Míssil antinavio YJ-8, o ‘Exocet chinês’
A história do míssil YJ-8 (鹫击-8, “Eagle Strike-8”, codinome OTAN CSS-N-4 “Sardine”) marca um ponto de inflexão na capacidade chinesa de projetar poder naval por meio de armamentos costeiros, navais, aéreos e submarinos.
Baseado no MM38 Exocet francês, foi desenvolvido pela Third Academy da CASIC (China Aerospace Science and Industry Corporation) como um sistema antinavio subsônico de combustível sólido, com o objetivo de substituir os antigos mísseis derivados do P-15 Termit (ex.: o tipo “Silkworm”) que eram grandes, pesados e menos eficientes.
O projeto para o YJ-8 foi aprovado no final de 1976, aproveitando avanços chineses em tecnologia de propulsão sólida. O motor começou a ser desenvolvido por volta de 1978, e os testes de voo foram completados em 1985. O sistema entrou em operação inicial na Marinha do Exército Popular de Libertação (PLA Navy) em 1987.
Em paralelo, naquele mesmo ano, a versão de exportação denominada C-801 foi anunciada. O YJ-8 representou uma virada radical frente aos mísseis antigos: apesar de transportar uma ogiva menor, ele manteve alcance e velocidade equivalentes, ao mesmo tempo em que era significativamente mais leve e compacto.
Em termos de características técnicas, o YJ-8 usa asas fixas (na versão básica), segue um perfil de voo próximo à superfície (“sea skimming”) para reduzir a detecção e utiliza orientação terminal por radar ativo após a fase inercial. Sua ogiva típica pesa cerca de 165 kg, o peso total do míssil gira em torno de 815 kg e o alcance é de 42 km. As versões posteriores incluem:
- YJ-8A: versão com asas dobráveis para facilitar o armazenamento em navios ou lançadores compactos.
- YJ-81: variante de lançamento aéreo (sem booster de foguete) para armamento de aviões.
- YJ-82: variante de lançamento submarino, geralmente usando cápsulas de lançamento à prova d’água (canister) que emergem da água antes de disparar.
- C-801 / C-801K: versões para exportação do YJ-8 e YJ-81, respectivamente.
O YJ-8 (e suas variantes) teve grande importância como primeiro míssil antinavio realmente “autóctone” moderno da China, dando base para famílias posteriores mais avançadas como o YJ-83. Com o passar dos anos, as versões mais novas ampliaram o alcance, a capacidade de manobra e a furtividade, mas o YJ-8 permaneceu como parte da espinha dorsal da capacidade antinavio chinesa em muitas embarcações menores e meios costeiros.■



“O projeto para o YJ-8 foi aprovado no final de 1976, aproveitando avanços chineses em tecnologia de propulsão sólida. O motor começou a ser desenvolvido por volta de 1978, e os testes de voo foram completados em 1985”
Como comparação, do 1° esboço até o primeiro disparo, o MANSUP demorou quantos anos mesmo?
Fonte: Wikipédia História Uma maquete do projeto da Marinha do Brasil e da Avibras para um míssil anti-navio inspirado no AM39 Exocet, foi exibida em abril de 2011 durante a exposição América Latina Aero e Defesa (LAAD), no Rio de Janeiro. Um ativo inicial de R$ 50 milhões foi patrocinado pela Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, contratos firmados em 5 e 6 de dezembro de 2011, com a Mectron e a Avibras, respectivamente. Os participantes do programa foram designados de acordo com suas especialidades, Mectron sendo designado para desenvolvimento de protótipos, Avibras para desenvolvimento de motores de foguetes, Omnisys para desenvolvimento de cabeçotes de busca e Atech para gerenciamento… Read more »
Considerando-se a média que projetos militares BR nascem, se desenvolvem e, na maioria das vezes, morrem na oraia, ou demoram décadas pra ficar pronto e nascem obsoletos ( MAX e ALAC, por exemplo ), até que o MANSUP foi rápido.
O Alac não e obsoleto, obsoleto e algo que não cumpre mais a missão para a qual foi projetado, o Alac e como um fuzil, não importa o projeto, continua matando um soldado inimigo em combates a curta distância, se sim então não está obsoleto.
O Alac foi projetado para ser um míssil anti-tanque leve, portátil, descartável para ata a até 300 metros, ainda serve para combate urbano e na selva!
Perfura blindagem de um MBT pesado moderno?
não.
Perfure a blindagem de qualquer outro tipo de blindado moderno?
Sim.
Então ainda não e obsoleto!
Se não pode ser aplicado em diversas situações reais de uso então está obsoleto
https://tecnodefesa.com.br/testes-do-mss-1-2-ac-entram-em-sua-fase-final-de-desenvolvimento/
Dá uma lida no comentário do R. Bastos, esitor do TecnoDefesa.
O ALAC foi descontinuado por problemas na precisão e confiabilidade.
Ou seja, já nasceu SIM obsoleto e problemático.
Sobre o MAX, se ele não pode ser usado contra ameaças modernas, e só pode ser usado contra CC’s antigos e sem proteção, então claramente TAMBÉM é obsoleto.
