A decisão de Londres de estudar a possibilidade de colocar catapultas em seu segundo porta-aviões abriu a perspectiva dos caças franceses Rafale operaram num porta-aviões britânico, com reciprocidade para os aviões britânicos no porta-aviões francês, segundo disse o ministro da Defesa francês Hervé Morin na feira Euronaval, no dia 26 de outubro .

Morin pediu ao staff militar francês para avaliar se a instalação de catapultas permitiria aos  aviões franceses, como o Rafale, operar no navio da Marinha Real, e a resposta foi: “Sim, é tecnicamente viável”, disse ele a jornalistas.

Isso abriu potenciais oportunidades de interoperabilidade e de interdependência mútua entre as frotas britânicas e francesas, disse ele: Com essas operações de cross-deck, veio a possibilidade de uma “presença permanente no mar”.

Morin, no entanto, disse que a decisão francesa de se construir um segundo porta-aviões, batizado Porte-Avions 2 ou PA2 (imagem acima), seria feita no final de 2012 ou início de 2013.

Altos oficiais da Marinha Francesa estão encantados com a perspectiva da Grã-Bretanha operar um porta-aviões convencional, ao invés do projetado para aeronaves de decolagem vertical, como o Sea Harrier.

Um oficial da Marine Nationale disse que é preciso algo como 25 anos para aprender a operar um verdadeiro porta-aviões. “Eu vou ser feliz para acelerar isso em 10 ou 15 anos”, disse o oficial. A Marinha Francesa, que opera o porta-aviões Charles de Gaulle, poderia ajudar com o treinamento das tripulações britânicas.

As expectativas são altas que os anúncios de cooperação militar serão feitos na cúpula anglo-francesa em 2 de novembro, quando Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se reúnem em Portsmouth, na Grã-Bretanha.

FONTE: DefenseNews

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Mestre

Aguardo os comentários dos colegas!

Essa “jaca” é doce! rsrsrs

“Quem venha os Rafales!”

Brasil!!!

Robson

E ai vai levar uma avião? Não só to dando uma olhadinha!

todo mundo cogita mais comprar que é bom.

Galileu

Esses franceses tentando vender a Jaca de qualquer jeito!!!

Ué porque pilotos da Royal Navy, foram treinar nos EUA com seus F18??? porque porque.

O dia que houver essa cooperação, o Brasil anuncia que vai a Marte em 2030!! Rumo ao planeta vermelho!!

A7X

Os franceses estão tentando vender seu “peixe”. Hehehe…

Mas é aquela história: Será que os ingleses vão querer comprar um vetor que é concorrente direto do Typhoon?

Eu acho que não.

Além disso, pra quem vai ter que fazer cortes profundos em seu orçamento militar, incluindo a retirada de serviço dos Harrier, o Rafale, sendo caro como é, seria uma possibilidade?

Pra finalizar, a Grã-Bretanha investir DOIS BILHÕES no programa JSF pra no final comprar o caça fancês.

Abs.

jakson almeida

Quem esta “mendigando” uma “carona” são” os franceses!

Crusader

O povo pensa que a “possibilidade” de compra é igual a compra efetuada…

A7X

completando o comentário anterior: Pra finalizar, a Grã-Bretanha investir DOIS BILHÕES no programa JSF pra no final comprar o caça fancês SERIA BURRICE

Abs.

Fábio Mayer

Um colega nosso de comentários foi quase fritado quando disse que a Inglaterra compraria Rafales…eeheheh… onde há fumaça…

…Mas eu acho implausível, com o preço do Rafale. A não ser que a RAF entre no negócio e emplaque uma centena de aviões franceses, o que não é nada lógico.

Wilhelm

Prevejo o nosso Caixeiro Viajante (ex-Ministro da Defesa), Nelsón Jobân, fazendo uma viajem a Londres, para mostrar todas as vantages do Rafale.

SABRE

Acho mais facil a RN ir de Seagripen, inclusive o gripen tem muitos equipamentos de origem inglesa!

