Submarino Type 212 - U33 - foto Marinha Alema

Koblenz, Alemanha — A Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) firmou nesta quinta-feira (27) um dos maiores contratos de serviço de sua história, assegurando a modernização completa de seis submarinos Type 212A da Marinha Alemã. O acordo, assinado com o Escritório Federal de Equipamentos, Tecnologia da Informação e Suporte em Serviço da Bundeswehr (BAAINBw), envolve mais de € 800 milhões e terá duração de dez anos.

O contrato prevê a atualização de sistemas essenciais a bordo dos submarinos, incluindo o sistema de navegação e o sistema de comando e controle de armas, especialmente nos quatro navios mais antigos do primeiro lote. A meta é manter a superioridade tecnológica da frota submarina alemã e preparar o país para enfrentar desafios futuros na defesa nacional e nas operações da OTAN.

“Este importante contrato de serviços fortalece ainda mais nossa cooperação sólida e confiável com a Marinha Alemã no campo da manutenção,” destacou Oliver Burkhard, CEO da TKMS. “Como potência marítima, vamos utilizar todo o nosso portfólio de serviços para assegurar a alta disponibilidade operacional e o desempenho da frota de submarinos alemã, contando com nossa expertise acumulada ao longo dos anos.”

Visão em corte do Type 212

Parceira estratégica da Marinha Alemã, a TKMS oferece serviços que vão desde manutenção e reparos até modernizações e logística específica para submarinos, desempenhando um papel crucial na prontidão técnica da frota. Além disso, a empresa atua como contratante principal na construção de submarinos, integrando a capacidade inovadora de diversas pequenas e médias empresas, fortalecendo assim a cadeia de valor industrial alemã.

Reconhecida mundialmente como líder no fornecimento de submarinos convencionais, a TKMS possui encomendas expressivas no setor submarino, incluindo quatro novos submarinos Type 212CD para a Alemanha e dois submarinos 218SG adicionais para Singapura. Em maio de 2025, a carteira de pedidos da empresa atingia um recorde de € 18 bilhões, garantindo sua capacidade produtiva e empregos bem além da década de 2040. O novo contrato de serviços contribui para expandir ainda mais essa carteira robusta, consolidando o cenário positivo para o setor naval alemão.

A modernização dos submarinos Type 212A representa um investimento estratégico não apenas em segurança, mas também em inovação e soberania tecnológica, reafirmando o compromisso da Alemanha com a defesa nacional e o fortalecimento da OTAN.

Subscribe
Notify of
guest

21 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Camargoer.

José.. há mais de 10 anos discutimos o Prosub.. supor que os problemas da MB decorrem da escolha do Scorpenevé um grande equivoco

Camargoer.

Olá José. Neste caso, acho que mais concordamos que discordamos. Há muita gente que defende que a situação da MB é consequência do ProSub.. que sem ele, ela estaria navegando em águas tranquilas.. talvez fosse necessário afirmar também que o problema da FAB é o Gripen, de tal modo que se tivessem sido comprados dois ou três esquadrões de F16 novos ou, melhor, de segunda mão, a FAB estaria voando sem turbulência.. também seria preciso escolher o Guarani ou os fuzis da Imbel como seu bode expiatório. Caso fosse verdade, se a MB tivesse escolhido submarinos alemães fabricados em KIel,… Read more »

MMerlin

Em partes (pequena ou grande) e referente ao complementos financeiro de outros programas ou até ao início de novos, é sim problema do PROSUB.
Mais referente à todas as partes relacionadas a versão nuclear, que consome um orçamento que a MB não teria, e só tem sacrificando boa parte de suas necessidades.
O SN-BR é importante? Sem dúvida.
Mas é uma necessidade, ou seja, indispensável? Não, não é.
E esse é o ponto.

Camargoer.

Olá MM. Há uma discussão antiga sobre a necessidade da propulsão nuclear ou um sistema AIP de célula combustível. Acho que a ideia de continuar apenas com propulsão convencional já foi superada. Seria estranho alguém sugerir que a MB cumpriria a sua missão estratégica usando submarinos convencionais A propulsão AIP também é cara. Lembro de ler alguma coisa que a propulsão convencional custar cerca de US$ 6 por milha enquanto a AIP seria mais de US$ 40. O maior limitante da propulsão nuclear é dominar o ciclo de enriquecimento e ter capacidade industrial para produzi-lo. Seria um desatino um país… Read more »

MMerlin

“… Acho que a ideia de continuar apenas com propulsão convencional já foi superada … ” Fala isso pra Japão, Coréia do Sul, Portugal, Espanha e diversas outras marinhas muito mais estruturadas, tanto de equipamentos quanto administrativamente, que a nossa e que ainda dão atenção para submarinos convencionais. Referente ao PNM, ainda não entendo os motivos da MB estar diretamente envolvida, tanto na questão orçamentária quanto gestão de projeto, de desenvolvimento de reatores e células de combustível. No máximo seu envolvimento na configuração dos requisitos e planejamento para montagem do LABGENE. Isto deveria esta na mão de pesquisadores civis de… Read more »

Last edited 21 dias atrás by MMerlin
Camargoer.

Olá MM. Quando escrevi “propulsão convencional” foi sobre o uso do diesel elétrico. Japão e Portugal já estão usando propulsão com AIP. Então, no contexto do meu comentário, os dois países já superaram a limitação da propulsão convencional Portugal está usando o sistema AIP da Siemens. Eles são usuários da tecnologia e dependem dos alemães para a manutenção das células combustível. O Japão desenvolveu seu próprio sistema AIP. Após o fim da II Guerra, ficou claro a necessidade de criar um órgão que coordenasse a pesquisa nuclear no Brasil, Foi a MB quem teve esta iniciativa que resultou no CNPq… Read more »

MMerlin

Fora termos gastado uma fortuna para a construção dos complexos relacionados ao programa e vermos uma ociosidade cada vez maior devido a falta de continuidade de encomendas.

