, por conta da tecnologia a ser transferida. A escolha da associada foi do livre arbítrio da DCNS, que, apesar da permanente ênfase em apontá-la como estatal, opera, de acordo com as leis francesas, como empresa privada. De sua parte, a Marinha nada tem a opor à escolhida. Afinal, cabe aqui a pergunta: que argumentos teria o Governo Brasileiro para recusar a contratação de um consórcio do qual faz parte a Odebrecht? Ou de qualquer outra grande construtora nacional?

Cabe esclarecer que qualquer que fosse a empresa selecionada pela DCNS como parceira para construir esse estaleiro, as obras seriam isentas de processo licitatório, como previsto em lei, em virtude das características de sigilo de que, obrigatoriamente, se reveste: são plantas de instalações nucleares militares, envolvendo características que não podem ser objeto de divulgação pública.

Releva notar, ainda, que, ao apontar o custo dos submarinos, o autor valeu-se de simplificações comprometedoras. Ao excluir do preço total (€ 6,8 bi) o preço do estaleiro e da base (€ 1,8 bi), dividindo o resultado (€ 5 bi) por cinco, acreditou ter encontrado o preço de cada submarino convencional (€ 1 bi). Ledo engano; esqueceu-se de que a proposta francesa inclui quatro submarinos convencionais, com respectiva transferência de tecnologia de construção; a transferência de tecnologia de projeto de submarinos, inclusive de seus sistemas de combate e de controle automatizado da plataforma; o projeto e a construção de um submarino nuclear, cujo custo é muito superior ao de um convencional; e, finalmente, o projeto e a construção de um estaleiro dedicado à fabricação de submarinos nucleares (e convencionais) e de uma nova base naval, capaz de abrigá-los. A simplificação permitiu a conclusão falaciosa de que “cada embarcação custará pouco mais de duas vezes mais o valor da oferta feita anteriormente por uma empresa da Alemanha”.

No que concerne à transferência de tecnologia, há um contrato específico que detalha toda a tecnologia a ser transferida pelos franceses e absorvida pela Marinha. Há, ainda, um acordo de compensações (offset), estabelecendo as áreas tecnológicas que serão objeto de transferência para a indústria nacional, envolvendo, no momento, mais de trinta empresas brasileiras.

MARINHA PREFERIA OUTROS SUBMARINOS

Analisando por partes, deve ser inicialmente ressalvado que não existe proposta da HDW (Howaldtswerke Deutsche Werft), de outubro de 2007, para “fabricar mais cinco submarinos no Brasil, além de modernizar os cinco já existentes, por um total de 2,1 milhões de euros”. A afirmativa é tão inverossímil que não resiste à mais elementar aritmética, haja vista que, logo adiante, o autor conclui que “cada embarcação, portanto, sairia por 437 milhões de euros – pouco mais de duas vezes mais barata que os Scorpène”, sem se dar conta de que, de acordo com esses cálculos, a modernização dos cinco já existentes sairia “de graça”. Parece má fé, principalmente por tentar fazer crer que algo supostamente aprovado pela COFIEX em 2006 (essa data foi omitida) pudesse, de alguma forma, estar relacionado com uma proposta apresentada em outubro 2007. Em primeiro lugar, a COFIEX, na verdade, nada aprovou, posto que nada foi publicado no Diário Oficial da União. Depois, a proposta efetivamente encaminhada àquele órgão dizia respeito à modernização dos cinco submarinos existentes e a construção de APENAS UM submarino. Posteriormente, tendo a Marinha se decidido pela modernização dos seus IKL com sistemas americanos, a custo muito inferior do que aquele cobrado pelos alemães, a HDW apresentou proposta de substituir as modernizações pela construção de um segundo submarino, mantendo o mesmo custo inicial, isto é, € 670,97 milhões. Ademais, um fato até agora não mencionado, mas que releva notar, é que no preço dos submarinos alemães não está incluído o custo total da mão-de-obra de construção, posto que as obras seriam realizadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), por funcionários de carreira da Marinha, sem o cômputo desses custos no preço dos submarinos.

