Força Terrestre de Autodefesa do Japão realizará primeiro exercício com mísseis antinavio em território nacional

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A Força Terrestre de Autodefesa do Japão (GSDF) realizará no próximo mês seu primeiro exercício com mísseis de longo alcance dentro do território japonês, como parte dos esforços para preparar o país contra ameaças marítimas — especialmente diante da crescente presença naval da China.

O exercício ocorrerá entre os dias 24 e 29 de junho, no campo de testes de mísseis próximo ao Campo Shizunai, localizado na costa sul da ilha de Hokkaido, conforme anunciado pelo GSDF em 13 de maio.

Serão disparados mísseis antinavio Type 88, sem ogiva explosiva, contra um alvo no Oceano Pacífico, dentro de um raio de 40 quilômetros a sudoeste do local de lançamento.

Cada um dos dois lançamentos previstos ocorrerá em dias distintos, conforme as condições meteorológicas.

Será a primeira vez que o míssil Type 88 — desenvolvido no próprio Japão e com alcance superior a 100 km — será lançado em território nacional. Até agora, exercícios desse tipo eram realizados no exterior, principalmente nos Estados Unidos, devido a limitações de espaço e questões de segurança.

Aproximadamente 300 militares participarão da operação — o dobro do efetivo normalmente envolvido em treinamentos realizados fora do país.

A operação será liderada pelo Exército do Norte da GSDF, com sede em Hokkaido. Autoridades locais e cooperativas de pesca serão notificadas com antecedência sobre os lançamentos, a fim de garantir a segurança e minimizar impactos.

Ao realizar o exercício em solo japonês, a GSDF pretende ampliar o acesso de suas unidades aos sistemas avançados de mísseis e aprimorar a prontidão operacional da força.

O governo japonês também estuda a criação de um novo campo de testes de mísseis na ilha de Minami-Torishima — o ponto mais oriental do território japonês, localizada no Pacífico. Além disso, considera realizar exercícios domésticos com versões atualizadas dos mísseis Type 12, recentemente classificados como mísseis de longo alcance com capacidade de “contra-ataque”, conforme as novas diretrizes de defesa do país.

FONTE: The Asahi Shimbun

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Bosco

Limitação de espaço? Para o Japão?
Eu, hem!!!

Dalton

Presumo que seja pela alta densidade populacional e pouco espaço para desperdiçar
muito diferente de “China Lake” nos EUA.

Bosco

Mas será que não tem uma praia mais desabitada pra lançar em direção ao Pacífico?
Tem um mundo de água para o leste. Rsss

Dalton

Got it ! 🙂

Jacinto

Acredito que a preocupação seja com a recuperação dos destroços. A marinha dos EUA monitorava os testes soviéticos no mar e depois enviava submarinos para recolher os destroços dos misseis. Na década de 70 quem fazia isso era o USS Halibut, que foi capaz de recuperar partes do SS-N-12 Sandbox e fazer engenharia reversa nele.

Bosco

Na verdade a tradução correta seria “capacidade de reataque” e não de “contra-ataque”. Um míssil antinavio com capacidade de “reataque” deve ser subsônico e contar com um excelente sistema de navegação inercial preferencialmente combinado com GNSS para “guardar” na memória a posição do navio alvo case a primeira investida seja frustrada devido à utilização de contramedidas. Logicamente o míssil deve ser lançado contra um alvo bem aquém do limite de alcance máximo de modo a que ele possa dar meia volta e novamente atacar o alvo vindo por trás. Tradicionalmente um míssil antinavio subsônico movido a turbina é lançado contra… Read more »

Bosco

Eu vi o original e a tradução está certa.
Pelo visto quem redigiu o texto é que não entende muito do assunto. Rsss
Contra-ataque é uma opção tática de atacar o inimigo enquanto este está ainda implementando um ataque , tentando pegá-lo de surpresa.
Não tem relação direta com uma capacidade intrínseca de qualquer tipo de míssil.

Last edited 1 mês atrás by joseboscojr
Vila Nova

Enquanto isso o Brasil faz o possível e o impossível pra se desfazer da AVIBRAS!

Rodrigo

Avibras infelizmente já era…já perdeu todos os seu engenheiros e sem falar que maquinario está tudo defasado e sem manutenção.

ln(0)

O Brasil não fez nada (dessa vez), foi a incompetência da administração que levou a isso.