Premiação do Concurso Estação Antártica Brasileira

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comandante

A Marinha do Brasil (MB) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) premiam, no dia 7 de maio, os projetos selecionados no concurso público de arquitetura para reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), lançado, no dia 28 de janeiro, na sede do IAB.

O Termo de Referência, que orientou os 74 arquitetos que participaram do Concurso, foi elaborado com base nas informações obtidas em dois Seminários. No primeiro, a comunidade científica antártica especificou os laboratórios internos e remotos da nova EACF. No segundo, realizado na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), os Consultores Técnicos da Marinha, da Petrobras e de diversas Universidades estabeleceram: sistemas construtivos, materiais e técnica; conforto ambiental; água e sistema hidráulico; esgoto e sistema sanitário; resíduos sólidos; energia; qualidade do ar; segurança; logística; e rede de dados e voz.

Em 22 de fevereiro, foi conduzido um Seminário, na sede do IAB, com o propósito de levar ao conhecimento de todos os concorrentes alguns aspectos técnicos do objeto do Concurso. Foram proferidas palestras por representantes dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Meio Ambiente, da Marinha e de Consultores Técnicos, que trabalharam no Termo de Referência.

A divulgação do resultado do Concurso ocorreu no dia 15 de abril, onde estavam expostos os 74 projetos concorrentes. O Projeto de Estudo no Nível Preliminar vencedor foi idealizado pelo Arquiteto e Urbanista FÁBIO HENRIQUE FARIA, do Estúdio 41, de Curitiba.

Segundo a Comissão julgadora, composta por cinco arquitetos, “O projeto apresenta uma composição formal singela e ao mesmo tempo marcante. A proposta é compacta, sem deixar de responder à setorização funcional esperada. Destaca-se a adequação à topografia, potencializando visuais a partir dos volumes implantados em níveis diferenciados, a modulação e o sistema construtivo, que favorece a racionalidade da execução.”

Na proposta vitoriosa para a Estação Ferraz, os setores funcionais estão organizados em blocos que distribuem os usos. O bloco superior, a ser construído a 9,10 metros de altitude, abrigará os camarotes, áreas de serviço de jantar/estar. Ao bloco inferior, a 5,95 metros, serão incorporados os laboratórios e as áreas de operação e manutenção. Este mesmo bloco contemplará as garagens e o paiol central, localizados a 2,50 metros de altitude.
Um bloco transversal reunirá os usos social e de trabalho. Neste trecho serão posicionados a sala de vídeo/auditório, a lan house, a sala de reuniões/videoconferência, a biblioteca, e o estar.

O primeiro colocado, além do prêmio de 100 mil reais, será contratado para realizar adaptações nos Estudos Preliminares, fazer o Anteprojeto e os Projetos Executivo e Complementares, além de acompanhar todo o processo licitatório da obra de construção da nova EACF. Este contrato custará cerca de 5 milhões de reais. Em paralelo, será contratada uma empresa especializada para fazer o Estudo de Avaliação Preliminar de Impacto Ambiental da nova EACF.

Após a finalização dos trabalhos, será realizada uma licitação para contratação da obra, com previsão de início no verão de 2013/14.

Foram também premiados os seguintes arquitetos:
2º lugar, com uma premiação de 50 mil reais,
Luiz Adriano Trindade de Almeida (São Paulo);

3º lugar, com uma premiação de 30 mil reais,
Igor Soares Campos (Brasília)

E os projetos dos arquitetos abaixo foram agraciados com Menções Honrosas:
Anália Maria de Carvalho Amorim (São Paulo)
Mário Biselli (São Paulo)
Ricardo Jorge Pessôa de Mello (Recife)
Vera Magiano Hazan (Rio de Janeiro).

DIVULGAÇÃO: Centro de Comunicação Social da Marinha

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Paulo Costa

Novo projeto,amplo,futurista,mas,digamos o telhado ou cobertura
não deveria ser em angulo para evitar o acumulo de neve?
Esta´desta forma –,poderia ser desta? /\,evita o sobrepeso
na estrutura e fundações.