Por outro lado, é verdade que, em 2005, a Marinha havia optado por construir um novo submarino de modelo da HDW, tanto que apresentou à COFIEX a pertinente proposta de financiamento, como já apontado. Mas, vamos aos fatos.

Desde 2004, em face da proximidade do término da construção do Submarino Tikuna, último dos IKL construídos no AMRJ, a Marinha, com vistas à manutenção das construções, tanto para não perder a tecnologia, quanto para repor os meios que dessem baixa, realizou estudos com vistas à seleção de um projeto de submarino que melhor atendesse aos seus requisitos estratégicos. Depois de criteriosa análise dos projetos existentes, foram selecionados três que, em diferentes graus, atendiam àqueles requisitos: o AMUR 1650, da Rússia, o IKL 214, da Alemanha, e o Scorpène, da França. Todos de mesma geração tecnológica.

Dos estudos, resultou que o projeto que melhor atendia à Marinha era o do Scorpène, não só por seu projeto tecnologicamente mais moderno, mas por uma série de outras características, particularmente, por seu maior intervalo entre manutenções, fator primordial para um país cujos interesses marítimos se estendem, prioritariamente, pela vastidão do Atlântico Sul.

Entretanto, naquela época, não havia qualquer perspectiva de se poder levar adiante o programa nuclear, – maior meta da Marinha -, que, à custa exclusiva do orçamento da Força Naval, desde 1996, vinha sendo mantido em estado quase vegetativo. Naquele contexto, a Marinha se viu forçada a propugnar por uma solução paliativa, pleiteando a construção de apenas mais um submarino. Nesse caso específico, tendo em vista a existência de cinco submarinos alemães, decidiu optar pela escolha do projeto do submarino IKL 214, da HDW alemã, buscando manter a mesma linha logística, por um lado, e, por outro, evitar que a escolha de projeto diferente, para a construção de uma única unidade, pudesse ensejar retaliações dos alemães, mediante o boicote de sobressalentes para os submarinos existentes, por exemplo. No início de 2006, a decisão foi tornada pública, com o já mencionado encaminhamento da solicitação de autorização de financiamento à COFIEX.

Depois de tomada essa decisão, a Administração Naval houve por bem dar conhecimento do fato ao seu público interno, mediante a publicação da informação no Boletim de Ordens e Notícias, como é praxe na Instituição.

Não obstante, no início de 2007, o Presidente Lula, depois de conhecer em mais detalhes o Programa Nuclear da Marinha, em visita às instalações do Centro Tecnológico da Marinha, em ARAMAR, decidiu assegurar recursos para a finalização do programa, possibilitando a retomada do processo que, ao fim e ao cabo, levaria à construção do submarino nuclear, cujas tratativas estão, hoje, em vias de ser concluídas.

Essa, a grande e fundamental mudança havida. Graças à nova visão do mais alto escalão político do País, a Marinha não mais estava fadada a postergar seus planos relativos à posse de submarinos nucleares.

Para levá-los adiante, contudo, não obstante ter logrado êxito na construção, faltava à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. Nesse mister, o caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de evoluir, por etapas, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, para o de um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam de muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto capaz de abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela Marinha, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la. No nosso caso, tendo em vista o processo evolutivo indispensável, a parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado, porquanto seu único concorrente, a Rússia, não desejava transferir tecnologia, mas, tão-somente, vender submarinos, o que não correspondia aos interesses do Brasil.

É preciso enfatizar que somente quem constrói submarinos nucleares tem condições de transferir a tecnologia necessária para tanto. Não basta saber construir submarinos, haja vista que a própria França, – que já construía submarinos -, levou 29 anos entre a decisão de construir um nuclear e ter o primeiro deles em operação. A Alemanha não constrói submarinos nucleares e, portanto, por mais que o deseje, não tem como transferir tal tecnologia. Talvez por isso, o autor da matéria imagine ser possível construí-los no AMRJ, em pleno centro da cidade do Rio de Janeiro.

