Na última quinta-feira, 30 de novembro, a Marinha do Brasil divulgou nota sobre o recebimento, pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) do casco parcialmente construído do futuro navio-patrulha (NPa) Maracanã, transportado a partir do Estaleiro Ilha S.A. (EISA), onde era construído como casco EI-515 (a MB o denomina casco 137).

Segundo a MB, o recebimento ocorreu na segunda-feira, 27 de novembro, após uma operação de traslado por via marítima que foi iniciada com o trabalho de “Load out” do casco que se encontrava em galpão de construção do EISA. O traslado teve a duração de cinco dias.

O futuro NPa Maracanã é um navio da classe “Macaé”, com deslocamento de 500 toneladas e 54,2 metros de comprimento, com duas unidades até o momento em operação na MB: o Macaé (P70), líder da classe, e o Macau (P71), ambos construídos pelo estaleiro Inace.  O Macaé atualmente está subordinado ao 1º Distrito Naval (Rio de Janeiro) e o Macau ao 3º Distrito Naval (Natal).

Navio-patrulha Macaé, subordinado ao 1º Distrito Naval, fotografado pelo Poder Naval durante visita ao Porto de Santos

Retomada em 2018 – Na nota, a MB também informou que a retomada da construção do navio está prevista para 2018. A necessidade de transportá-lo ao AMRJ para sua conclusão deve-se ao fato de que, no final de 2015 o estaleiro EISA encerrou operações e demitiu cerca de três mil funcionários, na Ilha do Governador.

Os portões foram lacrados e a presidência do estaleiro – controlado pela holding Synergy Shipyards -, justificou o corte de pessoal pelos impactos da recessão econômica e da operação Lava-Jato. O Estaleiro Ilha S.A (Eisa) confirmou na mesma época em nota que tinha entrado com pedido de recuperação judicial. Na época, cinco navios da classe “Macaé” estavam encomendados ao estaleiro, sendo o futuro Maracanã o casco com trabalhos mais adiantados.

Nesta imagem e na anterior, casco do futuro NPa Maracanã quando sua construção ainda ocorria no EISA

Tranship – Para o serviço de remoção e transporte foi realizada uma licitação para contratação de empresa especializada, cuja vencedora foi a Tranship Transportes Marítimos Ltda, com o preço global de R$ 2.447.500,00 pelo serviço. A outra proposta era da Locar Guindastes e Transportes Intermodais S.A., que apresentou o preço de R$ 2.735.457,00. Todo o processo de processo de contratação do serviço foi divulgado e suas diversas etapas podem ser consultadas clicando aqui.

Na foto divulgada pela MB, vê-se o casco sobre uma balsa, além de outros itens. Para sua conclusão, o navio deverá primeiro ser separado da balsa, numa operação de lançamento do casco no interior do dique Almirante Régis do AMRJ, segundo divulgado no edital da licitação. Selecionamos e transcrevemos abaixo alguns trechos do Anexo I do edital (disponível no link indicado no parágrafo acima), para que os leitores possam entender melhor os passos e a complexidade do trabalho. Eventuais erros de digitação são nossos.

Trechos do Anexo I do edital de licitação

“1 Propósito
Em face da rescisão do contrato de construção de Navios-Patrulha de 500 toneladas (NPa-500), firmado entre o Estaleiro Ilha S. A. (EISA) e esta Diretoria de Engenharia Naval (DEN), e do trânsito em julgado do Processo Administrativo de Rescisão Contratual (PAdRes) e do Processo Administrativo de Execução da Rescisão Contratual (PAdExRes), este último instaurado visando à necessária Apuração de Haveres e Deveres, se faz necessária a tomada de posse do objeto pela Marinha do Brasil (MB).

Desta forma, o presento Projeto Básico (PB) tem como propósito estabelecer os parâmetros necessários à remoção do casco EI-515 (futuro Navio Patrulha “Maracanã”), parcialmente construído no EISA, cuja entrega será no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).

Conforme detalhado no anexo A, insta salientar que a remoção em questão se trata de um serviço complexo e específico, não tendo natureza comum, por necessitar de infraestrutura, apoio logístico e capacitação técnica, não disponíveis na Força para tal, tendo em vista retirar o casco do EISA, transportá-lo, por via marítima, até o AMRJ, entregando-o, com segurança, a essa Organização Militar, o que justifica a abertura de processo licitatório para a contratação desse serviço.”

