LHD ‘Trieste’ é incorporado à Marinha Italiana
O LHD (Landing Helicopter Dock) Trieste, maior embarcação militar construída na Itália desde o pós-guerra, foi oficialmente entregue à Marina Militare Italiana em cerimônia realizada em Livorno, no dia 7 de dezembro.
Construído pela Fincantieri nos estaleiros de Castellammare di Stabia e Muggiano, o Trieste é um navio anfíbio multimissão projetado para operações de assalto anfíbio, logística prolongada e suporte humanitário. Com capacidade para abrigar mais de mil pessoas, a embarcação possui um amplo convés de voo de 230 metros e um espaço de garagem para veículos militares e civis. Sua versatilidade a posiciona como um ativo estratégico tanto em operações militares quanto em missões humanitárias.
O navio é equipado para operações de desembarque e projeção de força em cenários de crise. Sua doca interna alagável permite atuar como base móvel para operações de desembarque. Além disso, é equipado com instalações médicas de ponta, incluindo salas de cirurgia, radiologia e 27 leitos para emergências graves, expansíveis por módulos adicionais.
O Trieste integrará o Amphibious Task Group (ATG), ao lado do Carrier Strike Group, liderado pelo porta-aviões Cavour, formando a Expeditionary Task Force (ETF). Essa força representa a capacidade expedicionária da Marinha Italiana, integrando operações anfíbias, suporte logístico e sanitário, além de ações de evacuação e assistência humanitária em situações de crise.
Com capacidade para operar aeronaves de quinta geração, como o F-35B, o Trieste reforça a projeção internacional da Itália, destacando sua excelência tecnológica e inovação no setor de defesa.
FICHA TÉCNICA
- Deslocamento: 36.770 toneladas
- Comprimento: 245 metros
- Largura: 36 metros
- Calado: 11 metros
- Propulsão: Sistema CODLOG (Combined Diesel Electric or Gas) com 2 motores TTAAGG, 2 hélices principais com passo variável e 2 motores elétricos de propulsão.
- Velocidade: 25 nós
- Autonomia: 7.000 milhas náuticas a 16 nós
- Capacidade Aérea: 9 posições para aeronaves como EH-101, NH-90, AV-8B+, F-35B, CH-53, MV-22 e CH-47.
- Capacidade Anfíbia:
- Doca seca (15 m de largura x 50 m de comprimento x 10 m de altura) com capacidade para 4 LC-23 (Embarcações Motorizadas de Desembarque) ou 1 LCAC (Embarcação de Desembarque por Colchão de Ar) – 750 m² de área.
- Garagem (18 m x 50 m x 6 m) com capacidade para veículos como o tanque “Ariete” (62 t) – 900 m² de área.
- Armamento:
- 3 canhões 76/62 mm.
- 3 metralhadoras 25/80 mm.
- 2 sistemas VLS com 16 células cada.
- Preparação para 2 ODLS20 (Sistemas de Lançamento de Contramedidas – Decoy).
- Sistema LRAD (Dispositivo de Longo Alcance Acústico).
- Tripulação:
- Fixa: 360 tripulantes.
- Capacidade total: 1.064 leitos.
Muito bonito
Para manter a tradição naval italiana. E o mais importante, não só construído na Itália, como projetado e equipado com vários sistemas de projeto e fabricação italiana.
Interessante analisar a concepção do navio e a sua doutrina de emprego.
Belíssimo!!!
Qualquer coisa relacionada a Marinha Italiana me causa um misto de inveja com admiração.
Não encontrei onde foram instalados os 2 sistemas VLS com 16 células cada.
Um fica à frente da ilha dianteira e o outro fica à ré da ilha traseira, ambos junto à borda externa do convoo, e ambos à boreste.
Valeu, obrigado!
👍👍
Sempre falei que deveríamos nos aproximar mais dos italianos e japoneses. Temos a maior comunidade de descendentes de italianos e japoneses do mundo e boa relação diplomática com esse países. O antigo governo tentou. Esse bem que poderia fazer um esforço.
São dois países muito ricos e que produzem tecnologia de ponta. Temos que nos aproximar dos melhores!
Não é que houve “pouca aproximação” e sim que no passado recente tanto Itália como Japão pouco tinham a oferecer principalmente tratando-se de meios de segunda mão em boas condições e “numerosos” que era o que o orçamento permitia adquirir realisticamente sem mencionar que o Japão não exportava armamentos e essa situação ainda é meio controversa por lá.
.
