Concepção da corveta classe Tamandaré (CCT)

Apresentação da Saab para a imprensa no Rio de Janeiro

De fornecedora de sistemas e armamentos, empresa sueca quer se tornar construtora de navios para a MB

Por Fernando “Nunão” De Martini

Na disputa de empresas mundiais do setor naval por oportunidades no reequipamento da Marinha do Brasil (MB) as quatro novas corvetas classe “Tamandaré” são o programa da vez. Afinal, nada menos do que 21 empresas ou consórcios apresentaram, no primeiro semestre deste ano, documentações em resposta ao aviso de chamamento da Marinha, para o processo de construção dos navios. O grupo de defesa sueco Saab é um desses concorrentes, e nesta segunda-feira (16/10/17) realizou, no Rio de Janeiro, um encontro com a imprensa para dizer por que se considera em boa posição nesse páreo. O Poder Naval esteve presente ao encontro e resume aqui alguns dos pontos principais apresentados.

Alencar Leal, oficial da reserva da Marinha que hoje é analista de projetos da Saab Brasil, ficou encarregado da exposição geral dos sistemas navais do grupo. Leal destacou que, após programas militares bem-sucedidos no setor aéreo do Brasil (em especial os caças Gripen E/F para a Força Aérea) e terrestre (sistemas de mísseis superfície-ar para o Exército), a continuidade da presença da Saab no reequipamento das Forças Armadas não é mais vista como apenas uma opção, mas se tornou uma missão para o grupo sueco. Missão que agora inclui o mar.

O Brasil é visto não só pela sua própria capacidade de adquirir material de defesa, mas também um meio para que esse material chegue a outros países da região (México foi um dos exemplos citados), dentro de uma perspectiva de expandir mercados pela exportação que, para Leal, vem da própria experiência sueca: um país pequeno com grandes necessidades de defesa, mas que precisa explorar o mercado externo para gerar a escala de seus produtos (o que vale também para seus produtos do mercado civil). E um caminho para isso é realizar parcerias, o que é o caso pretendido, agora, no setor naval brasileiro.

Aqui se insere a oferta do grupo Saab para o programa de quatro corvetas da classe “Tamandaré”, que enfatiza a capacitação para construção no Brasil, como pretende a Marinha.

Concepção da corveta Tamandaré

Estaleiros privados e AMRJ

O executivo da Saab informou que a empresa já vem realizando visitas de conversações com estaleiros privados — uma delas ocorria naquele dia — e que essas ações fazem parte do objetivo de ir além da posição atual do grupo sueco como fornecedor de armamentos, sistemas e equipamentos para a MB (dos quais os exemplos mais conhecidos são as alças eletro-ópticas que equipam fragatas e corvetas) e se tornar um construtor de navios para a força. Para a disputa do programa da classe “Tamandaré” por meio da divisão Saab Kockums, o grupo apresentou ofertas que podem incluir parcerias tanto com estaleiros privados quanto com o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).

Sobre o AMRJ, a pergunta do Poder Naval ao executivo da Saab foi sobre como pretendem trabalhar com o arsenal, frente à sua realidade em pessoal e equipamentos. Afinal, é uma organização que possui em suas oficinas e instalações algumas áreas modernizadas em meio a máquinas operatrizes pesadas, ferramentas e processos representativos de várias décadas atrás — ainda que boa parte das centenas de máquinas como tornos, conformadoras e plainas seja mantida em condições de operar — e carências diversas em mão de obra. Em outras palavras, um arsenal que se mostra como um “case” vivo de arqueologia industrial, onde convivem extratos modernos e camadas de antiguidades, adquiridas ao longo dos surtos de construção naval militar do último século.

Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foto: Fernando De Martini

No caso do AMRJ, o que a Saab está oferecendo formalmente é, entre outras possibilidades de uma oferta flexível, uma revitalização ampla, tal qual realizou no tradicional estaleiro sueco de Karlskrona (junto à principal base da Marinha da Suécia), transformado de uma instalação ultrapassada em uma organização moderna, com equipamentos, métodos e processos atuais e mão de obra capacitada. Não se trata, segundo Leal, de simplesmente ocupar e modernizar algum edifício do AMRJ para cumprir um contrato de corvetas, mas de realizar uma ampla transformação.

