Em 30 de maio de 2025, a Marinha Russa realizou o lançamento do navio de desembarque Vladimir Andreyev no Estaleiro Yantar, localizado na região de Kaliningrado. Este é o terceiro navio da classe Ivan Gren (Projeto 11711), representando uma versão modernizada com capacidades aprimoradas em relação aos seus predecessores.

O Vladimir Andreyev destaca-se por seu aumento significativo de deslocamento, passando de 6.600 para aproximadamente 8.000 toneladas, e por melhorias estruturais que incluem uma superestrutura unificada e um convés de voo ampliado. Essas modificações permitem a operação de até cinco helicópteros, como os Ka-52K de ataque ou os Ka-29 de transporte, ampliando a flexibilidade operacional da embarcação.

Em termos de capacidade de carga, o navio pode transportar até 40 veículos blindados ou 13 tanques de batalha principais, além de acomodar 400 fuzileiros navais. O sistema de propulsão foi reforçado com quatro motores diesel 16D49, cada um gerando 6.000 cavalos de potência, proporcionando maior autonomia e manobrabilidade.

O armamento do Vladimir Andreyev inclui um canhão naval AK-176MA de 76 mm, sistemas de artilharia AK-630M-2 Duet e metralhadoras pesadas Zhalo-M de 14,5 mm. Esses sistemas são coordenados pelo radar Laska 5P-10-03, garantindo defesa eficaz contra ameaças aéreas e de superfície.

O navio homenageia o Almirante Vladimir Andreyev, que liderou operações anfíbias no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Após o lançamento, o Vladimir Andreyev passará por testes de mar e está previsto para ser incorporado à Frota do Pacífico da Marinha Russa em 2026.

Este lançamento reforça os esforços da Rússia em modernizar sua capacidade de guerra anfíbia, substituindo embarcações mais antigas das classes Ropucha e Tapir, e ampliando sua presença naval em regiões estratégicas.


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Dalton

Com tão pouca similaridade com os dois primeiros mereceria mais que uma adição da letra “M” ao Projeto 11171 e serão os maiores “navios anfíbios” – até serem superados pelos 2 “LHDs” em construção – desde a classe de 3 unidades Ivan Rogov” projetados para a marinha soviética na década de 1970 que totalmente carregados deslocavam cerca de 14.000 toneladas.
.

Luís Henrique

Parece que os novos do projeto 23900 também terão o mesmo nome do projeto 11171.
Classe Ivan Rogov

Mas em vez de 14.000 t deslocarão 40.000 toneladas cada um.

Dalton

Natural a confusão Luís, a classe Ivan Rogoff anterior foi conhecida como Projeto 1174
enquanto a futura do Projeto 23900 como você corretamente apontou também será conhecida como classe Ivan Rogoff e o segundo navio também terá o mesmo nome de
outra unidade da classe anterior, Mitrofan Moskalenko.

cipinha

Interessante a quantidade de antenas e mastros que os navios russos tem em comparação com modelos ocidentais que tem procurado serem o mais “limpos” possível

Hamom

Além dos russos, a US Navy também não é muito rigorosa em ”furtivizar” os mastros e antenas de seus navios. E taí uma duvida que tenho… frente as potencias até que ponto o conceito de steaht é eficiente em navios de grande porte atualmente?  Porque com a multiplicação de meios de monitoramento como satélites e drones de longo alcance, estes navios pode ter seus movimentos rastreados desde o momento em que saem de seus portos. Um drone de longo alcance, que pode voar 10 mil km durante 60 horas…A 15.000 m de altitude pode acompanhar e travar a posição exata… Read more »

Last edited 1 dia atrás by Hamom
Piassarollo

Exatamente

Piassarollo

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Cipinha

Pois é, se eu soubesse como colocar fotos aqui, colocaria mostrando a diferença entre eles

Fábio CDC

Caro Senhor Cipinha, muito obrigado, sua postagem foi muito esclarecedora! Por favor, continue, não precisa aparecer a imagem, pois apenas o link é suficiente.

Jhon Malafaia

Fico abismado como a indústria de defesa no mundo todo (literalmente) funciona.
Só no Brasil que tem indústria, tecnologia, dinheiro não funciona.

Nunes Neto

Se o governo coloca se a grana para 20 Tamandares as 20 seriam construidas,idem tamadares,gripens,KC 390,Astros, na velocidade solicitada,a industria de defesa funciona, não têm em investimento para fazer manter ritimo, só é voo de galinha…

Jhon Malafaia

Sério mesmo que você acredita nisso?
Se o governo colocasse dinheiro para construção de 20 navios, a MB gastaria em pessoal e outras regalias.

Marcelo

Mais isso é feito de propósito.
O Brasil não é para amadores !!!