“4.2 Serviços a serem prestados pela futura CONTRATADA
Para a realização dos serviços de remoção do casco EI-515, do EISA para o AMRJ, a futura CONTRATADA realizará os seguintes serviços:
a) Preparação do casco para o “load out”, no Galpão 4A do estaleiro EISA;
b) Remoção do casco do EISA, com destino ao AMRJ, por meio de operação de “Load Out”;
c) Transporte do casco em balsa, por via marítima, até o AMRJ;
d) Atracação da balsa no AMRJ, pelo tempo necessário para a realização dos serviços, pelo AMRJ, necessários à condição adequada de flutuação do casco; e
e) Lançamento do casco no interior do dique seco do AMRJ.
A descrição detalhada dos serviços está na Especificação de Serviço de Engenharia (ESE) constante do anexo A e dos documentos nele referenciados.”

“4.4 Regime de Execução
4.4.1 O regime de execução será o de empreitada por preço unitário, sendo que a adjudicação se dará para o menor preço global;”

“4.5 Localização e Rotina de Trabalho
4.5.1 O serviço será executado no EISA (Galpão 4ª e adjacências) e no AMRJ (cais do Edifício nº17 e adjacências, dique seco Almirante Régis);”

“7 PRAZO DE EXECUÇÃO E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO
7.1 O prazo para realização da manobra obedecerá o disposto no CFF apresentado pela futura CONTRATADA, que deverá ser elaborado em concordância com os prazos e percentuais apresentados no anexo C deste PB, sendo que a data de início da manobra (Dia D+30) será confirmada pela DEN à CONTRATADA por meio de assinatura da Autorização para Execução de Serviço (AES), constante do anexo D, a ser efetuada no dia (D+5);
7.2 O prazo estimado total para realização dos serviços, a contar da data de assinatura da AES será de 90 (noventa) dias corridos, incluído o prazo estimado de 30 dias para a execução dos serviços de preparação para o lançamento, realizados pela MB, os quais poderão variar conforme os dias efetivamente utilizados pela MB para os serviços de preparação do navio para o seu lançamento.

7.3 Em face da complexidade dos serviços, os quais dependem, inclusive, de boas condições meteorológicas, considera-e adequado que o contrato tenha sua vigência estendida em 30 (trinta) dias corridos além dos 90 (noventa) dias estimados para a execução dos serviços. Logo, o contrato terá vigência de até 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da publicação do extrato do Contrato no DOU, a teor do art. 61, parágrafo único, da Lei n.º 8666/93;”

“8 CUSTO ESTIMADO
8.1 O custo para os serviços foi estimado com base na média de orçamentos obtidos junto a empresas especializadas em operações de “load-in / load-out” e transporte de navios em condições similares ao previsto neste Projeto Básico.
8.2 O custo estabelecido é composto de:
8.2.1 Custo básico – R$ 1.855.000,00 (um milhão, oitocentos e oitenta e cinco mil reais), referentes aos serviços de “load-out”, transporte marítimo e lançamento, considerando, ainda, a franquia de 10 (dez) dias corridos de disponibilidade de balsa, carreta e/ou rebocadores; e
8.2.2 Custo variável – R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais), referentes ao valor estimado da diária de balsa, rebocadores e/ou demais equipamentos, de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), multiplicado pelo período estimado de 30 (trinta) dias de utilização. Tais diárias serão contabilizadas, por dia de utilização, no que exceder a franquia de 10 (dez) dias inserida no custo básico. Os 30 (trinta) dias adicionais foram estimados considerando a necessidade de realização, pela MB, de serviços visando ao lançamento do navio.
8.3 Logo, para fins de adjudicação, o custo total estimado para os serviços é de R$ 3.685.000,00 (três milhões, seiscentos e oitenta e cinco mil reais), estando inclusos todos os encargos, taxas e impostos incidentes sobre o mesmo, seguro marítimo RCA-C, além de todos os serviços especificados Especificação de Serviços de Engenharia constante do anexo A deste PB, tais como supervisão, manutenção, direção, administração, mão-de-obra, equipamentos, adicionais de salários, ferramentas, transporte de pessoal, alimentação, as despesas com leis sociais e trabalhistas, impostos, licenças, emolumentos fiscais e outras despesas, inclusive lucro, necessários à perfeita execução dos serviços ora contratados, bem como quaisquer outros custos decorrentes do objeto contratado.”

