O programa das fragatas Type 26 da Marinha Real Britânica avança com a construção de oito navios destinados a substituir as antigas fragatas Type 23 na função de guerra antissubmarino. A primeira da classe, HMS Glasgow, teve o corte de aço iniciado em 2017 e está prevista para alcançar a Capacidade Operacional Inicial (IOC) em 2028, conforme confirmado pela ministra de Aquisições de Defesa, Maria Eagle.

A segunda fragata, HMS Cardiff, teve seu aço cortado em 2019 e entrou na água em setembro de 2024. Atualmente, encontra-se em fase de equipagem no estaleiro de Scotstoun, ao lado da HMS Glasgow. A terceira e quarta fragatas, HMS Belfast e HMS Birmingham, estão em estágios avançados de construção, com montagem de blocos e unidades em andamento.

A construção da quinta fragata, HMS Sheffield, teve início em novembro de 2024, marcando o progresso contínuo do programa. As fragatas restantes — HMS Newcastle, HMS Edinburgh e HMS London — estão programadas para serem concluídas até meados da década de 2030.

Fragata Type 26 HMS Glasgow sendo rebocada e manobrada ao lado da BAE Systems Scotstoun no Clyde

Apesar de inicialmente previsto que a HMS Glasgow entraria em serviço em meados da década de 2020, o cronograma atual indica um processo de mais de dez anos desde o início da construção até a entrada em operação. A Royal Navy espera que as três primeiras fragatas — Glasgow, Cardiff e Belfast — estejam em serviço antes de 2030, com as demais se juntando à frota posteriormente.

As fragatas Type 26 são projetadas para desempenhar um papel crucial na guerra antissubmarino, substituindo oito das fragatas Type 23 atualmente em serviço. As cinco fragatas Type 23 restantes, de uso geral, serão substituídas pelas novas fragatas Type 31, que também estão em construção.

O programa das fragatas Type 26 representa um investimento significativo na capacidade naval do Reino Unido, visando modernizar a frota e manter a eficácia operacional da Marinha Real nas próximas décadas.

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Bernardo santos

Do batimento de quilha até o lançamento levou 10 anos, se fosse no Brasil já sabe né? Muita bonita a fragata, os ingleses fazem navios bonitos, só não tem a “bala” como antes teve.

Fábio CDC

Exatamente. Quando é com “nóis” aqui é tudo uma desgraça, quando a bronca é com os estrangeiros, vixi, todo mundo caladinho…

Sequim

Pois é. No episódio do atraso das fragatas classe “Constellation”, da US Navy, noticiado em um outro site de defesa, eu comentei isso que você falou e apareceu um brasileiro “patriota americano ” indignado , dizendo que sou leniente com desperdício e incompetência. Perguntei a ele o que eu tinha a ver com recursos públicos de outro país. A questão central é a viralatisse de alguns desses patriotas de terras estrangeiras.

Last edited 7 dias atrás by Sequim
Pedro fullback

A diferença , é que o navio possui muitos itens de origens nacional, fazendo com que o navio atrase. Agora, no Brasil, os itens são de origens estrangeiras, ou seja, tudo “pronto” e mesmo assim tem longa demora por falta de priorização das FFAA ( não é falta de recursos, pois a FFAA tem dinheiro de sobra)

Camargoer.

As FCT tẽm nível de nacionalização de 40% (exceto a primeira que é menor). È razoável pensar que o nível de nacionalização de um segundo lote possa ser maior ainda.

Jadson S. Cabral

Isso porque o aço que é brasileiro e mais meia dúzia de componentes serão fabricados aqui, em sua maior parte por subsidiárias de empresas estrangeiras. A transferência de tecnologia para o próprio fabricante. Motores, geradores, radares, sonares, diretores de tiro, mísseis, canhões, rádios, antenas… tudo o que é mais caro, mais tecnológico e mais importante é importado. Íamos usar um sonar que já é nacionalizado, mas a TKMS fez lobby para adquiríamos um modelo alemão. Queríamos o radar Artisan para manter a logística com o do Atlântico, mas os alemães tbm fizeram lobby para escolhermos um modelo alemão. Então me… Read more »

Camargoer.

