1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NTrT/TrT

Soares Dutra - G 22

Classe Custódio de Mello

 

"Leão Vermelho"

 

"Gato 22"

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 13 de dezembro de 1955
Lançamento: 13 de dezembro de 1956
Incorporação: 27 de maio de 1957

Baixa: 26 de junho de 2001

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 9.464 ton (deslocamento carragedo); 2.739 net; 5.820 ton (leve); 3.643 dwt, 5.480 grt.
Dimensões: 119.42 m de comprimento, 110.34m de comprimento entre perpendiculares, 16.06 m de boca, 8.53 m de pontal e 6.25 m de calado de calado máximo e 3.02 m de calado mínimo.
Propulsão: Vapor; 2 caldeiras Foster-Wheeler/Ishikawajima a 284 lbs/pol 2 a 662º F
(350º C), 2 turbinas a vapor Ishikawajima gerando 4.800 shp, acoplados a 2 eixos com hélices de quatro pás.

Combustível: 861 toneladas.

Energia Elétrica: ?

Velocidade: máxima mantida de 15 nós e cruzeiro de 13,5 nós.

Raio de Ação: 7.600 milhas à 15 nós e 8.000 à 13 nós.
Armamento: 2 canhões de 3 pol. (76,2 mm/50) Mk 22 em dois reparos singelos (dos quatro de 76 mm e quatro de 40 mm, originalmente projetados), 4 metralhadoras Oerlikon Mk 10 de 20 mm em quatro reparos singelos, sendo dois nos bordos da superestrutura e dois nos bordos do mastro de vante.
Sensores: 1 radar radar Rhaytheon 1.500B (anos mais tarde foram instalados 2 radares de navegação tipo Decca);
uma agulha giroscópica Sperry MK 14, mod. I; uma agulha magnética padrão; uma agulha magnética de governo; duas agulhas magnéticas para pequenas embarcações; odômetro de fundo e odômetro de superfície; radiogoniômetro Raytheon 358A e ecobatímetro ET-SQW-3V Coester.

Comunicações: oito transmissores UHF; dois receptores UHF; receptor Omega; quatro receptores HF;  quatro transceptores de SSB; um transceptor de VHF; três amplificadores de audio; máquina teleimpressora; um transmissor de 500KHZ; dois transmissores de balsa e conversor telegráfico.

Capacidade de Carga e Equipamentos: até 4.000 toneladas de carga, e 425 m3 de carga frigorífica, em cinco porões estanques até o convés principal, sendo que os porões de 2 a 5 eram conversiveis para carga e tropa; capacidade para receber pequenos helicópteros ou carga helitransportada na popa; dois mastros, um à vante e outro à ré, com quatro paus de carga. Ar condicionado e ventilação mecânica em todos os compartimentos habitáveis e de trabalho. Instalações completas para o transporte de tropas com sanitários, cozinha, etc., gabinetes médico, odontológicos e enfermaria.

Código Internacional de Chamada: PWSD

Tripulação: 127 homens.

Tropa Transportada: 497 homens ou 1.972 por curtos períodos.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio de Transporte de Tropas Soares Dutra - G 22, foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra, Comandante da Forças Navais do Nordeste na 2ª Guerra Mundial. Em 30 de agosto de 1955, após o recebimento do Custódio de Mello e do Barroso Pereira, foi firmado outro contrato, para construção de mais dois navios de transporte de tropas e carga, o Ary Perreiras e o Soares Dutra, junto ao estaleiro Ishikawajima Heavy Industries Co. Ltd., em Tóquio, Japão. Teve sua quilha batida em 13 de dezembro de 1955, foi lançado ao mar em 13 de dezembro de 1956, tendo como madrinha a Sra. Melo Batista, esposa do Presidente da Comissão Fiscal da Construção de Navios no Japão. Foi entregue a Comissão Fiscal da Construção em 19 de março de 1957 e incorporado na condição de navio isolado em 23 de março de 1957. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Levi de Paiva Meira. Foi incorporado à Armada e submaetido a Mostra de Armamento em 27 de maio de 1957 (1), em cerimônia realizada em Belém-PA, de acordo com o Aviso Ministerial n.º 1111 de 06/05/1957.

