A Marinha dos EUA recorreu recentemente à classe Ohio SSGN — submarinos de mísseis guiados — para realizar disparos coordenados de Tomahawk contra instalações nucleares iranianas durante a operação “Midnight Hammer”.

Embora o submarino exato não tenha sido oficialmente identificado, algumas fontes sugerem que o USS  Georgia (SSGN‑729), convertido em 2007 de um submarino de mísseis balísticos para guiados, foi o responsável por lançar cerca de 30 mísseis de cruzeiro Tomahawk em direção à instalações nucleares em Natanz e Isfahan.

Esses submarinos classe Ohio — originalmente projetados para transportar mísseis balísticos Trident II — foram reformados para cumprir missões convencionais, podendo carregar até 154 Tomahawks em seus silos verticais.

Com 170 metros de comprimento, propulsão nuclear e um casco projetado para operações furtivas, essas unidades possuem autonomia praticamente ilimitada e capacidade para operar clandestinamente em águas adversárias.

Concepção artística de um SSGN classe Ohio lançando Tomahawks
Lançador de SLBM de um SSGN classe Ohio convertido para lançar Tomahawks

A operação exemplifica o valor estratégico dos SSGN da classe Ohio: sua combinação de furtividade, capacidade de lançar grande quantidade de mísseis de precisão e permanência prolongada no local transformam esses submarinos em ativos centrais na projeção global de poder e em operações de dissuasão contra ameaças estratégicas. A ação demonstrou também a integração entre forças aéreas (com bombardeiros B‑2 e munições MOP) e marítimas, criando um “duplo eixo de ataque” sincronizado.

Conforme destacou o general Dan Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, “nenhum outro militar do mundo poderia ter feito isso”, refletindo a capacidade única da Marinha dos EUA de aplicar força com precisão, discrição e liberdade de ação. A operação também serviu como demonstração da relevância dessas plataformas durante o processo de transição para a nova classe Virginia VPM, garantindo continuidade e evolução operacional.

SAIBA MAIS:

Operação ‘Midnight Hammer’: Bombardeiros furtivos dos EUA atingem alvos nucleares iranianos

Subscribe
Notify of
guest

62 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rafael

O serviço silencioso fazendo seu papel sem alarde.

Pessoal tem medo dos B-2, é porque não tem a mais vaga ideia do poder absoluto dos subs.

Dalton

Um “Tomahawk” não pode penetrar tão fundo quanto uma “MOP” que só pode ser transportada por um B-2 então, se estou em um abrigo dezenas de metros abaixo da superfície teria mais medo do B-2 🙂

Ricardo Bigliazzi

Mas eles podem afetar muitos alvos… como por exemplo as ilhas fake Chinesas no Mar da China

Ubiraci Costa

Só que existe um detalhe, você não está considerando que a China não é o Irã que é comandado por falastrão e um exército mal treinado e despreparado,aí é que a porca torce o rabo, Israel comandado por “Bibi o Carniceiro” transformou Gaza em Ruínas, e não teve uma edificação destruída em seu território, já o Irã jogou algumas bombinhas só sobre Jerusalém a Cidade”Sagrada “.💀☠️

francisco

Esse exercito amarelo, nunca provou nada. Faz anos que choram pela ilha não tem coragem de invadi-la.

Sobreira

Verdade

Ricardo Bigliazzi

A Força de Submarinos dos EUA é absolutamente subestimada pela maioria das torcidas…

Cido

Por que então um akula ficou 30 dias em águas eua e só foi visto quando estava saindo para águas internacionais ??

Victor Filipe

Os EUA tem mais de 153 mil kilometros de costa para monitorar, é virtualmente impossivel vigiar tudo e em tempos de paz ninguem fica fazendo missões ASW 24/7 em cada centimetro da costa. Durante a guerra fria não era incomum que submarinos americanos ficassem na saida das bases sovieticas operando em silencio esperando um submarino sovietico sair pra começar a seguir eles e ficar monitorando passo a passo. inclusive a manobra chamada “crazy Ivan” que é mostrada no filme e livro “a cacaçada pelo outubro vermelho” era real e realizada por submarinos sovieticos na tentativa de detectar seus perseguidores. Oque… Read more »

Riska_Faka

Sou fã da Classe Ohio, principalmente na versão SSGN: 154 Tomahawks! Alias, Tomahawk é o cavalo de batalha da USN. Ainda lembro da notícia no JN de 1991 a Fatima Bernardes anunciando que “mísseis tomahawks” foram lançados…

Fernando XO

Essa capacidade da USN traz um diferencial estratégico extraordinário.

