No dia 29 de abril, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) desdocou o Submarino Tupi, após a realização das ações previstas para o 2º Período de Docagem de Rotina (PDR), incluindo a substituição de parte dos elementos de bateria, revisão W5/W6 dos motores de combustão principais e recuperação da resistência de isolamento elétrica do motor elétrico principal.

Durante o PDR, também foram realizadas inspeções e reparos estruturais em tanques, casco resistente e casco não resistente, incluindo os tubos de torpedo, assim como tratamento e pintura completa do navio, além de substituições de válvulas de casco e compressores de ar de alta pressão.

Todos os sistemas foram reparados e testados no Dique Santa Cruz, preparando o submarino para a desdocagem. O Submarino Tupi permanecerá atracado no cais da Base Naval da Ilha das Cobras (BNIC) para realização das provas de cais, com previsão de término em julho de 2025.

FONTE: AMRJ – Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro

LEIA TAMBÉM:

G1: Marinha desativa o submarino ‘Tapajó’, lançado na década de 1990

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Willber Rodrigues

Excelente.
Deus sabe que, quantos mais subs operantes na MB, melhor, já que não há expectativa nenhuma de 2° lote de Riachuelos…

Leonardo

S30 Tupi é o mais velho da classe, não entendi o motivo de desativar os S31 Tamoio, S32 Timbira e S33 Tapajó e manter o Tupi. O S34 Tikuna eu até entendo, uma praticamente uma classe nova…. Será que vão vender ou manter os dois ativos?

João

OU seja, logo serão 6 submarinos na frota. 4 da classe Riachuelo, 1 Tupi e 1 Tikuna. Poderiam ser facilmente 9. Era só cortar 20% do efetivo de marinha.

Vitor Botafogo

Vai demorar João. Conte com 4 pelos próximos 2 anos (Em estágios diferentes de operacionalidade).

Sensato

É mesmo? Como faz pra mandar mais de 14 mil concursados embora?

Leandro Mendes

Precisa cortar vagas nos concursos, fuzileiros é principal exemplo, o concurso desse ano tinha 1.680 vagas (!). Dava para cortar pela metade tranquilamente.

Leonardo

Se for de interesse público você pode por meios legais dispensar, mas tem que ser embasado em estudo por exemplo de excesso de efetivo. Quando isso acontece, a primeira opção é a realocação em outro órgão, mas se não houver necessidade em outros órgãos Federais, então você pode exonerar. Pode ler qualquer minuta de concurso público ou a carreira desta vaga. Um exemplo para nossa própria Marinha foi a loucura da segunda frota ainda no no governo Lula 2. Esse devaneio fez a Marinha abrir concurso e aumentar o efetivo. Essa segunda frota não aconteceu e isso por si só… Read more »

Fernando Vieira

Esse negócio da segunda esquadra (ou frota) é um exemplo claro da falta de planejamento da Marinha: Vamos fazer uma segunda esquadra sediada em São Luis – MA. Que meios precisamos pra isso? Um capitânia, Porta aviões é muito caro, podemos usar um Porta Helicópteros ou um navio-doca multipropósito. Ok. Umas quatro fragatas, um navio tanque, um navio desembarque, uns três patrulhas oceânicos? Perfeito. Temos a nossa segunda esquadra. Aí ao invés de irem correr atrás dos navios, ver se ia construir local, se ia comprar de prateleira, se comprar usado, se fazer TOT, eles partiram para levantar a quantidade… Read more »

Lonely Heart

Na realidade você começa a construir a casa contratando quem vai construir a casa.

Só que o dinheiro para a construção nunca veio e agora você não pode demitir os trabalhadores por causa da estabilidade.

Eis aí.

Fernando Vieira

Não acho que a Marinha contratou quem ia construir a casa. Ela contratou foi faxineira, mordomo, camareiro, cozinheiro, porteiro e segurança. Antes de construir a casa.

Jodreski

Na caneta doa a quem doer… não puxaram a caneta e o Lula voltou a ter ficha limpa? Na caneta tb anularam a condenação do Palocci e do Dirceu, não quero discutir política aqui mas qdo eles quedem eles dão um jeito (sendo ou não sendo constitucional) afinal quem decide se é ou não são os 11 magistrados do apocalypse e eles já deixaram bem claro que quando os interessam eles passam por cima de qq coisa.