 

Cartão Postal comemorativo do lançamento ao mar do NTrT Soares Dutra. (foto: Ishikawajima, via coleção de Edson Lucas)

 

1957

 

Chegou ao Rio de Janeiro, sendo incorporado a Força de Transporte.

 

1959

 

Em 1º de outubro suspendeu do cais da Praça Mauá no Rio de Janeiro com o 6º contigente brasileiro, com elementos do então 12º Regimento de Infantaria (Batalhão Lomas Valentinas) de Belo Horizonte-MG para integrar o Batalhão Suez a serviço na ONU em missão de paz na Península do Sinai, no Egito. Chegou a Recife no dia 4 e suspendeu em 10 de outubro para Dakar (Senegal). No dia 7, durante a travessia, por volta das 10:00h da manhã no exato local de afundamento do Cruzador Bahia, foi realizada uma homenagem à tripulação daquele navio, afundado no final da 2º Guerra Mundial.

 

Entre 11 e 13 de outubro esteve em Dakar, no dia 14 passou ao largo de Cabo Verde e no dia 16 ao largo de Casablanca (Marrocos), sendo sobrevoado por uma B-17 Fortaleza Voadora do Instituto Geográfico Nacional Francês que pediu a identificação do navio.

 

Entre 21 e 24 de outubro esteve em Nápoles (Itália).

 

Chegou a Port Said (Egito) em 27 de outubro, desembarcando a tropa transportada no dia seguinte. O navio voltou ao Brasil transportando de volta elementos do 4º Contigente.

 

1960

 

Realizou viagem de instrução com alunos da Escola de Marinha Mercante do Rio de Janeiro (EMMRJ) das turmas de 1960 e 1961, passando por Vitória, Salvador , Recife, Fortaleza e São Luis e Belém.

 

1961

 

Detalhe do passadiço do NTrT Soares Dutra, em foto tirada em uma comissão a Salvador (BA), em 1961. (foto: Roberto Rocha Souza Sobrinho)

 

1962

 

Zarpou para Rio Grande-RS para buscar carga de arroz que estava em falta no Rio de Janeiro. Depois de retornar, o navio teve 15 dias para se preparar para transportar um batalhão do Exercito Brasileiro que constituiria um contingente da tropa de paz da ONU na Zona do Canal de Suez.

 

O Soares Dutra, atracado em Nápoles (Italia), durante comissão de transporte de um dos contigentes do Batalhão Suez. (foto: Site dos Veteranos do Batalhão Suez, via José Henrique Mendes)

 

O Soares Dutra, zarpou em julho e regressou em outubro, depois de 90 dias de viagem, 45 de mar e 12 portos visitados.

 

1964

 

Transportou um dos contingentes da tropa de paz da ONU fornecida pelo Exercito Brasileiro para atuar na Zona do Canal de Suez.

 

1966

 

Em 1º de setembro, iniciou o transporte do Grupamento ALFA, composto 114 homens do CFN e 347 homens do EB que estavam retornando das Operações da OEA na Republica Dominicana.

 

Participou da Operação UNITAS VII, que na fase atlântica foi realizada entre os litorais da Argentina, Uruguai e Brasil. A Força-Tarefa brasileira era composta pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia - CA L.G. Döring), pelos CT Pará - D 27, Paraíba - D 28, Paraná - D 29, e Pernambuco - D 30, pelo S Rio Grande do Sul - S 11, NTr Soares Dutra - G 22, NO Belmonte - G 24 e a Cv Imperial Marinheiro - V 15; a FT uruguaia era composta pelos CTE ROU Uruguai - DE 1 (capitânia - CMG (ROU) H. Murdoch) e ROU Artigas - DE 2 e a FT norte-americana, pela FLM USS Leahy - DLG 16 (capitânia - CA (USN) C. J. Van Arsdall) , pelos DE USS Hammerberg - DE 1015 e USS Van Voorhis - DE 1028 e os S USS Chopper - SS 342 e USS Requin - SS 481.