Então.. mesmo que o aço seja produzido no Brasil por filiais chinesas ou japonesas, isso gera renda tributária, gera empregos e renda familiar que gera consumo de bens e serviços produzidos no Brasil por empresas brasileiras. Este consumo geral outro ciclo de empregos e consumo e renda … No caso das FCT, já mostrei a conta.. com 40% de nacionalização a renda tributária gerada é da ordem de 30% do custo total do programa.. isso significa que construindo 4 navios, um deles é de graça. A importação simples precisa de dividas e moeda estrangeira para o pagamento. Isso significa que… Read more »

Abner

Camargoer faz sentido ter um navio desse porte praticamente dedicado a guerra ASW ?

Não seria melhor ser polivalente/multipropósito ?

Marcelo

País de primeiro mundo consegui ter esses luxos.

Camargoer.

Eu também não sei.. acho que após a II Guerra até meados da década de 90 fazia sentido navios especializados.. agora, como avanço da eletrõnica e da capacidade de processamento, da integração de comunição e outas tecnologias, fico pensando se faz sentido Quando a Alemanha e o Japão lançaram seus enormes navios da classe Bismark e Yamato, parecia fazer sentido… mas os dois fracassaram. Talvez além de navios de emprego geral, também seja adequado adotar navios menores, como as FCT ou um pouco maiores… 4,5 mil ou 5 mil ton.. com uma eletronica avançada, integração de meios e capacidade de… Read more »

Jadson S. Cabral

Tá, todo mundo concorda que é melhor gerar emprego aqui que na Alemanha. O ponto é que não estamos evoluindo tecnologicamente como muitos pregam e não estamos ficando independentes como as forças armadas querem nos fazer acreditar com esses programas caríssimos. E se eu for pedante e formos mais longe, a qualidade dos empregos que estamos gerando aqui não chega nem perto dos empregos que existem lá na Alemanha (para continuarmos nesse exemplo). Nossos trabalhadores aqui estão soldando chapas, cortando e apertando parafusos. Isso não se compara aos trabalhos nos laboratórios onde se desenvolvem radares, sonares, sensores ópticos… nos escritórios… Read more »

Jadson S. Cabral

É que eles meio que podem se dar a esse luxo, né? Quantas escoltas operacionais a RN tem hoje? E quantas tem em construção? Quantas têm contratadas?
Eles têm mais navios que gente para operar. A nossa situação é bemmmm pior. Ainda assim, é um problema para eles. Um problema menor que o nosso, todavia.

rui mendes

48Camm + 24 SM2
ou
48Camm + 12SM2 + 12Tomahank
+ drones vigilância/ataque naval + 3+3 Torpedos não vai nada mal.

Last edited 7 dias atrás by rui mendes
No One

Boa fragata, no papel, veremos quando será incorporada se manterá as promessas ou será mais um longo e dolorido parto como os destruidores Type 45. Para uma fragata que será incorporada quase no 2030 esperaria pelo menos um radar aesa a painéis fixos ( tipo as FREMM EVO ). E o engraçado que muitos que falam dos requisitos mais rígido da USN , que quis a superestrutura da Constellation em aço, quando hoje as modernas fragatas utilizam ligas , inclusive a Type 26. Outro ponto , acho que você não percebeu, as Type 26 não terão torpedos, muito menos os… Read more »

Last edited 7 dias atrás by No One
Mercenário

Se você não fosse apenas critico perceberia que há espaço para os lançadores de torpedo (como na versão canadense), mas a RN, que deve entender um pouco mais de ASW do que foristas, prefere procurar algo similar ao ASROC, mesmo possuindo os lançadores nas T23. Essa fragata não tem foco em AAW e eles fizeram uma opção de custo no radar. O radar aesa de painéis fixos será na versão australiana. E você deve saber que as T45 foram inovadoras no sistema de propulsão IEP, o que resultou em problemas, mas também aprendizado, pois os porta aviões também utilizam (e… Read more »

No One

“entender um pouco mais de ASW do que foristas, prefere procurar algo similar ao ASROC, mesmo possuindo os lançadores nas T23. Então você justifica ausência de torpedos porque a RN entende mais …rsrs Continua esquisito introduzir um classe de navios cujo foco deveria ser justamente ASW sem um dos elementos chaves para essas tarefa. A RN está a procura de um ASROC? Como o “MILAS ” das FREMM ASW Italianas! Então quer dizer que as FREMM são mais equipadas e mais versáteis. Bom saber. Os britânicos atualmente não têm nada similar, justamente por isso fizeram esse RFI, que nada mais… Read more »

João

Jesus, e a Tamandaré com apenas 12 Camm.

