1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

Almirante Paulo Bosísio

 

Nome

 

O NOME

 

O Almirante Paulo Bosisio, era filho do Sr. Paulo Pedro Bosisio e de dona Maria da Glória Bosisio, nasceu no Estado do Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1900.

 

Ingressou na Escola Naval em 1915. As promoções a que teve direito foram obtidas por merecimento.

 

Imediatou: Aviso Muniz Freire e Cruzador Bahia; comandou Contratorpedeiro Marcilio Dias (1946-47) e o Cruzador Tamandaré (1951-55), do qual foi o primeiro comandante; Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, e a Corveta Rio Branco (1943-44).

 

Desempenhou as funções de Subchefe e Chefe do Gabinete do Ministro da Marinha (administração do Almirante Silvio de Noronha); Vice-Diretor do Pessoal da Marinha e 5º Distrito Naval, 1955; Diretor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e da Escola de Guerra Naval, entre outras comissões.

 

Tem serviços relevantes prestados nas duas grandes guerras e vivenciou importantes fatos históricos da Marinha e do Brasil. Serviu no Encouraçado São Paulo, no periodo de 1922 a 1925, onde embarcou como 2º Tenente, tendo sido promovido a 1º Tenente em 1923. Em 1922, ocorreu uma rebelião que culminou no ataque das forças legalistas, no dia 6 de julho, por terra e por mar, ao Forte de Copacabana, então soblevado, no episódio que ficou conhecido como a "Epopeia dos 18 do Forte". O São Paulo, assim como o CT Paraná, legalistas, abriram fogo contra o Forte. Em 1924, eclodia novo movimento revolucionario, na verdade, um desdobramento do anterior.. Levantaram-se em armas 'varios guarnições do Exercito, em diversos Estados, e algumas unidades da Marinha, na qual o levante do Encouraçado São Paulo, foi um dos eventos de maior expressào. Em meio a Revolta, em 4 de novembro, o Encouraçado, tomado por alguns Oficiais e Praças, Suspendeu da Baia da Guanabara, avançando barra a fora, sob o fogo dos Fortes de Santa Cruz e de Copacabana, ocasiao em que os tripulantes legalistas, feitos prisioneiros pelos revolucionarios reagiram, nas cobertas, havento troca de tiros, com feridos e um morto. O então Tenente Bosisio era um dos prisioneiros. O São Paulo, seguiu no rumo sul perseguido por quatro navios, até que, no dia 9 de novembro, entrou em Montevideo, com os insurgentes solicitando asilo.

 

Foi Chefe do Corpo de Alunos da Escola Naval e Chefe do Departamento Escolar da citada Escola.

 

Ao entrar o Brasil na Segunda Guerra Mundial comandava a E.A.A.M.M. de Pernambuco (1942-1943), tendo sido designado Oficial de Ligação junto ao Estado-Maior do 1º Grupo de Regiões Militares.

 

Na imediatice do Cruzador Bahia em 1943, esteve em missão de patrulhamento e comboio na costa brasileira.

 

Possui as seguintes condecorações: Medalha da Vitória; Medalha de Serviços de Guerra; Medalha de Guerra do Exército; Medalha Militar de Ouro; Medalha Comemorativa do Cinqüentenário da Proclamação da República; Medalha Comemorativa do Centenário do Nascimento de Rui Barbosa; Medalha do Pacificador; Medalha de Maria Quitéria; Oficial do Mérito Naval, e Oficial da Legião do Mérito dos Estados Unidos “por conduta excepcional meritória no desempenho de serviços notórios, prestados ao Governo dos Estados Unidos, enquanto esteve no comando no navio brasileiro Rio Branco”.

 

Foi promovido a Contra-Almirante, 1955; a Vice-Almirante, 1958 e já na Reserva Remunerada ao posto de Almirante (cinco estrelas), em 1959. Sua longa e brilhante carreira naval foi coroada com o exercício do cargo de Ministro, no período de 15 janeiro a 17 de dezembro de 1965 no Governo Castello Branco. Disciplinador e metódico, era um dos integrantes do grupo conhecido na Marinha como "dos Arquiduques", pelo rigor disciplinar e dedicação ao serviço.

 

Faleceu em 1985.


- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.

 

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 665, out. 1997; n.º 668, dez. 1997.

[Voltar no Browser]