“Balsa – Resistência estrutural do convés completamente adequada à manobra imposta pelo Navio, em um mínimo de 500 (quinhentas) toneladas, controle de lastro destinado à compensação de calado, banda e trim devido aos efeitos de ondas, ventos, maré, deslocamento de carga no convés e outros fatores intervenientes que influenciem o equilíbrio e segurança do conjunto balsa e Navio.
Deverá possuir capacidade de ser totalmente alagada e mantida no fundo do dique de modo a possibilitar a docagem e desdocagem do Navio e ter suas dimensões principais compatíveis com as restrições do dique “Alte. Régis”; do canal de acesso ao cais sul interno e da bacia de manobra em frente ao Edifício 17 do AMRJ; da altura do cais e das condições de maré reinantes, além de restrições e condicionantes decorrentes das circunstâncias do local.”

“Após a atracação da balsa nocais do AMRJ serão finalizados os preparativos para a flutuação do Navio, a cargo da MB. A previsão para o período de atracação da balsa ao cais antes da movimentação para o interior do dique seco é de até 40 (quarenta) dias.”

“Após o posicionamento da balsa, com o Navio, no interior do dique, a CONTRATADA deverá preparar a mesma para que a possa permanecer no fundo do dique por ocasião do seu alagamento, e certificar-se que esteja em condições de desdocar o Navio.”

“O AMRJ providenciará a recolocação da porta batel e início do esgotamento do dique; A balsa será docada no AMRJ e atenderá o plano de docagem fornecido pela CONTRATADA.”

“Uma vez verificada a prontificação da balsa, o GERENTE DA CONTRATADA deverá notificar por escrito ao Fiscal do Contrato para que o alagamento do dique possa ser iniciado, quando, então, o AMRJ procederá a desdocagem do Navio.”
“Logo depois de completado o alagamento do dique, a CONTRATADA deverá cumprir todos os procedimentos de verificação preconizados no PIT, após o que o GERENTE DA CONTRATADA informará ao Fiscal do Contrato, apresentando todas as listas de verificação pertinentes devidamente preenchidas, de forma que a porta do Dique possa ser retirada.”

“O AMRJ procederá a retirada da porta batel, e consequente retirada do Navio, após o que, será reposicionada a porta batel para proceder novo esgotamento do dique.”

“Após o esgotamento do dique, a CONTRATADA realizará nova preparação da balsa para que a mesma volte a flutuar durante o alagamento do dique.”

“A CONTRATADA será integralmente responsável por restituir ao EISA os berços utilizados nas condições em que se encontravam antes do início das operações.”

COLABOROU (indicação da notícia): Adson

SAIBA MAIS:

Subscribe
Notify of
guest

96 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
diego

Boa noticia, será que existe alguma previsão real de finalização…

diego

O Brasil poderia comprar 4 cascos prontos das type 055 e finalizar o recheio no AMRJ, creio que seria mais rapido para comissionar…

Renan

o Custo deste é de R$ 80 milhões unidade
meu DEUS.
fim dos tempos

Antonio

Segundo a Wikipédia, a versão de exportação de uma corveta chinesa Type 056 (1.500 tons de deslocamento) custa US$ 50 milhões. Nada mal. https://en.wikipedia.org/wiki/Type_056_corvette

Roger

Pelo que li na descrição do contrato, vai ser necessário um prazo (estendido) de até 120 dias para concluir a entrega do NPa completo é isso ? Mas pelo que vi nas fotos só o casco está pronto, dá fazer pintura interna /externa, montagem de todos equipamentos, juntos com casa de máquinas e todo armamento nesse prazo ?

Thom

INACE é um ótimo estaleiro.
Só lembrando que uma fragata é diferente de um NPa. Alias o que é mais caro em um navio de guerra é o “recheio”, coisa que NPa não tem.

Ateu Libertador

esse navio opera em mares revoltos?

Ádson

“Antonio 2 de dezembro de 2017 at 14:08”
Antonio, pelas características ela seria menos do que precisamos para uma corveta, mas se retirar os sonares, os torpedos os mísseis, o 76 mm e os dois de 30, colocarmos como arma principal um Bofors L70 e duas metralhadoras de 20, uma em cada bordo, baratearia ainda mais e o tornaria em um NPaOc muito interessante. Nos serviria plenamente.

Ádson

Ops, plenamente não, fui observa-lo melhor e descobri que não tem hangar.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
Satyricon

Boa!
E o que ficou pra traz (menos acabado)?
Vai continuar no EISA?

