Uma expedição liderada pelo Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), em colaboração com a Marinha dos EUA e outras entidades, localizou o submarino USS F-1, que afundou em 17 de dezembro de 1917 após colidir com o USS F-3 durante exercícios de treinamento. O acidente resultou na morte de 19 dos 24 tripulantes a bordo. O submarino foi encontrado a mais de 400 metros de profundidade, repousando de lado, e está “notavelmente intacto” após mais de um século submerso.

Utilizando veículos submersíveis avançados, como o Alvin (tripulado) e o Sentry (autônomo), a equipe capturou imagens de alta definição e criou modelos 3D detalhados do naufrágio. Essas tecnologias permitiram uma documentação precisa do estado atual do submarino e das espécies marinhas que agora habitam a estrutura.

USS F1 em 1912

Durante a expedição, também foi localizado o destroço de um avião torpedeiro Grumman TBF Avenger, que caiu na mesma área em 1950 durante um voo de treinamento. Todos os tripulantes da aeronave sobreviveram ao acidente.

Em homenagem aos 19 marinheiros que perderam a vida no naufrágio do USS F-1, a equipe realizou uma cerimônia a bordo do navio de pesquisa Atlantis, tocando o sino 19 vezes — uma para cada tripulante falecido.

A descoberta do USS F-1 oferece insights valiosos sobre a história naval dos Estados Unidos e destaca os avanços tecnológicos que permitem explorar e documentar naufrágios em profundidades anteriormente inacessíveis.

Planos do USS F1

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Paulo Cardoso

Impressionante o nível de conservação, estando naufragado a mais de um século!

Burgos

É sabido que quando mais fundo o índice de sal na água será menor, daí o porque do submarino está ainda em bom estado de conservação 👍

GuiBeck

É sabido, mas eu não sabia kkkkk aprendi mais uma. Valeu!

FERNANDO

Pois é eu não sabia disso.
Então, a é quase doce na no fundão?

Érico

Não, não é. A diferença (se houver) é muito pequena. Há regiões com alta taxa de evaporação, como nos grandes giros oceânicos, onde a salinidade na superfície é maior. A água, pra estar no fundo, precisa ser mais densa: a densidade é definida basicamente por temperatura e salinidade. A água mais profunda pode ter menor salinidade, porém sua temperatura tem de ser mais baixa a forma de compensar na densidade.

Érico

complementando, dei um exemplo que corrobora o que foi falado pelos outros usuários, queria na verdade dar um exemplo contrário. Há lugares onde há muita precipitação ou descarga de rios, que fazem com que a superfície tenha MENOR salinidade.

Matheus

É verdade, quanto mais fundo, menor será o índice de sal da água. Mas também depende. Por exemplo, o Titanic se encontra em péssimo estado de conservação estando a 3.800 metros de profundidade enquanto o seu navio irmão Britannic, está em perfeitas condições estando a 120 metros. Ou seja, depende não só da salinidade, mas também da temperatura da água e das correntes marítimas que por lá passam.

Camargoer.

Olá Burgos. Eu não tenho certeza sobre a concentração do sal… é uma boa questão que nunca me ocorreu. A pressão de fato altera aspectos de energia livre, o que por sua vez pode reduzir a solubilidade. A temperatura também afeta. Vou dar uma pesquisada. Agora, eu tenho certeza que a concentração de gás oxigênio dissolvido na água do mar é maior próximo á superfície. No fundo do mar há pouco oxigênio dissolvido. Os processos de oxidação e corrosão precisam de gás oxigênio. Quando mais frio mais lenta é a corrosão. Neste caso, os dois efeitos contribuem para preservar o… Read more »

Bento

Boa tarde! Na verdade a conservação de estruturas compostas por metais ferrosos submersas se deve à ausência de oxigênio dissolvido na água, pois os processos corrosivos dependem da água, do sal e do oxigênio. Na ausência dos 3 elementos o processo eletroquímico não tem como ocorrer. Na área de patologia dos materiais de construção, nós não nos preocupamos muito com a corrosão a profundidades maiores. Em compensação, nas áreas expostas pelas marés, ou zonas de névoa salina, a agressividade do ambiente é elevada, tanto para estruturas metálicas como para estruturas de concreto armado ou protendido. No caso do Titanic, a… Read more »

Camargoer.

Ola Bento Você tem razão. Uma vez, durante um destes verões muito quentes em S.Paulo, ocorreu uma proliferação de algas na Represa Billings que usaram o esgoto clandestino como alimento. Estas algas consumiram a maior parte do gás oxigênio dissolvido na água da represa, o que causou uma enorme mortandade de peixes. O “Gugu Liberato” (olha o nível) chamou um biólogo para explicar o que estava causando a morte dos peixes. O biólogo explicou com calma e bem didático… dai o Gugu perguntou: Então as algas estão retirando o oxigênio da água? Ele respondeu que sim…. dai o Gugul se… Read more »

Dr. Mundico

Realmente temperatura, salinidade e oxigenio influem para a conservação (ou não) de estruturas metálicas no fundo do mar.
Tenho quase certeza que se esse submarino fosse retirado de onde está (obviamente se isso fosse possível e com todos os recursos adequados) em pouco tempo ele se “desmancharia”.