SSN AUKUS

O Reino Unido iniciou oficialmente a construção do primeiro submarino nuclear de ataque SSN‑AUKUS, marcando um avanço histórico no pacto trilateral AUKUS firmado com a Austrália e os Estados Unidos.

No dia 26 de junho, a empresa de defesa Babcock deu início ao trabalho de fabricação antecipada de componentes como o sistema de manuseio de armas e seções do casco integradas para a nova classe de submarinos, que está planejada para substituir os sete submarinos da classe Astute da Marinha Real Britânica a partir do final da década de 2030.

No âmbito do Pilar 1 do AUKUS, o Reino Unido planeja construir até 12 submarinos SSN‑AUKUS, enquanto a Austrália adquirirá sua própria frota durante a década de 2040. Os submarinos utilizarão tecnologia nuclear compartilhada entre Reino Unido e EUA e devem ter deslocamento superior a 10.000 toneladas.

O primeiro-ministro Keir Starmer, em sua Revisão Estratégica de Defesa, confirmou que esses submarinos são fundamentais para aumentar o poder de dissuasão do Reino Unido, em meio ao aumento das tensões globais — incluindo preocupações com atividades marítimas da Rússia e da China. Os contratos da Babcock também apoiam os submarinos da classe Columbia dos EUA, reforçando a colaboração industrial transatlântica.

O projeto irá ampliar a infraestrutura naval britânica, incluindo grandes atualizações nos estaleiros de Barrow e Derby, permitindo um ritmo de produção de um submarino a cada 18 meses. O investimento está projetado para sustentar dezenas de milhares de empregos, fortalecer o programa de dissuasão nuclear do Reino Unido e melhorar a interoperabilidade entre aliados.

Enquanto isso, a Austrália aguarda a chegada dos submarinos da classe Virginia dos EUA no início da década de 2030, para preencher a lacuna até que seus próprios SSN‑AUKUS sejam entregues. Apesar de uma revisão do Pentágono, motivada pela postura “America First” (América em Primeiro Lugar) de Washington, autoridades australianas e britânicas continuam comprometidas em entregar o programa dentro do cronograma.

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Ozawa

O capitalismo precisa da guerra … E quando ela não existe, da ameaça dela … E quando ela não basta … De inimigos potenciais permanentes …  Não tendo o que produzir de útil para uso exclusivamente civil e não deixar ociosa e raivosa sua classe-média-produtiva-consumidora, vez que suas linhas de produção de bens duráveis foram se transferindo uma a uma nas últimas décadas para regiões com menores custos de produção, leia-se Ásia Oriental, especialmente a China, à Europa só resta produzir mais e mais armas, cada vez mais caras, porquanto sua tecnologia e mão de obra as são … E… Read more »

elias

vc fala do capitalismo russo ou chines?

elias

invadir a ucrania e marinha gigante da china para invadir________

EDITADO:
4 – Não escreva em maiúsculas, o que equivale a gritar com os demais. As maiúsculas são de uso exclusivo dos editores para dar destaque às advertências nos comentários eventualmente editados ou apagados.

elias

OK

Bigliazzi

“Não atira na cara para não estragar o enterro”… boa pergunta… eles teimam em pensar em 1917… muito romantismo e pouca razão.

Jagderband#44

Teu comentário foca apenas um lado da moeda.

Bigliazzi

E o outro comentário o outro lado da moeda… a grande questão é que é sempre G.R.A.N.A. – Grupo de Realinhamento Autocrático por Negócios e Acúmulo… hahaha… não gritei…

Bigliazzi

Pergunta do dia: Onde encontramos o capitalismo mais feroz do planeta?
Resposta: Na China. Esqueça as lembranças libertárias do “espírito de 1917″… aquele capítulo ficou no passado. Hoje, Putin é o novo czar da Rússia e Xi Jinping, o novo imperador da China. Ambos os países passaram milênios sob regimes centralizados — e seguem assim. Na China, o capitalismo floresce sob comando autoritário; na Rússia, luta para sobreviver em meio à incompetência de Putin. Basta perguntar aos oligarcas russos, capitalistas, que hoje vivem à sombra de um Estado cada vez mais falido.

Bigliazzi

Quem foi na Copa da Rússia pode perceber que naquela época os caras estavam mais “coxinhas” do que muitos executivos Faria Limers. Desculpa, mas vi ao vivo.

Hanibal

Vão estar no mar e operacionais enquanto o projeto brasileiro ainda continuará sendo ‘projeto’…