Marcelo Soares

Até 154 mísseis…simplesmente impressionante.

Jorge Oshiro

Mas nenhum hipersonicos. Com a tecnologia de reconhecimento avançado e anti-misseis hipersonicos com tecnologia de interferência eletrônica magnética criando alvos fantasmas. A China já está olhando o USA pelo retrovisor.

Bosco

Cuma???

Bosco

A função de um míssil supersônico é fazer uma coisa explodir no território inimigo mais rápido que um subsônico .
A função de um míssil hipersônico é fazer algo explodir no território inimigo mais rápido que um supersônico e um subsônico.
Todos os três devem ter recursos que os capacitam a penetrar nas defesas do inimigo e atingirem seu respectivos alvos e cumprirem as funções para os quais foram empregados.
Todos os 3 são falíveis e podem eventualmente ser interceptados por sistemas defensivos deficados.

Last edited 20 dias atrás by joseboscojr
Bosco

Oshiro,
A corrida armamentista é igual uma corrida de F1. É fluída.
Uma hora um tá na frente do outro numa coisa e outra hora o outro tá na frente do um nessa coisa.
Nada que seja preocupante.
Vida que segue.

Last edited 20 dias atrás by joseboscojr
Abner

Agora que os “Ticonderoga” estão sendo desativados.

Os submarinos Ohio SSGN estão encaminhando para ser a artilharia de peso com mísseis Tomahawk da marinha por um longo tempo pelo visto.

Dalton

Os 4 serão inativados entre 2026 e 2028 conforme já anunciado não havendo condições de estender ainda mais a vida deles ou pelo menos não significativamente.
.
Os Virginias Block V com capacidade para 40 Tomahawks terão que assumir o lugar deles
considerando-se que 154 é a capacidade máxima mas a realística fique por volta de 120
3 Virginias Block V serão necessários para substituir cada Ohio e é exatamente o que se pretende fazer, construir mais do que 12 das versões V e VI.
.
Os Virginias Block V/VI eventualmente serão capazes de transportar grandes mísseis
hipersônicos também.

Last edited 21 dias atrás by daltonl
Bosco

Dalton,
Quando o primeiro Virginia Block V estará operacional (atirando)?

Last edited 21 dias atrás by joseboscojr
Dalton

Do jeito que as coisas vão – há perspectiva de melhora nas entregas a partir de 2028 – lá por volta de 2032.
.
Tudo anda muito “chato” Bosco, leva-se muito tempo para construir, integrar
até modernizar o que já se tem, navios de guerra, de apoio e submarinos ainda bem que dentro desse hobby existem os da II Guerra meus preferidos 🙂

Hamom

É o efeito da crescente complexidade das tecnologias embarcadas…

Dalton

E também da decisão 30 anos atrás de encomendar-se apenas um submarino anualmente, isso mudou, em 2011, quando 2 começaram a ser encomendados mas o mal já havia sido feito com mais saindo e menos entrando em serviço, a pandemia, necessidade de investir em infraestrutura, pessoal, modernização dos SSBNs e a substituição deles, complicou ainda mais e as entregas estão atrasadas. . O número de submarinos vem gradativamente diminuindo, há 51 táticos hoje, 47 SSNs e 4 SSGNs e o número irá cair ainda mais até que a indústria possa entregar 2 SSNs por ano, tendo ano onde até 3… Read more »

Abner

Pensei que ficariam por uns anos em serviço ainda.

Parece que não é estratégia da marinha ter muitos mísseis de cruzeiro em seus submarinos ?

Ricardo Bigliazzi

Sim, principalmente com os típicos alvos do Pacifico.

Bosco

A estratégia da USN é ter mais mísseis cruise distribuídos em maior quantidade de unidades.
Os destroires podem levar umas 2 dúzias .
Os SSNs levariam uns 12 a 16.
Os Virginias Block V levariam até 40.

Fabio Araujo

O Trump num post deu uma bela elogiada na US Navy e ainda deu uma bela cutucada no Medvedev que para variar andou falando besteira. “Trump: “Será que ouvi o ex-presidente Medvedev, da Rússia, proferindo casualmente a palavra “N” (Nuclear!) e dizendo que ele e outros países forneceriam ogivas nucleares ao Irã? Ele realmente disse isso ou é apenas fruto da minha imaginação? Se ele disse isso, e se confirmado, por favor, me avise IMEDIATAMENTE. A palavra “N” não deve ser tratada com tanta leviandade. Acho que é por isso que Putin é “O CHEFE”. Aliás, se alguém achou que… Read more »

