Omnisys e Marinha celebram conclusão do modelo funcional do radar autodiretor do míssil antinavio MANSUP

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Engenheiros da empresa de São Bernardo do Campo recebem comitiva de almirantes para apresentar o projeto

São Bernardo do Campo, 22 de janeiro de 2014 – A Omnisys, empresa brasileira de altíssima tecnologia sediada em São Bernardo do Campo (SP), apresentou à Marinha do Brasil o resultado da conclusão com sucesso dos testes do modelo funcional do Seeker do míssil antinavio MANSUP, cuja tecnologia foi inteiramente desenvolvida no Brasil. A conquista foi celebrada em um evento realizado na sede da Omnisys. O evento foi prestigiado pelo Prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, por comitiva da Marinha formada pelo Almirante-de-Esquadra Luiz Guilherme de Sá Gusmão, Diretor Geral do Material da Marinha, Vice-Almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva, Diretor do Sistema de Armas da Marinha, e Vice-Almirante Ronaldo Fiuza de Castro, Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície.da Marinha, e profissionais do setor de Defesa.

“A Omnisys tem orgulho de ter sido escolhida como a empresa responsável por esse sistema tão importante e complexo. Trata-se de um desenvolvimento inédito onde utilizamos as diversas áreas da engenharia no seu mais alto grau de complexidade para obtenção de um produto, cujo principal objetivo é garantir a soberania do nosso país, bem como avançar rumo à nossa independência tecnológica”, destaca Edgard Menezes, presidente da empresa.

“A nossa engenharia de desenvolvimento é muito forte, haja visto os diversos sistemas já desenvolvidos como, por exemplo, os rastreio óptico e monitoramento do espectro eletromagnético (para o Centro de Lançamento de Alcântara), o MAGE Defensor (em parceria com o IPqM) e o Sistema de Controle da Máquina do Leme (para a própria Marinha), entre muitos outros. Com o Seeker, damos um salto qualitativo significativo, que coloca a Omnisys numa posição de vanguarda. Além disso, deixa a empresa pronta para participar dos próximos desafios que virão com o avanço das ações atualmente em curso na área de Defesa do Brasil. Nosso maior orgulho é produzir tecnologia nacional por cérebros e mãos brasileiros”, completa.

Segundo o Almirante Gusmão, a Marinha está muito satisfeita por ter vencido mais essa etapa e, também, pela Omnisys ter conseguido realizar esse grande feito. O Prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, falou sobre a importância do projeto para o desenvolvimento da área de defesa da região.

A conclusão da aplicação dos testes funcionais comprovou que todos os módulos do Seeker (transmissor, receptor, servomecanismo/antena e processamento) já funcionam perfeitamente de forma individual. Considerando que os módulos foram desenvolvidos localmente pelos engenheiros da Omnisys o evento marca um grande passo para o desenvolvimento da indústria de defesa nacional.

Sobre o Seeker
Responsável pela guiagem do míssil na fase final de proximação do alvo, o Seeker é um dos mais complexos e sensíveis equipamentos do ponto de vista de segurança da informação de todo o projeto MANSUP da Marinha do Brasil. Inicia-se agora a fase de integração do radar, onde todos os módulos serão colocados para operar de maneira conjunta já respeitando o formato final do produto.

“Ter o domínio dessa tecnologia garante ao Brasil mais independência tecnológica em relação aos países mais desenvolvidos e, consequentemente, preserva a soberania brasileira, protegendo o nosso território e as nossas riquesas”, explica Menezes.

Sobre a Omnisys

A Omnisys é uma empresa brasileira de altíssima tecnologia, sediada em São Bernardo do Campo (SP), afiliada à Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE). Fundada em 1997, a Omnisys foi uma das primeiras empresas de engenharia eletrônica brasileira a fornecer soluções de alta tecnologia para aplicações civis, militares e espaciais não apenas para o Brasil, mas também para outros países da América Latina, Europa e Ásia. A Omnisys tem competência técnica e gerencial em áreas estratégicas de aplicação civil e militar tais como defesa aérea e controle de tráfego aéreo, guerra eletrônica naval e, no mais alto grau de desenvolvimento tecnológico, áreas espaciais e de aviônicos, além da prestação de serviços. www.omnisys.com.br.

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação Corporativa

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Reinaldo Deprera

Notícia sensacional! Temos ar-ar, terra-ar anti-radiação e estamos prestes a ter um ar-mar. Visto que a fase mais crítica, na minha opinião, foi esta. Pergunto aos colegas – especialmente o Bosco e o Dalton – em qual geração o MANSUP pode ser “categorizado”? Procurei informações sobre o software de processamento dos dados dos sensores, e não encontrei nada na net. Alguém sabe alguma coisa sobre? (Se é nacional, requerimentos ..). Esse artigo traz muita informação sobre o quadro técnico da Omnisys: http://www.anrt.asso.fr/fr/espace_cifre_bresil/pdf/74-77-omnisys-2121.pdf Apesar do capital francês, pelo menos nos sensores e demais hardware, tem bastante brasileiro pesquisando, projetando e desenvolvendo.… Read more »

Carlos Alberto Soares

“Em 2006, a empresa associou-se ao grupo francês Thales para desenvolver uma nova geração de radares….”

Que tipo de associação?

Tecnológica ou societária e Tecnológica?

Quem detém o capital majoritário ?