 

1967

 

Durante a chamada Guerra dos Seis Dias, entre árabes e israelenses, o NtrT Soares Dutra retirada as pressas sob fogo o contingente do Btl Suez, que estava na região sob mandato da ONU.

 

1968

 

Na segunda quinzena de março, partiu do Rio de Janeiro com destino a San Juan (Puerto Rico), levando a bordo um GptOp, sob o comando do CC (FN) Sergio Moreira Peixoto, nucleado em uma CiaFuz do Batalhão Riachuelo, constituído de 347 fuzileiros navais.

 

Em abril, participou da Operação VERITAS I, realizada na Ilha de Vieques (Puerto Rico). O GptOp integrou o Battalion Landing Team 3/6 (BLT 3/6) do USMC. Participaram entre outros navios o NAsAnf (H) USS Boxer - LPH 4, NDD USS Fort Snelling - LSD 30, NDCC Graham County - LST 1176.

 

Em 8 de maio, chegou ao Rio de Janeiro, encerrando a sua participação na Operação VERITAS I.

 

1972

 

Em 1º de abril, suspendeu do Rio de Janeiro, transportando um GptOp nucleado em uma CiaFuz do Batalhão Riachuelo, para participar da Operação VERITAS V, chegando a San Juan em 14 de abril. Entre outros navios, participaram o NTrD USS Shreveport - LPD 12, USS Nashville - LPD 13, NDD USS Portland - LSD 37 e o NDCC USS Grant County - LST 1174.

 

1977

 

Participou da Operação DRAGÃO XIII, realizada na Baía de Cabrália, litoral sul da Bahia, comandada pelo VA Fernando Ernesto Carneiro Ribeiro, ComenCh. Também participaram, os CT Mariz e Barros - D 26, Marcilio Dias - D 25, Espírito Santo - D 38, Maranhão - D 33 e Rio Grande do Norte - D 37, NTrT Ary Parreiras - G 21, NDCC Duque de Caxias - G 26 e Garcia D'Ávila - G 28, S Amazonas - S 16 e Riachuelo - S 22, NV Abrolhos - M 19, Albardão - M 20, Anhatomirim - M 16 e Aratu - M 15, NO Belmonte - G 24 e Cv Purus - V 23, além dos várias unidades dos fuzileiros navais e aeronavais.

 

1980

 

Em setembro e outubro, participou da 2ª Fase da Operação UNITAS XXI, realizada na área marítima entre o Rio de Janeiro e Recife-PE, integrando o GT brasileiro sob o comando do Contra-Almirante Walter Faria Maciel. O GT norte-americano, sob o comando do Contra-Almirante (USN) Peter K. Cullins, era composto pelo CT USS Arthur W. Radford - DD 968, USS King - DDG 41, Fragata USS Pharris FF 1094 e pelo SNA USS Snook - SSN 592.

 

1982

 

Em 5 de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro para a cidade de Rio Grande-RS, afim de realizar viagem de adestramento com Guardas-Marinha da Escola de Formação de Oficiais para a Reserva da Marinha (EFORM).

 

Foi criada a Força de Apoio, a qual passou a ser subordinado.

 

Em 18 de abril, suspendeu do Rio de Janeiro em GT formado com o NDCC Garcia D´Avila - G 28, sob o comando do CA Mario César Flores para realizar exercícios no litoral do Espírito Santo.

