1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Cruzador

Imperial Marinheiro

Classe ?

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 11 de agosto de 1882
Lançamento: 20 de junho de 1883
Incorporação: 26 de novembro de 1884

Baixa: 7 de setembro de 1887

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 726 ton.
Dimensões: 62.12 m de comprimento, 50.63 m de comprimento entre pp., 8.24 m de boca, 4.27 m de pontal e 3.40 m de calado.

Blindagem: casco construído de madeira.
Propulsão: mista; a vela armado em Galera com três mastros e maquina a vapor de tríplice expansão de 750 hp.

Velocidade: 11 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 7 canhões de calibre 32 e 4 metralhadoras.

Tripulação: 142 homens quando da sua perda.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador Imperial Marinheiro, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem aos marinheiros-nacionais. Foi construído em um estaleiro da Ponta da Areia, Rio de Janeiro, segundo o projeto do Capitão-Tenente (EN) João Candido Brasil, tendo sua quilha batida em 11 de agosto de 1882. Foi lançado ao mar em 20 de junho de 1883 e submetido a Mostra de Armamento e incorporado à Esquadra em 26 de novembro de 1884. Foi seu primeiro comandante o Capitão-Tenente José Bitor de Lamare.

 

O Cruzador Imperial Marinheiro, amarrado a uma bóia na Baía da Guanabara. (foto: Marc Ferrez)

 

1887

 

Em 5 de setembro, partiu do Rio de Janeiro, em comissão da Repartição Hidrográfica, a fim de sondar o banco Marajó, em Abrolhos, atendendo a apelos provenientes da França, motivados por toques, por parte de paquetes franceses, o governo imperial envia o Imperial Marinheiro para sondar, localizar e marcar os pontos de risco à navegação naquela área.

 

Na madrugada de 7 de setembro, naufragou a duas milhas da desembocadura do Rio Doce, próximo a Vila de Regência, no Espírito Santo. Era então seu comandante o Capitão-Tenente João Carlos da Fonseca Pereira Pinto. Houve tempo para o lançamento ao mar um escaler com 12 tripulantes, que foi a terra em busca de socorro, onde procuraram o Patrão-Mor da Barra do Rio Doce, José da Rocha de Oliveira Pinto, que seguiu para o local do sinistro com material de salvatagem, mas nada puderam fazer em virtude da escuridão.

 

Com o amanhecer os destroços do navio já davam a praia, com vários sobreviventes a eles agarrados, mas rondados por tubarões. Durante cinco horas lutou-se contra o mar bravio, trazendo-se os sobreviventes restantes através de um cabo passado pelo Remador Bernardo José dos Santos, entre a praia e o casco soçobrado nas pedras. Graças ao heroísmo de Bernardo José dos Santos e de outros heróis, foram salvos 128 homens, entre os quais vários oficiais que chegaram ao Almirantado, como Índio do Brasil, Francisco de Matos, Calheiros da Graça e outros.

 

Pereceram no naufrágio 14 homens, entre os quais o 2º Tenente Trifino de Oliveira e o Guarda-Marinha Francisco de Paula Melo Alves.

 

Diversas hipóteses surgiram quanto as causas do naufrágio: variação da bússola, erro de cálculo ou observação. Em sua defesa, o Comandante Pereira Pinto afirmou que o sinistro ocorrera devido à forte correnteza e, no processo que ocorreu foram absolvidos todos os oficiais.

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT José Bitor de Lamare 26/11/1884 a __/__/188_
CT João Carlos da Fonseca Pereira Pinto __/__/188_ a 07/09/1887

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.129-130.

 

- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.