1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

C Barroso - C 11

Classe Brooklyn

Classe Barroso

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 28 de maio de 1935
Lançamento: 17 de novembro de 1936
Incorporação (USN): 28 de julho de 1938
Baixa (USN): 3 de fevereiro de 1947
Incorporação (MB): 29 de janeiro de 1951 

Baixa (MB): 1973

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 10.000 ton (padrão), 12.900 ton (carregado).
Dimensões: 185.44 m de comprimento, 18.86 m de boca e 7.31 m de calado.

Blindagem: casco - 76.2 mm na plataforma e terceiro convés e 38.1 mm no costado a meio navio; torres principais - 76 mm na parte da frente e 127 mm nas laterais; convés - 51 mm.
Propulsão: 8 caldeiras Babcock & Wilcox de 618 psi a 700º F; 8 turbinas a vapor Westinghouse, sendo quatro de alta e quatro de baixa pressão, conectados a engrenagens redutoras Falk Co., gerando 100.000 shp, acoplados a quatro eixos com hélices de três pás.

Combustível: 2.175 toneladas.

Eletricidade: 2 turbo compressores e dois geradores a diesel alternados, de corrente trifásica a 450 volts, sendo um de 700 Kw e outro de 500 Kw.

Velocidade: máxima de 32.5 nós.

Raio de ação: 5.590 milhas náuticas à 20 nós, ou 7.690 à 15 nós.
Armamento: 15 canhões de 6 pol/47 cal. (152 mm) em cinco torres Mk-16 triplas, sendo três na proa e duas na popa;
8 canhões de 5 pol. (127 mm) em oito reparos singelos Mk-25, sendo quatro em cada bordo; 28 canhões Bofors L/60 de 40 mm em quatro reparos quádruplos Mk 2 e seis duplos Mk 1; 8 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4 e 2 canhões de salva de 3 lbs.

Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SK; 2 radares de vigilância de superfície SG; 2 sistemas de direção de tiro Mk-34, para os canhões de 6 pol.; 2 radares de direção de tiro Mk-25, acoplados a 2 sistemas de direção de tiro Mk-37 para os canhões de 5 pol.; 14 diretoras óticas Mk 51, acopladas ao sistema de direção de tiro Mk 51; 1 conjunto de CME contendo um transmissor de bloqueio e um receptor para interceptação de radar; radiogoniometros, LORAN e ecosonda.

Aeronaves: hangar e guindaste para operar um hidroavião. Na MB era normal a operação de até 2 helicópteros Westland UH-2 Wasp.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 1070 homens, sendo 58 oficiais, 35 suboficiais, 168 sargentos 809 cabos e marinheiros. A tripulação incluía um destacamento de Fuzileiros Navais.

Obs: Características da época da incorporação na MB.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador Barroso - C 11, ex-Almirante Barroso, ex-USS Philadelphia - CL 41, foi o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas. O Barroso foi construído pelo estaleiro Philadelphia Navy Yard, na Philadelphia. Foi transferido sob os Termos da Lei de Assistência Mútua, sendo submetido a Mostra de Armamento em 29 de janeiro de 1951 e incorporado à Armada em 21 de agosto de 1951, em cerimônia presidida pelo Dr. Maurício Nabuco, Embaixador do Brasil em Washington, realizada na Base Naval da Philadelphia, e que contou com a presença do Contra-Almirante Gérson de Macedo Soares, presidente da Comissão de Recebimento dos Cruzadores e representantes do Departamento de Estado e da Marinha dos EUA. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Raul Reis Gonçalves de Sousa.

 

1951

 

Entre 5 e 22 de abril a tripulação encarregada de receber o Barroso foi transportada em viagem do Rio de Janeiro para Philadelphia, via Trinidad, a bordo do NA Duque de Caxias - U 11.

 

Em 14 de novembro, às 10:00 horas, partiu da Philadelphia rumo ao Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 7 de dezembro.

 

1952

 

Em janeiro, representou a MB nas comemorações dos aniversários de São Paulo e Santos. Ainda em janeiro, realizou exercícios combinados com forças do Exercito e da Aeronáutica na região de Santos.

 

Em setembro, realizou viagem com o Almirante-de-Esquadra (USN) William Fechteler, Chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, que realizava visita ao Brasil.

 

1953

 

Em maio e junho, representou a MB por ocasião da coroação de S.M. a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e participou da Revista Naval de Spithead.

 

O Barroso na Revista Naval de Spithead, no Reino Unito, por ocasião da coroação da Rainha Elizabeth II em 1953. (foto: ?)

 

Em junho e julho, realizou a transladação dos restos mortais da Princesa Isabel e do Conde D'Eu, de Portugal para o Brasil.

 

1957

 

Em janeiro, realizou viagem do Rio de Janeiro a Santos-SP com o Presidente Juscelino Kubtischek.

 

1958-1959

 

Entre junho de 1958 e maio de 1959, realizou várias operações com helicóptero embarcado.

