O destróier porta-helicópteros Izumo DDH-183

O destróier porta-helicópteros Izumo DDH-183

O governo japonês decidiu adquirir a aeronave de caça furtiva de decolagem curta e aterrissagem vertical (STOVL) F-35B como parte do novo plano de defesa a ser esboçado no próximo mês. Esta informação foi relatada pela mídia japonesa Nippon News Network (NNN).

A aeronave embarcada seria adquirida para ser desdobrada pela Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF) em dois “destróieres porta-helicópteros” da classe “Izumo”, JS Izumo e JS Kaga. As duas embarcações – as maiores da frota da JMSDF, com um deslocamento de 27.000 toneladas (carga total) e um comprimento de 248 metros, seriam modificadas para acomodar a aeronave.

O primeiro navio da classe, Izumo, foi lançado em 6 de agosto de 2013. O navio foi incorporado em 25 de março de 2015. O Kaga foi incorporado em 22 de março de 2017. O F-35B é um derivado do F-35A já operado pela Força Aérea Japonesa.

De acordo com a reportagem da NNN, a decisão do governo japonês de introduzir o F-35B está relacionada à consolidação da expansão da China no oceano. O Japão tem como objetivo fortalecer as capacidades de defesa das ilhas do sudoeste, incluindo as ilhas Senkaku.

O governo japonês irá incorporar sua decisão no Defense Outline, que será anunciado no mês que vem, depois de mostrar essas políticas tanto para o Partido Liberal Democrático (LDP) quanto para os partidos Komei.

Em fevereiro de 2018, o Yomiuri Shimbun informou que o Japão planejava adquirir 40 caças F-35B de decolagem e pouso verticais, que poderiam ser operados a partir desses navios com algumas alterações. Em março deste ano, o LDP determinou que o governo japonês desenvolva seus próprios porta-aviões e opere a aeronave F-35B, que deve incluir a reforma da classe “Izumo”.

F-35B
F-35B
JS Kaga
JS Kaga

FONTE: Navy Recognition

Subscribe
Notify of
guest

42 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
TeoB

bem, então o japão terá dois porta aviões…
e a corrida segue…

Luiz Monteiro

Prezados,

Na guerra naval moderna, as Forças Navais precisam de componente aéreo. Do contrário, serão derrotadas por um oponente que o possua. O Japão também sabe disso.

Mudando de assunto. Conforme já nos tinha sido adiantado por amigos da RN, os dois LPD da classe Albion não serão descomissionadas tão cedo.

https://www.defensa.com/otan-y-europa/royal-navy-conservara-buques-anfibios

Grande abraço

Marcelo Zhanshi

Eu sou da turma que perdia a paciência com os comentários perguntando se dava para operar F35 no Atlântico. Maaaaaaaaaaaas…acompanhemos os Japa. Bora esperar eles concluírem o projeto. Se der certo podemos ver a viabilidade de aplicação na MB. Está na cara qur os Japas estavam só esperando os testes no Queen Elisabeth para ter certeza das capacidades do F35 em rampas. Façamos o mesmo, vamos esperar eles conseguirem fazer isso nos Izzumo e ver se dá certo. Essa reforma deve envolver duas grandes modificações, uma no revestimento da “pista” (não sei se é esse o nome) e outra na… Read more »

Dalton

Apenas os 2 “DDHs” maiores de “27.000” toneladas estão sendo considerados para operar com o F-35B…e não os 2 menores que tem tamanho similar ao “Atlântico” e outro ponto vantajoso que eles tem sobre navios anfíbios é a maior velocidade…um dos motivos deles serem chamados de “destroyers porta helicópteros” ou “escoltas porta helicópteros” como também já vi é sua impressionante velocidade máxima que também é um pré-requisito para um Nae clássico. . O “Atlântico” parece com um “Invincible”, mas, pelo que se sabe foi construído de forma mais simples e isso poderia exigir um reforço estrutural para operar rotineiramente aeronaves,… Read more »

Marcelo Zhanshi

Bem esclarecedor. Obrigado.

