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Com a tendência das guerras navais do século XXI serem cada vez mais centradas em redes e travadas próximas do litoral, os submarinos vão gastar muito mais tempo em profundidade de periscópio com seus mastros de comunicações içados. E isto vai torná-los mais fáceis de detectar.
Em resposta a este fato, a DCNS definiu um conceito de defesa antiaérea de auto-defesa para submarinos.
A solução oferecida pela DCNS vai usar o sistema integrado de combate para submarinos já existente, para a detecção e designação de alvos, juntamente com o míssil ar-ar MICA, do tipo dispare-e-esqueça, armazenado numa cápsula VSM à prova d’água.
O sistema vai permitir o engajamento de helicópteros e aeronaves de patrulha marítima (ZMP), com máxima eficiência, sem restringir a liberdade de ação ou mobilidade do submarino.
Altamente flexível, o sistema poderá ser incorporado em submarinos novos ou em retrofit.
Os alemães também estão desenvolvendo um sistema similar, o IDAS, que já está na fase de testes.

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Hornet

Agora é que são elas, conforme a matéria postada, se num futuro não muito distante não tivermos Subs com capacidade para lançar mísseis, inclusive mísseis ar-ar, creio que a vaquinha já estará rumando ao brejinho…Mas vamos aguardar, até termos mais detalhes sobre o real interesse da MB em relação aos futuros Scorpenes que iremos adquirir. Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém…

abraços a todos

Bosco

A USN também está testando um míssil de defesa de submarinos contra aeronaves com conceito bastante parecido, baseado no AIM-9X, mas pelo que sei será lançado verticalmente e não pelos tubos de torpedos. E também poderá ser usado contra pequenas embarcações.

direto do fundo do mar

Isso ai é o bixo!

E nossos subs o terão, podem acreditar, ou , quem viver verá! rs

RL

Se vierem os Scorpenes com esse sistema, então fará sentido que venham para FAB os Rafales, uma vez que o míssil é o mesmo talvez com minimas alterações.

Em questão de logistica isso é fantástico.

Galante. Não tenho recebido seus e-mails para colaboração.
Você pode me passar o seu e-mail para que possamos nos falar por outro endereço?
Abraços.

Bosco

Num futuro próximo os Rafales devem adotar algum outro míssil para combate BVR. Nesta arena os Micas não são os mais adequados. E até no combate WVR pode ser adotado outro, já que o Mica é muito caro (e bom demais) e excede as especificações. Os Mica, provavelmente, vão acabar ficando apenas como mísseis sup-ar terrestre e naval. Até mesmo os “orgulhosos” (no bom sentido) franceses, que a exemplo dos EUA, produz todos as armas guiadas que suas forças armadas necessitam, vão precisar de material estrangeiro. Se bem que se pegarem o Mica RF ou IR, estenderem o motor foguete… Read more »

CorsarioDF

Excelente tecnologia essa, basta saber se será repassada para MB. Vamos esperar pra ver.

edilson

Tenho uma dúvida cruel…
eu sei que o sitema alemão considera um míssil guiado por fibra óptica, em suma o submarino orienta o míssil baseado no sinal recebido por este.
e o sistema francês????? quem orienta o míssil, como o sub se comunica com ele???.
este mica será guiado por fibra óptica? (creio que não) quem iluminará o míssil até que o radar deste possa entrar em ação????

Galante

Edilson, o MICA não precisa de orientação em vôo, ele tem radar próprio ou sensor IR, dependendo da versão.
O míssil quando sai da água, já leva com ele a informação da provável posição do alvo, que o submarino detectou com seu radar ou sonar, e retransmitiu ao míssil antes do lançamento.

edilson

Caro Galante, muito obrigado pela resposta.
porém acho que é um pouco complicado este sistema, como será a resposta à uma situação onde vários navios (até mesmo aliados) e ou aeronaves estiverem operando na área? como o míssil se orientaria ao alvo certoapesar dos seus sensores próprios?
depois, não seria um pouco limitada a capaciade de detcção de aeronaves na proximidade dado que o sub não possuiria condições de operar o radar quando submerso?

Bosco

Sem querer me intrometer…. Todo míssil “lock-on after launch” (trancamento depois do disparo) e “atire e esqueça” tem este problema que você disse, com maior possibilidade de fraticídio. Por isto é interessante manter o homem no controle (man-in-the-loop), como no caso do IDAS, que inclusive pode ser usado contra alvos no litoral. Mas em geral estes mísseis serão usados contra alvos isolados que são claramente hostis, estando o submarino em território inimigo, o que por si só diminuiu o risco de fogo amigo. Contra helicópteros e embarcações a assinatura sonora dos mesmos é característica. Contra aviões patrulhas, em altitudes maiores,… Read more »

Galante

Bosco, valeu, é isso mesmo.

Bosco

correção:
o correto é “designação” e não “travamento” feito pelo próprio ….

Um abraço Galante!

edilson

Amigos Galante e Bosco, muito obrigado pelos esclarecimentos.
vivendo e aprendendo…