1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Cruzador

Almirante Barroso

Classe ?

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 1º de março de 1880
Lançamento: 17 de abril de 1882
Incorporação: 19 de julho de 1882
Baixa: 21 de maio de 1893

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 2.050 ton.
Dimensões: 71.25 m de comprimento e 64.00 m de comprimento entre pp, 10.97 m de boca, 11.33 m de pontal e 5.10 m de calado.

Blindagem: construção mista; madeira e aço.
Propulsão: mista; vela, armada em Corveta com superfície de 1625 m2 e máquina à vapor gerando 2.200 hp.

Velocidade: 12 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 6 canhões Whitehead de 70 cal. e 4 metralhadoras Nordenfelt de 25 mm e 6 metralhadoras Nordenfelt de 11 mm.

Tripulação: ?

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador Almirante Barroso, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas. Foi construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com ferro nacional produzido pela Fábrica Ipanema, segundo os planos do Capitão-Tenente (EN) João Cândido Brasil e os de maquinas do Capitão-Tenente Manoel J. Alves Barbosa. Teve sua quilha batida em 1º de março de 1880, foi lançado ao mar em 17 de abril de 1882, na presença do Imperador Pedro II e de seu patrono, herói da Batalha do Riachuelo, além de outras autoridades. Teve um custo de aproximadamente 790:000$000. Foi incorporado à Esquadra pelo Aviso de 26 de junho de 1884 e submetido à Mostra de Armamento em 13 de julho de 1884. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra José Marques Guimarães.

 

Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Luís Filipe Saldanha da Gama, realizou uma famosa viagem aos Estados Unidos, tendo escalado em Barbados, Jamaica, New Orleans, Havana, Matanzas, New York, Newport, São Miguel, Madeira, Santa Cruz de Tenerife (Ilhas Canárias), São Vicente, São Tiago, Santa Catarina e Ilha Grande.

 

1884

 

Em 19 de agosto foi incorporado(a) a Esquadra de Evoluções criada atraves do Aviso n.º 1541A, do então Ministro dos Negócios da Marinha, Almirante Joaquim Raymundo de Lamare. A Esquadra de Evoluções teve como primeiro comandante o Chefe-de-Esquadra Arthur Silveira da Mota, Barão de Jaceguai e era formada por dezesseis navios entre eles os Encouraçados Riachuelo, Sete de Setembro, Solimões e Javary, os Cruzadores Guanabara, Almirante Barroso, Trajano e Primeiro de Março, as Torpedeiras de 1ª Classe 1, 2, 3, 4 e 5 e as Torpedeiras de 4ª Classe Alfa, Beta e Gama. A Esquadra de Evoluções era o núcleo mais moderno de nossa Armada de então, correspondendo a Esquadra de hoje, e era dotada com os navios com a melhor propulsão, artilharia e torpedos.

 

1888

 

Foi destacado da 2ª Divisão de Cruzadores para realizar Viagem de Instrução de Guardas-Marinha da Turma que concluiu o curso na Escola Naval no ano de 1886.

 

Em 7 de outubro, sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Custódio José de Mello partiu do Rio de Janeiro em Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, sua primeira viagem de circunavegação, e a segunda realizada por uma navio de guerra brasileiro. Nessa viagem navegou 36.692 milhas e escalou em Montevideo, Buenos Aires, Punta Arenas, Colonia de Magalhães, Valparaiso, Sydney, Yokohama, Nagasaki, Shangai, Hong Kong, Singapura, Batávia, Atjeh (Acheen), Colombo, Bombaim, Aden, Jeddah, Suez, Port Said, Alexandria, Nápoles, Toulon, Barcelona, Gibraltar e Salvador. Fazia parte da oficialidade do navio o 2º Tenente (hoje 1º Tenente), o Príncipe Dom Augusto Leopoldo, filho da Princesa Leopoldina, que com a Proclamação da República desembarcou em Colombo.

 

1889

 

Sua bateria principal passou a constituir-se de seis canhões de 120 mm á barbeta.

 

1890

 

Em 29 de julho, chegou ao Rio de Janeiro, encerando a sua primeira viagem de circunavegação.

 

1893

 

Em 21 de maio, sob o comando do Capitão-de-Fragata Joaquim Marques Batista Leão, que assumiu o comando em Bombaim, por motivo de promoção de Custódio de Mello a Contra-Almirante, durante sua segunda viagem de circunavegação naufragou próximo a Ras Zeith no Mar Vermelho. Os náufragos foram resgatados pela Canhoneira inglesa Dolphin, comandada pelo Tenente Cradock, morto, como Almirante durante o combate de Coronel na 1ª Guerra Mundial.

 

Desenho representando o Cruzador Barroso encalhado no Mar Vermelho. (foto: SRPM)

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Cruzador Barroso fundeado, proximo a Escola Naval sediada na época na Ilha das Enxadas. (foto: SDM) O Cruzador Almirante Barroso, suspendendo para sua primeira Viagem de Instrução com Circunavegação, a segunda de um navio brasileiro. Ao fundo a antiga Escola Naval na Ilha das Enxadas, hoje CIAW. (foto: Marc Ferrez) Desenho do Cruzador Barroso representado com todas as velas abertas. (foto: SRPM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CMG José Marques Guimarães 13/07/1884 a __/__/188_
CMG Luís Filipe Saldanha da Gama __/__/188_ a __/__/188_
CMG Eduardo Wandenkolk __/__/188_ a __/__/188_
CMG Custódio José de Melo __/__/1888 a __/__/1893
CF Joaquim Marques Batista de Leão __/__/1893 a 21/05/1893

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.17 e 39-42.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Brasilia, SRPM, n.º 542, out. 1988; n.º 547, mar. 1989.