Nesse ponto, o executivo Pieter Verbeek, diretor de desenvolvimento de negócios da Saab do Brasil, completou que o objetivo do grupo sueco não é apenas vender navios, e sim recapacitar a construção naval militar do país. Sobre isso, Alencar Leal também afirmou que, pela capacitação da Saab Kockums em construir de navios de superfície a submarinos e transferir tecnologia de ponta para países que, como o Brasil, têm capacidade técnica e de recursos humanos para absorver, trata-se de uma pretensão real.

Reforçou que há várias opções na mesa, que incluem não só o AMRJ mas diversos estaleiros privados, cabendo à Marinha decidir o caminho, caso escolha a proposta da Saab para as corvetas. Em qualquer dos casos, segundo Leal, a busca é por parcerias de longo prazo, ampla atuação tecnológica, com flexibilidade e qualidade. Ainda sobre o tema, informou que não só estaleiros estão sendo visitados, mas também navios da Marinha do Brasil, como a corveta Barroso (que serviu de base para o projeto melhorado da classe “Tamandaré”.

Exportações e perspectivas

A apresentação enfatizou, como já mencionado, o caso da Suécia ser um país pequeno (sua área é relativamente grande para padrões europeus, mas a população é pequena) que para viabilizar sua defesa focou em desenvolver o ciclo de vida de seus produtos e em exportar. Essa perspectiva também é válida para o caso das futuras corvetas classe “Tamandaré”, de forma que a modernização da capacidade de construção proposta pela empresa torne essa atividade competitiva, e que exportações de navios da classe possam gerar royalties para a Marinha.

Sobre as perspectivas de uma decisão a respeito do programa das corvetas, a situação política e econômica do país foi apontada como dificuldade para que se tenha uma escolha e início do processo antes do final do próximo ano, que é de eleições presidenciais. Ainda assim, Leal ressaltou que o grupo Saab tem condições de oferecer, além de sistemas, equipamentos e navios completos, formas de financiamento para viabilizar a proposta.

Além dos já mencionados Alencar Leal e Pieter Verbeek, os executivos Fredrik Hillbom e Robert Petersson participaram das conversas que se seguiram à apresentação e rodada de perguntas.

Professora Sabrina Evangelista Medeiros

Antes, o evento contou com exposição de Sabrina Evangelista Medeiros, professora associada da Escola de Guerra Naval, no Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM-EGN/MB). A pesquisadora de Ciência Política e Relações Internacionais fez uma exposição sobre cooperação internacional para segurança e defesa, no contexto das ações de reequipamento naval da América Latina, numa perspectiva geopolítica em que as oportunidades de cooperação devem ocorrer tanto entre países quanto dentro de um mesmo país (interagências).

O colaborador do Poder Naval viajou ao evento a convite da Saab

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João Brasil

450 milhões de dolares por uma corveta, qualquer empresa quer abocanhar essa grana.

Bavaria Lion

A “marinha” guarda costeira, com esse programa, ruma inabalavelmente para uma capitania de portos de má reputação. Logo a guarda aduaneira será mais poderosa.

Parabéns aos envolvidos.

Thom

Por causa do custo e tempo, espero que esse projeto não siga adiante.
Seria muito melhor comprar navios “prateleira” e navios de patrulha como o oferecido a Argentina por um estaleiro espanhol por um custo de 50 milhões cada.

Deveria era investir nas compras de oportunidades e nos subs, para ver se ainda veremos algum operacional nessa década.

Os “chefes” da MB, são muito incompetentes e megalomaníacos por projetos, só lembrando a modernização do A-12, que ultrapassaria 2 bilhões de dólares.