Da Itália lembro de cabeça da parceria com o “Xavante” já aposentado e do ” A-1″ em vias de aposentar-se também.
guarani
Acho que a Itália chegou a oferecer os Centauro I usados, mas creio que o canhão não era de 120 e sim de 105.
Grupo aéreo? capacidade de aeronaves?
Nossa, pessoal negativando pergunta, vixe
A resposta da pergunta está no texto, por isso a negativação, as pessoas precisam perder a preguiça
A resposta não está completamemte no texto, o mesmo diz quais tipos de aeronaves devem fazer parte do grupo aéreo e que o convoo pode operar 9 simultaneamente mas não diz quantas aeronaves de cada ele deve levar normalmente ou o número máximo que pode ser transportado.
Alguém entendeu minha dúvida, obrigado.
Marcelo, peço desculpas pela resposta, não tenho vergonha em dizer que errei, acabei confundindo a capacidade aérea com a sua dúvida, Desculpa.
Desculpas aceitas e parabéns pela atitude
Não está não, capacidade não é grupo aéreo e o grupo aéreo indica a prioridade de uso do equipamento. Mas não vou perder meu tempo explicando a diferença para uma pessoa como o senhor que deve saber muito mais do que eu. Desculpe o incômodo.
Depende da fonte, de maneira geral o hangar poderá abrigar 14 aeronaves e o convés de voo outras 14, uma mistura de F-35Bs e helicópteros o que não é muito diferente da capacidade máxima que os similares da US Navy embarcam, mesmo eles sendo um pouco maiores, dedicam mais espaço para a doca alagável, mas, também possuem 9 posições no convés de voo para helicópteros prontos para decolar. . O “Trieste” também será capaz de operar até 20 F-35Bs e 2 helicópteros que serão usados principalmente na função de busca e salvamento se na função de NAe Leve o mesmo… Read more »
Obrigado.
A Itália sempre soube construir Navios absolutamente lindos desde a Segunda Guerra Mundial. Os meus Parabéns á Marinha Italiana”
Belas fotos.. belíssimo navio
1 desse e 6 fremms ! Não custa sonhar ainda , ne Haddad?
Os EUA só nos venderiam os F35B daqui a uns 30 anos e olhe lá. Sendo assim, melhor uma porta helicópteros como os da Coreia do Sul, mais barato.
Sonho de consumo para nossa Marinha :-}
“Navio Aeródromo Anfíbio Multipropósito Rio de Janeiro – A150”
Mas falando sério, é muito bem projetado e seria muito útil aqui…Quem sabe daqui a uns 35 anos em uma “compra de oportunidade”…
che bella macchina! 🤩
Tem mais poder de fogo do que nossas Tamandaré…ou seja…numa hipótese…o Trieste que faria escolta das Tamandaré..não ao contrário..rsrsrs
Belo Navio, um sonho para nossa MB rsrr..Até hoje fico indignado com o descaso nas defesas antiaérea do nosso PHM, um relaxo total !!!
Não se preocupe, o objetivo do nosso PHM não é entrar em combate, o objetivo dele é criar vagas para mais pessoal da MB, dar umas voltas e de vez em quando ser usado em alguma missão de calamidade pública. Combate é sempre a última tarefa dos nossos armamentos, vide o que um oficial disse sobre o nosso subnuc, ele será utilizado para pesquisas das correntes do mar e mais mil coisas. Sequer tocou no assunto combates, projeção de forças etc. Se pudéssemos comprar uma fragata que não tivesse nenhum sensor militar e nenhum tipo de arma e ninguém chamasse… Read more »
Pois é, parece que existe um receio desse pessoal – forças armadas e políticos – de projeção de poder, influência, prestígio geopolítico, de ter as armas para dar base a diplomacia brasileira e usá-las se necessário. E o mais engraçado é que ao mesmo tempo querem “cadeira cativa na ONU”. Forças armas brasileiras é tratada como cabide de emprego, tu vê esse pessoal das forças armadas e parece que poucos se importam com a inépcia material da mesma. Não importa desde que o soldo esteja batendo para tomar cerveja no fim de semana. São inúmeros relatórios e estudos sem fim… Read more »
Assino embaixo seu comentário. Existe um medo nas FFAAs, de operar com equipamento realmente letal. Até hj nao acredito que foram adquiridos 100 Meteors pros Gripens……o ápice dessa mentalidade é o pavor de dar nome ao SubNuc, chamando-o de “comvencionalmente armado”.
Me dê, papai…..