Ainda a propósito, cumpre esclarecer que, diferentemente do que está dito na matéria, segundo a qual, além dos quatro submarinos convencionais, se está adquirindo “mais um casco que – daqui a 20 anos – viria a receber um reator desenvolvido pelo Brasil”, na realidade, o protótipo do reator estará pronto em 2014 e o submarino nuclear brasileiro, em 2021. Algo diferente de “daqui a 20 anos”. Aqui, deve ser ressaltado que o reator nuclear e seus controles, que serão instalados no submarino nuclear, serão totalmente projetados e fabricados pelo Brasil, com base no protótipo ora em construção pela Marinha. Essa tecnologia não será transferida pela França.

Quanto ao aspecto apresentado como curioso, de a França não empregar o Scorpène, de fato, não só a França, mas nenhum dos países ocidentais que operam submarinos nucleares, como os Estados Unidos, o Reino Unido, a própria França e a Rússia, empregam submarinos convencionais. Apenas a China opera ambos os tipos de submarinos.

Quanto à opinião expressa pelo Deputado Julio Delgado, a Marinha já se colocou à disposição daquele parlamentar, desde 05 de agosto de 2009, para uma exposição completa de todo o projeto, de modo a que todos os esclarecimentos lhe sejam prestados e eliminadas todas as dúvidas. Até o momento, não foi encontrado espaço na agenda do deputado.

Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA

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Lobo

Parece uma forma de “reconhecimento pelo fogo”, atire, se alguém responder você encontrou o inimigo, nesse caso, funciona com “acuse se ninguém responder há um escandalo político.”
A quem essa estratégia interessa? Ao Brasil? À Marinha do Brasil?
Ao futuro do país?

Gustavo

Já não estou achando tanto negócio esta aliança com a França. Principalmente a questão apontada pelo próprio poder naval, a questão da proa ser feita na França. Parece que estamos trocando 6 por meia dúzia. Tô achando que este submarino nuclear só sai quando o Chile, Peru e Venezuela já tiverem o seu. E afinal, em termos de combate, este submarino é ou não é melhor do que o submarino alemão?

Gustavo

Acho melhor o Brasil tentar uma aliança é com a Índia!

Clausewitz

“Liberdade de imprenesa, não é direito de não ser verdadeiro”

Cmdt Adama, da Galactica

” Repita uma mentira várias vezes, até se tornar verdade”

Das Reich Propagander Minister Goebbels.

catraca

Cipó que não embaraça deixa ele quieto……ou melhor, quem fala o que quer , ouve o que não quer……..o Jornal O Globo não prestou serviço nenhum ao País.

Marden

Gostaria de saber quem está por trás desse bombardeio de notícias falsas, veículadas por parte dessa “imprensa marrom” do nosso país! Será lobby de alguma empresa alemã ou norte-americana? Ou será puro revanchismo da época da ditadura militar?

Flavio

Excelente nota da MB. Parabéns

Mais um tapa na cara da “imprensa especializada”. rs

Mas, vivemos em um país democrático de verdade, então, quem fala o que quer, corre o sério risco de ouvir o que não quer.

Vamos em frente MB, pelo bem do BRASIL.

e mais uma vez, PARABÉNS pela nota.

Lobo

Imaginem o tiroteio depois da escolha do vencedor do FX-2?

Dallembert

Não querem mesmo deixar as forças armadas se reaparelharem. E eu só me pergunto, quem? Como pode um jornalista (vários deles aliás) ser táo míope.
Mas a simples resposta da MB, por si só, não basta. Tem que ser publicada lá, no jornal, com o mesmo espaço.

Wolfpack

O acessor de Imprensa da Marinha têm que ter muita paciência. Imagine se para desenvolver os B2B, F22, Submarinos da Classe Virginia, etc, os comandantes da Marinha, Aeronautica e Exercito Americano tem que dar tantas explicações…
A Imprensa é burra… é formada por bando de amadores…
Agora volto a dizer a HDW está seguidas vezes dando tiro nos pés. O Brasil poderia ser parceiro da Alemanha em desenvolvimentos futuros, mas isso tudo será levado em conta, sempre, os comandantes da MB estão anotando tudo e mais um pouco e quando chegar a hora darão na cara dos Alemães.

Wolfpack

Isso tudo já era esperado desde o anúncio da parceria com a França. É uma promessa antiga da Thiessen Krupp e HDW de colocar gasolina na fogueira, e apesar do fogo terrorista, as coisa vão andar. HDW continue a produizr os U-Boats para Marinhas que desejar menos para o Brasil.

