1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Almirante

Custódio José de Mello

 

 

Nome

 

O NOME

 

O Almirante Custódio José de Melo , era filho do Sr. José Francisco de Meio e de dona Maria Rosa Moreira da Silva, nasceu na Bahia, em 9 de junho de 1840.

 

Aspirante a Guarda-Marinha de 1856. Foi um dos grandes valores da nossa Marinha.

 

Caráter ilibado e inteligência lúcida, demonstrou sempre excelente competência profissional e aprimorada ilustração.

 

Recebendo o batismo de fogo na Guerra contra o governo do Paraguai, servindo como imediato e, posteriormente, como comandante, demonstrou consciente bravura, recebendo inúmeros elogios dos seus chefes. Foi um dos que escaparam do afundamento do Encouraçado Rio de Janeiro, a 2 de setembro de 1866, quando esse navio foi torpedeado duas vezes pelos paraguaios.

 

Tomou parte ativa no bombardeio de Curupaiti, nas passagens de Humaitá, Timbó e Tebicuari, sendo elogiado “pelo denodo, sangue frio e inteligência que deu sábias provas frente ao inimigo.”

 

Adido Naval às nossas Legações em Londres, Paris, Viena e Berlim.

 

Comandou: o Monitor Encouraçado Pará, o Cruzador Almirante Barroso em viagem de circunavegação, em 1888.

 

Secretario de Estado dos Negócios da Marinha, de 23 de novembro de 1891 e 30 de abril de 1893.

 

Almirante Custódio José de Mello. (foto: Casa Alberto Henschel)

 

A política que nessa ocasião dominava o país, impediu que ele pudesse fazer pela Marinha tudo o que ela necessitava.

 

Seu pensamento constante era a Marinha: ela acima de tudo.

 

Os tantos atributos morais que possuía, levaram-no a chefiar a revolta de 1893, “a fim de impedir a total destruição de sua classe, que dia a dia se acentuava. Se materialmente foi vencido, moralmente foi vitorioso, pois graças ao movimento revoltoso, foi possível ao pais voltar, no devido tempo, ao regime legal.”

 

O Almirante Custódio José de Melo foi cognominado o “Bayard de nossa Marinha”, titulo que se lhe ajustou perfeitamente.

 

Possuía as seguintes condecorações: Hábito da Legião de Honra; Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro; Medalha Argentina comemorativa da Guerra do Paraguai; Comendador da Ordem Militar Portuguesa de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Grã-Cruz da Ordem de S. Bento de Aviz.

 

Faleceu, no Rio de Janeiro, 15 de março de 1902.


- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
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