Alexandre Galante

A Barroso tem se mostrado um projeto bem sucedido, com o navio tendo demonstrado bom desempenho na missão de paz no Líbano.

Quem quiser conhecer mais sobre a Barroso, acesse esses links:

http://www.naval.com.br/blog/2008/08/19/finalmente-a-barroso/

http://www.naval.com.br/blog/2015/12/27/as-corvetas-classe-inhauma-e-barroso/

As Tamandaré serão ainda melhores, então investir nelas não é um erro, tendo em vista a baixa prevista das duas Type 22 restantes e das primeiras Vosper Mk 10.

Mas a MB precisa tocar futuramente o Prosuper, para adquirir pelo menos 5 ou 6 fragatas de maior porte. Isso poderá ser feito quando os pagamentos dos submarinos forem terminando e a economia melhorando.

Gabriel Medeiros Jacinto Masculino Silva

A MB poderia logo ir negociando um navio fragata tampão.

Fabio Souto.

Nunão essa foto do arsenal de marinha e atual? desculpe a pergunta o navio patrulha maracana
ja chegou no AMRJ?

Marcelo Andrade

Concordo com o Galante. Muita gente aqui critica este projeto. Não acho tão ruim assim e tb não dá para pegar um valor total de dividir por 4, tem várias variáveis, inclusive o próprio Custo Brasil intrínseco.

Mas também, precisamos revitalizar o AMRJ, taí um ótimo programa de Off-set, caso a Suécia leve esta concorrência, mataríamos dois coelhos com uma paulada: Descarregava o piano das escoltas um pouco e arrumava o Arsenal.

Daí poderíamos partir para o Prosuper descansando as Niteróis e Type 22.

Sei que serei crucificado, mas, pior do que tá não dá pra ficar!!!

Bavaria Lion

Pelo preço dessas corvetas dava pra comprar KDX II. Ainda que fosse o KDX-I, seriam navios mais capazes; Essa “classe” não logrará vendas externas, logo não haverá diluição de custos de desenvolvimento; Ela não serve para substituir ASW e ASuW das Type 22 e Vosper Mk.10 na arena de guerra do estado da arte. A meu ver sim, um erro crasso. Grave. Porém como eu disse quando o insubmersível teve sua primeira subsessão entregue: a marinha deixou de ser de guerra e passou a ser uma guarda costeira de patrulha.. Agora, prevejo apenas uma capitania de portos má afamada. Esse… Read more »

Ádson

Alexandre Galante 17 de outubro de 2017 at 15:30 Galante,tenho comigo que o projeto corvetas foi e é vitorioso, segue-se uma escalade evolução que não podemos jogar fora como foi feito com o conhecimento para construção dos IKL 109. Mas também sei da urgência de meios agora. Por essa urgência teríamos que correr atrás de trazer o Ocean, as OHP australianas, e darmos uma “pintada” (rsrs) nas Niteróis. Também seria de uma boa trazer o NaPaOc HMS Clyde, único dos três da classe com convoo que serão disponibilizados pela RN. Mais uma boa notícia sobre as Tamandarés, Jungmann proporá ao… Read more »

RL

Seja lá o que for, que venha logo.

Fresney

Galante, vendo essa foto ai vejo o NAE SP, alguma noticia dele?? foi vendido onde se encontra?? Podíamos vende-lo para a china igual fez a Ucrania!!!

Bavaria Lion

Certificado de usuário final…
Embora ainda ache que a frança não se oporia a venda do clemenceau.

Júnior P.

Thom disse: “Os “chefes” da MB, são muito incompetentes e megalomaníacos por projetos, só lembrando a modernização do A-12, que ultrapassaria 2 bilhões de dólares.” __________________________________________________ Não é à toa que o NAe foi posto pra escanteio quando o orçamento dos reparos se mostrou inviável… Mas, não vejo motivos para tanta raiva, e até acho que alguma lucidez tem se mostrado ultimamente nos planos da Marinha. Sou bastante favorável às compras de oportunidade, principalmente nesses tempos bicudos que vivemos. Também concordo que comprar de “prateleira” possa ser bom, mas não no caso das escoltas. Com as Tamandarés estamos falando de… Read more »

TukhAV

Para desfilar em missão de paz e servir de “base” para cerimônias pomposas de troca de comando regadas a autêntico champanhe essas corvetinhas dão para o gasto. Para a guerra, NÃO.