Jonas Rafael

Agora eu pergunto: essa nota será publicada no Globo? Já não é a primeira nota que marinha tem que publicar pra desmistificar acusação nem tão pertinentes assim desse veículo. Não seria o caso de exigir direito de resposta, talvez por via judicial?

Lucas

A marinha, através de seu centro de comunicação social, já esclareceu este assunto várias e várias vezes,por que não fazem este tipo de reportagem com o programa FX-2 da FAB que seus aviões também estão com o preço nas alturas? Pois no programa FX-2 e na respectiva compra dos submarinos Scorpene da França os submarinos terão de ser vendidos com transferência técnológica, mesmo requisito pelo programa da FAB,pois com a compra de prateleira, os preços realmente são muito inferiores, e este é realmente o preço por várias décadas de nossa indústria bélica estagnada. Em outra reportagem públicada no respectivo link… Read more »

Carlos Velasco

Essa campanha contra a Marinha levanta muitas suspeitas e o envolvimento da Globo quase que as confirma. O grupo Globo é desde há muito a voz do internacionalismo no Brasil. A sua associação com a Time, grupo ligado à CIA, e o estranho incêndio da Tupi revelam muito disso. Não por acaso o Collor, criador da reserva Ianomâmi e “sponsor” da Eco 92, foi apoiado(na verdade foi criado) pela Globo. Isso explicaria as críticas da Globo contra os planos de armamento. Mas um outro dado me faz especular num outro sentido. O Lula também têm recebido apoio da Globo. Esta… Read more »

Ricardo

“Liberdade de imprenesa, não é direito de não ser verdadeiro”

Cmdt Adama, da Galactica

Pior que pensei na mesma coisa h ha ha hah

A imprensa Burra ja ta dando no saco, a MB não vai tomar alguma atitude ? Fora dar o devido retorno pela mesma via ( imprensa ) ?

Que tome o direito de resposta e publique estes “retornos” na mesma pagina dos jornalecos, se publicam uma droga desta na primeira pagina, que a MB tenho o mesmo direito de retrucar na primeira pagina.

Liberdade de imprensa não é pra ser usada falando asneiras… Isto é sabotagem.

Rodrigo

Menos pessoal, a imprensa pode errar e muitas vezes ser tendenciosa, mais é muito pior sem ela. Tenham sempre em mente a Venezuela.

Rodrigo

“Mais” nada, MAS é muito pior 😉

Lucas Calabrio

Prezados
Depois ficam se queixando que jornalista deveria ter o diploma.
Acredito que alguns aqui do blog escreveria um artigo melhor que qualquer jornalista “especializado” do o globo ( ou seri o louco)
Abraços

Lucas Calabrio

seri=seria

ARCANJO

NA OPINIÃO DA CLAQUE CHAPA BRANCA, A IMPRENSA É DESONESTA, BURRA, INCOMPETENTE E MUITOS OUTROS QUALIFICATIVOS MAIS. ELES CHAPA BRANCA NÃO: SÃO OS ÚNICOS HONESTÍSSIMOS, INTELIGENTES, COMPETENTÍSSIMOS E MUITO MAIS QUE POSSA ENGRANDECER UM SER HUMANO. ESTE TIPO DE POSICIONAMENTO, MUITO EM VOGA TEMPOS ATRÁS, CONSEGUE SER AO MESMO TEMPO MOFADO, BITOLADO, MUITO TRISTE E, FRANCAMENTO, GROTESCO. OS DESONESTOS ESTÃO ANALISANDO, CRITICANDO E PUBLICANDO MATÉRIAS QUE ENVOLVEM UM DOS MAIORES LOBBIES DA HISTÓRIA DESTE PAÍS, ENVOLVENDO CIFRAS ASTRONÔNICAS E OBJETIVOS QUESTINÁVEIS. OS DESONESTOS ESTÃO COLOCANDO EM PAUTA PRÁTICAS DE UMA EMPRESA QUE, NA ÍNDIA, NO PAQUISTÃO E NA MALÁSIA DEIXOU… Read more »

