Marinha do Brasil inicia a 34ª edição da Operação Antártica

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A Marinha do Brasil envia, nesta semana, duas embarcações ao continente gelado para dar continuidade às ações do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Partem da Base Naval, em Niterói (RJ), o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, na segunda (6/10), e o Navio Polar “Almirante Maximiano”, na sexta (10/10). Será o início da 34ª Operação Antártica (Operantar).

Ambas embarcações desatracarão às 10h30. Antes de chegar à Antártica, os navios polares realizarão escalas em Rio Grande (RS), Montevidéu (Uruguai), Buenos Aires (Argentina), Ushuaia (Argentina) e Punta Arenas (Chile). O regresso está previsto para abril de 2015.

Os navios executarão tarefas de apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Também vão auxiliar projetos de universidades brasileiras, nas áreas de Oceanografia e Hidrografia, Biologia, Geologia, Antropologia e Meteorologia, realizando levantamentos oceanográficos, coletas de amostras de água e solo marinho, estudo das aves, pesquisas geológicas nas ilhas do arquipélago das Shetland do Sul e península antártica, além de observações meteorológicas e do comportamento das massas de água na região, que tanto influenciam o clima do planeta.

Para cumprir tais tarefas, os navios transportam helicópteros modelo Esquilo bi-turbina e Destacamentos Aéreos Embarcados (DAE), composto por militares do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1). Contam também com o apoio de equipes de mergulhadores, oriundos da Força de Submarinos da Esquadra Brasileira, aptas a realizar suas tarefas nas geladas águas antárticas.

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As embarcações

Incorporado à Marinha em 1994, o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, também conhecido como “Gigante Vermelho”, foi construído no estaleiro Hoylandsdygo George Ei Des Sonner A/S, na Noruega. Está preparado para navegação em regiões polares e para operações em campos de gelo fragmentado. O navio está na sua 21ª comissão austral sob o comando do capitão-de-mar-e-guerra Sérgio Lucas da Silva.

O “Gigante Vermelho” possui dois laboratórios para apoio à pesquisa e dois porões com capacidade de 1.254 m³ para o transporte de carga. É dotado de equipamentos de navegação e de apoio, tais como guincho oceanográfico e geológico, arco de popa, ecobatímetros para pequenas e grandes profundidades, GPS e uma estação de acompanhamento de informações meteorológicas.

Carinhosamente chamado de “Tio Max” pela tripulação, o Navio Polar “Almirante Maximiano” foi construído em 1974, no estaleiro Todd, nos Estados Unidos, tendo sido comissionado como Navio de apoio (Supply Vessel) às plataformas de petróleo no Mar do Norte e incorporado a Marinha do Brasil em 03 de fevereiro de 2009. Está em sua 6ª comissão austral sob o comando do capitão-de-mar-e-guerra José Benoni Valente Carneiro.

Preparado para navegação em regiões polares, o navio possui guincho geológico capaz de coletar amostras do assoalho marinho em profundidades de até 1º mil metros; guincho oceanográfico que opera em profundidades de até 8 mil metros; cinco laboratórios; estação meteorológica; sistema de posicionamento dinâmico (DP) que permite manter-se imóvel em determinada latitude e longitude; ecobatímetro multifeixe; perfilador de corrente marinha (ADCP); perfilador de sedimentos do subsolo marinho (SBP); e quatro embarcações infláveis.

Proantar

Caracterizado pela pesquisa e pela produção científica, o PROANTAR teve início em 1982, com a aquisição do já desativado Navio de Apoio Oceanográfico “Barão de Teffé”. Desde então, o Brasil mantém presença constante no continente antártico por meio dos navios e da tripulação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) que, neste momento, ocupam provisoriamente os Módulos Antárticos Emergenciais (MAE), até a finalização da construção da nova estação antártica brasileira, que substituirá a original destruída por um incêndio em outubro de 2012.

DIVULGAÇÃO: Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha / Ministério da Defesa

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phacsantos
Carlos Soares

Boa notícia.

Mas a base fixa é muito importante.

Parece que se esqueceram, mais uma da Tia Eny e seus acéfalas.

Grana para fazer porto em Cuba, aquele pais democrático do caribe, onde tem mais de cinco mil presos políticos ou pelo simples fato de “pensarem”, ai tem grana. FDP !