Akhinos

Mais um que fala de orçamento sem entender bulhufas do assunto! Brasileiro ama se comportar como se fosse especialista de qlq assunto. Se a MB cortar 30% do seu efetivo, o que aconteceria é que esse gasto obrigatório seria extinguido. Uma vez que isso aconteceu o fator gerador desaparece. Logo, a União consideraria que pode diminuir em mesmo montante o orçamento da Marinha. Esses 30% em suposta folga orcamentaria viraria orçamento da União, e aí os outros ministérios iriam brigar por esses recursos, e todo esse dinheiro iria para outros fins, pois eles já não constaria mais como orçamento da… Read more »

Leonardo

Discordo parcialmente do seu raciocínio. Hoje o orçamento está praticamente todo alocado em pagamento de pessoal e não tem sobra de orçamento para:

Aquisições
Manutenções
Munições
Combustíveis

A justificativa é realocação de orçamento e por isso o corte em pessoal efetivo.
Haveria remanejamento de orçamento para outras áreas.

Porém, falando-se de Brasil, o executivo poderia sim, reduzir o orçamento, mas isso já é feito todos os anos sem qualquer redução de quadros. Portanto o risco existe, mas não é automático como você disse não.

Renato

Na lei orçamentária a MB não tem possibilidade de realocar economia de pessoal com aquisição de meios. A lei orçamentária” é burra e gera incentivos errados. Se vc economiza em um período em determinada rubrica (pessoal p.ex), no período seguinte vc tem seu orçamento reduzido nessa rubrica, mas não ganha em outro. Vc é “punido” com perda de orçamento no futuro se não “gastar” todo o orçado.

Renato

Por um lado vc está correto, corte de pessoal não gera sobra orçamentária para a MB gastar com aquisições de meios. Mas por outro lado é injustificável o tamanho do efetivo da MB frente seus meios navais e aos cenários verossímeis de utilização das forças. Exemplo é o tamanho disparatado do corpo de fuzileiros frente suas hipóteses verossímeis de utilização.
Ou seja, o fato de a MB não poder dar outro uso ao recurso economizado não justifica a má utilização do mesmo.

Santamariense

Exatamente! O mesmo vale para o percentual do orçamento gasto com inativos e pensionistas. Se transferissem todos eles para o INSS, por exemplo, o dinheiro que hoje é alocado ao MD para pagar esses benefícios iria junto com eles para o INSS. O que a grande maioria aqui não entende é que o ordenamento do orçamento, os percentuais destinados para casa fim é que precisam ser reestruturados. Da maneira que é hoje, diminuir pessoal ativo ou transferir pessoal inativo para outro fundo de previdência NÃO é sinônimo de mais verba para custeio e investimento.

Dalton

O “Tamoio” teve o “PMG” interrompido, supostamente por problemas de difícil conserto enquanto o Timbira e o Tapajó não estavam mais “certificados” teriam que passar também por um “PMG”, não havendo recursos e com novos submarinos entrando em serviço todos os 3 foram oficialmente retirados de serviço.
.
O “Tupi” foi recondicionado para durar um pouco mais e não há interesse que o “Tikuna” seja submetido a outro “PMG” o que reforça o comunicado do Almirante Olsen que até 2028, 2 submarinos serão retirados de serviço.

Burgos

Ué ?!🤷‍♂️
Mudaram o nome do Arsenal da Marinha no RJ ?!
Agora é Base Naval da ilha das Cobras ?!
Que eu saiba é AMRJ que fica na Ilha das Cobras RJ 👍
Acho que o redator se equivocou no texto 😰

Alexandre

A parte administrativa do Arsenal virou base Naval da Ilha das Cobras

Miguel Felicio

Pelo menos dar nomes e trocar nomes, as Forças o fazem com frequência a exemplo as bases aéreas que se tornaram Alas e parecem que no novo comando algumas voltaram a ser bases…….pelo menos alguma coisa muda, para não manter a rotina e o tédio.

Santamariense

A mudança ocorreu no Comando anterior. Todas as Bases Aéreas voltaram a ser Bases, os COMAR que haviam sido todos extintos foram recriados e as ALAS desativadas, mas algumas estruturas organizacionais delas foram mantidas, como os grupamentos de apoio, entre outros.

Fernando XO

Prezado Burgos, o AMRJ ficou com as atividades de manutenção e reparo, a BNIC assumiu todo o restante (rancho, pagamento, segurança etc)… cordial abraço…

Ivan herrera

Com essa parada para manutenção, quanto tempo o tupi ficará no setor operativo? achei que no máximo ano que vem já ia dar baixa .