Manuel Flávio

Alguém sabe quanto tempo irão durar as obras para a finalização do NPa Maracanã?

Marco

Enquanto os Políticos e os Estaleiros não mudarem não da para fazer nem NaPa “fora da casa” ou seja fora do AMRJ, então se quiser frota mesmo, só compra de oportunidade ou compra Internacional, senão será sempre assim; NaPa a custo de Corveta e Corveta a custo de Fragata… Naquele prazo…”culpa da Lava a Jato” ta bom, voces acreditam? Já tiraram o “sumo” do contrato! Compras de oportunidade já! Se possível compra do Chines algo novo, B&B e sem turbina por favor! A “hora de vôo” da RR ta muito cara! Chega de Décadas fabricando a pinga gotas… O tempo… Read more »

Marco

Enquanto isso as Corvetas MEKO 140 da Argentina estão “muito bem obrigado”, varias delas estão agora no mar, o hangar é “Pantográfico”, se for barato e para operar com os Esquilo, “wy not?”

Audax

Thom 2 de dezembro de 2017 at 14:27
INACE é um ótimo estaleiro.

Não é aquele estaleiro cujos donos foram presos junto com um Almirante em 2009?

Ferreira Junior

Quais serão os armamentos desse navio?

MO

o mesmo dos Mururus, ver NPa Macaé

Veja aqui, postasgem muito completinha sobre os Mururus, vale a pena a leitura, vai te tirar tods as duvidas sobre a classe = http://www.naval.com.br/blog/2015/08/18/conheca-o-npa-macae-junto-com-o-poder-naval-e-o-santos-shipphotos/

Nunão

Ferreira Junior, os mesmos dos demais da classe: canhão de 40mm e metralhadoras de 20mm.

Acho estranho tantos comentários desconhecendo uma classe que tem praticamente 10 anos já na MB…

Pra quem quiser saber mais, recomendo a matéria abaixo:

http://www.naval.com.br/blog/2015/08/18/conheca-o-npa-macae-junto-com-o-poder-naval-e-o-santos-shipphotos/

Ferreira Junior

Salvo engano Nunão, eu li algo a respeito dos futuros Macaé terem mísseis, torpedos, defesa antiaérea. Semelhante a uma classe de navios russos que foi lançada recentemente.

MO

possivelmente alguma conjectura dos classe Amazonas, mas possivelmente por parte de ideias de foristas, não ha ideias destes armamentos nos Amazonas por parte da Marinha

Nunão

” Roger em 2 de dezembro de 2017 at 14:18 Pelo que li na descrição do contrato, vai ser necessário um prazo (estendido) de até 120 dias para concluir a entrega do NPa completo é isso ? Mas pelo que vi nas fotos só o casco está pronto, dá fazer pintura interna /externa, montagem de todos equipamentos, juntos com casa de máquinas e todo armamento nesse prazo ?” Roger, você entendeu errado. Os trechos selecionados do Anexo I do Edital se referem ao contrato para todas as etapas de remoção, transporte e lançamento do navio, dentre as quais a maioria… Read more »

Nunão

Pará = para.
O corretor automático do celular deve estar querendo viajar pra Belém.

Ferreira Junior

Ou foi algo sobre a classe Amazonas, ok Nunão.

Ferreira Junior

Obrigado por responder. Espero que a MB instale os opcionais, e até mesmo torpedos, eis que na Segunda Guerra Mundial, no Pacífico usaram (EUA) lanchas torpedeiras praticamente feitas de madeira.

Bardini

Economizaram uma boa grana colocando uma Typhoon by Rafael, equipada com canhão 30 mm nesse futuro NPa.

Bardini

É correto dizer que a Marinha errou por não ter escolhido o Inace para construir esses navios?

MO

Não creio, a construção dos dois Gururus por eles tbm n~são foi nada demais, não acho que foi um erro nao ter construido la, foi um tremendo azar por causa da falência do EISA, mas acho que se houvesse interesse e carteira disponibilizada os estaleiros de Itajaí poderiam eventualmente fazer tão bem quanto

Top Gun Sea

Como fica o custo/ prejuizo por não cumprimento do contrato por parte da EISA, só este translado de 2.500 milhões de reais daria para finalizar toda a eletrônica desse Maracanã. Será que eu vou pagar conta tambem!

Top Gun Sea

Fernando “Nunão” De Martini 2 de dezembro de 2017 at 21:00

Valeu Nunão não deixa de ser uma luz. Espero que o jurídico da MB esteja atuando no caso.
Obrigado.