Dalton

Assim como os fuzileiros dos EUA pretendem operar o F-35B principalmente a partir de bases terrestres, os japoneses aparentemente querem a mesma coisa já que o F-35B não precisa de pistas muito longas para decolar de forma convencional e há ilhas japonesas que não contam com pistas muito longas. . Se eles seguirem totalmente a doutrina americana, um esquadrão será capaz de fornecer um destacamento para o “DDH” , como o esquadrão de 16 F-35Bs dos fuzileiros navais dos EUA baseado no Japão que fornece um destacamento de 6 aeronaves ao USS Wasp, mas, em caso de necessidade, todo o… Read more »

Rafael_PP

Dalton, a operação dos F-35B nos DDH significará um sacrífico muito grande na capacidade ASW dos navios?

Se sim, seria realmente vantajoso ‘abandonar’ sua principal missão, para qual a embarcação foi desenvolvida nos mínimos detalhes, em prol de uma capacidade que não será plena?

Dalton

Rafael… . nenhuma necessidade de “abandonar” a função A/S…o “DDH” japonês tem até espaço para operar mais helicópteros do que hoje opera, então esse espaço ocioso poderia ser ocupado por um destacamento de F-35Bs , dessa forma ele será a versão japonesa do “Sea Control Ship” que esteve em estudo para a US Navy nos anos 1960 , que iria operar uma combinação de helicópteros A/S e AV-8Bs(Harriers) e seria relativamente veloz, embora mais lento que os “DDHs” do Japão. . Ainda penso que o F-35B seria usado mais vantajosamente a partir de bases terrestres e como um bônus, os… Read more »

Franz A. Neeracher

Jovem Dalton!

Quantos F-35C a USN planeja nos seus esquadrões de ataque? Até agora só existe o VFA-147….estou na dúvida se são 10 ou 12 por esquadrão…
Na USAF são 24 F-35A e no USMC são 16 F-35B em cada esquadrão de ataque.

Dalton

Franz ! . apenas 10 aeronaves por esquadrão, que deverão substituir justamente os 2 esquadrões de 10 “Super Hornets” que hoje embarcam nos NAes …os outros 2 esquadrões tem 12 aeronaves cada, totalizando 44 aeronaves de caça/ataque e esse número total não deverá ser alterado. . Os futuros 4 esquadrões de linha de frente do USMC que também irão operar com o F-35C também contarão com 10 aeronaves, como aliás, os atuais esquadrões com o FA-18C. . Para aumentar a disponibilidade e sacrificar menos os “Super Hornets” dentro de uns 8 anos um destacamento de 5 aeronaves não tripuladas começara… Read more »

Garcia

Se for confirmado, então a Coréia do Sul provavelmente seguirá o Japão, resta saber se a classe Doko suporta tal modificação.

Vovozao

26/11 – segunda-feira, bdia, somente uma pergunta, antes era ”destroieres porta-helicoptero”, e agora, qual o nome eles darão ” destróieres porta-avioes”. Atenção dia 14/12, está chegando.

Marcelo Zhanshi

Sim, finalmente. Riachuelo vem aí dia 14!!!

Ronaldo de souza gonçalves

As modificações no Atlântico é bem possível é claro desejável, é claro que devamos ter confirmação sem venderia os f-35b para o Brasil senão é jogar dinheiro fora é pesar o navio atoa, se eles venderem poderemos no futuro contratar aquele porta helicóptero já com o chapeamento no piso e comprar mais aviões e deixar a Fab com os grispen.manter os falcões eos A-4 para formar pessoal.
O único adversário eo o Paulo guedes que já contratou levi mão de tesoura que cortam tudo.Bolsonaro vai ter que conter um pouco esses da turma de chicago.

Ronaldo de souza gonçalves

È bastante provável que esse projeto japonês dê certo,e também podemos fazer no Atlântico por um preço moderado mesmo para operar poucas aeronaves.Será que os EUA vai vender para a gente é preciso confirmar antes.Apesar que acho que sonhar com Porta-aviões e gastar os poucos recursos que temos.1* devemos definir a Marinha que queremos 2* a Marinha que é possível mas sem planos mirabolantes.

Shandowlord

Dalton 26 de novembro de 2018 at 9:28

Perfeito o comentário como sempre, sim os japoneses estão analisando operar os F-35B em terra fora do arquipélago principal nas ilhas mais distantes.

