Lockheed Martin revoluciona vigilância marítima com tecnologia SAR impulsionada por IA

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A Lockheed Martin anunciou um avanço significativo no uso de inteligência artificial (IA) aplicada à vigilância aérea, capaz de detectar e rastrear alvos marítimos com precisão inédita. Em um recente voo de testes na costa oeste dos Estados Unidos, engenheiros da empresa demonstraram com sucesso uma tecnologia que utiliza radar de abertura sintética (SAR) aliado a sistemas autônomos de controle de sensores, permitindo o reconhecimento automático de alvos.

Tradicionalmente considerada padrão ouro para a obtenção de imagens marítimas, a tecnologia SAR requer análise manual detalhada. Com o uso de IA, a Lockheed Martin está transformando essa realidade, tornando possível uma detecção de objetos mais rápida, precisa e automatizada. O novo sistema consegue diferenciar rapidamente embarcações de guerra de navios civis sem a necessidade de intervenção humana.

“Este é um grande salto no uso da IA para aprimorar a consciência situacional e a capacidade de tomada de decisão, oferecendo identificação de ameaças sem precedentes em grandes distâncias e sob quaisquer condições climáticas”, afirmou John Clark, vice-presidente sênior de tecnologia e inovação estratégica da Lockheed Martin. “Estamos comprometidos em continuar avançando nessa capacidade, integrando dados de múltiplos sensores para gerar percepções mais precisas e apoiar os militares na tomada de decisões no espaço de batalha marítimo.”

O marco tecnológico foi desenvolvido em conjunto pelo Lockheed Martin AI Center (LAIC), Skunk Works® e a divisão Rotary Mission Systems (RMS). No teste, o sistema de Reconhecimento Automático de Alvos (ATR) baseado em SAR, aliado a ferramentas de Machine Learning Operations (MLOps) para requalificação rápida, conseguiu classificar alvos de interesse quase em tempo real. Além disso, o sistema contou com controle autônomo dos sensores, redirecionando o radar automaticamente a partir das detecções realizadas.

O sistema foi operado em hardware de baixo tamanho, peso e consumo de energia (SWaP), permitindo processamento rápido na borda, sem depender de grandes estruturas de computação em nuvem ou estações terrestres.

A Lockheed Martin continuará realizando testes da tecnologia ao longo do ano. Os dados coletados serão usados para desenvolver e aprimorar diversos sistemas autônomos, incluindo aeronaves de combate colaborativas e aplicações dentro de famílias integradas de sistemas.

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Carlos Campos

Parabéns, a Anos defendo Drones de longo alcance com radares e capacidade SAR, a era de grandes numeros de navios de Patrulhas acabou, hj nao tem pq ter um numero grande, o número ter que ser o correto, afinal o navio terá um olho no céu, para saber onde deve estar, qual navio é suspeito, qual navio é uma ameaça, desde pesca ilegal, até navio militar na nossa costa…. fora que operação de um drone que percorre uma área maior, além de ser mais barato d eoperar que um navio

karlBonfim

A Guerra da Ucrânia provou que uma grande marinha bem equipada com navios e armas poderosas, são ‘inúteis’ diante de drones navais modernos, agora, combina esses drones com AI, isso pode tornar todo aquele esforço chinês na construção de navios de guerra para ultrapassar a US NAVY em números, uma verdadeira guerra perdida, vão encher o fundo do mar de destroços…

Dalton

O que a Guerra da Ucrânia provou é que uma marinha operando em uma área restrita como o Mar Negro, que é compartilhado por outros países (OTAN), pode tornar-se um alvo fácil e a Frota russa do Mar Negro nem mesmo possui o que os russos tem de melhor, o “finado” cruzador Moscou era o menos capaz da classe de então 3 unidades por exemplo. . A US Navy hipoteticamente terá 3 importantes aliados, a USAF e o USMC por razões óbvias ambas forças investindo em armamento anti navio e o US Army investindo em mísseis de longo alcance também.… Read more »

karlBonfim

É verdade, mas além da USAF e USMC, Força Espacial, a US NAVY contará com seus “aliados” com o Japão, Coreia do Sul, Filipinas, obviamente Taiwan, sem contar com Índia e a Austrália, que se dotados de tecnologias AI, vão tornar a vida dos chineses no mar muito difícil. Vamos adicionar a isso tudo, o fato de a China estar literalmente encurralada entre o Mar do Sul da China e Mar do Japão, recheados de bases dos EUA.

Dalton

Karl, “todo mundo” anda dizendo especialmente após Trump que os EUA não são confiáveis e que “aliados” serão abandonados, mas, será que os EUA podem de fato contar com os países que vc citou?
.
Se fosse “americano” eu contaria com os aliados que citei acima, estes sim nunca desapontarão e além de não haver tantas “bases” assim algumas delas estão ao alcance da China então é uma situação complicada para ambos os lados que terão muito a perder se não houver alternativa para uma guerra direta.

Last edited 19 dias atrás by daltonl