Bosco

A capacidade de projeção de poder dos EUA realmente é impressionante e tende a ficar maior. Basicamente os mísseis convencionais de ataque a alvos no solo com mais de 500 km de alcance são: Lançados do Submarinos: Tomahawk III, IV, V: alcance de até 2000 km com ogiva de 450 kg Lançados de Navios: Tomahawk III, IV, V: alcance de até 2000 km com ogiva de 450 kg SM-6: alcance de 500 km+, com ogiva de 67 kg Lançados de terra: PrSM: 500 km +, com ogiva de 92 kg, Mach 5 SM-6: 500 km +, com ogiva de 67… Read more »

Bosco

Na verdade é “JASSM-XR” : 1800 km +, ogiva de 450 kg.

Ricardo Bigliazzi

Não atira na cara para não estragar o enterro…

Orphel

Tu não tá vendo que ele não sabe brincar?

Ricardo Bigliazzi

Meu Deus, será que esses submarinos poderiam atacar as ilhas fake chinesas no Mar da China??? Isso não vale… espero que as ilhas sejam moveis para se defender.

Jorge Oshiro

As ilhas fake é para limitar o cinturão de ilhas chinesas para o inimigo não entrar nessa zona. Os chineses possuem sistema de eletrônico gerado por IA que criam frotas de navios fake para confundir o inimigo. A frota de submarinos chineses estão com sistema de camuflagem por magnetismo. DF-21D “Matador de Porta-Aviões” – Alcance e Velocidade: Alcance estimado de 1.500–2.000 km, velocidade de Mach 10. Primeiro míssil balístico antinavio (ASBM) operacional do mundo . Tática: Utiliza satélites e sensores para localização de alvos em tempo real. Em simulações, combinou-se com guerra eletrônica espacial para suprimir radares inimigos (ex.: SPY-1D… Read more »

Bosco

Oshiro…
Respira…

Bosco

Oshiro, Como temos visto nas guerras recentes mísseis balísticos são só um meio de se atingir um fim. E não são nenhuma panaceia. São falíveis e interceptáveis, em nada diferentes dos mísseis cruise subsônicos e igual a estes o melhor é lançá-los em quantidade de modo a tentar saturar as defesas pra ver se algum sortudo passa já que cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém. Excelente para os chinas se conseguiram operacionalizar seus DF-21D porque o grande alcance deles permite compor junto com outros recursos uma boa estratégia A2/AD, mas como toda arma está longe de… Read more »

Marcelo

Depois que você acordou o Vietnã mandou um abraço !!!

Carlos

Matéria diferente! Cada um fala o que quer, afinal, o inimigo não tem voz por aqui.

Adilson

Depois do ataque os defensores das instituições democráticas se perguntam:
-Tomahawk de submarino no Atlântico Sul também alcançaria o Lago Paranoá, como o B2?

Emmanuel

Quem seria louco de gastar Tomahawk no Brasil?
Não vale a pena.
Já temos uma arma mais avançada. Se chama urna eletrônica e ela é usada a cada dois anos provocando destruição em massa por onde passa.

Adilson

porta aviões do Trump não tem o alcance que as FFAA br tem pra levar democracia via urna … vota vota confirma

Dalton

Sim, como o “Toamahawk” tem um alcance estimado de 1500 Km um submarino poderia lança-los estando ainda umas duas centenas de km da costa brasileira.

Augusto Cesar

Acho que o projeto de ditador togado desconhece tal capacidade, senão não teria dito aquela asneira do porta aviões.

Bosco

Sinceramente acho desnecessário um hipotético submarino nuclear de ataque brasileiro vir a precisar ter um míssil cruise de ataque terrestre. Nosso hipotéticos futuro submarino nuclear com certeza não contará com lançadores verticais mas tão somente com tubos de torpedos e muito provavelmente terá uma sala de torpedos para algo em torno de 20 armas havendo competição entre torpedos pesados, mísseis antinavios, mísseis de ataque terrestre, minas, UUVs, etc. O ideal é que ele foque na sua missão precípua de negação do uso do mar e não na de projeção de poder, dado à capacidade limitada que eventualmente possa ter no… Read more »

Bosco

Mas é por isso, José.
Como só tem tubos de torpedos a sala de torpedos precisa ter lugar para torpedos, mísseis antinavios e mísseis de ataque terrestre.
Se couber 20 armas seriam uns 12 torpedos, uns 4 misseis antinavios e uns 4 LACMs.
Acho pouco pra fazer diferença.
Agora, se a MB tivesse uns 10 SSNs aí teria sempre uns 4 ou 5 em patrulha e aí seria outra história.

