US Navy fecha contrato com a Raytheon de US$ 338 milhões para mísseis Tomahawk Block IV

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A US Navy e a Raytheon fecharam contrato de US$ 338 milhões para o fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk Block IV. O contrato foi anunciado pelo Departamento de Defesa no dia 7 de junho e inclui a recomposição dos mísseis usados na Operação Odyssey Down e a aquisição do ano fiscal 2012.

O Tomahawk Block IV tem mais de 1.000 milhas náuticas de alcance e pode ser lançado de navios e submarinos. O míssil foi projetado para missões de ataque de precisão contra alvos de alto valor e altamente defendidos, como os sistemas integrados de defesa aérea.

O Block IV emprega um data-link via satélite bidirecional que permite ao controlador alterar o curso de voo do míssil para alvos alternativos ou redirecionar para um novo alvo. O míssil também tem capacidade de orbitar sobre o campo de batalha para aguardar a indicação de alvos mais críticos.

Mais de 2.000 mísseis Tomahawk já foram utilizados em combate. Ele está integrado aos sistemas de armas de navios e submarinos dos EUA e Reino Unido.

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Corsario137

Taí um caso de sucesso incontestável da indústria. Chegando em sua 4a edição, melhor e mais letal do que nunca.
Tomahawks, sempre os primeiros a chegar e os últimos a sair.

Fabio ASC

Por este valor do contrato, dá para comprar quantos?

daltonl

Este contrato permitirá a aquisição de 361 misseis, muito necessário,
principalmente depois que umas duas centenas foram usados na Libia.

joseboscojr

Só de curiosidade, já li em algum lugar que os SSGNs poderiam levar 308 Tomahawks se fosse usado uma técnica de empilhamento.

juarezmartinez

O que é ter escala de produção e de aquisição, um míssil destes por um milhão de dólares, ainda mai se compararmos com o custo de Exocet block III(sei que são coisas distintas), um dia mquem sabe….

grande abraço

Ivan

Bosco,

Vc acha pouco os 154 (cento e cinquenta e quatro) Tomahawks que um SSGN classe Ohio pode levar?

Como vc sabe a US Navy converteu 4 (quatro) SSBN desta classe p/ SSGN:
– USS Ohio (SSGN-726);
– USS Michigan (SSGN-727);
– USS Florida (SSGN-728);
– USS Georgia (SSGN-729).

Para armar apenas dois monstrinhos destes seria necessário 308 (trezentos e oito) Tomahawk e umas 3 (três) dúzias de torpedos e/ou mísseis Sub-Hapoon.

Um poder de fogo impressionante em qualquer cenário.

Sds,

Ivan

Bosco,

Um Tident C-4 tem um comprimento de aproximadamente 10,2 metros e uma massa de 33 toneladas.

Um TLAM com booster teria 6,25 metros e uma massa de 1,6 toneladas.
Pelo peso tudo bem, afinal seriam 14 vezes 1,6 toneladas mas o sistema para acondicionar e lançar todos estes mísseis.
Mas minha dúvida fica pelo comprimento.

Mesmo sem o booster o comprimento de cada TLAM fica em torno de 5,6 metros. Como seria possível o empilhamento?

Sds,

joseboscojr

Ivan,
Eu não acho nada. Apenas li!
Vou procurar a fonte e posto.
Em relação à quantidade, claro que 154 não é pouco. E o Dalton nos informou em geral nem chegam a 100 por submarino. Haja din-din até para a USN.
Quanto ao comprimento, a base deve ser os lançadores dos SLBMs da classe Ohio, que são compatíveis com o D-5 Trident II (além do C-4, evidentemente).
https://www.ssp.navy.mil/about/images/evolution.gif
O D-5 tem 13,5 m.
Um abraço.

joseboscojr

Ivan,
Esse é o site que sugere o “empilhamento”:
http://www.airpower.au.af.mil/airchronicles/apj/apj02/fal02/kennedy.html

Até que pensando bem 308 não são muitos tendo em vista que na década de 90 quiseram desenvolver um “Arsenal Ship” com mais de 500 VLS Mk-41. rsrsr

Ivan

Bosco,

Seria um “Arsenal Submarine”. rs rs rs 8)

Entretanto, com esta técnica é possível usar metade dos silos mantendo a capacidade de ataque original de uma centena e meia de armas e dispor da outra metade de silos para outros sistemas de armas.

(Ou combinar como desejarem.)

Se os SSGN Ohio já eram poderosos e flexíveis, esta técnica vai aumentar (quase dobrar) seu potencial.

Incrível.