 

Em 11 de maio, suspendeu do Rio de Janeiro integrando uma FT sob o comando do CA Mario César Flores, formada pelos CT Marcilio Dias - D 25 e Mato Grosso - D 34, NTrT Soares Dutra - G 22, NDCC Garcia D´Avila - G 28, e as EDCG Tambaú - L 11 e Camboriú - L 12 para participar do exercício ANFIBIEX-I no litoral do Espírito Santo.

 

Em 15 de junho, suspendeu do Rio de Janeiro para realizar comissão APOLOG-NORTE, escalando nos portos de Vitória, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Belém e Manaus.

 

Em setembro, participou da Operação DRAGÃO XVIII, integrando uma Força-Tarefa, sob o comando do Comandante em Chefe da Esquadra (ComenCh), Vice-Almirante Arthur Ricart da Costa, composta pelo NAeL Minas Gerais - A 11, CTs Marcílio Dias - D 25, Santa Catarina - D 32 e Mato Grosso - D 34, NO Belmonte - G 24, NDCCs Duque de Caxias - G 26 e Garcia D'Avila - G 28; NTrTs Barroso Pereira - G 16 e Ary Parreiras - G 21; S Ceará - S 14, RbAM Triunfo - R 23, NV Araçatuba - M 18 e Abrolhos - M 19, e as EDCGs Guarapari - L 10, Tambaú - L 11 e Camboriú - L 12, além de um contingente de 2.500 fuzileiros navais.

 

1983

 

Em dezembro, participou de uma comissão POIT, transportando material para Ilha de Trindade.

 

1984

 

Entre 16 e 30 de setembro, participou da Operação DRAGÃO XX, foi realizada em Porto Seguro-BA e conduzida por uma Força-Tarefa Anfíbia composta também pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), pelos CT Mariz e Barros - D 26, Santa Catarina - D 32 e Maranhão - D 33, pelos NDCC Duque de Caxias - G 26 e Garcia D´Avila - G 28, pelos NTrT Barroso Pereira - G 16 e Ary Parreiras - G 21, pelo NO Belmonte - G 24, pelos NV Anhatomirim - M 16, Atalaia - M 17 e Araçatuba - M 18, pelas EDCG Tambaú - L 11, Camboriú - L 12 e Guarapari - L 10 e pelo RbAM Triunfo - R 23, além de diversas aeronaves da ForAerNav e embarcações do GED. A Força de Desembarque foi constituída de aproximadamente 5.000 fuzileiros navais e contou com unidades de Comando, Comunicações, Infantaria, Blindados, Artilharia, Reconhecimento Anfíbio e Serviços de Apoio ao Combate. A Força de Oposição foi formada por uma Companhia de Fuzileiros Navais.

 

1987

 

Em janeiro e fevereiro, realizou comissão de adestramento de alunos dos cursos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) e da Escola de Oficiais da Reserva (EFORM) da Marinha do Brasil, ministrados pelo Centro de Instrução Braz de Aguiar (CIABA). Participaram da comissão 92 alunos e foram visitados os portos de Natal-RN, Fortaleza-CE, Itaquí-MA e Belém-PA.

 

Realizou a comissão APOLOG NORTE II/87, escalando nos portos de Vitória-ES, Aratu-BA, Salvador-BA, Recife-PE, Natal-RN, Fortaleza-CE, Itaquí-MA, Belém-PA, Manaus-AM e Maceió-AL. Durante essa comissão participou das Operações INTERPORTEX LESTE, INTERPORTEX NORDESTE e INTERPORTEX NORTE, TRANSBORDO NORDESTE II, TRAVESSIA I e TRAVESSIA II. A Operação TRAVESSIA consistiu no transporte de pessoal e material do Exercito Brasileiro. Realizou também a Operação QUEBRA-SAL com Grumetes das Escolas de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, Pernambuco e Ceará, e o transporte de fuzileiros navais.