Fernando XO

Prezado José, o conceito de projetar poder sobre terra na MB está associado às operações anfíbias.
Eu, particularmente, não creio que nossos meios navais venham ser dotados de algum tipo de míssil de cruzeiro (opinião pessoal).
O futuro, espero eu, deve trazer o MANAER e o MANSUB, nesta sequência.
Cordial abraço.

Fernando XO

Prezado José, não há iniciativas no horizonte para algo como um TLAM… talvez aconteça se partirmos para um escolta maior… mas na atual conjuntura, não há nada nesse sentido… cordial abraço.

Bosco

José,
Cê tá de “brincs” , né?
Se não estiver é melhor tomar cuidado. Pode ser fungo na farofa.
Cê come muita farofa?

Bosco

Ok. José .
Peço desculpas!

Fernando XO

🙄

Fernando XO

🤔

LeoRezende

Olá. Meus cinco centavos,se me permitem. José,toda e qualquer informação é sempre bem vinda,e agradeço por trazê-las. Mas creio que essa informação não passe de mais um “planejamento”,vulgo sonho,da MB. Nos níveis de uma 2° frota, Seria legal ter mas…Existe o mundo real e o mundo ideal,e como vivemos no primeiro e só podemos sonhar com o segundo,creio somente que qualquer dos braços das FFAA’s deveria focar seus parcos recursos operacionais em projetos que reflitam uma real aplicabilidade frente nossa real necessidade. Sabemos que muitas vezes falta o básico em diversas OM’s,e sanar isso deve ser prioridade,por que a realidade… Read more »

Fernando

A classe é Virgínia e não ohio

Franz A. Neeracher

Nada de “Classe Viriginia”…..a USN converteu os 4 SSBN mais antigos da Classe Ohio em SSGN.

Marcelo

O tomahank lançado por torpedo a linha de produção foi fechada.
Os países da europa estão comprando o míssil nsm de ataque terrestre.
Os americanos estão pedindo um valor proibitivo para integrar o tomahank no submarinos europeus.
https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/5340831/paises-bajos-marca-camino-espana-optando-misiles-europeos-nsm-submarinos-como-alternativa-tomahawk-eeuu

Tony

Esperem pelos Chineses e irão “cair do cavalo” 🤭. Essa será a terceira grande guerra, e não vai demorar não. Os EUA só lutam com Países inferiores militarmente falando. Porquê vocês acham que eles não entraram na guerra
contra a Rússia ??? Ainda mais o mundo todo e inclusive os EUA dependendo da China 🤔🤔🤔

Bosco

A Rússia tá lutando com a Ucrânia e a China vive ameaçando Taiwan.
Por que os estadunindenses ianques têm que ser diferentes?

irineu barros

e a luta continua mas Israel lidera a luta p im fim pacífico

Dr. Altamir José

Os comentários são esplêndido obrigado

NagL

Submarinos de mísseis teleguiados… (título de texto) hum ! bem só se forem lançados todos debaixo de água, só assim é que são submarinos:) no qual nunca vi, só se forem torpedeiros !
O correcto seria mísseis teleguiados lançados por submarino !

Bosco

NagL, Mas os mísseis são lançados com o submarino submerso. – A denominação “submarino nuclear de míssil guiado” (SSGN) é para distinguir da denominação “submarino nuclear de míssil balístico” (SSBN), que é o componente da tríade que compõe a dissuasão nuclear dos EUA. Na verdade é só uma convenção da USN e não tem nenhum fundamento técnico , sendo ambos termos tecnicamente imprecisos, já que os mísseis balísticos do SSBN também são guiados e no futuro um SSGN poderá lançar mísseis “balísticos” , no caso o IRCPS. Um IRCPS na verdade não é de fato balístico já que é um… Read more »

Bosco

Em relação ao termo “teleguiado” ele está em desuso por ser tecnicamente incorreto. O mais correto é dizer só “guiado” mesmo. Teleguiado deixa transparecer que alguém o está guiado de longe e a imensa maioria dos mísseis de hoje são “autoguiados”. No caso específico do Tomahawk então, ele é totalmente autoguiado , do tipo “fire and forget” (atire e esqueça). Todas as informações necessárias para ele atingir o alvo são inseridas no seu processador antes dele ser lançado e ele depois de lançado faz tudo sozinho , ainda que a versão Block IV e Block V ele tenha um link… Read more »

Edisio

Cheguei, cheguei Brasil

Sobreira

Meu total apoio e extrema admiração pelas Forças Armadas norte americanas