Camargoer.

Eu acho que o tempo entre dois PMG, que são as grandes manutenções, U um submarino convencional que tenha uma vida útil de 35 anos teria uns 4~5 PMG. Adotar 4, então seria um PMG a cada 7 anos, considerando um ano parado no PMG. Este período de operação entre cada PMG é divido em períodos curtos de 4~5 meses para uma docagem destas de rotina, então entre cada PMG deve ocorrer umas 15 docagens de rotina. Pelo que o Dalton comentou, o Tupi já fez o seu último PMG. Se ele já fez 2 docagens de rotina, a gente… Read more »

Last edited 22 dias atrás by Camargoer.
Camargoer.

Este botão de edita1ar no Naval não funciona… e sei lá se o que acontece com o teclado do celular que some partes do texto na hora de publicar.. fica um texto todo cifrado.. parece que passou por uma enigma

3Ntr0b1a

Ivan herrera

Ok obrigado pela explicação, se o tupi der baixa em 2029 espero que o tikuma permaneça até meados da próxima década

Camargoer.

O Dalton tem uma hipótese que o Tikuna será aposentado no penultimo PMG.. então uns 10 anos antes do que ele teria de vida útil.

Então o Tupi e o Tikuna seria retirados de servido talvez até junto com o Tupi ou pouco tempo depois.

Eu não sei,.. minha suposição (sem qualquer base nem informação privilegiada) é que o Tikuna vai navegar até completar uns 35 anos.

Se fosse apostar, eu apostaria na ideia do Dalton.

Ivan herrera

Tomara que seja no último rsss

Camargoer.

ahhh.. dai o Dalton perde.

riso.

Ivan herrera

Verdade rsss.

Dalton

Não é ideia do Dalton 🙂 O Almirante Olsen declarou que até 2028, dois submarinos serão retirados de serviço.
.
O “Tupi” ganhou uma sobrevida assim como os 3 “Ticonderogas” que foram revitalizados, ao invés de serem retirados até 2027 ganharam dois anos
até 2029 e gastar dinheiro inicialmente no projeto, compra antecipada de materiais, etc, para um “PMG” do “Tikuna” a ser iniciado no fim da década não vale o custo/benefício.

Last edited 22 dias atrás by daltonl
Camargoer.

Olá Dalton..
Sim, lembro do comentário do comandante da MB sobre a baixa do Tupi e do Tikuna… é que estamos sempre conversando sobre este assunto. Acho que pouca gente acompanhou nossa conversa.
Ainda assim, a brincadeira sobre o PMG do Tikuna ou sua retirada “precoce” pareceu engraçada.

Last edited 22 dias atrás by Camargoer.
Skyhawk

A marinha mal consegue manter 4 submarinos convencionais e ainda quer ter submarinos nucleares. E que dificilmente terá dois nucleares porque isso consumirá todo o orçamento da marinha. Tendo um submarino nuclear, se der tudo certo, não terá nenhum, porque quem tem um não tem nenhum. A marinha deveria pensar em uma estratégia de ter de 10 a 15 submarinos convencionais, modelo type 209NG(que já se comprovou ser barato de manter e operar). Em uma guerra com uma potência, a primeira coisa que um invasor iria fazer seria neutralizar o sub nuclear com comandos antes de o país invadido saber… Read more »

Dr. Mundico

Tupi or not Tupi…

Camargoer.

Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.

Camargoer.

Olá Mundico
Sem surpresa,
Parece que desconhecem o manifesto antropofágico.

Tallguiese

Os submarinos da classe 209 do Brasil nunca passaram por um MLU na vida? Não seria viável fazer ou valeria a pena fazer?

Camargoer.