Audax

Top Gun Sea 2 de dezembro de 2017 at 21:06
Será que eu vou pagar conta tambem!

EISA fechou por causa de um calote que recebeu da Venezuela graças a estreita relação do governo passado com aquele país. Claro que iremos pagar a conta. Tem alguma dúvida?

Luiz Monteiro

Prezado Top Gun Sea,

O NPa Maracanã deve ser incorporado ao 4° DN em 2020.

O NPa Mangaratiba e NPa Miramar também serão removidos para o AMRJ. Entretanto, em função dos seus estágios diversos de construção, as operações de remoção são diferentes em sua natureza técnica, ensejando processos licitatórios diferentes.

Abraços

Ferreira Junior

Que assim seja, para guerra antisubmarino.

Airacobra

Souto, cadê você meu filho?

Guizmo

Pois é!! Cadê o Souto??

Top Gun Sea

Luiz Monteiro 2 de dezembro de 2017 at 23:13
Prezado Top Gun Sea,

O NPa Mangaratiba e NPa Miramar também serão removidos para o AMRJ. Entretanto, em função dos seus estágios diversos de construção, as operações de remoção são diferentes em sua natureza técnica, ensejando processos licitatórios diferentes.

Luiz Monteiro 2 de dezembro de 2017 at 23:13
Obrigado pela informação!
É brincadeira não é!
As coisas boas para a MB já é tão difícil de acontecer, quando tem condições de mandar fabricar um vaso o que tem sido raro nos tempos de hoje, acontece essa zica toda – vai entender!

308

O estaleiro EISA pertence ao mesmo grupo da empresa Avianca de aviação. Aquela que tem preços de passagens exorbitantes, motivo pelo qual é muito utilizada pelos políticos para poderem voar sossegados sem serem importunados pelos demais passageiros.

Nunão

“Ferreira Junior 3 de dezembro de 2017 at 0:34 Que assim seja, para guerra antisubmarino.” Ferreira Junior, aí já precisa instalar um bom sonar no navio, um COC (veja matéria recente sobre COC). Praticamente só marinhas que têm em seus cenários de operação mares mais restritos utilizam navios de 500t pra guerra antissubmarino – caso por exemplo da Marinha Sueca. Tem várias matérias recentes que falam de navios da marinha sueca dessa faixa de deslocamento. A utilização principal desse navio classe Macaé, e seu possível sucessor NPa 500 BR é patrulha marítima. É interessante que tenha provisão para receber, em… Read more »

Ferreira Junior

Imagino um navio destes patrulhando em tempo de paz, e desarmado. Ontem como hoje, como dizem – existem os submarinos e os outros… Algo assim. Nosso litoral é bastante diversificado, não sou expert, longe disso, mas acredito piamente que por menor que você seja (navio patrulha), deve estar preparado. Senão, vamos ter uma marinha de guarda costeira. O tempo dos grandes navios está acabando, tudo hoje em dia é miniaturizado. Por exemplo 3 navios patrulha russos equivalem a um cruzador da marinha dos EUA. O PREÇO DE UM CRUZADOR DA MARINHA DOS EUA, DÁ PARA CONSTRUIR 30 NAVIOS PATRULHA RUSSOS.… Read more »

Walfrido Strobel

Top Gun Sea, o jurídico da MB deve estar acompanhando, mas na justiça a MB é representada pela AGU que costuma ter advogados bem inferiores aos feras contratados pelas empresas como as do grupo a que pertence a EISA.
Só o fato da MB ter conseguido retirar o navio do estaleiro ja foi uma vitória, pois se não tivesse conseguido ele apodreceria lá até ser leiloado como sucata para pagar as dívidas trabalhistas e impostos do estaleiro.
Claro que a conta vai ser paga por nós, simples mortais.

Gaineth

Mexeram os pauzinhos($), tiraram do INACE e olha no que deu!!!

César A. Ferreira

O Arsenal o completa em questão de meses.