Douglas

A MB continua caindo em contradição. Se o projeto da base passa por sigilo que envolve segurança nacional, porque os franceses vão intermediar a obra? Se a questão é não se poder licitar por questão de sigilo, porque então a MB não contratou diretamente a empresa nacional Odebrecht? Não há explicação. Outro ponto é que o acordo não envolve nenhuma tec nuclear, apenas um casco maior. Tá muito caro… No mais vamos sim regredir. Poderiamos construir os proximos IKL’s aqui, contudo o 1º scorpene virá da frança, ou seja voltamos no tempo; tudo sob o mote do tal “casco” maior… Read more »

Robson Br

BRASIL ACIMA DE TUDO!!!!!!!

Getulio - São Paulo

Até pouco tempo eu estava em dúvida quanto a este programa da Marinha do Brasil. Com os esclarecimentos e debates, vejo que tudo está de acordo com o programa estratégico do país. Espero que o LULA assine este acordo no dia 7 de setembro e outros mais, avançando o país rumo ao século XXI.
Muitas forças estrangeiras têm interesse em evitar nosso crescimento como potência global militar e a todo momento fazem plantar uma “banana” no chão para escorregarmos e patinarmos na escalade de nosso rumo a independência anti-colonialista.

Corsario 01

Será que agora a MB ainda terá que “DESENHAR” para alguém entender????

catraca

A imprensa deve ser livre ??? Sim. Mas onde fica a responsabilidade do autor de certos artigos publicados ?? Não teria ele a obrigação de provar os fatos alegados sob pena de vir a ser condenado por injúria, calúnia e difamação contra os poderes da República, que deveria ser tão protegido quanto o direito de falar besteira.

LM

Parabéns a Procuradoria Especial da Marinha pela redação do texto publicado pelo Centro de Comunicação Social da Marinha.

Luís Aurélio

Quem quer faz!!! Os EUA iniciaram a construção 1º submarino nuclear do mundo, o USS Nautilus ( SSN 571 ) em 14 de junho de 1952 , nos Estaleiros Navais da General Eletric , em Connecticut. Em 21 de janeiro de 1954 foi lançado ao mar e em 30 de setembro de 1954 o Nautilus entrou em operação. Em menos de 2 anos os americanos, construiram um submarino nuclear. É assim que uma Marinha séria faz e conclui um projeto!!! Ainda veremos submarinos nucleares fabricados no Paquistão, no Chile , na Argentina , e , nós marcando passo no protótipo… Read more »

tomas

Liberdade de imprensa sempre. Mas com mais cuidado e competência!

A imprensa faz o seu papel de noticiar, questionar e investigar, inerentes à actividade. Assim como a Marinha terá que dar respostas quantas vezes for necessário sobre gastos das verbas. Faz parte do jogo democrático.
O que se faz necessário é tomar extremo cuidado para com as denúncias infundadas, engajadas ou a serviço de interesses outros por parte dos meios de comunicação. Para tal, deveria ser de bom tom dar o mesmo espaço nestes mesmos meios para retratação ou direito de resposta por parte dos acusados indevidamente.

Patriota

Luís Aurélio “Quem quer faz!!! Os EUA iniciaram a construção 1º submarino nuclear do mundo, o USS Nautilus ( SSN 571 ) em 14 de junho de 1952 , nos Estaleiros Navais da General Eletric , em Connecticut. Em 21 de janeiro de 1954 foi lançado ao mar e em 30 de setembro de 1954 o Nautilus entrou em operação. Em menos de 2 anos os americanos, construiram um submarino nuclear. É assim que uma Marinha séria faz e conclui um projeto!!!” O Brasil por acaso é uma super potencia como os EUA? simplesmente não tem como comparar a nossa… Read more »

Fábio Max

O problems é que a imprensa brasilera é feita de pessoas formadas nas PÉSSIMAS faculdades brasileiras, a maioria pago passou, onde o que menos se faz é estudar. Isso vale para todos os campos do saber, e inclui o jornalismo. Para emitir opiniões sobre armanentos, é necessário conhecimento da área e mais do que isso, é necessário estar no meio para conhecer as nuances do pensamento militar. NENHUM órgão de imprensa do Brasil tem estrutura para isso. Que eu saiba, o único jornal que conta com um jornalista com formação e especialização em questões belicas é O Estado de S.… Read more »

Fábio Max

E não comparemos os EUA com o resto do mundo.