Olá T. È um assunto que eu e o Dalton já conversamos, mas sempre de modo superficial. Os submarinos passam por programa de manutenção nos quais os cascos são cortados e toda a parte interna revisada a cada 7~8 anos. Os submarinos ficam em torno de 2 anos parados.. talvez até mais. Nestes momentos, é possível colocar novos sensores, novos sistemas eletrônicos e tudo mais. Então, um submarino pode passar por 3, 4 ou até 5 destes processos de revisão que podem ser usados para algum tipo de modernização Contudo, a fadiga do casco de pressão limita o tempo de… Read more »

Thor

Sim, passaram, qdo trocaram o sistema de combate original pelo da Lockheed (contrato de 2008), que os habilitou a lançar o tpd Mk48…

Last edited 22 dias atrás by Thor
Aéreo

Nada impediria tecnicamente a MB ter continuado a construção dos seus submarinos no AMRJ, aplicado a fortuna que foi gasta com a Odebrecht em Itaguai no desenvolvimento dos sistemas do SNA. E aí sim, com um projeto maduro de submarino nuclear identificar outro ponto fora da Guanabara para basear sua força em submarinos nucleares. Hoje na prática existem duas facilidades de manutenção (Itaguaí e AMRJ), nada no horizonte que indique que o submarino nuclear vai sair do papel. O programa espacial é a mesma coisa. Construíram uma base, de novo encheram as empreiteiras de dinheiro e descontinuaram o foguete. Aí… Read more »

Dalajunior

Caraca! Qdo trabalhei no Arsenal há 28 anos atrás o Tupi já estava lá!! Rsrs
E o Sta Cruz não era coberto, nem chamava Base Naval Ilha das Cobras. Será que o Cais do Minas ainda chama Cais do Minas??

Alexdearaujoromes

Interessante frisar que esse submarino foi o primeiro da serie, e construido inteiramente na alemanha. Sera que quanto mais antigo e feito na alemanha melhor.

ecosta

No período de um ano, um submarino destes passa em torno de quantos dias no mar em patrulha e treinamento ?

Camargoer.

Teria que perguntar para alguém da MB. Um submarino nuclear dos EUA com capacidade de lançar mísses balísticos faz duas missões de 3 meses por ano… a primeira missão com uma tripulação e a segunda com outra tripulação. Então, eles navegam pelo menos 50% do ano.

Como as missões dos Submarinos da MB são diferentes porque a autonomia é menor, creio que no máximo 1 mês, suponho que eles fiquem no mar talvez entre 3~4 meses por anos fazendo missões curtas, de um ou duas semanas..

mas é um chute

Dalton

Camargo, não dá para comparar com os SSBNs e SSGNs da US Navy que como você mesmo aferiu, possuem duas tripulações e eles chegam a cumprir mais de duas missões por ano no caso dos “SSBNs” enquanto os “SSGNs” ficam mais de 12 meses em missão, trocando de tripulação a cada 3 meses em bases avançadas e passando por pequenos reparos. . Os demais, os “SSNs” costuma cumprir missões de 6 a 7 meses, antes passam por meses de treinamento e após se não estão programados para manutenção ficam disponíveis se necessário ou cumprem missões de duração mais curta. .… Read more »

Last edited 22 dias atrás by daltonl
Camargoer.

Olá Dalton, por isso eu afirmei logo no início que precisaria perguntar para alguém da MB e no fima afirmei que era apenas um chute.

Eu gosto de fazer exercícios de estimativas. Uma informação aproximada é sempre melhor que nenhuma informação.

O importante nestes exercícios de estimativa é deixar claro o pensamento para que outras pessoas com mais informação possam corrigir.

Vocẽ saberia, mais ou menos se somando todos os dias, quanto um submarino da MB teria navegado em um ano?

Dalton

É que duas tripulações fazem diferença quando se quer ter um submarino mais disponível. Os franceses possuem duas tripulações para seus “SSNs”
também, não necessariamente duas para cada submarino, mas, para a maioria deles.
.
Quanto a tempo navegado por ano sugiro dar uma olhada no Site
“Navios de Guerra Brasileiros”, que apesar de não ser mais atualizado o que é uma infelicidade, ainda assim dá para ter uma boa ideia da rotina
desenvolvida e mantida até porque pouco mudou nesse sentido.

Fernando XO

Prezado Ecosta, existia um planejamento para cada meio naval, o qual definia quantos dias de mar seriam realizados, levando em consideração as rotinas de manutenção… chamava-se IDA (índice de disponibilidade anual)… não sei dizer se ainda está em vigor… cordial abraço…

Tuxedo

04 Submarinos Riachuelo. 01 Tupi e 01 Tikuna.

O SN Álvaro Alberto só na próxima década, lá para 2035, se n for depois…

Cleber Mick

Tive uma grande participação nessa trajetória do submarino tupi graças ao Cmt Enes por confiar no meu trabalho com muita dedicação e competência

Mick Soldas e Reparos (pqd)