Notícias da Royal Navy: assinado contrato dos radares de longo alcance dos novos porta-aviões…

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A Thales Nederland anunciou que foi formalizado o contrato com a BAE Systems  para o fornecimento de dois radares de busca de longo alcance S1850M, que serão instalados nos novos porta-aviões que estão sendo construídos para a Marinha Real Britânica (Royal Navy). A construção dos dois navios-aeródromos classe Queen Elizabeth é responsabilidade da Aircraft Carrier Alliance, que compreende o Ministério da Defesa do Reino Unido, BVT Surface Fleet, Babcock Marine, BAE Systems e Thales. O primeiro sistema de radar deverá ser entregue em 2011 e o segundo em 2013.

O S1850M é o mesmo radar que equipa os novos destróieres Type 45 da Marinha Real, assim como suas contrapartes da classe Horizon franco-italiana. No caso dos porta-aviões, haverá pequenas modificações para atender a demandas específicas desses navios. O radar, desenvolvido a partir do SMART-L da Thales, numa colaboração entre a BAE Systems e a Thales Nederland, é do tipo 3D de longo alcance para alvos aéreos e, segundo o fabricante, tem demonstrado ser capaz de detectar alvos furtivos (stealth) em ambientes saturados eletronicamente.

Fonte e foto: Thales Nederland

…e prosseguem os testes dos mísseis Sea Viper (Aster)

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A Marinha Real noticiou que um segundo teste do sistema Sea Viper, que até recentemente era denomidado na grã-bretanha como PAAMS – Principal Anti-Air Missile System, que emprega os mísseis Aster, foi realizado em 4 de fevereiro a partir de uma barcaça especial próxima à costa francesa. O Sea Viper / PAAMS, que equipa os destróieres Type 45 da Força e as Horizon franco-italianas, foi desenvolvido para proteger forças sobre o mar ou sobre terra contra ataques de aeronaves e mísseis anti-navios, aproximando-se de qualquer direção e a velocidades supersônicas.

A barcaça “Longbow” de 12.000 toneladas, de onde são realizados os testes, é equipada com uma réplica do sistema de defesa aérea empregada nos Type 45, incluindo os radares de busca de longo alcance (ver texto acima) e de direção de tiro (Sampson), centro de operações de combate e silos verticais de lançamento dos mísseis Aster 15 e Aster 30.

O teste, segundo representante do Ministério da Defesa do Reino Unido, foi realizado contra um alvo Mirach que simulava um míssil anti-navio aproximando-se a baixa altitude, numa interceptação de curto alcance. O míssil disparado foi um Aster 15, que assim como seu irmão de longo alcance, o Aster 30, é capaz de velocidades acima de Mach 4 e de grande manobrabilidade, através de um sistema denominado “Pif-Paf”, que combina aerodinâmica convencional com empuxo lateral.

Fonte e foto (esta também MBDA): Royal Navy

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Flamenguista

Esse Sea Viper seria o tal EUROSAM que o Brasil quer adotar como padrão das novas escoltas a serem encomendadas??
Acho que isso foi declarado à comitiva sul-coreana, quando esta esteve no país para oferecer as KDX II.

Bosco

Flamenguista,
é o próprio.

Esses mísseis têm como contrapartida americana a dupla ESSM/Standard SM2 lançados pelos VLS Mk-41 e operados pelo Aegis.
Na verdade é um trio já que o Standard SM2 possui uma versão de médio alcance (MR) com 75 km e uma versão de alcance estendido (ER) de mais de 180 km.
Ao contrário do Sea Viper os ESSM são guiados por radar semi-ativo e os Standard são guiados por radar semi-ativo e IR. Todos com data-link.

RL

Qual seria o alcance do Radar S1850M?
Ele possui capacidade de detecção a alvos furtivos e também de engajamento dos mesmos?

Bosco

Os fabricantes de radares quando dizem o alcance geralmente vem acompanhado do RCS. Um radar hipotético com alcance de 400 km para um objeto com 10 m2 em geral detecta um outro com 1 m2 a 200 km, um de 0,1 m2 a 100 km (que em geral é o RCS típico de um pequeno míssil antinavio que não seja stealth, como os Harpoons ou o Exocets block II), um com 0,01 m2 a 50 km e um com 0,001 a 25 km (F-22). No caso de um míssil sea skimer a distância é menor devido a eles terem um… Read more »

rodrigo rauta

Mas qual o alcance dos Aster com esse radar??? Pelo que sei, nas FREMM usando o sistema Herakles, esses misseis tem alcance de 30 km(aster 15) e 80 km(aster 30).
Abraços!