 

Em dezembro, participou da Operação DRAGÃO XXIII, sob o comando do ComenCh, AE Mario César Flores, junto com o NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia), F Niterói – F 40, Defensora – F 41, Constituição – F 42, Independência – F 44 e União – F 45; CT Marcílio Dias - D 25, Mariz e Barros – D 26, Piauí – D 31, Maranhão – D 33, Mato Grosso – D 34, Sergipe – D 35 e Espírito Santo – D 38; NTrT Custódio de Mello – G 20; NO Belmonte – G 24; NDCC Duque de Caxias – G 26 e Garcia D’Ávila – G 28; S Riachuelo – S 22; AvApCo Almirante Hess – U 30; EDCG Guaraparí – L 10, Tambaú – L 11 e Camboriú – L 12, além de diversas unidades do CFN e da ForAerNav.Em dezembro, participou da Operação DRAGÃO XXIII, integrando FT sob o comando do ComenCh VA Mário César Flores.

 

1989

 

Em 27 de maio, completou 32 anos de sua incorporação a Marinha do Brasil, tendo atingido até essa data as marcas de 2.995,5 dias de mar e 786.351.1 milhas navegadas.

 

Em outubro, participou de uma Parada Naval durante a Operação PRESIDENTEX, em homenagem ao Presidente da Republica, José Sarney, embarcado no NAeL Minas Gerais – A 11. Dessa Parada também participaram as F Niterói – F 40, Defensora – F 41, Constituição – F 42, Liberal – F 43, Independência – F 44 e União – F 45; CT Maranhão – D 33, Mato Grosso – D 34, Sergipe – D 35, Alagoas – D 36, Rio Grande do Norte – D 37, Espírito Santo – D 38, Marcílio Dias – D 25 e Mariz e Barros – D 26; NTrT Custodio de Mello – G 20 e Ary Parreiras – G 21; NT Marajó – G 27; NE Brasil – U 27; NSS Gastão Moutinho – K 10 e os S Goiás – S 15 e Amazonas – S 16, que emergiram a bombordo do Minas Gerais.

 

1990

 

Participou da Operação GDBEX-I/90, integrando uma FT Anfíbia composta pelo NDD Ceará – G 30, NTrT Custodio de Mello – G 20 e Barroso Pereira – G 16, e as EDCG Tambaú – L 11 e Guarapari – L 10, além de embarcações do GED, helicópteros da ForAerNav e aviões Tucano da FAB. A GDBEX-I/90 foi realizada em Itaóca-ES, onde o Batalhão Humaitá realizou pela 1ª vez exercícios em nível de Unidade Anfíbia (UAnf), com elementos de Apoio ao Combate e Apoio de Serviços de Combate de unidades da FFE.

 

1992

 

Entre 17 de janeiro a 8 de abril, realizou Viagem de Apoio Logístico - APOLOG NORTE-/92, na qual foi efetuado o transporte de material para as OM da Marinha e do Exercito, sediadas nas áreas dos 2º, 3º e 4º Distritos Navais. Durante a comissão, o navio participou das Operações INTERPORTEX NORDESTE-I/92 E INTERPORTEX LESTE-I/92, nos portos de Natal e Salvador. Realizou, ainda, Viagens de Adestramento e Instrução dos alunos do CIABA e da EAMPE. Foram visitados os portos de Recife-PE, Natal-RN, Fortaleza-CE, Belém-PA, Manaus-AM e Salvador-BA, num total de 28 dias de mar e 6.864,0 milhas navegadas.

 

Em outubro, em Recife-PE, participou das comemorações dos 50 Anos da criação da Força Naval do Nordeste.

 

1993

 

Realizou comissão de Apoio Logístico Distrital, APOLOG-NORTE II/93, realizando o transporte de material para as OM da Marinha e do Exercito sediados nas áreas do 2º, 3º e 4º Distritos Navais. Durante a comissão o navio participou das Operações TRANSBORDO-LESTE II/93, REBOQUEX-LESTE II/93, INTERPORTEX-NORDESTE II/93, TRANSBORDO-NORDESTE II/93, RIBEIREX-AM II/93 e INTERPORTEX-LESTE II/93, visitando os portos de Salvador-BA, Recife-PE, Natal-RN e Manaus-AM. Também, realizou operação do tipo QUEBRA-SAL, fazendo o período de adaptação ao mar com Aprendizes-Marinheiros da EAMCE e da EAMES.

