AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA

Curtiss JN-4D "Jenny"

Biplano de Treinamento


A e r o na v e s

1 (421)

2 (422)

3 (423)

4 (424)

 


E s p e c i f i c a ç ã o   o r i g i n a l (1)

Origem: EUA (Curtiss Aeroplane and Motor Co.)

Dimensões: comprimento: 8,33 m; envergadura: 13,26 m; altura: 3,01 m; Superfície alar: 32,27 m2.

Pesos: vazio: 639,49 kg; máximo na decolagem: 870,89 kg.

Motores: um motor Curtiss OX-5 desenvolvendo 90 HP.

Desempenho: velocidade máxima: 120,69 km/h; razão inicial de subida: 94,5 m/min; teto de serviço: 1.981 m; Alcance: 402,25.
Armamento: ausente. Possivelmente instalou-se uma metralhadora central.

Tripulação: dois tripulantes em tandem


H i s t ó r i c o

 

Em 1914, o exército dos EUA passou a procurar por uma aeronave propulsora de treinamento motivado pelo grande número de acidentes com aeronaves impulsoras. No entanto, um ano antes, Glen Curtiss já estava interessado em desenvolver aeronaves com motor propulsor e foi até a Inglaterra visitar a fábrica de Thomas Sopwith para adquirir conhecimentos e tecnologias.

Curtiss foi então convidado a desenvolver uma aeronave que atendesse aos requisitos do exército. A fábrica de Curtiss passou a trabalhar em dois projetos. O primeiro era desenvolvido por ele mesmo e foi denominado de Modelo N. Ao seu lado, B. D. Thomas (que havia trabalhado com Sopwith) projetava o Modelo J, de concepção bastante semelhante. O Modelo J ficou pronto em 10 de maio de 1914 e o modelo N logo depois. Ambos foram aceitos pelo exército que realizou uma encomenda de algumas dezenas de unidades (2).

No ano seguinte, Glen Curtiss acabou unindo as características positivas de cada aeronave num único modelo, posteriormente denominado JN, o que acabou lhe rendendo o apelido "Jenny". Uma pequena encomenda de JN-1, JN-2 e JN-3 foi feita tanto pelo Exército como pela Marinha dos EUA. Cerca de cem aeronaves foram fabricadas.

O Modelo JN-3 foi modificado em 1916 e passou a ser designado JN-4. O Modelo JN-4 teve diversas versões, incluindo uma para o Canadá. Mas a mais popular de todas foi a versão JN-4D, surgida em junho de 1917. Em função da guerra, milhares de unidades foram produzidas e muitas exportadas para a Grã Bretanha. Após o conflito, os EUA modernizaram muitas de suas aeronaves. Nas forças armadas norte-americanas, os Jenny voaram até 1927 (3). Um grande número também foi vendido para usuários particulares e países aliados.

 

A Aviação Naval brasileira adquiriu quatro "Jenny" do modelo JN-4D em 1925 (1). Nesta época, a aeronave já estava obsoleta e muitos de seus usuários estavam substituindo-a por modelos mais recentes como o Consolidated PT-3. É possível que os modelos utilizados pela Aviação Naval tenham vindo dos estoques da Marinha dos EUA. Inicialmente a numeração era de 1 a 4, sendo  modificadas para 421 a 424 mais tarde. Os "Jenny" tiveram vida curta no país e foram utilizados até 1928 (1).

É possível também que alguns JN tenham vindo da Aviação da Força Pública de São Paulo quando as oficinas da mesma foram fechadas em 1922 e parte dos JN foram vendidos ou doados (4).


F o t o s

Curtiss "Jenny" da Aviação Naval. O nº 424 era última aeronave do grupo de quatro. FOTOS: SDM


B i b l i o g r a f i a

 

(1) PEREIRA NETTO, F. C. Aviação Militar Brasileira 1916-1984. Ed. Revista de Aeronáutica: Rio de Janeiro, 1985. p. 33

(2) RUMERMAN, J. The Curtiss JN-4 "Jenny". Disponível em: <http://www.centennialofflight.gov/essay/Aerospace/Jenny/Aero3.htm>. Acesso em: 26 mai. 2004

(3) TAYLOR, M. J. H. (Ed.) Jane's Encyclopedia of Aviation. Crescet Books. Nova York, 1989. p.282-283

(4) INCAER, Aviação na Força Pública de São Paulo. In: História Geral da Aeronáutica Brasileira. Ed. Itatiaia: Rio de Janeiro, 1990. v. 2, p. 95.

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