Offtopic: Ocorreu hoje na Rússia a cerimônia de incorporação da fragata INS Tushil pela Marinha Indiana. https://www.aninews.in/news/world/asia/russia-rajnath-singh-attends-commissioning-ceremony-of-ins-tushil20241209174352/
A marinha italiana tem 3 “anfíbios” da classe San Giorgio com os indicativos L 9892 a L 9894 e anteriormente teve 2 “LSTs” da II Guerra de origem americana que tiveram os indicativos L 9890 e L 9891, porém o “Trieste” retornou ao indicativo L 9890 ao invés de L 9895 o que parece um estreitamento de regras para indicativos embora o mais próximo seja observado nos 3 da classe francesa Mistral, L 9013 a L 9015. . Em matéria de NAes é ainda mais “estranho”, o mais novo “Cavour” tem indicativo 550 enquanto o “Giuseppe Garibaldi” – que aparece… Read more »
Dalton a Itália mais uma vez surpreendendo com sua marinha.
Fiquei só na dúvida na parte interna na doca/garagem, seria possível embarcar alguns F-35 ou helicópteros adicionais ?
E o VLS é para defesa antiaérea, ou pode também servir para lançar mísseis antinavio, e também em terra ?
Só faria sentido embarcar “adicionais” se o “Trieste” fosse usado como transporte com o convés de voo praticamente lotado e o hangar também para então desembarca-los em algum lugar, mesmo que parcialmente montados. . Aeronaves, especialmente as sofisticadas, necessitam de um hangar adequado às necessidades delas e há também um limite de combustível, armas, pessoal para manutenção que permita um número adequado de surtidas das aeronaves a bordo. . Quanto ao “VLS” no caso do “Trieste” será para defesa A/A, mas, há casos por exemplo onde um “VLS” em navios da US Navy também lançam mísseis Tomahawks cuja versão “V”… Read more »
Abner, só uma observação:
Doca é uma coisa, garagem é outra, são áreas diferentes no interior do navio e com funções também específicas.
Para entender melhor, sugiro essa matéria que mostra em detalhes o NDM Bahia (não é do mesmo tipo que esse navio italiano por não ter convés corrido, mas ajuda a entender como funcionam as coisas).
https://www.naval.com.br/blog/2018/08/28/voce-ja-foi-ao-bahia-parte-1/
Na Garagem contígua ao deque-poço há duas tampas pra veículos: uma que vai pro hangar e outra que desce pra uma outra garagem, suponho, não mostrada no desenho ao fim da matéria – um arranjo bastante comum nos LHDs/LHAs da USNavy. Não há possibilidade de embarcar nesses espaços adicionais F-35B, que ocupam uma área de 15 m x 10,5 metros, cada (os elevadores tem 15 m x 14 m), mesmo porque o hangar e bem grande, 107 m x 21 a 25 m, aproximadamente o dobro da área do hangar de um LHD classe Wasp (lembremos que o hangar não… Read more »
Daqui a 60 ou 70 anos equipará a MB.
… enquanto isso, a Marinha do Brasil irá incorporar o LHD “Triste”, que irá operar os 06 F-35B (F de Fake) incorporados em 30/02/2024.
boa kkkkkkkk
O conceito de duas ilhas vem se propagando.
É o substituto do G. Garibaldi, mas com função anfíbia.
A matéria está boa. Os comentários está bons. Não existe necessidade de acrescentar, pelo Esteves.
Tudo ótimo.
https://youtu.be/brsyUmM0UGA?si=TfT1gwn8K1DMjERJ
estão.
Inveja…
Na prática é mais um “mini” NAE de F35 para a OTAN.
Lindo. Sou muito parcial pra duas ilhas.
Impressionante a Marinha Italiana. Mesmo o país passando por uma grave crise os investimentos e projetos fluem no prazo consolidando como uma das marinhas mais fortes da Europa. Parabéns ao país dos meus antepassados que tratam defesa de forma séria.
Sinceramente até fico surpreso, é algo inacreditável vindo de um país europeu , portanto com todas as limitações do caso ( demográficas e culturais), conseguir construir uma marinha desse porte e ainda mais operacional, não contam só os meios que você dispõem mas como você está operando eles … De verdade, parabéns a MMI , os italianos deveriam apreciar muito mais o magnífico trabalho que está fazendo essa instituição.
https://www.instagram.com/reel/DC4F1nzNDps/?igsh=OWhvOWdvM3B4OXI4
Monstruosamente lindo !
Embarcação de respeito e linda!
Sgtº Moreno