Adriano Luchiari

Thom disse:
“Os “chefes” da MB, são muito incompetentes e megalomaníacos por projetos, só lembrando a modernização do A-12, que ultrapassaria 2 bilhões de dólares.” Imagino que você se referiu ao CM anterior, e se o fez não errou. O atual CM é bem realista e está tentando consertar o estrago feito por aquela megalomania e má gestão, e creio que, com os recursos disponíveis, colocará a Gloriosa em melhor condição, seja por boas compras de oportunidade, ou pela construção das Tamandaré. Enfim, como alguns escreveram, pior do que está não pode ficar.

Bardini

A MB busca uma parceria de longo prazo?
.
Fincantieri…
.
Joga no peito deles e bota o Vard Promar pra trabalhar.
Quem sabe podem dar até alguma utilidade ao Atlântico Sul no futuro, que fica do lado…
.
Projetos eles tem. Fragata, NApLog, Patrulha, LHD e etc…

TukhAV

Bardini, a Saab kockums tem experiência com vasos de menor tonelagem. Eu gostaria de ver uma fragata leve derivada de uma Visby bombada, mas temo pela capacidade do fabricante adentrar em projetos de muito maior tonelagem que o habitual.

A fincantieri seria uma boa opção, principalmente no novo NPM que ela está construindo para a marinha italiana. Só pelamordedeus não me venham com essa história de ToT de matriz para subsidiária, como no caso das Kombis.

Adler Medrado

O pessoal falando em comprar navios coreanos ou espanhóis… Temos que desenvolver nossas plataformas mesmo que custem mais caro.

TukhAV

Adler, ninguém começa do zero o desenvolvimento de tecnologias. Chineses e coreanos são mestres nisso. O seu assombroso desenvolvimento econômico e militar se baseou numa sequência bem ordenada: primeiro copia (e ao contrário do que muitos pensam boa parte das cópias são autorizadas), depois aperfeiçoa a cópia e por fim desenvolve um modelo melhor a partir do original.

Ádson

TukhAV 17 de outubro de 2017 at 18:11
Tukhav, você sabe por que este projeto chama-se CV-03? Por que não começou do zero. Esse projeto começou nos anos 70 e teve as CV-1, CV-2 e agora a CV-3.

Robson

Poderiam oferecer esse São Paulo pros chineses… talvez eles concordassem em nos dar alguma grana por ele… Deixar paradao ai ocupando espaço e que não pode. Essa parceria com os Suecos seria muito boa, principalmente se eles colocassem o míssel anti navio deles como armamento. Também vejo os estaleiros coreanos como uma boa solução.

Uhtred Ragnarsson

Salvo engano, a FREMM do Marrocos custou 470 milhões de euros, o que dá cerca de US$ 553 milhões. Ou seja, caso se mantivesse esse preço e em uma conta de padaria, com o preço das 4 Tamandarés, compravam-se 3 FREMM e ainda sobrariam uns US$ 100 milhões.

Top Gun Sea

A SAAB tem mostrado que tem tecnologia, sabe desenvolver uma gama variada de armamentos e são parceiros até o momento mas, são 21 empresas a apresentar as suas propostas, vamos aguardar! Acho que a China, Seul ganha este certame, seus preços são melhores do que a grife europeia, principalmente a China. Penso que as Corvetas Tamandarés deveriam serem construídas em estaleiros particulares, há muitos por bons aqui. Se for esperar reformar o ARMJ que a própria marinha deixou acabar vai demorar muitos anos até o corte do primeiro aço e uns 8 anos até o comissionamento de uma tamandaré e… Read more »

Satyricon

É uma ótima notícia, principalmente pelo portifólio que a Saab possui, e sua expertise na integração de complexos sistemas navais. Àqueles que não saibam, o radar Sea Girafe dos LCS da US Navy são da Saab. O míssil antinavio RBS-15 também seria uma excelente adição e tanto à MB. Mas o mais importante a meu ver é que os suecos possuem linhas de crédito disponíveis para fomento de parcerias em projetos militares estrangeiros, haja visto o FX da FAB. E o que as CCT precisam é disso.

