1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Caça-Torpedeira

Gustavo Sampaio

Classe Gustavo Sampaio

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1893
Incorporação: 1894

Baixa: 1º de maio de 1912

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 498 ton.
Dimensões: 62 m de comprimento, 6.0 m de boca, 5.69 m de pontal e 3.04 m de calado.

Blindagem: casco 5 mm e cinta 7.5 mm.

Propulsão: 2 motores de tríplice expansão gerando 2.500 hp, acoplados a dois eixos com hélices simples.

Combustível: 150 ton de carvão.

Autonomia: 30 dias

Velocidade: 16 nós (sustentada), e máxima de 21 nós (curtos períodos).

Raio de Ação:  ?
Armamento: 2 canhões de tiro rápido Armstrong de 76 mm (397 recargas), 4 canhões de tiro rápido Hotchkiss de 57 mm (1.740 recargas) e 3 tubos lança-torpedos Armstrong simples com torpedos Schwartzkopf de 350 mm.
Tripulação: 82 homens, sendo 14 oficiais e 68 sargentos, cabos e marinheiros.

 

 

H i s t ó r i c o

 

A Caça-Torpedeira Gustavo Sampaio, ex-Aurora, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Oficial do Exercito Gustavo Sampaio, morto com a guarnição da peça que comandava, na Fortaleza do Lage, em 1893. Foi construído no estaleiro Armstrong de Elswick, em Necastle-on-Tyne, Reino Unido. Foi adquirido em 1894 pelo Governo do Marechal Floriano Peixoto, com o propósito de compor a Esquadra Legalista e enfrentar as Forças Navais rebeldes, durante a Revolta da Armada.

 

1894

 

Em janeiro, chegou a Bahia.

 

Em março, durante a Revolta da Armada integrando uma 2ª Divisão da Esquadra Legalista sob o comando do Almirante Jerônimo Gonçalves.

 

Na noite de 9 de março, na travessia entre o Cabo Frio e Rio de Janeiro, sob cerração, mar agitado e poucas luzes, chocou-se com a Torpedeira Silva Jardim, provocando o seu afundamento.

 

Durante a Revolta da Armada, sua guarnição era composta pelos:

 

     - 1º Ten. Altino Flávio de Miranda Corrêa - Comandante

     - 1º Ten. Affonso da Fonseca Rodrigues - Imediato

     - GM (EN) Eduardo Gomes Ferraz

     - GM (EN) Vital Brandão Cavalcanti

     - 1º Ten. (MD) Dr. Álvaro Teixeira dos Santos Imbassahy - Medico de 3ª classe

     - 1º Ten. João José de Santi'Anna - Maquinista de 3ª classe

     - GM Augusto Octavio Freitas de Castro - Comissário de 5ª classe

     - Ten. (EB) Dr. Alarico de de Araujo Silva - Tenente do Estado Maior

     - 2º Ten. (EB) Emilio Rosauro de Almeida - Artilharia

     - 2º Ten. (EB) Joaquim da Fonseca Rodrigues - Artilharia

     - GM João Antunes Pereira - Ajudante de Maquinista

     - GM Carlos Arthur da Costa Bastos - Ajudante de Maquinista

     - GM Oscar Henrique Ferreira - Ajudante de Maquinista

     - Aluno (EB) João Augusto Curado Fleury - Aluno da Escola Militar

     - Aluno (EB) Symphronio de Abreu Netto - Aluno da Escola Militar

     - SG Ajudante Caetano Joaquim de Almeida - Sub-ajudante Maquinista

     - SG Ajudante Juvenal de Lima - Sub-ajudante Maquinista

     - 1º SG Francisco José da Costa - Praticante Maquinista

     - 1º SG Casimiro José de Araújo - Praticante Maquinista

     - GM (Em Comissão) José Francisco Brandão Cavalcanti

     - Guardião Marcellino Militão Braga - Mestre

     - Carpinteiro de 2ª classe Tertuliano Gonçalves Pereira

     - Caldeireiro de Cobre de 1ª classe Marcellino Florêncio do Sacramento

     - Fiel de 2ª classe Estevan José Caetano de Abreu

     - Enfermeiro Naval Guilherme Francisco Jones Filho

 

Em 24 de maio, integrando as forças legalistas comandadas pelo Tenente Alexandrino de Alencar, sendo na ocasião seu comandante o 1º Tenente Altino Correia, realizou ataque torpédico avariando o Encouraçado Aquidabã, na barra Norte de Santa Catarina.

 

O Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio, fundeado na Baía da Guanabara. (foto: Marc Ferrez) O Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio, fundeado na Baía da Guanabara. (foto: Marc Ferrez)

 

1898

 

Ilustração do Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio. (ilustração: Jane's 1898, via Pedro Caminha)

 

1901

 

Realizou viagem de inspeção aos faróis da costa sueste, levando a bordo o então Diretor de Faróis, CF Eduardo Augusto Verrísimo de Mattos.

 

1902

 

Fez parte da Divisão Naval do Norte, durante a chamada Questão Acreana, ficando incorporado à Flotilha do Amazonas.

 

1906

 

Foi mandado desligar da Flotilha do Amazonas pelo Aviso n.º 1006 de 10 de julho de 1906, e seguiu para o Rio de Janeiro.

 

1908

 

Com o Diretor de Faróis embarcado, realizou comissão de inspeção de faróis entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Em São Paulo, foi escolhido o local onde seria instalado o farol na Ilha de Queimada Grande.

 

1910

 

Foi incorporado a Flotilha do Mato Grosso

 

1912

 

Em 1º de maio, deu baixa do serviço ativo, sendo submetido a Mostra de Desarmamento.

 

O Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio fundeado ao largo de Ladário. (Álbum Gráfico do Estado de Mato Grosso, de 1912, via Luiz Eduardo Silva Parreira)

 

1913

 

Seu casco, continuava sob a custódia do Arsenal de Marinha do Mato Grosso.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio, fundeado na Baía da Guanabara. (foto: Marc Ferrez) O Caça-Torpedeiro Gustavo Sampaio, fundeado na Baía da Guanabara. (foto: SDM, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
1º Ten. Altino Flávio de Miranda Corrêa __/__/1894 a __/__/189_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.119-120 e 240.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- Relatório apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.