Aquele país desenvolveu a bomba atômica em 3 anos, de modo que um submarino nuclear em 2, não me parece um feito extraordinário para eles. Acontece que naquela época, os orçamento militares eram praticamente ILIMITADOS, e isso acelera bastante as coisas.

Se HOJE, os EUA entrassem em um programa assim, no mínimo uns 10 anos levariam, porque já não há mais a montanha de dinheiro que havia no passado.

Castor

Gustavo. Apenas a proa do primeiro submarino será feita na França, com parte da mão de obra de brasileiros. As outras serão feitas aqui. Luís Aurélio O USS Virginia começou a ser construído em 30 de setembro de 1998 e foi entregue em 12 de outubro de 2004. Esse foi o tempo de construção. Procure na internet o tempo de projeto. Vais encontrar algo em torno de 8 a 10 anos. Ninguém faz milagre. Os tempos são outros. Os níveis de qualidades e segurança são muito maiores. Os prazos para projeto e construção dos submarinos ingleses e franceses são mais… Read more »

Ricardo

A quem interessar veja por meio deste link, a localização (Google Maps) do arsenal de marinha do Rio de Janeiro (Ilha das Cobras). (http://maps.google.com.br/maps?ie=UTF8&ll=-22.90385,-43.173308&spn=0.029016,0.055747&t=h&z=15) Veja se é razoável construir um sub NUCLEAR nesta região. Segurança ambiental e proteção de segredos industriais. À direita o aero. Santos Dumont, à esquerda o porto do Rio. Vale notar que a av. Pres. Vargas é uma das mais importantes do Rio. A Av. Rio Branco o centro financeiro. Sem contar o tráfego de pessoas por conta do comércio, centros culturais e por aí vai…. É evidente a necessidade de um novo estaleiro para o… Read more »

Ricardo

Ah, esqueci. Algumas empresas do setor neclear ficam próximas daí.

Gunter

Castor! Importante informação, desmente afirmações postas aqui!
Estava faltando sua intervenção no presente debate!

Patriota

Parabens a MB pela nota publicada!

Leo Carcará

Mais sobre a construção da seção de proa. Não li em lugar nenhum a informação de que essas seções seriam construídas somente na França. A única coisa que foi escrita relacionado à construção de seções foi que a primeira seção do primeiro submarino seria construída na França. Não se pode nem afirmar que essa “primeira” seção seja a de proa. Portanto, tudo o que está sendo dito é pura especulação. Se a escala de produção é pequena, e o maquinário necessário é muito caro, basta pagar o preço. Não iremos pagar para pagar um SSN ? Não estamos projetando e… Read more »

Hornet

Já sei o que fazer: acho melhor deixarmos a defesa naval com o jornal o Globo. Vamos fechar a MB, vender todos os navios e submarinos (ou então doar para os jornalistas de o Globo), demitir todo mundo da MB, pois só tem gente incompetente por lá, e deixamos a defesa naval com o Globo. por mais que a MB explica, por mais que a MB publique notas de esclarecimentos…nada muda. Continuam com a mesma ladainha de sempre. Putz! Cansei dessa discussão sem sentido. Sou a favor disso agora: “jornal o Globo para a Defesa Naval”…e fim de papo. O… Read more »

Bosco

Patriota, o Brasil se comporta como uma superpotência na hora de cobrar seus impostos, pagar grande parte de sua burocracia inútil, pagar seus altos funcionários dos 3 poderes da República, reivindicar um assento no CS da ONU, exigir TT de tecnologia de caças de quarta geração, etc, mas realmente se comporta como uma republiqueta do terceiro mundo na hora de construir estradas, dar educação e saúde pra toda a população, punir a corrupção, manter suas Forças Armadas e construir submarinos nucleares. O nosso amigo Luís Aurélio não está de todo errado em sua comparação. Embora não sejamos uma superpotência e… Read more »

André Castro

Não entendo o que a Globo vai ganhar atacando a marinha.
Fábio Max ,concordo com você as faculdades no Brasil são um lixo ,fiz vestibular para arquitetura ,de 100 pontos possiveis tirei 29 minha redação,como dizem foi só “encher linguiça” ,o mais inacleditavel é que eu em uma turma de 240 pessoas passei em 8º lugar ,fico imaginand,se minha nota foi um lixo imagine as notas das 232 pessoas que ficaram atras .No final desisti ,gastar R$800,00 por mes em lugar deste é jogar dinhero fora .