Roberto Bozzo

Nunca uma KDx II custaria o preço de um Tamandaré….nem se fosse de prateleira….

Sou fã dos navios sul coreanos, mas uma KDx II, com sensores e armas modernos, jamais sairia pelo valor de um Tamandaré.

Acredito, achismo mesmo, que uma KDx II com sensores e armamentos atualizados sairia por uns US$ 700 milhões, de prateleira.

Nunao

“Fabio Souto. 17 de outubro de 2017 at 16:13 Nunão essa foto do arsenal de marinha e atual? desculpe a pergunta o navio patrulha maracana ja chegou no AMRJ?” . Fabio, a foto é desta segunda-feira de manhã, e o futuro NPa Maracanã não está nela. Peço que pergunte de novo só daqui a 90 dias, por favor. . “Fresney 17 de outubro de 2017 at 17:07 Galante, vendo essa foto ai vejo o NAE SP, alguma noticia dele?? foi vendido onde se encontra?? Podíamos vende-lo para a china igual fez a Ucrania!!!” . Fresney, o NAe São Paulo se… Read more »

_RR_

Bavaria Lion ( 17 de outubro de 2017 at 16:48 );

Uma KDX-II, hoje, certamente vai custar de US$ 700 milhões pra cima… Se for uma KDX-IIA então… pode esperar aí mais de US$ 1 bilhão por navio…

No que tange a ASW e ASuW, não haverá nada a dever em sensores perante o que está presente em fragatas atuais dentro das três mil toneladas, e menos ainda se operar ‘full’ com um MH-16 ( e tudo indica que o fará )…

_RR_

TukhAV ( 17 de outubro de 2017 at 18:00 );

Creio que a ‘Visby’ jamais daria origem a uma fragata. É um vaso bem específico. Aliás, acho difícil ser algum dia exportada…

A SAAB já tem umas ideias para vasos de maior tonelagem. E eis um tipo que pode dar origem a ‘Tamandaré’, haja visto a própria MB ter manifestado que pode avaliar projetos que já estejam disponíveis nos estaleiros participantes.

FlexPatrol98: https://www.youtube.com/watch?v=HZ8MrffDWzs

NaPa FAC55 ( menor ), MCMV80 e o FlexPatrol98.

http://saab.com/globalassets/commercial/naval/situational-awareness/multi-role-surveillance-radar/sea-giraffe-all/sea-giraffe-ships-3-col.jpg

Alex Nogueira

Para mim o ideal seriam fragatas leves (3500-3800 toneladas) derivadas da Classe Avante 2400 da Navantia…

fabio Souto.

obrigado Nunão bela foto,curioso da para ver 3 corvetas classe Inhauma, de certo a CV Inhauma
ainda não foi pra sucata.

John Paul Jones

TUKHAV, você foi no ponto, a SAAB só construiu navios pequenos e a Kockuns só construiu submarinos de projeto alemão, e agora os suecos deram uma pernada nos mesmos alemães da Thyssen, enfim, se for realmente cobrado nas propostas que os navios sejam “Sea Proven” como está no chamamento publico os Suecos estão fora ….