Abç,

joseboscojr

Ivan, A capacidade de “carga” de um Ohio é imensa. São mais de 1000 t, e “apenas” 154 Tomahawks deixam uma capacidade ociosa de mais de 700 toneladas. O que não falta é gente criativa para “resolver” o problema. Já vi sugestões de colocarem 4 IRBMs convencionais (com 5000 km de alcance) em cada tubo lançador, junto com alguns Tridents “C” (12000 km), antes de tal intenção ser abolida e cancelada. Hoje, o que está na moda são os mísseis hipersônicos tais como o Arc Light com 5000 km de alcance. Muito provavelmente a classe Ohio será bem aproveitada ainda… Read more »

daltonl

Os 4 SSGNs que o Ivan citou não foram desenhados desde o inicio e nem foram convertidos para lançar os Tridents II, apenas os Tridents I menores e mais leves, mas mesmo assim um lastreamento teve que ser adicionado permanentemente para compensar . Os silos igualmente menores ajudaram a facilitar a introdução do sistema que permite que 7 TLAMs ocupem um unico silo, portanto não seria muito viavel converter alguns dos demais 14 SSBNs que são equipados com o Trident II. Apesar de trazerem um enorme poder de fogo e flexibilidade, a realidade é que os 4 SSGNs estão com… Read more »

joseboscojr

Dalton,
Mas independente das primeiras unidades da classe Ohio não serem configurados para o D-5, seus tubos de lançamento eram compatíveis com os mesmos em relação às dimensões, portanto, salvo engano, poderiam vir a receber um “empilhamento” de Tomahawks se tal conceito tivesse sido adotado.
Eles só adotaram o C-4 porque o D-5 não estava pronto e não por alguma incompatibilidade dimensional do casco ou dos tubos lançadores.
https://www.globalsecurity.org/wmd/systems/images/comp_04.gif

Um abraço.

joseboscojr

Dalton,
Esse artigo é bastante interessante. Talvez você já o tenha lido, mas fica a dica para os demais.
http://www.nti.org/gsn/article/pentagon-unveils-new-plan-conventional-submarine-based-ballistic-missiles/

daltonl

Interessante Bosco…mas a US Navy já optou por um modelo novo que irá substituir seus atuais SSBNs e não tentará converter os
“Virginias” para este proposito.

Todos os “Ohios” foram construidos levando-se em conta que um missil maior seria incorporado com o tempo, o Trident II, portanto aqueles que não foram inicialmente assim equipados, tinham espaço para crescimento futuro e modificações foram necessárias nos tubos.

abraços

joseboscojr

Dalton, Na minha opinião a classe Ohio será a última de SSBNs americanos. Não há mais razão para se ter tais submarinos tendo em vista a capacidade atual dos americanos em detectar e identificar ataques nucleares e responder em curto espaço de tempo. Tais submarinos foram criados, como você sabe mais do que ninguém, para preservar uma capacidade de resposta arrasadora no caso de um primeiro ataque. Tivesse o comando estratégico americano certeza que detectaria e identificaria o ataque e tivesse tempo de lançar seus mísseis, tais submarinos não precisariam existir. Tal doutrina era válida há 50 anos. Hoje, sequer… Read more »

joseboscojr

Dalton,
Mas o artigo da NTI que indiquei não diz que os “Virgínia’s” irão realizar a função dos SSBNs.
Há propostas para armá-los com novos IRBMs convencionais ou mísseis hipersônicos não balísticos em adição ao armamento que já possuem para serem usados em situações críticas específicas, contra alvos de alto valor e com alta premência de tempo.
Existissem tais armas ano passado e o Bin Laden nem saberia o que o atingiu.
Nada de armas nucleares neles.
Um abraço.

daltonl

Bosco… na minha opinião sua ideia de que os Ohios serão os ultimos SSBNs americanos esbarra em dois problemas: primeiro, já foram iniciados os estudos para desenvolver um novo SSBN tão grande quanto os Ohios, mas, transportando apenas 16 misseis, a principio o Trident II D5 melhorado ou E-6 e que possa ao longo de sua vida util de pelo menos 40 anos receber um sucessor. Até 12 destes submarinos deverão ter sua construção iniciada no inicio da proxima década, após um adiamento de 2 anos pela Administração Obama. Este submarino terá menos misseis, já prevendo futuros acordos de redução… Read more »

joseboscojr

Dalton,
Eu conheço o programa SSBN-X, mas se observarmos a história recente do país em relação ao cancelamento de programas “prontos e acabados”, não seria de espantar se esse também o fosse.
Exemplos: SLAMRAAM, Comanche, EFV, FCS, etc.
Vamos ver no que vai dar e vamos ver o que vai ser “cortado” daqui pra frente.
Um abraço.