Helio Eduardo

Prezados, Que eu me lembre, discutimos esta possibilidade em matéria própria sobre os Izumo e em matérias sobre o PHM Atlântico e, se a memória não me falha, aqui foi dito que a construção da segunda unidade, o Kaga, já tinha, de raiz, melhores reforços prevendo a possibilidade de uso do F-35B. À época afirmei que bastaria o Japão decidir e eles teriam F-35B nos Izumo, porque não lhes falta (i)grana, (ii)conhecimento, (iii)vontade política e seriedade no trato da Defesa e, sobretudo, (iv)um Dragão na sua porta. Estamos assistindo ao renascer da Marinha do Sol Nascente com capacidades ofensivas, embora… Read more »

cwb

Prezados:
Num médio prazo esse esse projeto poderia ser utilizado pela nossa marinha adaptando o projeto na parte referente ao armamento a realidade do Atlântico Sul?
Sei que a operação do f 35 é caro mas seria possível?

Flávio Henrique

É capaz do custo ser equivalente a um Catobar com capultas a vapor, já que o custo do navio seria menor. Mas tem alguns porem o ALIS é compartilhado de modo que se tentarem “derruba” a frota de um país por meio de uma cyber-ataque “derrubaria” a frota de todos operadores exceção de Israel…Já que eles tem uma AI nativa no lugar do ALIS…

Ps.: Usei termo derrubar, mas no caso seria impedir de levantar voou depois de um tempo que aeronave não está conectada a rede…

Kornet

Será o caminho que a MB irá seguir quando nossa economia melhorar,com um navio específico, não com o Atlântico.

carvalho2008

Olha, pelo que sempre vi nos comentários, O Atlantico teria muita dificuldade para operar o F-35 por conta de algumas disposições essenciais de seu convés… Aparentemente o elevador não cabe….quer seja em dimensão ou carga… ele é pequeno como um Invencible Class, e mais lento….sempre dá….forçando a barra, mas existe tambem um quesito que é a capacidade embarcada de combustível aeronaval…o qual seria pequeno, mas até hoje apesar dos debates, nunca conseguimos confirmar quantas toneladas ele carrega…. Ele já fez diversas operações de convés com o Chinook, e este heli tem pesos vazios e carregados similares ao F-35B…. O essencial… Read more »

Fernando Vieira

Como citaram aí falaram do Japão operar os F-35B a partir de pistas curtas nas ilhas. Se dinheiro não fosse problema e nós fôssemos um país sério, seria interessante montar um esquadrão desses operando a partir de Fernando de Noronha usando o aeroporto existente. Já deixaria aqueles pescadores chineses mais melindrados.
Mas óbvio, isso é só um sonho, que ainda é grátis.

cipinha

Nós podemos operar Gripen lá, o problema é que Fernando de Noronha é um santuário ecológico. Mas acredito sim que o aeroporto lá existente deve ser capacitado para em caso de necessidade, poder ser usado para proteger aquela região.

carvalho2008
Marcelo

essa proposta eh furada, porque porta avioes stobar precisam desenvolver boa velocidade para atenuar a perda de energia no lancamento daas aeronaves por nao ter catapulta. E o BPA espanhol nao possui essa velocidade. Na verdade, se for usar o BPA da Navantia, o melhor eh usar aeroanves VTOL mesmo como o F-35B, o V-22 e helicopteros. Na minha opiniao, o melhor eh TER as catapultas (no minimo 2) para dar mais flexibilidade ao NAe. Os chineses jah se deram conta disso e os proximos NAes deles a terao.

Delfim

Destróier, né ? Nunca me enganou.

Bavarian Lion

Ótima notícia. Desde que foi lançado, eu sempre imaginei que o Izumo fosse um “NAe anfíbio”, que é a única saída para marinhas de menor orçamento continuarem com força de caça aeronaval. Como a “adaptação” deve dar muito certo (acredito que já nasceram adaptados), estará pronto um navio Benchmark de custos, velocidade de entrega e qualidade consolidados. Quanto ao ocean, eu fui contra a sua aquisição justamente porque ele não pode ser convertido em um NAe anfíbio, ou caso pudesse, o custo seria maior que um feito especificamente para isso. A infraestrutura de aumentar a potência, aumentar a estrutura e… Read more »

Blackbird

Eu já achava muito bonito esse porta-helicópteros,vai ficar ainda mais bonito com F-35 embarcados, além dele ser bem maior que outros helicópteros.
Graças a China o Japão cada dia menos pacifista.