John Paul Jones

Top Gun Sea, me permita discordar de vc, todos os projetos de sucesso da MB foram iniciados e terminados no AMRJ, como por exemplo as Fragatas Niterói e os Classe Tupi, em ambos os casos o AMRJ partiu do zero e concluiu a missão com sucesso. Por outro lado as Corvetas Classe Inhaúma construídas na antiga Verolme ….. Os NaPa Macaé no EISA ….. Me diga um case de sucesso em estaleiro nacional para navio militar ???, aliás me aponte um case de grande sucesso em estaleiro nacional para qq coisa ??, vamos abrir apenas uma exceção ao INACE, que… Read more »

Jr

Alex Nogueira, seria uma boa opção, outra opção que eu acho que cairia como uma luva para a MB seria a meko 200, a África do Sul comprou 4 delas e usa elas no Atlântico Sul sem nenhum problema, a Argélia também comprou duas e se não me engano o preço delas é mais ou menos o mesmo que estão especulando pelas Tamandarés

John Paul Jones

Apenas finalizando sobre os Suecos, alguém pode refrescar aqui a história “negra” do desenvolvimento do Torpedo pesado brasileiro TP 2000 pelos suecos na década de 90 ???.

Uma tal empresa sueca que junto com o governo enrolou a MB por anos até devolver os USD 51 M investidos pela MB após uma intermediação internacional ….

Uma empresa que lançava nos testes do torpedo uma versão antiga do torpedo, camuflada e pintada com as cores da versão nova para enganar os Oficiais inspetores da MB ….

Tem um passado nórdico recente por aí e um avião que ainda não voou ….

Nonato

Os chineses teriam interesse no São Paulo?
Achei interessante a idéia.
Capacidade para dar uma geral eles têm.
Quem sabe até para o Brasil mesmo já que os preços deles são bem em conta?
Os chineses são capazes de revirar tudo quem sabe até colocar catapulta magnética…

Rafael Oliveira

John Paul Jones,
Pelo menos os suecos devolveram o dinheiro, algo raro de acontecer.
E o Gripen E já voou.
Mas vou reforçar seu argumento: o casco da Inhaúma foi aprovado por especialistas suecos, que atestaram a qualidade do projeto.
Eu preferiria que a MB adotasse um navio já provado no mar. Opções não faltam.
Mas se vai pegar um projeto novo, que pelo menos arrume um sócio para dividir os custos. Os colombianos estão querendo construir uma escolta semelhante e podem ser bons parceiros. Só não vai se juntar com a Argentina rsrs.

John Paul Jones

Concordo com vc sobre a Colômbia, conceitualmente é o mesmo navio, uma Fragata leve e seria uma economia em escala sem precedentes na América Latina.

Com relação a Inhaúma discordo, se vc estiver falando das CVI a operação no mar daqueles navios foi sofrível …., eram chamadas de pata chocas pelo peso em lastro que tiveram de acrescentar ao projeto final completamente desbalanceado.

Quanto a devolução de dinheiro vc tá certo, mas eles só devolveram por causa do Gripen na época, ia pegar muito mal para a SAAB e o governo Sueco o vexame do torpedo ….

Burgos

Onde se lê AMRJ.
Leia-se Estaleiro SAAB CO.
A classe Tamandaré quando nascer
Já vai tá velha , como aquele filme “curioso caso do Benjamin Burton”, ou seja, já vai tá velha.
Até atualizar o AMRJ vai-se levar anos pra ser construída. E pelo preço acho que a Marinha pode adquirir coisa melhor no mercado.

Top Gun Sea

Nonato 18 de outubro de 2017 at 0:02 Os chineses teriam interesse no São Paulo? Achei interessante a idéia. Capacidade para dar uma geral eles têm. Quem sabe até para o Brasil mesmo já que os preços deles são bem em conta? Os chineses são capazes de revirar tudo quem sabe até colocar catapulta magnética… Nonato: Se o Tio San e os Franceses autorizassem a venda do A12 para os Chineses seria muito bom para o Brasil, para a China e para o próprio A12 que se livraria do scrap em Alang na Índia onde foi o destino final do… Read more »

Rafael Oliveira

John,
Foi isso que eu quis dizer ” reforçando seu argumento”.
O casco da inhaúma é uma porcaria e os suecos disseram que ele dava conta do recado. O IPT disse que era uma porcaria, mas a MB preferiu a opinião estrangeira.