GUPPY

Não seria interessante que a resposta da Marinha às afirmações infundadas no O Globo fossem complementadas por um tratamento de idiota, de incompetente, de ignorante, ou até mesmo burro, o autor do artigo? Talvez sugerir que ele estude (se especialize) assuntos militares navais, se inteire de fatos relevantes da indústria bélica, especialmente a naval, para que pare de se meter onde não entende. Taí, quem sabe alguém do Blog que tenha formação jornalística e queira trabalhar no O Globo, envie um currículo com a observação de que tem conhecimentos em assuntos militares e está atualizado com o atual momento por… Read more »

Marcelo Tadeu

Acho que a MB deveria cobrar da Globo o direto de resposta em suas páginas. De nada adianta ela responder nos meios de comunicações especializados, onde a maioria dos leitores não leem (aqui tb acabou o acento circunflexo?)

Sds,

Leigo

Até agora o globo não publicou a resposta da marinha … Quanto mais em primeira pagina. ( no site ).

Da para perceber que foi um ataque de graça e proposital. Visa minar a popularidade do governo para 2010 ? Ou simplesmente uma marinha forte não interessa ?

Wolfpack

Hoje pela manhã a caminho do trabalho estava ouvindo a BAND NEWS, e o Boechat (como pode alguém com uma cultura tão limitada ser ancora de uma rádio). O cara bateu todos os recordes de ignorância… Já deu resultados o trabalho do “o Globo”. Estão começando a questionar porque aplicar tanto dinheiro em latas de sardinha, porque contratar a Odebrecht sem licitação? porque precisamos de caças, submarinos? Para fazer Guerra com quem? Está neste nível raso o debate atual na imprensa. Então vamos mesmo acabar com este sprojetos militares de uma vez… Se eu fosse os técnicos da Marinha pediria… Read more »

Don D

Que beleza de resposta, vem confirmar tudo o que eu defendi no post anterior, precisamos sim estar atentos, mas também precisamos ser justos. Parabéns à MB pela agilidade e transparência.

“BRASIL ACIMA DE TUDO”

marujo

Trata-se de uma campanha orquestrada pelos interesses que estão sendo contrariados pela determinação do Brasil de connstruir um submarino nuclear e absorver tecnologia de construção de submarinos.Não é a toa que o Sr. José Meireles Passos é correspondente de O Globo nos Estados Unidos. Mas isso faz parte do jogo. Temos que ser fotes e ter determinação para vencermos tanto os adversários internos como os externos.

Jonas Rafael

Apoiado, Hornet, o Globo vai nos defender. Se formos invadidos não tem problema! Eles começam uma camanha internacional de difamação dos invasores e tudo acaba bem. Eles são mestres nisso, pode confiar.

Getulio - São Paulo

Os interesses alemães estão contrariados, pois para eles era importante vender os seus submarinos de nova geração, mas que não atenderiam ao interesse de nosso país e da Marinha do Brasil. Como foi dito eles nunca fabricaram submarinos nucleares, não teriam e não tem como repassar esta tecnologia. Compramos no pacotaço da decada de 70 programa nucelar alemanha-Brasil para construirmos 30 usinas nucleares. Venderam uma tal de alta tecnologia de ultracentrífuga que nunca funcionou. Se não fosse a autoderminação da Marinha do Brasil e pessoas de vulto, em levar avante o programa nuclear, nada teríamos hoje. A Marinha do Brasil… Read more »

Musashi

Nem desenhando Corsário… nem desenhando…
Mas a Globo esta agora esta mais preucupada em se degladiar com a Record, com as denuncias do Edir Macedo. E a Record em contra-atacar.