Fernando Vieira

Imagina que você queira abrir uma indústria de mísseis no Brasil. Mísseis são algo que apenas governos deveriam poder comprar. Seu primeiro cliente tem que ser o governo do Brasil, que governo estrangeiro compraria um míssil de um país que nem o próprio governo do país quis? Aí você vai lá, projeta, constrói protótipos, erra, corrige seu erro, testa de novo, faz campanha de validação, certifica, tem o produto pronto, o governo vai lá e compra… três unidades. Como você paga seus custos assim? Isso vale para a linha do Gripen também. Se não tiver mais encomendas, pra quê a… Read more »

Fernando Vieira dos Santos

Isso é descaso com a segurança

Jhon Malafaia

O problema é que o “governo” (que na verdade é representado pelos militares, que são quem escolhem o que, quando e quanto comprar), não está nem aí para a indústria nacional.
É um absurdo o Brasil comprar um caça que na época não voava, e até hoje não dispara um míssil.
Poderiam ter gasto a grana numa versão evoluída do A1 ou comprado o Hurjet, que tem DNA nacional.
Não se iluda!!!

Fernando Vieira

Aí eu discordo. O acordo com os suecos colocou o Brasil junto com o desenvolvimento do caça, transferência de tecnologia e fabricação aqui.

O A1 não é um caça polivalente, ele é um ótimo caça de ataque e, embora seja um dos que será substituído pelo Gripen, dificilmente uma versão melhorada do AMX seria capaz de substituir os F-5 e os Mirage. Fora botar a Embraer pra desenvolver uma aeronave quase nova para, de novo, comprar 20 unidades.

Inclusive eu acho que versão evoluída do A-1 já existe, é o M-346.

Jhon Malafaia

Aí eu discordo. Nem o Gripen, que na época a FAB nos vendeu a ideia de que seria o “super trunfo”, é polivalente. E engano seu, na década de 80 a Embraer já oferecia a FAB, um projeto de caça supersônico, polivalente, 4° geração, denominado MPFL. Que foi recusado pela FAB, depois esse projeto virou o AMX. Essa projeto, se feito de acordo com o que prévia a Embraer, seria o F-16 nacional. E olha como até hoje o F-16 é polivalente e eficaz, lógico com as devidas atualizações. O Japão com seu F-1(, F-16 japonês), agora o está evoluindo… Read more »

Nei

Quanto ao governo, FAB, Marinha e Exército, sempre deixar a indústria nacional de lado, com o governo criando projetos já cancelados desde o início, concordo. Quanto ao Gripen, discordo em partes. Quando foi selecionado o GRIPEN NG, sabia-se que tratava-se de um caça de novo projeto e que levaria tempo para suas certificações, assumindo assim que o F-5 continuaria sendo a espinha dorsal da FAB até a certificação final do F-39. No caso do míssil METEOR, também tenho descontentamento que ainda possui problemas de integração, até porque na Suécia em 2022, o GRIPEN E fez o disparo e com sucesso.… Read more »

Welington

Vai ver quem são os representantes de armamentos bélicos que são comprados no exterior, são generais, coronéis, já aqui quando a indústria local de armas não contrata esses oficiais como representantes a panelinha das FAS não compram nada da indústria nacional!

Jhon Malafaia

Exatamente.
Só compram alguma coisa da indústria local, quando elas são desnacionalizadas.
Olha o “lo e” da FAB com a AEL depois que ela foi vendida para Elbit, e a Elbit além de encher os quadros de chefia da AEL com oficiais da FAB, começou a fazer mais “Looby” na instituição.

adriano Madureira

Quem sabe caso e quando começarem a explorar petróleo lá perto da Guiana, sobre um trocado para a defesa…

Eu sempre achei que royalties proveniente da exploração de petróleo,gás ou minerais no coceano, deveria ir para a defesa, especialmente um percentual maior para a Marinha do Brasil, assim como exploração em terra deveria ir para o EB com um percentual diferenciado.

Mas nessa terra de pilantras com mandato parlamentar,é uma utopia,nunca se importaram com a defesa e nunca se importarão…

Welington

O dinheiro tem,más no bolso dos políticos e artistas!
Defesa,educação, saúde todos estão sendo contingênciados!

Jhon Malafaia

Não se esqueça do bolso dos militares.
Demonstraram isso no último governo.
Tiveram muitas verbas, e o que fizeram?

Observador

Os navios russos sempre têm uma altura muito elevada se comparada a média mundial? Porque é o que parece apenas olhando por fotografias.

adriano Madureira

Bonito…

Rafael Coimbra

Nada com ser um país q valoriza sua defesa… a Rússia está em guerra, sancionada até o ultimo fio de cabelo e lançando barcos ao mar… e nós? atrasando o pagamento de 4 corvetas que chamamos de fragatas

wilhelm

Não deixa de ser impressionanter ver como um país sancionado, em guerra e com uma economia bem menor que seus adversários consegue entregar projetos dessa magnitude.

A verdade é uma só: quem quer fazer, faz.

Nei

Concordo com você.

Aqui tudo é desvio, superfaturamento e com o órgão jurídico supremo com juízes sendo indicados por quem é investigado, como vai funcionar?
Juiz julga, não investiga.