 

1994

 

Em 27 de maio, completou 37 anos de sua incorporação à Armada, tendo atingido até essa data as marcas de 3.207,5 dias de mar e 844.097 milhas navegadas.

 

Realizou a Operação TALCAHUANO/94, transportando carga militar. Foram visitados os portos de Punta Arenas e Talcahuano (Chile).

 

Embarcou em Rio Grande-RS, varias toneladas de alimentos, atendendo à solicitação da CONAB e em apoio ao Programa de Distribuição Emergencial de Alimentos para os flagelados da seca no Nordeste.

 

Realizou o transporte de 12.000 toneladas de grãos para os flagelados da Seca do Nordeste, atendendo áreas dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, sob a solicitação da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

 

Nos períodos de 2 a 11 de agosto e 6 e 19 de outubro, realizou, sob o controle operacional do 1º Distrito Naval, as Operações POIT-IV/94 e POIT-V/94, respectivamente, que consistiram no apoio ao reabastecimento e troca de parte da guarnição do Posto Oceanográfico instalado na ilha. Em uma dessas comissões o navio bateu o recorde, observado pela guarnição do POIT, de aproximação no fundeio, ficando a apenas 50 metros da arrebentação; também realizou pela primeira vez. no caso de um NTrT, o recebimento de aguada da ilha, quando cerca de 80 toneladas foram transferidas através de seções de mangueiras passadas sob flutuantes.

 

1995

 

Em 27 de maio, completou 38 anos de sua incorporação à Armada.

 

1996

 

Em 4 de março, foi criado o Comando do 1º Esquadrão de Navios de Apoio (ComEsqdAp-1) da Força de Superfície, ao qual passou a ser subordinado.

 

1997

 

em 27 de maio, comemorou 40 anos de sua incorporação à Armada.

 

1998

 

Entre 29 de junho e 4 de julho, participou da Operação DEPORTEX-SSE 98, realizada no porto de Santos, com elementos do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro-RJ.

 

1999

 

O NTrT Soares Dutra, entrando no Porto de Santos, em junho de 1999. (foto: Silvio Smera)

 

Em novembro, durante a Operação MAREADO transportou o pessoal e o material da 2ª Bateria do 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Fortaleza-CE para Natal-RN, onde essa unidade do Exercito Brasileiro realizou exercício com o 10º Grupo de Artilharia de Campanha no Campo de Instrução de Punaú. O 10º GAC retornou para Fortaleza por via terrestre.

 

2000

 

Recebeu o Prêmio Contato CNTM/2000 Esquadra/1º EsqdAp, do Comando Naval de Controle do Trafego Marítimo.

 

Em agosto, participou da Operação DEPORTEX-SSE 00, realizada no porto de Santos. Também participaram desse exercício o NTrT Custódio de Mello - G 20, uma companhia do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro-RJ e unidades do Grupamento Naval do Sudeste.

 

O NTrT Soares Dutra, no porto de Santos em agosto de 2000. (foto: NGB - Marcelo Lopes)

 

Em 2 de setembro, participou da Operação DEPORTEX-SUL 00, realizada no porto de Rio Grande com o Grupamento de Fuzileiros Navais daquela cidade.

 

2001

 

Em 31 de janeiro, o Comando do 1º Esquadrão de Navio Anfíbios, foi extinto e absorvido pelo Comando do 1º Esquadrão de Apoio (ComEsqdAp-1), pelo Decreto n.º 3682 de 06/12/2000.

 

Recebeu o Prêmio Contato CNTM/2000 Esquadra/1º EsqdAp, do Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, relativo ao período 1º de maio de 2000 a 30 de abril de 2001.