Bardini

Ferreira Junior 3 de dezembro de 2017 at 12:26 . “Senão, vamos ter uma marinha de guarda costeira.” A MB é Marinha de Guerra, Guarda Costeira, CFN e por aí vai, tudo ao mesmo tempo. Não faz só a Guerra. Aplicar a lei na ZEE é uma de suas funções. Pra isso, NPa não precisa ser armado com ICBM… . “O tempo dos grandes navios está acabando, tudo hoje em dia é miniaturizado.” Acho que você precisa dar uma olhada nos novos projetos que estão lançando. . “Por exemplo 3 navios patrulha russos equivalem a um cruzador da marinha dos… Read more »

Ferreira Junior

Quem foi que falou em armas nucleares (ICBM – Bardini) em um navio patrulha?! Nossos recursos tem de ser aproveitados. O Brasil não pode e não deve mais se resumir a insignificante condição de mero espectador, temos de ter uma marinha de GUERRA.
ALGUÉM esquece o ditado romano. Se queres a paz, prepara-te para a GUERRA.

Walfrido Strobel

Eu reclamava muito do pouco armamento dos navios de patrulha brasileiros, mas a uns anos um Oficial da Armada explicou com paciência e detalhes que o emprego de navios pequenos e muito bem armados pode ser válido em arquipélagos cono a Indonésia ou costa recortada como a dos países ao norte da Europa. Neste marzão aberto como o nosso um navio pequeno pode ser usado como patrulha costeira, com um canhão de 30 ou 40mm, canhões menores ou metralhadoras .50 na lateral e sem mísseis, fazendo serviço de Guarda Costeira que não temos. Para mar aberto temos que ter bons… Read more »

Alfredo Araujo

Ferreira Junior 3 de dezembro de 2017 at 12:26
“Por exemplo 3 navios patrulha russos equivalem a um cruzador da marinha dos EUA.”
.
Deve ser exatamente por isso que eles (russos) estão reformando seus cruzadores nucleares…
Ops… tem algo de errado ai

Ferreira Junior

Realmente tem algo errado aí, só estão reformando, e não CONSTRUINDO NOVOS. Vem cá por que alguns de vocês defendem tanto que nossos navios patrulha sejam armados apenas com canhões? Tem algo errado aí? Não acham?
Aliás não é só a Marinha russa que segue a doutrina de armar e bem armados até os navios patrulha.

Ateu Libertador

Este navio opera em alto mar? em mares revoltos?

é possivel arma lo e substituir as corvetas por ele?

Nunão

Opera em alto mar como navio patrulha, e sua tonelagem foi definida como adequada para patrulha na região do pré-sal, mas idealmente seu emprego é mais costeiro que oceânico. Não substitui corvetas, não dá pra colocar num navio de 500t as armas e sensores que equipam um navio de 2700t. É um navio-patrulha, de uma categoria planejada para inicialmente aumentar a frota que equipa os grupamentos de patrulha dos distritos navais e, mais pra frente, substituir navios-patrulha atuais que atinjam seus limites de vida útil, conforme se construam mais. Tem link sugerido em comentário mais acima para quem quiser saber… Read more »

Walfrido Strobel

Eu não conheço as vantagens e desvantagens do uso de navios de alumínio, a única coisa que li contra foi sobre um navio americano atingido por um Exocet em que o incendio passou de um piso ao outro pelo alumínio que se deformou e abriu, coisa que o aço não faz. Mas vejam como é bonito na construção, parece mais limpo e caprichado, aqui neste vídeo mostra outro patrulheiro da Indonésia construido por outro estaleiro, é bem diferente, o modelo PC-40 não usa misseis e tem um canhão OTO Melara Marlin-WS (Modular Advanced Remotely controlled Lightweight Naval Weapon Station) 30mm,… Read more »

Ateu Libertador

Nunão

“Não substitui corvetas, não dá pra colocar num navio de 500t as armas e sensores que equipam um navio de 2700t.”

mas quanto pesa os misseis, torpedos, sonar e radares de uma corveta?

500t é a capacidade de carga ou todo o deslocamento?

se for todo o deslocamento, qnto sobra p a carga?

Nunão

500t deslocamento carregado.
Não é só armamentos que contam, tem que colocar sensores, sistemas de direção de tiro, munição, sistemas de combate, pessoal pra operar tudo isso, geradores pra eletricidade que isso consome, sistemas de arrefecimento pros equipamentos funcionarem direito. Tem um porquê, aliás, varios, pra que navios tenham armamentos, deslocamentos e alcances compatíveis.

Não dá pra explicar tudo num comentário, mas o campo busca do blog dá acesso a milhares de matérias onde dá pra aprender bastante. Boa pesquisa e boa leitura!

MO

500 t. seria o deslocamento

MO

Oi Walfrido, ha um caso mais famoso ainda no caso do alumínio, o Sheffield, onde ha farto material sobre o tema (entre outros navios, claro)