Dalton

Top Gun… . não se trata dos EUA liberarem a venda do “A 12” para a China e sim que a China não tem o menor interesse por ele…talvez tivessem interesse 20 anos atrás, mas, não agora…os chineses compraram um casco inacabado, portanto, em boas condições para torna-lo viável…diferente do “A 12” que hoje conta 54 anos desde que foi comissionado pela marinha francesa. . O “A 12” foi pensado para uso até +/- 2025 quando então acreditava-se que um novo NAe estaria pronto ou quase pronto, conforme anunciavam revistas da época por exemplo, porém, o “desespero” de ver o… Read more »

leonel testa

As corvetas Tamandare de acordo com o almirante deve custar 350 milhoes de dolares
pelo menos foi o que eu li . E como ja disse desconfio demais desses preços coreanos e chineses

Delfim Sobreira

Vou começar a acreditar que encontramos nos suecos os aliados perfeitos.

Rafael Oliveira

A SAAB pode se dar bem nessa licitação de duas formas: sendo o contratante principal ou sendo fornecedora de alguns sistemas, como radares, mísseis e etc.
Conforme apontado acima, ela não tem experiência na construção de navios do porte da Tamandaré.
Por outro lado, apresentou, juntou com a BMT (britânica), o Venator 110, que me pareceu bem interssante.
E se vier financiado pelo Banco Sueco, com juros de 2,39% aa e pagamento após a última entrega, será um “aliado perfeito” rsrs.

Wellington

Acredito que o investimento alto desse porte, mesmo que maior se comparado a uma compra de prateleira , é válido! Pois agregaria muitos recursos ,muitos empregos diretos e indiretos, absorção de novas tecnologias e futuros protótipos. Mas… aqui é o Brasil, onde tudo se atrasa e o superfaturamento são reais. Para um país dessa importância no cenário mundial sendo a maior economia da América Latina e entre as 10 maiores do mundo. Além de imenso e rico em recursos , não se pode dar ao luxo de atrasar seus meios de defesa. O que eu quero dizer ,que se houvesse… Read more »

Hélio

Alguém sabe quanto custaria uma flexpatrol da própria SAAB? Olha, 400 milhões por navio é inadmissível, ainda mais por um navio que nem AESA tem.

Hélio

Para especular.

“A fabricante brasileira de aviões Embraer (EMBR3) está planejando sua entrada na construção de navios e está negociando com estaleiros do Brasil e do exterior a montagem de embarcações, afirmou o presidente da área de defesa e segurança do grupo nacional, Luiz Carlos Aguiar, em entrevista ao jornal ‘O Estado de S.Paulo’.

“Se fazemos avião, por que não navio”, afirmou Aguiar na entrevista ao jornal.”

https://www.google.com.br/amp/s/economia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/11/26/embraer-planeja-entrada-em-construcao-de-navios-diz-jornal.amp.htm

Top Gun Sea

Dalton 18 de outubro de 2017 at 8:39
Top Gun…
.
não se trata dos EUA liberarem a venda do “A 12” para a China e sim que a China não tem o menor interesse por ele…

Dalton
Com a China tudo é possível! Mas no momento certo!

Luiz Humberto

Investir nestas corvetas é um erro uma vez que as corvetas o oferecidas pela Rússia tem mas tecnologias e capacidade em armamento e custa a metade do preço.

Top Gun Sea

John Paul Jones 17 de outubro de 2017 at 23:23 Top Gun Sea, me permita discordar de vc, todos os projetos de sucesso da MB foram iniciados e terminados no AMRJ, como por exemplo as Fragatas Niterói e os Classe Tupi, em ambos os casos o AMRJ partiu do zero e concluiu a missão com sucesso…., John Paul Jones Acho que você não entendeu me! Não estou questionando a capacidade dos engenheiros navais da MB em executar o projeto e muito menos dizendo que estaleiros particulares são mais capazes! A análise que eu fiz foi sobre as condições operacionais dos… Read more »