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A BAE Systems desenvolverá um canhão naval de 155mm (foto) para equipar os atuais e futuros navios da RN. O contrato, firmado com o MoD do Reino Unido, foi avaliado em quatro milhões de libras esterlinas.

O futuro canhão substituirá os atuais Mk 8 de 4.5″ (114 mm). Segundo informado, as vantagens serão: maior proteção para os navios, redução de custos e melhoria nos aspectos logísticos, pois a munição será a mesma empregada pelos canhões do Exército britânico.

Os navios que serão contemplados com o novo armamento serão as fragatas Tipo 23 remanescentes e os novos contratorpedeiros Tipo 45. A classe Tipo 22 não foi citada. O acompanhamento desde projeto é importante para a MB, pois a quase totalidade do seu armamento de tubo de médio calibre é composta pelos Mk 8 de 4,5″.

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Pedro Rocha

Olá senhores! Como defensor de armamento de tubo, com suas inúmeras vantagens (economia, apoio de fogo em terra, capacidade de disparo de munições guiadas, rápida reação a ameaças, etc.) acredito que uma joint venture (talvez BAE Systems com a Imbel) seria extremamente interessante para o Brasil. Uma peça automática de 155 mm seria uma “luva” para a necessidade da artilharia do Exercito e Fuzileiros. Uma peça naval poderia ter uma cúpula com baixíssima assinatura de radar e térmica. Haveria um segmento de mercado do Mk 8 que seria preenchido. Os russos possuem mísseis antiaéreos disparados por canhões. Uma solução interessante… Read more »

Pedro Rocha

Em tempo já há algum tempo se estuda calibres da artilharia para os canhões navais buscando a comunidade entre componentes e munições.

Douglas

A nova geração de canhoes de 155mm usará munição inteligente, terá cadencia variável conforme o emprego e um alcance e precisão maiores que os podereosos 16 pol. da segunda guerra. Creio que voltarão a reinar no mar. Os 155 mm estão sendo reintroduzidos nas marinhas e dentro de alguns anos veremos projetos de calibre maior e alcance de 150km. A pesquisa russa avança nesse caminho.

Paulo Costa

Padronização das granadas 155 da marinha e exercito, e as granadas 155 ja estão se utilizando do guiamento GPS,tiro certeiro,com bom custo beneficio.A MB ja fabrica aqui a munição do Mk8,da Vosper.
Interessante que os canhões navais da classe Garcia estão no arsenal
da marinha,no total são 6+2…

Bosco

Estes canhões de 155mm são ótimas para marinhas de outros países mas para nós, com a nossa tradição naval, com nossas responsabilidades frente à comunidade internacional, do ponto de vista estratégico, geopolítico e doutrinário, tal armamento para a MB é totalmente dispensável. Para as necessidades imediatas da Marinha um canhão de 57 ou no máximo o de 76 mm (Super Rapid) são plenamente satisfatórios. Acho o de 114 um verdadeiro pato. Voa, mas não voa bem; nada, mas não nada bem e anda, mas não anda bem. Ou seja, o Mk8 não é muito bom para apoio de fogo, não… Read more »

konner

Muito razoável seu comentário Sr. Bosco.

konner

Concordo que o canhão mais apto para a MB seja o Bofors 57mm MkIII.

Pedro Rocha

Olá senhores! Como havia falado sou um defensor do armamento de tubo, porém faço o seguinte questionamento: Qual foi a evolução entre o 40 mm e os calibres 57 mm e 76 mm além da carga? Acho que o canhão 40 mm deve ser mantido como arma secundaria. Entendo os amigos que admiram as torretas modernas, pois comparam com o canhão 40 mm manual de alguns de nossos navios. Senhores vejam bem, se desenvolvermos uma peça naval de 155 mm teremos grande conhecimento para desenvolver uma peça de 40 mm no estado da arte em sensores. Particularmente adoro sistemas híbridos… Read more »

ary

Senhores,

Boa tarde há muito tempo ouvi falar que a Denel (africa do Sul) fabricava os canhões de 155 mm não seria uma oportunidade nos juntarmos a eles assim como no desenvolvimento dos mísseis? Já que há hoje um acordo, acredito que ficaria mais fácil?

Jorge

Caro Bosco.
A sua análise é profundíssima.
Haja conhecimento naval.
Mas mera curiosidade. Você é historiador peessedebista-marxista-fabiano?
Porque só eles para tratarem o Brasil como republiqueta centro-americana.

Jorge

Caro Mauro.
Se você utilizasse um canhão de 155mm e soubesse calcular a distância do alvo, não precisaria disparar ineficazmente tanta munição de 12,7mm. Que dó! Errou todos os tiros!
Mas mera curiosidade:
Ofendido assim não seria você um “janízaro-petista-marxista-leninista-trotkista-guevarista-chavista-farcsista-etc”?
Cuidado! Pois do jeito que o Lula trata a “pão-de-ló” os homossexuais, você vai ter que acrescentar mais um ítem na lista acima.

Jorge Lee

Esta notícia é mais um indicador que a MB deverá mudar seu armamento de tubo o mais breve possível dada a descontinuidade de produção do Mk.8 4,5 pol. e problemas logísticos decorrentes disso. A opção de adotar um calibre maior seria aceitável somente para manter o alinhamento com a RN. Como o Bosco, prefiro um canhão de menor calibre como o 76 (super rapid) ou o 57 mk3.

marujo

Só para registrar: Já houve gente muito bem informada neste blog que disse que a MB estava analisando a possibilidade da adoção do canhão 76mm em alguns de suas plataformas, mais espeficamente nos futuros navios patrulhas oceânicos de 1.300 toneladas. Pode ser o prenúncio de uma grande virada de orientação. Já que a projeção de poder não será a vertente principal da nova política naval para quê grandes calibres como o 155mm?