Luís Henrique

A situação financeira das nossas forças armadas vem de 2 pontos principais: 1) previdência militar muito generosa que aumentou os gastos com inativos de forma exponencial e hoje consome metade do orçamento. Foi feito uma reforma em 2019, o que ajudou, mas ainda foi insuficiente. 2) o poder político que reduziu o orçamento militar. Entre 2001 e 2010 o Brasil investia cerca de 1,6% do PIB em defesa, no período 2011 à 2020 isso caiu para 1,4%. No período 2021 à 2024 isso despencou para 1,1%. E agora em 2025 caiu ainda mais para 0,97% do PIB. Caso tivéssemos mantido… Read more »

Last edited 21 dias atrás by Luís Henrique
Luís Henrique

Sou totalmente a favor de tot e produção local, isso gera centenas ou milhares de empregos, as empresas da BID são favorecidas, isso retorno para o governo e para a sociedade através de impostos e consumo tanto das empresas como das pessoas que foram empregadas. Sobre o exemplo da dona de casa, não é assim que ocorreu. Foi prometido uma coisa e depois não foi cumprido. O governo Lula prometeu que o orçamento militar cresceria e muito. Pediu para a MB desenvolver o PEAMB, ela fez. A MB disse que para atingir aquele nível de potência militar, precisaria de mais… Read more »

Calvario

Os submarinos type 212 estavam disponíveis para a venda ao Brasil? Transferiam conhecimentos?

Camargoer.

A MB havia escolhido o 214ou 212.. não lemos, com propulsão convencional. Seriam 4 submarinos novos para substituir os Tupi, exceto o Tikuna. O AMRJ seria reformado e modernizado. Contudo, a MB propus um projeto mais ousado que seria a construção do SBN. Por isso, a MB escolheu o Scorpene. No mesmo pacote, a MB propus uma base e um estaleiros novos. Os alemães não têm conhecimento sobre submarinos de propulsão nuclear, por isso a MB escolheu os franceses. Ajem disso, o Scorpene é maior e segundo todos estes anos de discussão, são superiores aos submarinos alemães. É curioso que… Read more »

Esteves

A MB assinou o comodato com o IPEN em 1979 planejando construir 1 reator nuclear. Naqueles anos não havia intenção ou estudos com os franceses.

Somente após repetidos aditamentos, adiamentos e reconhecimentos de incapacidades, procuramos os franceses em 2008.

Os alemães são capazes de qualquer coisa. Com o aval norte-americano.

Camargoer.

Que seja..

os franceses também não estão ajudando como o reator.

BAVARIAN LION

Desconheço um único veiculo ou informação proveniente de oficiais e operadores que o Scorpene seja melhor que a família Uboot, desde o 209 com e sem AIP, ate os modernos 218.
Na realidade, como já dito aqui na época, o modelo chileno pode fazer com que os marujos nos beliches caiam, de acordo com a manobra.
As recentes concorrências vencidas pelo Naval Group mostra que o scorpene evoluiu, mas nao que chegou ou superou o patamar da TKMS.

Camargoer.

Existe matéria aqui no PN..

Fábio CDC

Considerando as 6 unidades e suas capacidades excepcionais, está praticamente de graça.

Camargoer.

Olá Fábio

Em média, o custo de modernização de cada submarino será de E$ 130 milhões.. é bem alto.

Lembro de uma matéria aqui no PN do Roberto Lopez que mencionava o PMG do um Tupo em torno de US$ 30 milhões e US$ 60 milhões se o submarino fosse remotorizado.

Isso seria da ordem do valor de um navio de patrulha de 500 ton… a modernização destes submarinos alemães está custando o valor de um NPaOc de 1,5 mi ton.

sub urbano

Esse é um dos submarinos fabricados com maior capricho. Mesmo depois de mais de 20 anos de operação, continuam sendo uma das classes de submarinos mais silenciosas. Em exercicios internacionais o U212A é tido como o mais discreto no espectro eletromagnético, sendo dificil de pegar pelos MADs (detectores de anomalia magnetica).

Luís Henrique

Sim eu lembro.

Em 2008, ano que a MB assinou o PROSUB, a MB tinha 30 fragatas FREMM novíssimas, 8 Destroyers Arleigh Burke no estado-da-arte e 24 submarinos Type 214 alemães.

Assinou o PROSUB e ficou sem dinheiro, perdeu tudo.

Luís Henrique

A FAB e o EB estão entre os melhores do mundo, bem diferente da MB, justamente porque não assinaram o PROSUB.

Por isso que a FAB tem mais de 300 caças de 5ª geração e o EB tem mais de 3.000 MBT no estado-da-arte, porque não foram burros igual a MB de assinar o PROSUB.

Luís Henrique

Não vou falar que os almirantes são os melhores do mundo, ou que não cometam erros, mas o sr. deve refletir que quem tem o poder de decidir não são os almirantes e sim o poder político. Se o Presidente da República e o MD tomar a decisão de adquirir X fragatas e X submarinos do fornecedor Y, os almirantes podem até resmungar, mas não possuem poder para mudar nada. Se o Brasil é fraco militarmente, principalmente em equipamentos, isso é culpa dos governos e não dos almirantes. Quando foi decidido o PROSUB, o presidente havia prometido que teria dinheiro… Read more »