NGB - Contratorpedeiro Maranhão

1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje

CT Maranhão - CT 12

Classe K

D a t a s

Batimento de Quilha: 1912
Lançamento: 21 de julho de 1913

Incorporação (RN): ?

Baixa (RN): 1920
Incorporação (MB): 9 de dezembro de 1922

Baixa (MB): 13 de setembro de 1946

C a r a c t e r í s t i c a s

Deslocamento: 934 ton. (padrão); e 1.094 ton. (carregado).

Dimensões: 80.46 m de comprimento, 8.08 m de boca e 2.81 m de calado médio e 3.27 m de calado máximo.
Propulsão: 4 caldeiras a vapor Yarrow/Thornycroft com pressão de 17.57 kg/cm²; 2 turbinas a vapor Parsons gerando 12.200 hp, acopladas a dois eixos de , gerando 22.500 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices.

Combustível: 250 toneladas de óleo combustível.

Velocidade: máxima de 31 nós (testes de mar) e 28 nós (sustentada).

Raio de Ação: 1.530 milhas a 11 nós.
Armamento: 3 canhões Armstrong Mod. III de 101.6 mm (4 pol./40) em três reparos singelos, um na proa, um na popa e um à meia nau; 2 canhões Armstrong Mod.II de 47 mm/50, instalados a vante um em cada bordo; 4 tubos lança torpedos Armstrong, Whitworth Co., de 450 mm, em reparos duplos, um à vante e um à ré, com disparo elétrico ou por percussão.
Sensores: sistema de direção de tiro dos torpedos instalado no tijupá; equipamento de radio-

telegrafia Marconi de 500 W e estação de emergência de 50 W.

Código Internacional de Chamada: PXMA (GBEN)⁽¹⁾

Código Radiotelegráfico: SOT⁽¹⁾

Distintivo Numérico: 31⁽¹⁾

Tripulação: 142 homens, sendo 7 oficiais e 135 sargentos, cabos e marinheiros.

Obs: características do época da incorporação na Marinha do Brasil.

H i s t ó r i c o

O Contratorpedeiro Maranhão - CT 12, ex-HMS Porpoise, foi o quinto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado do Maranhão. Recebeu o nome Maranhão, já que o Ministro da Marinha recém empossado, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, recusara a homenagem prestada pelo pelo ministro que deixava o cargo, que denominou o navio como Almirante Alexandrino. Foi construído pelo estaleiro Thornycroft, na Inglaterra. Foi o nono navio a ostentar o nome HMS Porpoise na Royal Navy, tendo servido na 1ª Guerra Mundial, participando da Patrulha de Dover e da Batalha da Jutlândia incorporado a 4ª Flotilha de Contratorpedeiros da Grande Esquadra comandada pelo Almirante Sir John Jellicoe que tinha como capitania o HMS Iron Duke. O Porpoise era comandado na época pelo Capitão-de-Fragata (RN) Hugh D. Colville. Foi construído, assim como os demais de sua classe de acordo com o Programa de 1911-12, sendo lançado em 21 de julho de 1913. Em 23 de fevereiro de 1920, foi devolvido a Thornycroft que o revendeu desarmado no mesmo ano a Casa Lage & Irmãos, e depois de proporcionar banquetes e uma viagem de recreio neste navio, até Imbituba, ao então Ministro da Marinha Dr. João Pedro da Veiga Miranda, foi vendido ao governo do Presidente da República Epitácio da Silva Pessoa. Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 9 de dezembro de 1922 pelo Aviso Ministerial n.º 5511 de 27/11/1922. . Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta Luiz Autran de Alencastro.

O sistema dos queimadores e as frentes das caldeiras foram modificados pela Casa Lage & Irmãos, segundo os planos dados pela Missão Naval Americana.

1930

Participou da repressão a Revolução de 1930.

1931

Em 20 de fevereiro, foi integrado a Flotilha de Contratorpedeiros pelo Aviso Ministerial n.º 268.