Paulo Cardoso

E o Brasil aguardando para comprar as Type 23, assim que forem descomissionadas.

Camargoer.

Torcendo que as T23 da MB e os F16 da FAB tenham a mesma operacionalidade nas forças armadas brasileiras

Jadson S. Cabral

Ou seja, que não passem nem perto daqui.

Camargoer.

Exatamente.

nem uma nem outro.

lucio

Eita, na primeira vez que eu vi uma imagem desse projeto o King Kong ainda era um soim e o Godzila ainda era uma lagartixa.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Lindas ❤️…, nossas Niteróis até hoje são bonitas…, más essa tipo 26 ficaram toppppp ❤️❤️❤️

Abraço a todos…

Emmanuel

Essa é uma classe que a MB poderia pensar com carinho.

Fábio CDC

Pensar com carinho em não comprar, são caríssimas para adquirir e manter!

Wilson

Mais barato manter uma marinha sem navios mesmo, sobra mais para soldo e regalias.

Guizmo

Parem com essa ladainha de “caro de manter”. São forças armadas, equipamento de guerra. Claro que custa caro e a manutenção é complexa!

Burgos

Estilosa essa Type 26, mas sou mais a Classe Halgiri Indiana.😏👍💪⚓️

No One

Provavelmente você quis dizer “Nilgiri”, Mestre Burgos . Abraço

Burgos

Isso !!! Isso !!!👍
Não sou muito bom com a escrita indiana 😰

No One

Sem problemas, Nobre Burgos, so tive a ousadia de retificar o nome para que ficasse mais claro de qual ( classe ) navio você está falando… Mais fácil para pesquisar e eventualmente comparar.
Um grande abraço.

Marcos

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Victor Carvalho

A Nilgiri tinha tudo para ser linda, se não fosse aquele mastro que eu acho horroroso. 😫
Na minha opinião, a Type 26 fica no top 3 das fragatas mais belas, junto da FREMM italiana e da Admiral Gorshkov russa. 😀

Last edited 6 dias atrás by Victor Carvalho
Rodolfo

Os ingleses estao lentos iguais aos americanos, mal da desindustrialização do ocidente. Enquanto isso o Japao leva pouco mais de um ano pra construir cada Mogami e cada destroyer Maya.

Dalton

Não é bem assim… . A mais recente “Mogami”, Agano teve o batimento da quilha – a construção em si começa um pouco antes – em junho de 2021, lançada em dezembro de 2022, mas lançar significa que as obras prosseguirão com o navio na água, a incorporação deu-se em junho de 2024. . O USS Jack Lucas o primeiro Arleigh Burke da versão III – maior e mais complexo que uma Mogami – teve a quilha batida em novembro de 2019, lançado em junho de 2021 e incorporado em outubro de 2023. . O “Maia” foi construído “pós COVID”… Read more »

Camargoer.

Uma Mogami desloca 4 mil ton.. acho que seria muito difícil construir um navio de combate deste tipo em um ano. Isso demandaria um projeto de execução complicado, muito bem coordenado, modular e com uma equipe enorme… Uma coisa é entregar um navio por ano, outra coisa é construir um navio em um ano Dia destes, vi um documentário sobre a fabricação de pickups da Ford… eles concluem um carro a cada 50 e poucos minutos… o processo de fabricação leva semanas, principalmente por causa do processo de pintura. A fabricação é bastante modular… a carroceria é feita em uma… Read more »

GBento

Queria um desenho assim das FCT, com vista aérea, de popa e proa pra fazer uma maquete, não acho em lugar nenhum.