Bosco

Jorge, eu não trato o Brasil como uma republiqueta centro-americana não. Muito pelo contrário. Acho que o Brasil deve sim ter um comportamento de país sério e dar às suas FA a digna importância e magnitude. Nem mais nem menos, frente às outras prioridades do Estado com seus cidadãos. Se você tem baixa auto-estima e precisa “inventar” um país e uma marinha que não correspondem à realidade, um país para “inglês ver”, eu só lamento. Não é um peito cheio de estrelas e penduricalhos a lá “almirante de republiquetas” cuspindo bravatas que vai fazer a defesa do nosso país. Primeiro… Read more »

Bosco

Pedro Rocha, na década de 80 a USN testou vários opções de munições guiadas anti-aéreas (com capacidade anti-míssil) para os seus canhões de 5″. Algumas tinham orientação beam rider por RF, por laser, radar semi-ativo e outros por orientação térmica. Pelo jeito a coisa não foi pra frente provavelmente pela mudança da ênfase de defesa aérea para apoio de fogo. O que resultou nas ERPM de 127mm e no futuro ERLAP de 155mm. Eu não tenho nada contra os canhões com calibres maiores (100, 114, 120, 127 e até os de 155mm) para as marinhas que deles necessitam e que… Read more »

Bosco

E sem falar que “corvetas” não são os navios ideais para o apoio de fogo e sim para ASW, com capacidade secundária de ASuW.
Os canhões maiores deveriam ser instalados em fragatas, “contra-torpedeiros” e cruzadores, que devido às suas dimensões, possuem capacidade de terem uma proteção anti-míssil eficiente e exclusiva, prescindindo do armamento de tubo principal para a função.

Jorge

Falso amigo Mauro.

Vejo que você mudou do estilo Stédile-MST para o do Palocci-PT. O aconselhamento com o camarada psicólogo foi produtivo. Mas espero que essa mudança não indique ser você sofredor de “personalidade borderline”.

Quanto à tua mira e escolha de armamento, que ineficiência.

Mas nisso tudo fica claro o uso de técnicas de debatedores esquerdistas. Sabe como é! Tergiversar e caluniar!

Contigo paro por aqui e em atenção aos outros foristas.

Jorge

Sr. Bosco. Há alguns anos, um ex-ministro e amicíssimo de FHC, de certa forma, veio com a mesma conversa que o “Brasil deveria abandonar a idéia de ser potência.”. Os anos confirmaram que de idéia isso virou política de governo. Não preciso lembrar as origens ideológicas do Sr. FHC e sua súcia. Antes de você discursar sobre “falta de verbas”, lembre-se dos gastos com indenizações bilionárias (+/- 6,4 bilhões de reais) aos amigos do Sr. Lula. Acrescente a sistemática retenção dos “royalties” devidos à MB, e outros que tais. Só depois disso venha você tentar nos convencer que a MB… Read more »

Bosco

Jorge, mas adianta ter uma “marinha oceânica” de meia tigela. Ou se tem uma capaz de fazer frente a qualquer marinha de uma país central ou não se tem. Para fazermos frente ao USN precisaremos de uns 70 subs nucleares, uns 12 NAe nucleares, umas 150 escoltas de alta tecnologia, uns 25 navios de assalto anfíbio, etc. Acho isto inviável em um futuro previsível. Os USA gastam uns 600 bilhões de dólares ano com suas FA. Metade do nosso PIB. Sem falar que estão 70 anos na frente. Como vamos recuperar o atraso? Ao meu ver o melhor é sermos… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! A revista “Segurança e Defesa” em seu ultimo numero nos proporcionou um excelente material para a discussão desse tópico. Tem uma reportagem sobre canhões navais médios. Fiquei surpreso, pois não conhecia, com o desenvolvimento de uma munição guiada de 57 mm. Porém o quê mais me entusiasmou foi a noticia que a BAE Systems desenvolve o novo 155 mm sobre o reparo do Mk 8, portanto seria uma transição muito tranqüila para navios equipados com esse reparo. Aqui utilizamos nas Fragatas e Corvetas. Senhores imaginem as nossas Corvetas com esse upgrade? Também achei muito interessante a noticia que… Read more »

konner

Bofors 57mm MkIII.

Para os que desejam conhecer um pouco mais:

Raimundo

Srs. Jorge e Mauro, acho que vcs já ultrapassaram os limites desse Blog há muito tempo: “personalidade borderline”, “homossexualismo”, … Procurem outro lugar para “resolver” suas diferenças, pois acho que “essa disputa” já está “poluindo” demais as páginas do Blog Naval. Mudando de assunto, já que parece ser uma nova tendência a adoção de canhões dotados de maior calibre nos navios de guerra, algum visitante do Blog saberia infomar qual a situação dos cruzadores de batalha da Classe Iowa, que possuíam 9 canhões de 406 mm, da US Navy atualmente ( parece que apenas as belonaves USS Iowa e USS… Read more »

ChaosWarrior

Estava eu estudando sobre processos de fundição e me cham atenção a produção de projeteis de canhões, por alguns chamados de granadas, quando me deparei com esta discussão. Reparei o seguinte, podemos refletir uma boa parte do que pode ser observado aqui na forma com que o Brasil lida com suas FAs. Existe um bom connhecimento sobre assuntos específicos, mas pequena capacidade de interpretar um cenário macroscópico incluíndo osdiferentes detalhes necessarios. Primeiro é necessario manter investimentos armamentos como canhões, porque mísseis são complementos estratégicos, mas de longe é uma opção cara e limitada para operações mais longas, amplas e intensas.… Read more »