 

Em 26 de junho, deu baixa do Serviço Ativo da Armada, pelo Aviso de 13/06/2001, sendo submetido a Mostra de Desarmamento. Nesses 44 anos de serviço, atingiu as marcas de 3.670 dias de mar e 913.947 milhas navegadas. O seu casco estava programado para ser usado como alvo para exercícios de tiro.

 

Durante sua vida operativa, foram instalados ou substituídos os seguintes equipamentos: removida a plataforma de helicópteros do tombadilho; retirada a lancha vedeta e respectivos turcos; retirados os guinchos e turcos das baleeiras do convés 02; substituído o Diesel gerador auxiliar por unidade MWM TD-232-V8, de fabricação nacional; instalado um ecobatímetro Krupp Atlas, entre outros.

 

2003

 

Os ex-Soares Dutra e Custódio de Mello, encostados na Base Naval do Rio de Janeiro. Ao fundo o NE Brasil - U 27. (NGB - Paulo de Oliveira Ribeiro, ASPIRANTEX 03 - 16/01/03) Os ex-Soares Dutra e Custódio de Mello, encostados na Base Naval do Rio de Janeiro. Ao fundo o NE Brasil - U 27. (NGB - Paulo de Oliveira Ribeiro, ASPIRANTEX 03 - 16/01/03)

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NTrT Soares Dutra, deu baixa em 26 de junho de 2001. (foto: SRPM) Modelo em papel, do Soares Dutra, feito por Marcelo Rezzara e  apresentado no Salão de Modelismo Naval realizado na Capitania dos Portos do Estado de São Paulo em novembro de 2007. (foto: NGB - Marcelo M. Lopes da Silva) O Soares Dutra se aproximando de outro navio para realizar faina de transferencia de carga. (foto: SDM. José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CMG Levi de Paiva Meira 23/03/1957 a __/__/19__
CMG Roberto Mario Monnerat __/__/1967 a __/__/1968
CMG Hernani Goulart Fortuna __/__/197_ a 06/01/1978
CMG Heinrich Georg Schuler 06/01/1978 a __/__/197_
CF Raul Pereira Bittencourt __/__/1986 a __/__/1988
CF Ulisses Felipe Camardella __/__/1989 a __/__/199_
CF Caetano __/02/1999 a __/__/200_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.242.

 

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 414, dez. 1977; n.º 462, dez. 1981; n.º 467, mai. 1982; n.º 527, jul. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 550, jun. 1989; n.º 556, dez. 1989; n.º 569, jan. 1991; n.º 585, mai. 1992; n.º 593, nov. 1992; n.º 608, nov. 1993; n.º 615, abr. 1994; n.º 618, jun. 1994; n.º 622, set. 1994; n.º 626, dez. 1994; n.º 628, jan. 1995; n.º 635, jun. 1995; n.º 660, jun. 1997; n.º 677, ago. 1998; n.º 713, set. 2001.

 

- Revista Passadiço - Publicação do Centro de Adestramento Almirante Marques Leão. Niterói, Niterói, RJ, n.º 21, Ano XIV, 2001.

 

- O Anfíbio - Revista do Corpo de Fuzileiros Navais. Rio de Janeiro, Assessoria de Relações Publicas do CGCFN, n.º Especial, Ano VI, 1985, n.º 17, Ano XVIII, 1998, n.º 22, Ano XXIII, 2003; n.º 23, Ano XXIV, 2004.

 

- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, n.º 10, 1984.

 

- Folheto do Lançamento ao Mar do NTrT Ary Parreiras, Ishikawajima Heavy Industries Co., Tokyo, Japan. 1956.

 

- Site dos Veteranos do Batalhão Suez - Acesso em julho de 2006.

 

- DPHDM - Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha - Histórico de Navios- 06/12/2012.


(1) No Histórico de Navios da DPHDM consta que o navio foi incorporado em 6 de maio de 1957.