Lp

Acho mais fácil a Royal Navy ir de uma versão navalizada do próprio Typhoon…
Para quem já jogou tanta grana no ralo com o F-35, o que custa jogar um pouquinho mais…

Athos

A7X, qual a versão do Typhoon naval mesmo. Eu desconheço mas como não sou especialista…

US$2bi não são nada se depois vc teria que gastar US$20bi. Talvez ao invés de 20 eles decidam gastar 10 ou 12.

roberto bozzo

esta é noticia plantada pelo eliseu… o que se discute, realmente, é a cooperação entre as RN e MN em operações específicas, em treinamento; a RN pretende, SE adotar um PA com catapultas, comprar o F35 C e não o F35 B, não existe chances do Rafale nessa…

aliás o Brasil poderia entrar em cooperação com a RN e a MN para a produção de um PA (na verdade 2 para o Brasil), assim seriam 2 Brasil, 1 RN e 1 para a França, assim diminuiriam-se os custos para todos.

Manock

Mais um passo na direção da interoperacionalidade (eita) das forças armadas européias.

A construção da Federação Européia, não pode ignorar a necessidade de forças armadas capazes, e nenhum dos países europeus pode contruir isto sozinho, nem mesmo a Rússia.

O mundo parece mesmo se dividir em 3 grandes centros de poder econômico, político e militar. EUA -Japão, UE, China.

Os europeus sabem como ninguém as consequências da guerra moderna e não estão dispostos a pagar o preço, mas sabem que para sairem do guarda-chuva estadonidense precisam caminhar na direção da interdependência militar.

Manock

Nick

Sem dúvidas os franceses ficaram esperançosos com a notícia de que a Inglaterra vai operar PAs convencionais. Mas eles combinaram com os americanos?? Entre um F-18 E vendido pelo FMS à US$ 50 milhões e um Rafale M por US$101 milhões? Qual será que os ingleses vão preferir? Fora que apesar de terem abandonado o F-35 B, com certeza vão querer ter ao menos 12 F-35 C em cada PA.

[]’s

Vinícius Kober

O texto não diz que os franceses estão tentando vender o Rafale para a GB, e sim que com o sistema CATOBAR os aviões que venham a operar nos novos porta-aviões Queen Elizabeth possam operar no Charles de Gaule e vice-versa.

Edcreek

Olá,

Então agora a uma provavel aquisição de Rafale por parte da Inglaterra toma forma. Como já disseram onde há fumaça ha fogo.

Vamos aguardar….

Abraços,

A7X

Athos disse:
27 de outubro de 2010 às 22:10

Athos, mesmo não havendo uma versão embarcada do Typhoon, ainda assim os vetores são concorrentes no mercado internacional.

E se a intenção dos ingleses é mesmo economizar, o Rafale não seria uma boa alternativa nem em sonho.

Abs.

Colt

1 – Do jeito que e economia européia e francesa estão, um segundo porta-aviões vai demorar muito. A decisão vai ser “esperar”. 2 – “Um oficial da Marine Nationale disse que é preciso algo como 25 anos para aprender a operar um verdadeiro porta-aviões” – Mas que bobagem é essa? Pelo jeito, os franceses ainda não aprenderam a operar o deles. 3 – O que é um verdadeiro “porta-aviões”? A classe Invincible é o que? Submarino? rss Se o Rafale usasse ski-jump e pouso vertical o Invencible seria um “verdadeiro-porta aviôes”? Isso dava um título de filme “Em busca da… Read more »

Dalton

Colt… a classe Invincible é extremamente limitada, não apenas pelo pequeno numero de harriers que opera, 12 sendo considerado o máximo, ainda mais que nem todos estão disponiveis todo o tempo, mas também pela limitada capacidade de reabastece-los de combustivel e armas e criar uma taxa efetiva de surtidas. O CDG é o unico que se aproxima dos porta-avioes americanos neste sentido. Mesmo que o Rafale usasse um skijump, não poderia pousar no Invincible que é estreito demais para ele, sem falar que não possui cabos de retenção , na verdade falta a classe Invincible até espaço suficiente para estacionamento… Read more »

Paulo

Como diz aquele comentarista de arbitragem, o texto é claro:

“Isso abriu potenciais oportunidades de interoperabilidade e de interdependência mútua entre as frotas britânicas e francesas, disse ele: Com essas operações de cross-deck, veio a possibilidade de uma “presença permanente no mar”.”

Trata-se de um acordo de cooperação. Nada mais.

RtadeuR

Essa cooperação vai acontecer aqui na América do Sul, logo logo, porta aviões brasileiro com aviação argentina, uruguaia, chilena…

AQUINO

seria mais um duro golpe para os americanos que estavam anciosos para vender os f-18 para os britanicos vai depender dos ingleses mas é muito dificil os rafales operados pelos ingleses sera mais facil o hornet….

grifo

Então agora a uma provavel aquisição de Rafale por parte da Inglaterra toma forma. Como já disseram onde há fumaça ha fogo.