Carlos Alberto Soares

EDITORES & COLEGAS DA ÁREA,

O texto do link se mantem? Houve alterações significativas nesse texto?

Procurei em busca as minhas duas perguntas, não fui feliz.

Agradeço antecipadamente.

Carlos Alberto Soares
Baschera

Desde 2006, a Omnisys tem controle acionário (51%) pertencente a Thales ATM (Air Traffic Management) do Grupo Thales, de origem francesa. Em 2009 , a Dassault Aviation adquiriu a participação que a Alcatel-Lucent detinha naThales e é hoje o principal acionista da indústria e parceiro privado do Grupo Thales.

Sds.

mdanton

Se tem Francês no meio então o “gato subiu no telhado”. Com certeza, quase que absoluta, tem “calcanhar de Aquiles” do tipo “cavalo de Troia”…..rsrsrs

Marcelo Andrade

Caros Alexandre Galante e Poggio, Como deve ser difícil administrar este blog. Quando a notícia é ruim, os urubus caem em cima. Quando é boa, deve ter cambalacho!!! Vou te contar, os F-22, a maravilha do século mata seus pilotos por falta de oxigênio. Os caras constroem um porta-aviões de 10 Bi de dólares, mas não sabem se as novas catapultas vaõ funcionar…e por aí vai. Não vi ninguém dizer… já imaginou na copa… Gente, vamos ser um pouco mais otimistas, as críticas devem existir, mas será que tudo que se faz neste país não presta!!! Vamos ler um pouco… Read more »

joseboscojr

Reinaldo, Desculpe-me a demora. Só agora entrei neste post. Mísseis anti-navios não são bem categorizados em gerações como os mísseis ar-ar (principalmente os de curto alcance) e os mísseis antitanques. A coisa é meio que nebulosa, mesmo porque ainda hoje tem tudo em operação, não sendo como por exemplo, os mísseis ar-ar WVR e os antitanques, que as primeiras gerações já fazem parte da história, ou estão em vias de fazer. Primeiro, há uma clara diferença entre o desenvolvimento de mísseis anti-navios na URSS/Rússia e no Ocidente e cada um deve ser analisado separadamente. Na URSS, os primeiros mísseis anti-navios… Read more »

joseboscojr

Reinaldo,
Há algum tempo escrevi este artigo para o PlanoBrasil:
http://pbrasil.wordpress.com/2010/06/13/misseis-antinavios/
Apesar de alguns erros, rsrsrsss, não deixa de ser interessante pra quem curte o assunto.
Um abraço.

Carlos Alberto Soares

Caro Bosco,

é esse do vídeo ?

Carlos Alberto Soares

Caro Bosco

Parabéns pela matéria.

Muito informativa e elucidativa.

Linguagem acessível para os generalistas nos quais me incluo.

Linguagem técnica deve estar restrita ao meio.

Sadudações.

Carlos Alberto Soares

Corrigindo:

Saudações

joseboscojr

Carlos,
São esses mesmos, o Hsiung Feng II e III.
Quanto ao artigo, hoje eu a faria diferente. rsrsrs
Obrigado!

Fabio ASC

Kraka Bosco, que aula, que aula…

Parabéns e Obrigado.

Carlos Alberto Soares

Caro Bosco

o importante é que entrará para história.

Quanto a fazer diferente, até Santos Dumont se fosse vivo diria isso.

Carlos Alberto Soares

“Baschera
23 de janeiro de 2014 at 10:48 #”

Caro Baschera,

Valeu e obrigado.

Perguntei porque esse pessoal era francesa Thomsom-CSF, atual Thales.

Eles dominam muitas tecnologias e creio que será muito bom nesse ponto.

Sds

Wagner

Muito legal sobre os mísseis russos Bosco !! Valeu !

🙂

Reinaldo Deprera

joseboscojr sobre as suas desculpas. Não faz mal não, eu demorei para agradecer a seus comentários de propósito, então, estamos quites 😀 Sobre seu artigo e seus comentários, muito obrigado. Como sempre sensacional. Mas devo falar que mesmo antes de mencionar, já imaginava que o seu artigo não corresponde a 100% do que pensa atualmente. Será o caso de outro artigo? Aqui no naval, quem sabe. Pessoalmente e, considerando o pouco que sei da física aplicada na Terra e das capacidade dos sensores e softwares atuais, acho que os ocidentais escolheram o melhor caminho para os mísseis anti-navios. Mísseis hiper-sônicos… Read more »

Reinaldo Deprera

Para corroborar com minha opinião no comentário anterior, eis um vídeo dos yankee interceptando míssel balístico com impacto direto!

joseboscojr

Reinaldo, Por mais que os russos digam que seu mísseis antinavios supersônicos (e suas ogivas de reentrada hipersônicas) são altamente manobráveis todo mundo sabe que é impossível um míssil a Mach 2 ou 3, com massa de três, quatro e até mais de cinco toneladas, dotado de pequenas aletas, ser “altamente” manobrável a ponto de fazer diferença para um defensor. Mísseis ar-ar de curto alcance, de quarta e quinta geração, a Mach 3, são hiper-ultra manobráveis, mas pesam no máximo 120 kg e são dotados de TVC. Aí é diferente! Quanto à assinatura aumentada, é também uma verdade difícil de… Read more »

Mauricio R.

E pensar que os suecos criaram seu 1º míssil antí-navio, á partir do drone Nord CT-20.
Hoje eles tem o RBS-15Mk-3…