 

1961

 

Vista a partir da proa do Barroso, mostrando as torretas dos canhões de 6 pol. e a superestrutura, em 1961, durante uma comissão a Salvador (BA). (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho) Vista a partir do topo da superestrutura a vante mostrando a proa do Barroso, com destaque para as torretas dos canhões de 6 pol., em 1961, durante uma comissão a Salvador (BA). (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho) Vista a partir do topo da superestrutura a vante mostrando as reparos singelos de 5 pol. (127 mm) a meia nau, em 1961, durante uma comissão a Salvador (BA). (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho) O Barroso e o Tamandaré, foram pioneiros assim como os NHi Sirius e Canopus, na operação de helicópteros embarcados. (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho) Um reparo Oerlikon de 20 mm do Barroso, guarnecido por um Fuzileiro Naval do Destacamento do navio. (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho) Um Westland Widgeon, operando a partir do Barroso, durante uma comissão a Salvador (BA). (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho)

 

1967

 

Entre os dias 23 de janeiro e 27 de fevereiro, participou da comissão ASPIRANTEX 67, integrando um Grupo-Tarefa, sob o comando do ComemCh Almirante-de-Esquadra Murillo Vasco do Valle e Silva, formado também pelo C Tamandaré - C 12 e pelos CT Paraná - D 29 e Pernambuco - D 30. O GT visitou os portos de Recife (PE) e Luanda (Angola). Além dos oficiais instrutores e do Corpo de Alunos da Escola Naval participaram Cadetes da Escola de Aeronáutica e da Academia Militar das Agulhas Negras. As longas travessias nos trechos Rio-Recife, Recife-Luanda, Luanda-Recife e Recife-Rio proporcionaram um bom período de adaptação a longos cruzeiros a todos os alunos participantes.

 

Em 14 de agosto, navegando em viagem de adestramento entre Salvador e o Rio de Janeiro, tendo a bordo o Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Agusto Rademaker, sofreu a explossão de uma de suas quatro caldeiras, ocasionando 11 mortes, entre elas a do Chefe de Máquinas, do Oficial de Serviço na Praça de Máquinas, 1º Ten. Elias Pereira Magalhães, do CB-MA Kerginaldo Cariolano de Freitas, e mais oito praças. O navio ficou a matroca e foi rebocado para Salvador pela Cv Caboclo - V 19. O CT Para - D 27 e os AvOc Benevente - U 30 e Bocaina - U 32, fizeram o translado das vitimas para o Rio de Janeiro.

 

1971

 

O Cruzador Barroso - C 11, atracado no porto de Santos (SP) em 10 de junho de 1971. (foto: Joaquim) O Cruzador Barroso - C 11, atracado no porto de Santos (SP) em 10 de junho de 1971. (foto: Joaquim)

 

1973

 

Participou da Operação ASPIRANTEX 73, junto com o NAeL Minas Gerais - A 11.

 

1975

 

O ex-Cruzador Barroso, provavelmente em 1975, depois de desativado na Marinha do Brasil, foi vendido para desmanche, sendo esse trabalho realizado no Porto de Santos, mais precisamente na margem do Município do Guarujá (Distrito de Vicente Carvalho), por uma empresa particular. (foto: Shipspotting.com/Hornstein, via Rogério Cordeiro)

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Cruzador Barroso, saindo da Baia da Guanabara. (foto: SDM) O Cruzador Barroso, navegando. (foto: SDM) O cruzador Barroso navegando. Nessa foto fica bem evidente as diferenças entre ele, da classe Brooklyn e o nosso Tamandaré - C 11, que era da classe St. Louis. (foto: SDM, via José Henrique Mendes) Uma das raras fotos coloridas do Barroso. (foto: Double Acting/Site Ships Nostalgia, via José Henrique Mendes) O Barroso visto de cima navegando em velocidade. (Marinha em Revista, via José Henrique Mendes) O cruzador Barroso entrando no porto de Santos. (Marinha em Revista, via José Henrique Mendes) O Barroso visto em 3/4 de popa. (Marinha em Revista, via José Henrique Mendes) Tripulantes realizando as fainas diárias de limpeza e pintura do navio ou como diz a marujada: bater ferrinho. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Tripulantes realizando as fainas diárias de limpeza e pintura do navio ou como diz a marujada: bater ferrinho. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Detalhe de um dos bordos do navio onde podem ser vistos os reparos de 40mm e os canhões laterais de 5 polegadas. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Detalhe de um dos reparos de 40 mm com sua guarnição realizando exercícios de municiamento. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Foto tirada da proa do navio mostrando as torretas 01, 02 e 03 (parcialmente) dos canhões de 6 polegadas (152 mm). (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Faina de municiamento em uma das torretas de canhões de 6 polegadas. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Faina de municiamento em uma das torretas de canhões de 6 polegadas. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Pessoal da Divisão de Navegação no passadiço do navio. (foto: ?, via Rogério Cordeiro) Gabinete de Comunicações do Barroso – Área Restrita, ontem hoje e sempre. (foto: ?, via Rogério Cordeiro)O Barroso operando com a Esquadra fotografado de bordo do Tamandaré. (foto: SDM) O cruzador Barroso fundeado. (foto: ?) O cruzador Barroso atracado. (foto: ?) O cruzador Barroso de perfil. (foto: ?) O Barroso atracado com o Tamandaré a contrabordo. (foto: ?) O cruzador Barroso realizando exercício de tiro com seus canhões de 152mm. (foto: SDM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

Comandante Período
CMG Raul Reis Gonçalves de Sousa 21/08/1951 a __/__/195_

 

 

H i s t ó r i c o  A n t e r i o r

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.39-42.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 61 dez. 1966; n.º 536, abr. 1988.

 

- Revista O Periscópio. Comando da Força de Submarinos, Rio de Janeiro. Ano XXXVIII, N.º 54, 2000.

 

- Revista Passadiço - Publicação do Centro de Adestramento Almirante Marques Leão. Niterói, Niterói, RJ, n.º 22, Ano XV, 2002.

 

- Revista O Anfíbio, do Corpo de Fuzileiros Navais, Rio de Janeiro, Ano XIX, N.º 18, 1999.

 

- Friedman, Norman. U.S. Cruisers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1984.

 

- NavSource Naval History - www.navsource.org

 

- Colaboração Especial do CT (AA-Refº) Salom Benguigui.