Mauro Lima

faltou o principal… a informação se o míssil conseguiu eficazmente engajar o alvo!?

esses subentendidos que dão a entender que tudo funcionou à mil maravilhas me incomodam muito!

Nunão

RL, Rodrigo e Mauro: não sei exatamente o alcance do S1850M, mas como o próprio texto diz, ele é de busca de longo alcance, ou seja, serve para detectar alvos além do alcance de seus próprios mísseis. Ele não faz direção de tiro. Já o radar diretamente ligado ao alcance dos mísseis, nos Type 45, é o Sampson, que reúne busca e direção de tiro. Grosso modo, é um “Aegis rotativo”: ao invés de quatro antenas planas fixas na superestrutura, são duas antenas posicionadas de costas uma para outra (dupla face), rodando em rotação que considero alta – num dos… Read more »

TENENTE

Gostei dessa barcaça de testes.Se não comprarmos logo os navios com eficiente sistema atiaereo,poderiamos ficar com uma barcaça dessas! rsrsrsr. SDS.

Vassili Zaitsev

“Pif-Paf”?????????????????????????? tem aviaozinho na área??????? Cuidado nunão, O MO não curte muito essa praia não, rs,rs,rs.

abraços.

marujo

Os alcances dos Aster postados acima estão mesmo corretos?

Nunão

Marujo, creio que o do Aster 15 (30 km) está correto sim. Já o do Aster 30, creio que pode até ser superior (a propulsão, que eu saiba, permite algo como 100 km, mas estou escrevendo isso de cabeça, precisa checar), dependendo do radar de direção de tiro do navio, sua potência e da altura em que o mesmo esteja em relação à linha d’água, para permitir um maior alcance para dar a indicação correta ao míssil até as proximidades do alvo, quando o radar do próprio Aster se encarrega da direção final.

Roberto CR

Ao
Bosco em 16 Fev, 2009 às 0:03

“A vida anda dura para navios! rsrsrs….”

Será, então, que o padrão russo de “encher” seus navios de mísseis de todas as categorias não seria a resposta mais adequada a essa condição que você sugere? Fico imaginando o Pedro O Grande disparando as suas defesas… vai parecer as barcas em Copacabana no reveilon… rsrsrs.

Abraços

Vassili Zaitsev

Roberto,

Realmente, os CIWS AK-630 de 30mm fazem uma verdadeira muralha de aço anti-aéreo. Imagina só, ao anoitecer todos eles sendo disparados ao mesmo tempo, seria por demais de perigoso; seria suicidio para quem tantasse se aproximar.

Obs: uma cena como essa deixaria aquelas imagens das baterias anti-aéreas de Bagdá na primeira noite da ofensiva aliada em 1991 e 2003 no chão.

abraços.

Bosco

Roberto,
eu não sei se resolve aumentar a quantidade e tipos de mísseis em um navio.
A certeza de não ser atingido é tentar atingir primeiro e o melhor para se fazer isso é com o auxílio de aeronaves operando de um NAe.
Também cada vez mais os navios se tornam “furtivos” tentando equilibrar o jogo, mas por enquanto a combinação caça-míssil parece que leva vantagem sobre o navio que sempre estará numa posição defensiva e portanto, sem obter a iniciativa.

Bosco

Roberto,
os navios ocidentais também possuem uma grande variedade de armas instaladas.
Um Ticonderoga ou um Burke por exemplo além do CIWS conta com os mísseis ESSM e os Standards.
Alguns DDG51 fight II levarão o RAM, o ESSM e o Standard.
Alguns Nimitz possem CIWS, RAM e Sea Sparrow/ESSM.
Ou seja, existem no mínimo 2 sistemas antimísseis à bordo do navios americanos.
A melhor defesa sem dúvida é proporcionada por um NAe com seus AEWs e caças.
Um abraço.

Roberto CR

Ao Vassili Zaitsev e Bosco obrigado pelas respostas, mas “vamo combinar”: quem tem a mais adequada? Reformulando a pergunta: sem levar em consideração o número total de sistemas antimísseis (hífen?), mas somente o número embarcado de mísseis atiaéreos (hífen?) e canhões seriam uma boa resposta a ameaça antinavio (grr…hífen?) já que os russos não possuem uma frota influente de NAe? Só pra esclarecer a todos do blog: EU ASSINO ROBERTO CR. Acho que este esclarecimento é necessário porque outro visitante aqui assina somente ROBERTO, e lembro que também já vi um ROBERTO CAMARADA tempos atrás. Só para não criar equívocos.… Read more »