StadeuR

Importantíssimo esse empreendimento, é o futuro, é nosso direito .
Mas … como o Atlântico Sul já tem bases militares estrangeiras , não sei se a paz vigorará para sempre. Sempre é um looongo tempo.

Países com bases na Antártica
Hoje, 29 países possuem bases científicas na Antártica: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bélgica, Bulgária, Chile, China, Coreia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Federação Russa, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido, República Checa, Romênia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revindica%C3%A7%C3%B5es_territoriais_da_Ant%C3%A1rtida

Rafael

O estudo das propriedades coligativas nesse tipo de ambiente é uma das coisas mais interessantes que já vi

parabens ao pesquisadores e envolvidos no projeto

o Brasil precisa muito mais desses cientistas do que da meia duzia de aluados que falam em derretar a água dos Polos (kkkkkkkkkkk) caso falte água no mundo, sem ter a menor noção do oq é uma ponte de hidrogenio !!!!

Marcelo Andrade

Oi Pessoal,

Oi Galante e Poggio, poderiam me ajudar?

Não consigo comentar nos outros blogs, só aqui no Poder naval, não consigo acessar este quadro no Poder Aéreo nem no Terrestre, estou doido para sacanear o Maurício R., rsrsrs

MOSilva

Olá.
Nada pessoal, mas a figura me parece muito mais projeto de arquitetura do que de engenharia: bonito, mas de praticidade duvidosa.
Escadinhas para acessar o interior do base??? Janelões panorâmicos??? Sei lá…
SDS.

matheus

MOSilva
Esse projeto parece bem adaptado às condições da Antártica, a escada se deve ao fato de determinadas épocas do ano a cobertura de neve ficar muito alta e assim não seria possível entrar na estação se a mesma possuísse entrada térrea. O site do concurso explica porque esse foi o selecionado e os outros não, inclusive com imagem dos outros projetos.

MOSilva

Olá matheus. Selecionar o projeto como ganhador, eu até entendo. Agora a implementação deve ser bem diferente. Pesquisador ou militar que retornar a base estará “carregado” de equipamentos. Não dá para pensar em subir escadarias. O acesso teve ser feito por rampa móvel, que comporte veículos leves (como uma moto de neve). Além disso, precisa ter uma “garagem” para veículos maiores e mais pesados (como tratores de neve). A base (se for mantida no mesmo lugar na ilha King George) está perto do mar. Seria importante ter um deck de carga e descarga marítima. Vidros tem mais função estética do… Read more »

Soyuz

Como projeto de arquitetura é bonita. Mas sem preconceitos ou casuísmo o que se espera de uma base deste tipo é antes de mais nada um projeto de engenharia.

Nada contra chamar arquitetos para a missão de projeto preliminar, o que me causa estranheza é o juri que apontou o vencedor ser formado por outros 5 arquitetos.

Deveria se formado por antigos comandantes da base destruída. Pelo pessoal de manutenção, logística, por engenheiros de materiais, estruturas, controle térmico. E é claro também por arquitetos, mas não apenas eles.

luiz

soyuz foi feito reuniões e palestrass com todo tipo de especialistas nesse tipo de ambiente foi especificado material de construçao do tipo de privada ao material de combertura então os arquitetos concorentes fizeram o projeto ultilizado todos o dados disponiveis, respondendo o MOsilva tente achar as imagens de outros angulos essas escadas não sao a entrada principal da estação se vc pegar a imagem de frente vai perceber q existe uma grande garagem para os heli junto com outros equipamentos essas entradas mostradas sao segundarias tente olha outros angulos que vc vai perceber que td foi pensado desde meio ambiente… Read more »

Sandro Rosa Pedra

Olha o projeto e lindo, mas com esse teto vai juntar toneladas de neve..

Templário

Senhores, boa tarde!

Alguem pode me explicar do porquê do Brasil não construir sua estação no continente, ao invés da Ilha Rei Jorge? O Chile possui uma Base com pista no continente, creio que os EUA também.
Saudações.