1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Corveta Encouraçada

Brasil

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 1864
Lançamento: 23 de dezembro de 1864
Incorporação: 31 de julho de 1865
Baixa: 1879

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.518 ton.
Dimensões:  63.41 m de comprimento, 10.75 m de boca e 3.81 m de calado maximo.

Blindagem: cinta do casco - 114 mm à meia nau e 90 mm na proa e na popa; casamata - 102 mm. O casco e casamata com reforço de 230 mm de madeira.
Propulsão: velas e vapor; com três mastros e 550m2 de velas; 2 caldeiras; motor expansão única Forges et Chantiers de la Mediteranée, gerando 250 shp, acoplados a um eixo com hélice de quatro pás.

Velocidade: máxima de 10.5 nós; 11.7 nós (testes).

Raio de ação: ?
Armamento: 4 canhões Whitorth de 70 cal. de carregamento frontal, 4 canhões de 68 cal. de alma lisa e 1 canhão de 12 cal. de alma lisa.

Tripulação: ?

 

H i s t ó r i c o

 

A Corveta Encouraçada Brasil, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em  homenagem ao nosso país. Foi construído pelo estaleiro Société Nouvelle de Forges et Chantiers de la Mediterranée, em La Seyne, França. O contrato para sua construção foi assinado em 5 de janeiro de 1864, sendo construída com o produto de uma subscrição publica, aberta em 10 de janeiro de 1863, pela Praça do Comercio do Rio de Janeiro, em consequência do irritante conflito diplomático, que passou à história como "Questão Christie" (1861-1863), tendo custado £ 60.000. Teve sua quilha batida em 1864, foi lançada ao mar em 23 de dezembro de 1864 e entregue em 2 de março de 1865. Foi seu primeiro comandante, o Capitão-Tenente Henrique Antônio Baptista.

 

1865

 

Logo no inicio da Guerra do Paraguai, os diplomatas paraguaios dirigiram todos seus esforços para bloquear a entrega do Brasil, o único dos navios encouraçados proximo de ser completado; entretanto o Barão de Penedo, Embaixador do Brasil na Europa, obteve sucesso na liberação do navio.

 

Em 1º de julho, partiu de Toulon, sendo saudado com salvas de canhão por todos os navios franceses atracados no porto. Um vapor acompanhou o Brasil até a Ilha da Madeira, para trazer de volta para o estaleiro os trabalhadores que estavam engajados nos testes finais.

 

Depois de escalas em Gibraltar, São Vicente (Cabo Verde), chegando a Recife em 12 de julho e ao Rio de Janeiro em 29 de julho.

 

Em 31 de julho foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Esquadra no Rio de Janeiro.

 

Em 23 de agosto, realizou experiências no Rio de Janeiro.

 

Seguiu em viagem para o Rio da Plata, arribando em Santa Catarina, de onde saiu em 19 de setembro, com destino ao Rio Grande do Sul. Do Rio Grande do Sul seguiu para Teatro de Operações do Paraguai

 

1866

 

Em 23 de março, põe em fuga o vapor paraguaio Gualeguai.

 

Em 26 de março, participa do bombardeio de Itapiru.

 

Em 16 de abril, deu proteção ao desembarque de tropas do Exercito Brasileiro no Passo da Pátria.

 

Em 20 de maio, realizou o reboque da canhoneira Magé, que estava encalhada no banco de Palmas, sob o fogo das baterias inimigas.

 

Entre 4 e 22 de setembro, participou do bombardeio de Curupaiti.

 

 

1867

 

Em 10 de fevereiro, chegou ao Rio de Janeiro, para sofrer reparos.

 

Em 28 de março partiu do Rio de Janeiro, reunindo-se a Esquadra em Operacoes de Guerra em 6 de maio.

 

O Encourçado Brasil fundeado no Rio de Janeiro. (foto: SDM)

 

1868

 

Em 2 de março, prestou socorro aos Encouraçados Lima Barros e Cabral, que haviam sido abordados de surpresa.

 

Em 10 de abril, participou do bombardeio a Humaitá.

 

Entre 30 de julho e 1º de agosto, tomou parte nos combates da Lagoa Verá.

 

Em 16 de agosto, forçou a passagem do Timbó.

 

Em 26 de novembro, forçou o Passo de Angostura.

 

O Encourçado Brasil. (foto: SDM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

Comandante Período
CT Henrique Antônio Baptista 02/03/1865 a __/__/186_
CT José Cândido Guillobel __/__/186_ a __/__/186_
CT João Mendes Salgado __/__/18__ a __/__/18__

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.53.

 

- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.

 

- Palha, José Egydio Garcez. Efemérides Navais, História Naval Brasileira de 1º de janeiro de 1822 a 31 de dezembro de 1890, Coleção Jaceguay. 2ª edição (revista e atualizada). Rio de Janeiro, SDGM, 1983.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- Gratz, George A. The Brazilian Imperial Navy Ironclads, 1865-1874.