Problema é: vamos ver se ele vai sobreviver (eu torço muito). Mas minha torcida, e acho que de todos nós, esbarra em um problema crônico: falta de capital de investimento da MB. Falamos sobre isso há quantos anos mesmo? Acho que desde sempre! De que adianta desenvolver um produto nacional se quem o deveria comprar não o faz pq não tem dinheiro! Quantos projetos bons já foram cancelados pelo mesmo problema? Enquanto a MB não diminuir para sobreviver não haverá dinheiro para investimento. E na minha opinião vamos gastar milhões, senão bilhões para desenvolver um produto que nem nos conseguimos… Read more »
Lembrando que não há nenhum vídeo comprovando que o MANSUP acertou o alvo. Repito pela milésima vez, ele não existe.
Fico feliz em poder discordar totalmente de você
Posta aqui o link então
Não há link a ser postado, o vídeo não foi divulgado fora da MB e empresas envolvidas.
Esse é mais um que reza para pneus
Paciência…
Reza não, canta o hino nacional.
Também estou esperando ver isto
Também queria ver um vídeo dos foguetes disparados pelos astros acertando os alvos, nunca vi também, sinal que não funcionam, não sei porquê tantos países o compram ainda!
E ainda compram? Porque faz tempo que a gente não consegue vender concorrendo com HIMARS (e agora GMARS), PULS, Chunmoo e por aí vai. Sem mencionar os turcos (que são um pouco diferentes), chineses (diferentes), russos e por aí vai
Qual foi a última venda e entrega que a gente fez disso?
Nao é preciso teste de impacto efetivo pra saber que funciona e o contrato de industrialização ja foi assinado.
Não vejo necessidade de postar um vídeo de um míssil anti-navio acertando o alvo do treino a não ser para propaganda para venda do mesmo.
Dizem que ele e ultrapassando, sendo que sua unica desvantagem e o alcance que e equivalente aos mísseis de geração anterior, porém eles ainda tem validade militar, o radar mesmo de for ultrapassado, funciona, afinal os Exocet da geração do nosso míssil, acertaram vários navios de guerra, em situações reais de guerra, mas querem um vídeo dele acertando um navio parado e sem defesa pois não acreditam que ele funciona!
Como ele responde aos despistadores ? e a guerra eletrônica em geral ?
Acertaram há muitas decadas. Um mosquete também mata gente (ou bacamarte, que é mais nossa cultura). Vai mandar o EB pra guerra com bacamarte? Que lógica é essa? A desvantagem não é só o alcance, você mesmo apontou que dentro dos mísseis de radar em fase final (que são um tipo de antinavio, não todos), deve estar ultrapassado. Não tem trajetória programável (como vários concorrentes), não tem medidas anti-jamming (exocet 3c pra citar um). entre outras coisas que tou com preguiça de escrever. tem manobras evasivas em fase final? não sei, mas vamos supor que sim. Ru acredito que ele… Read more »
Nós temos o Mansup. Pode não ser a melhor coisa em se tratando de míssil mas é nosso. E isso é o que importa.
E com a parceria com o Edge group, o MANSUP-ER.
O MANSUP é bom.
O que mata ele é ser “perna-curta”, e só ter uma versão, mas isso será resolvido em breve.
A perna dele e curta mas dentro do alcance dos radares do próprio navio lançador, de nada adianta termos um míssil com mil km de alcance se não temos satélites. Aviões de patrulha ou qualquer outro meio de detecção além do próprio navio para designar o alvo.
Nos casados muito específicos de detecção além do alcance radar de superfície, usaremos os HM-225 e os P-3 com mísseis anti-navio!
A Marinha venezuelana tem esses mesmos mísseis chineses com o dobro ou o triplo de alcance.
Ter o MANSUP com esse alcance ridículo seria expor meios valiosos, como as FCT’s, obrigando elas a ase aproximarem demais do alvo pra poder disparar, enquanto o “outro lado” pode nos atingir com o dobro da distância.
Nosso em partes até então pq o core, o motor, é turco. Até o nacional sair – e se sair – ainda estaremos dependentes de importar parte crucial do míssil.
O irmão mais novo dele, o C-802, foi copiado pelo Irã, o bastardo foi batizado com o nome de Noor. O C-802 tem varias versões de exportação, até algumas por guiagem IR e TV. Um C-802 do Hezbollah acertou uma corveta israelense da classe Saar na guerra do Líbano de 2006. Já o Noor, creio ser uma das principais armas utilizadas pelos Houthis na recente “Crise do Mar Vermelho” onde 4 navios foram afundados e mais de 30 atingidos. A maioria desses graneleiros e porta conteiners gigantes, capazes de sobreviver a um tiro desses. Ainda assim 4 ficaram no fundo… Read more »
Os mísseis chineses podem até terem sua eficácia, mas na hora de dar o layout de seus mísseis, só escolhem cores horríveis, como aquele PL-15 azul-brastemp…
Nosso “Exocet” ao menos é bonito,seja branco ou preto…
geralmente, o azul sinaliza que é missil sem ogiva, usado apenas para treinamento
Desconfiei que fosse algo do tipo, já que só vi essa cor especificamente no compartimento do J-20, provavelmente estavam testando o lançamento a partir da baía interna. Mas mesmo na versão original o design dele é bem cru, por fora nada que faça ele se destacar esteticamente kkkkkk
Mísseis azuis são inertes, laranjas são de teste. E na real ninguém liga pra cor do balaço se ele acertar o alvo.