Blackbird

*bem maior que outros porta-helicópteros.

Franz A. Neeracher

Almirante Dalton
Isso confirma as minhas informações….no USMC temos até agora 3 esquadrões com 16 F-35 B cada;
o VMFA 121, VMFA 122 e o VMFA 211….e em breve o 1. esquadrão com o F-35 C, o VMFA 314.

Dalton

Oi Franz…só agora consegui retornar…é isso mesmo os 3 esquadrões elencados por você são formados de 16 aeronaves e o “314” que faz mais de 10 anos não embarca em um NAe começara a transição do FA/18 para o F-35C no final do próximo ano.

João Francisco Neves

A gente vê essa Ponte linda desse navio japonês e repara que o Atlântico a ponte é toda torta parecendo uma peça de lego mal encaixada, até o japonês tem mais design que os ingleses, com seus desenho estrambóticos.

Socrates Pereira

Um ataque militar da China contra o Japão seria o pretexto perfeito para a construção de armas nucleares, questão de poucos anos o Japão terá em mãos armas nucleares, somente uma ação impediria isso: ofensiva militar dos EUA contra a China (coisa que eu não acredito, principalmente pelo fato da China ser financiada pelos homens mais ricos dos EUA, a China é o baby dos conglomerados americanos e europeus). Seria muito interessante ver o japão com armas nucleares.

Marcelo Zhanshi

Alguém me explica o porquê do Izumo ser chamado de destróier?

Bardini

Ele desempenha funções de um Destroyer, mas é um navio mais multifunção que os antigos Shirane… . Os principais navios da JMSDF não são os “DDH”; São os “DDG” classe Kongo/ Atago/ Maya, voltados para defesa aérea de longo alcance e equipados com os poderosos SM-2, SM-3, SM-6. Eles tem de proteger a ilha de ameaças balísticas a todo custo… . Os DDH, Izumo/ Kaga e Hyuga/ Ise, são voltados a fornecer proteção ASW aos DDG, seja usando seus poderosos sonares, seja usando-se dos vários SH-60K. Esses navios também tem de cumprir funções de MCM, para proteger a força, embarcado… Read more »

Carvalho2008

SEmpre foi um eufemismo

Todo mundial já sabia pelos dados técnicos, ser capaz de asa fixa stovl

Era um Nae enrustido por conta da constituição japonesa que vetava armamento de ataque/projeção embora não necessariamente um Nae seja exclusiva vãmente para projeção

Renan Lima Rodrigues

E a ressurreição da IJN estas prestes a acontecer, e que assim seja!

A ideia de converter em CVL é um excelente idéia, mas embora os Izumo’s são compatíveis, não teria risco de sobrepeso, como nós antigos navios da IJN? Afinal de contas os F-35 devem pesar mais que os helicópteros anteriormente utilizados.
Só espero que a 17° Divisão de contratorpedeiros volta a existir, JS Urakaze, Hamakaze, Isokaze como DDGs “Aegis Destroyer” seria interessante.

carvalho2008

O F-35B pesa mais ou menos o mesmo que os grandalhões chinooks…..

Renan Lima Rodrigues

Em média 20 toneladas, tá na média, até pensei que o F-35 eram muito mais pesados. Afinal de contas o Japão já aprendeu demais durante o incidente de Tomozoru kkkk

paulo costa

E sempre bom destacar que a Marinha do Brasil ainda deseja conseguir no minimo mais 01 ou 02 NDM para operar ao lado do Bahia e do Atlântico então prevejo um aumento no numero de Tamandares a serem comprados ja nesse primeiro lote

elton

seria interesante ver versoes modernas dos strike groups da marinha do japao novamente cruzando as aguas do pacifico

Fawcett

Este barquinho nunca me enganou. Mas o japoneses estão de parabéns. Não pode depender eternamente da ajuda americana quando se tem uma China do Lado.