Caro Edcreek, o Rafale está aí não porque a Inglaterra precise de avião, mas porque a França precisa de um porta-aviões…

Colt

Dalton, Minha crítica se refere ao conceito de “verdadeiro porta-aviões” e como ele se amolda à abordagem do autor na frase. Não é correto dizer que a classe Invencible é extremamente limitada, limitados hoje, são os orçamentos militares (menos na China e Índia é claro), além do que a capacidade máxima dos Invencible é de 22 aeronaves sendo que um número de aviões pode variar de acordo com a missão. O Invencible mostrou sua versatilidade durante toda a vida útil e sua capacidade de ataque durante a Guerra das Falklands, quando juntamente com o Hermes impediram a força aérea do… Read more »

Dalton

Colt… o verdadeiro porta-avioes britanico seria o CVA-01 que foi cancelado em 1966 e seria o sucessor do Ark Royal IV e não o Invincible cuja principal função sempre foi guerra antisubmarino para a qual um minimo de 9 helicopteros e algumas cargas de profundidade nucleares eram consideradas o minimo necessário durante a guerra fria. Quando falo em verdadeiro porta-avioes, levo em conta sim a catapulta que continua sendo a melhor maneira de lançar uma aeronave, o equipamento de frenagem, a capacidade de manutenção das aeronaves no hangar, capacidade de transportar combustivel e armas para as aeronaves, espaço para estacionamento… Read more »

Colt

Dalton disse:
28 de outubro de 2010 às 13:12

Ok. vc tem sua opinião eu tenho a minha, podemos ficar aqui o dia inteiro debatendo.
Só uma coisa… o pessoal da Armada Española que eventualmente ler esses comentários vai ficar chateado por saber que o “Principe de Asturias” não é um porta-aviões real ou um “verdadeiro porta-aviões” como conceitua o texto do post, que aquilo é um porta-helicópteros e que eles deveriam parar de usar aviões nele! rs

Dalton

Com toda certeza meu amigo…cada um com sua opinião.

maaaaaaaaaaaaaasss…já que vc mencionou o Principe de Asturias,
este aí então é menor que o Invincible e foi baseado no tal “Sea
Control Ship” da US Navy lá dos anos 70 e adaptado com skijump.

Mas para os espanhois não ficarem tão chateados, sempre dá para classificar o principe de Asturias de CVLS…porta-avioes leve antisubmarino com uma pequena capacidade de caça/ataque (VFA)
de 8 “matadores”.

Abraços e desculpa alguma coisa!

@wagner

Alemanha deveria construir dois super destroieres, batiza-los de Scharnhorst e Gneisenau e coloca-los para escoltar os britanicos !! ah ah ah !!

Andre Luis

Fugindo do assunto avião e caindo no desenho dos PAs.

É muito mais bonito e acho até mesmo mais prático usar uma única superestrutura, reunindo o comandante do PA e o chefe de operações aéreas, como os americanos fazem.

Quanto a um possível interesse dos igleses em novos aviões, diminuindo a quantidade pedida de F 35 B, se tiverem que escolher vão optar pelo SH.
Ou se quiserem torrar dinheiro, e não me parece que seja o caso, desenvolveriam uma variante embarcada do Typhoon.

Colt

Dalton disse:
28 de outubro de 2010 às 14:13

Opa…
“…sempre dá para classificar o principe de Asturias de CVLS…porta-avioes leve…”
Finalmente classificamos como porta-aviões!!!!
Abraços e não tem do que.

Gunsalmo

Amigos, leiam a notícia direito. Não há, nem nunca houve, a possibilidade dos ingleses comprarem o Rafale. O que a notícia diz, é que Rafales da marinha francesa poderão operar no futuro PA britânico e, do mesmo modo, os caças britanicos operariam a partir do Charles de Gaulle. Isso só se tornou possível porque a inglaterra trocou o F-35B STOVL pelo F-35C de decolagem convencional. Assim. as catapultas que serão instaladas no PA britânico servirão também para os aviões da marine nationale. Isso de achar que os ingleses comprariam o Rafale é viajar na maionese. Ainda mais que ninguem seria… Read more »