daltonl

Verdade Bosco…mas…os programas que vc mencionou nem se comparam ao SSBN(X) em questão de prioridade. Penso nos SSBNs futuros como uma espécie de seguro, já que não se pode prever como será o mundo daqui há 50 anos ou mais e um programa desta envergadura não pode simplesmente esperar, para ver como a situação ficará. Simplesmente não se pode perder toda a “expertise” ganha com os reabastecimentos/modernizações dos SSBNs atuais, ainda mais que os EUA parecem ter acertado com o programa dos SSNs Virginias e com certeza novas tecnicas de construção e quebras de barreiras tecnologicas irão surgir…SE…tudo funcionar como… Read more »

joseboscojr

Quanto a sua segunda argumentação, de que outros estão a construir SSBN, principalmente os russos, é porque os russos precisam deles. A maioria absoluta dos ICBMs russos é antiguada e de combustível líquido, mais afeitos a serem armas de um primeiro ataque do que de contra-ataque. Ou seja, frente a um ataque maciço americano, os russos seriam pegos com as calças nas mãos e poderiam não responder à altura. Dai precisarem de SSBNs. Mesmo os mais modernos mísseis russos de combustível sólido, como o TOPOL, são muito mais afeitos a serem armas de primeiro ataque, por não conseguirem ser lançados… Read more »

joseboscojr

Dalton,
Ontem li um artigo onde se defende que uma perna da “tríade” seja eliminada, mas é a baseada em terra (ICBMs), e que se mantenha os SSBNs e o bombardeiros.
Diametralmente oposto ao meu comentário. rsrssss
Chegando em casa eu coloco o link. É bem interessante.
Um abraço.

daltonl

E chegando em casa…lerei…rs Ontem topei sem querer com um artigo sobre a construção de milhares de abrigos atomicos sendo construidos na Russia e também na China. Chineses e russos estão modernizando suas forças nucleares e não se sabe realmente o que os EUA irão cortar de gastos militares e quantos projetos não irão se materializar . Quantos “minuteman III” ainda restarão…e aqueles B-52H…irão se aguentar até quando, mais 30 anos? O nr de B-2s é ridiculo. Não seria nada agradável em 2032, daqui 20 anos “apenas”, os EUA contarem com meia duzia de velhos SSBNs, sendo poupados ao máximo… Read more »

joseboscojr

Vale salientar que o artigo que você irá ler quando chegar em casa rsrsss não desqualifica o meu “parecer” sobre a obsolência da doutrina MAD baseada em SSBNs relativa aos EUA. Eles apenas optaram em desarticular os ICBMs ao invés dos SLBMs por motivos claramente políticos, preferindo remover os alvos potencias dentro do território americano. Outro motivo é que hoje os SLBMs têm precisão suficiente para serem usados contra alvos pontuais, tais como silos endurecidos. Antes, os SLBMs eram direcionados aos grandes centros urbanos por serem inerentemente imprecisos. O problema maior, ao meu ver, entre ICBMs e SLBMs, tendo em… Read more »

daltonl

Como diria Rolando Lero ,Divino Mestre Bosco…NÃO captei ! “Eles apenas optaram em desarticular os ICBMs ao invés dos SLBMs por motivos claramente políticos, preferindo remover os alvos potencias dentro do território americano.” E New York City não vale então ???? Os Minuteman III estão velhinhos, foram modernizados e provavelmente a disponibilidade deles é alta…ao menos ainda, não sei se dentro de alguns anos, uma maior quantidade não estará em manutenção, ou, serão retirados de serviço para “agradar” russos e chineses. Talvez seja conservador demais, mas não confiaria uma capacidade de dissuasão apenas em uma perna da triade e uma… Read more »

joseboscojr

Dalton, Já cheguei em casa e apesar de vasculhar o “histórico” não consegui encontrar o artigo. Vou continuar tentando. Pode ter sido algum link que não deixou rasto no histórico do Chrome. Quanto a “New York City” não é um alvo prioritário de um típico ataque atómico do “primeiro dia”. Os alvos que podem incentivar um hipotético agressor a iniciar um ataque preventivo/preemptivo, fazer seu dedo coçar, são os silos de mísseis, os lançadores móveis, as bases de bombardeiros nucleares, etc. Alvos tipicamente civis são alvos de “segundo” dia, típico de SLBMs, alvos de vingança. Não havendo os “alvos prioritários”… Read more »

joseboscojr

Quanto à hipótese de um novo ICBM poder ter muito em comum com um novo SLBM, não acredito muito. Duvido que haja muito o que evoluir e um novo SLBM não deverá ser muito diferente do atual Trident II, com suas quase 60 t e capaciade MIRVs. Já um novo ICBM deverá ser parecido com o natimorto Midgetman com capacidade SRV somente e pesando menos de 15 t (menos da metade de um Minuteman). Quanto a minha opinião de que pode ser possível apenas 1 perna da tríade, ela só seria possível se e somente se houvessem “armas hipersônicas de… Read more »

daltonl

Oi Bosco… Independente de grandes centros populacionais como New York City, que com tantas MIRVs sobrando poderia ser devastada já no primeiro dia, sempre haverá alvos mais prioritários, como centros industriais por exemplo, então o fato de haver ou não ICBMs não mudará nada. Voltando ao assunto da classe Ohio ser a ultima de SSBNs, veja que, se as tais armas hipersonicas a entrar em serviço antes de 2030 como vc citou, fossem dadas como certa agora, então não haveria necessidade de novos SSBNs, até porque o ultimo da classe deverá estar em serviço ainda em 2037-2040. Como vc sabe,… Read more »