1934

Em 10 de janeiro, foi integrado a Diretoria de Ensino Naval pelo Aviso Ministerial n.º 75.

Em 23 de março, foi incorporado a Esquadra pelo Aviso Ministerial n.º 894.

Em 19 de julho, foi transferido para a 1ª Divisão Naval pelo Aviso Ministerial n.º 2059.

1935

Participou da repressão a Intentona Comunista de 1935.

1940

1942

Durante a 2ª Guerra Mundial foram instaladas 3 metralhadoras Oerlikon de 20 mm, calhas de lançamento de bombas de profundidade e recebeu modificações no casco e compartimentos para receber um sonar.

1943

Em 13 de julho, prestou socorro a 82 náufragos do Navio Mercante norte-americano "SS África Star", torpedeado em águas do Atlântico Sul.

Foi capitania do Grupo de Patrulha do Sul.

1946

Em 13 de setembro, deu baixa do serviço ativo da Armada, pelo Aviso Ministerial n.º 1675 de 26 de agosto de 1946. Em quase 24 anos de serviço, atingiu a marca de 89.510 milhas navegadas.

O u t r a s F o t o s

R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s

Comandante	Período
CC Luiz Autran de Alencastro	09/12/1922 a 03/07/1923
CC Raymundo Mello Braga de Mendonça	03/07/1923 a 15/05/1924
CC Guilherme Ricken	15/05/1924 a 10/01/1925
CT Roberto de Souza Imenes (interino)	10/01/1925 a 20/01/1925
CC Eduardo Duarte da Silva Júnior	20/01/1925 a 04/04/1925
CC Aureliano de Almeida Magalhães	04/04/1925 a 21/01/1927
CC Tancredo Fellemont Fontes	21/01/1927 a 04/05/1928
CC João Chaves de Figueiredo	04/05/1928 a 09/02/1929
CC Galdino Pimentel Duarte	09/02/1929 a 17/01/1930
CC Rodolfo Froés da Fonseca	17/01/1930 a 02/12/1930
CC Theobaldo Gonçalves Pereira	02/12/1930 a 11/05/1933
CC Antão Álvares Barata	11/05/1933 a 12/03/1934
CC Humberto de Arêa Leão	12/03/1934 a 15/04/1935
CC Eugênio de Lacerda Jordão	15/04/1935 a 06/09/1935
CC Antão Álvares Barata	06/09/1935 a 13/08/1936
CT Henrique César Moreira (interino)	13/08/1936 a 27/08/1936
CC Raul Santiago Dantas	27/08/1936 a 22/01/1937
CC Renato de Almeida Guillobel	22/01/1937 a 14/03/1938
CC Edmundo Jordão Amorim do Valle	14/03/1938 a 25/03/1939
CC José Espíndola	25/03/1939 a 10/12/1939
CC José Silvino Pitanga de Almeida	10/12/1939 a __/__/194_
CC Diogo Borges Fortes	__/__/194_ a 08/03/1941
CC Fernando Muniz Freire Júnior	08/03/1941 a 16/04/1943
CC Mário Pinto de Oliveira	16/04/1943 a 29/03/1943
CT Roberto Marques da Costa (interino)	29/03/1944 a 02/05/1944
CC Arnoldo Toscano	02/05/1944 a 24/08/1945
CT Roberto Marques da Costa (interino)	24/08/1945 a 30/10/1945
CC Murilo de Figueiredo Costa	30/10/1945 a __/__/1945
CC Francisco Paulo de Oliveira Junior	__/__/1945 a __/__/1946

B i b l i o g r a f i a

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.194-195.

- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.

- Boiteux, Lucas Alexandre. Das Nossas Naus de Ontem aos Submarinos de Hoje.

- Jane's Fighting Ships 1944-45. London: Jane's Publishing Company Limited, 1945.

- Colaboração de Pedro Caminha.

(1) As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje.