Os Estados Unidos e a Coreia do Sul lançarão manobras militares conjuntas no próximo final de semana para aguçar sua prontidão contra uma possível agressão da Coreia do Norte, disseram os chefes de Defesa dos dois países aliados, apesar dos alertas do regime comunista norte-coreano de que os exercícios militares irão exacerbar ainda mais as tensões na Península Coreana.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou hoje que Washington e Seul querem enviar uma “mensagem clara” à Coreia do Norte, após o afundamento de um navio de guerra sul-coreano em março. Uma investigação internacional indicou que o naufrágio, no qual foram mortos 46 marinheiros, foi provocado pelo disparo de um torpedo de um submarino norte-coreano.

Na quarta-feira, Gates e a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, visitarão juntos, com funcionários sul-coreanos, a zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coreias, numa demonstração de um “firme compromisso” com a Coreia do Sul. Os EUA mantêm 28.500 soldados em guarnições na Coreia do Sul. A zona desmilitarizada na fronteira, com uma extensão de 250 quilômetros entre o Mar Amarelo e o Oceano Pacífico, e quatro quilômetros de largura, serve como um tampão entre as duas Coreias. Centenas de milhares de soldados armados e em prontidão ficam dos dois lados da zona desmilitarizada.

“Essas manobras combinadas e de caráter defensivo têm como meta enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte, de que o seu comportamento agressivo precisa ter um fim. Nós estamos comprometidos a ressaltar, juntos, nossas capacidades defensivas”, disseram Gates e o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Tae-young, em comunicado conjunto. A Coreia do Norte nega as acusações e alertou que qualquer punição irá provocar uma guerra.

Cerca de oito mil soldados dos EUA e da Coreia do Sul deverão participar das manobras, além de mais de 20 navios de guerra e submarinos, incluído o porta-aviões americano George Washington e 200 aviões militares. Chamada de “Espírito Invencível”, a manobra deverá durar quatro dias, entre 25 e 28 de julho, e ocorrerá no litoral leste da Coreia do Sul, informaram militares dos dois países em comunicados.

FONTE: Agência Estado / FOTO: Poder Naval

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Edu Nicácio

Estão procurando sarna pra se coçar… Não sei se a China entraria na contenda ou deixaria a Coreia do Norte à própria sorte…

Mas contra um ditador maluco sentado em nukes, eu não arriscaria…

A7X

Ótimo!

É bom que se mostre ao lunático norte-coreano com quem ele está lidando. É bom que ele entanda que não pode fazer o que bem entender e sair de boa depois.

Quanto a China, está já dá sinais de que não está incondicionalmente ao lado da Coréia Comunista. Creio que num eventual conflito armado entre as Coréias, com a do Sul sendo apoiada pelos EUA, a China ficaria na dela.

Abs.