A fragata Niterói durante a “Passex” com o BPC Dixmude da Marinha Francesa, em junho de 2012. Observar a ausência do lançador de mísseis antiaéreos Aspide, instalado na popa no Programa MODFRAG, retirado para manutenção

Há quarenta e um anos era incorporada a fragata Niterói – F40, um ponto de virada na história da Marinha do Brasil


Por Fernando “Nunão” De Martini e Alexandre Galante (adaptação e atualização da matéria publicada na revista Forças de Defesa número 5, em 2012)

Oceano Atlântico, treze de junho de 2012: naquela tarde, tínhamos duas missões em mente quando decolamos num helicóptero Puma do Exército Francês, rumo à Base Naval do Rio de Janeiro. Uma era fotografar do alto o navio de projeção e comando (BPC) Dixmude, da Marinha Francesa, cujo convoo tínhamos acabado de deixar após três dias embarcados (narrativa e imagens que você pode conferir na edição número 5 da revista Forças de Defesa). Outra missão era fotografar os navios da Marinha do Brasil que participavam da operação “Passex” junto com o BPC francês e sua escolta, a fragata antissubmarino Georges Leygues. Uma missão que realizávamos dois dias depois da Data Magna da Marinha, o aniversário da Batalha de Riachuelo, data também coincidente ou muito próxima de outros acontecimentos que vamos narrar aqui.

Entre estes navios a fotografar, estava um que, apenas uma semana antes, havia completado quarenta anos do batimento de sua quilha: a fragata Niterói. Infelizmente, o tempo de voo disponível para fotos não permitiu que sobrevoássemos a Niterói, e só pudemos fotografá-la de longe. Imagens mais próximas tiradas de outra aeronave francesa, naquele mesmo dia, “salvaram” essa nossa segunda missão, para que pudéssemos estampar aqui esta bela imagem da fragata. Mas, antes mesmo de recebermos essa foto, já pudemos reparar em algo curioso nas nossas próprias imagens captadas de longe: a fragata estava sem o seu lançador de mísseis antiaéreos Aspide, retirado para manutenção. Sem esse equipamento, que normalmente fica bem visível à popa, a Niterói estava mais parecida com sua configuração original, planejada mais de quarenta anos antes, na qual um discreto lançador de mísseis antissubmarino Ikara mal aparecia. Uma curiosa coincidência para quem pretendia ilustrar uma matéria histórica, que vínhamos planejando e executando há meses, pesquisando em arquivos e entrevistando pessoas. Um trabalho que você confere agora.

Seção da fragata Niterói (F40), fotografada em 27 de junho de 1972. Foto: DPHDM (Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha)
Niterói à direita e Defensora à esquerda em construção na Vosper em 6 de fevereiro de 1973 – notar a carreira coberta – DPHDM

Southampton, Inglaterra, oito de junho de 1972: no subúrbio de Woolston, na foz do rio Itchen, era batida a quilha de um navio de uma nova classe de fragatas, sob encomenda da Marinha do Brasil. Embora itens de maior tempo de construção (“long lead time items”) já estivessem sendo produzidos desde o ano anterior, o batimento de quilha marcava, oficialmente, a construção de um casco que nos dois anos seguintes cresceria abrigado pela cobertura de um enorme prédio, no estaleiro da Vosper Thornycroft.

A cobertura dessa carreira, com espaço para construir duas fragatas ao mesmo tempo, era a face mais visível de uma significativa modernização pela qual passavam aquelas instalações britânicas, com o objetivo de construir de forma mais eficiente quatro das seis fragatas encomendadas. Ao lado daquele casco que se tornaria a fragata Niterói, outro começaria a ganhar forma a partir de 14 de dezembro daquele ano, com o batimento da quilha de um navio que seria batizado de Defensora. Quanto mais cedo os cascos ficassem prontos para o lançamento, mais rápido o espaço poderia ser ocupado por duas novas quilhas, a da Constituição e da Liberal. E mais cedo o estaleiro inglês poderia se dedicar a novas construções, após cumprir o contrato que foi seu primeiro grande sucesso de vendas daquela década.

Rio de Janeiro, onze de junho de 1972: três dias após o acontecimento em Woolston, duas quilhas eram batidas lado a lado na carreira grande do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na Ilha das Cobras, à vista do centro da cidade mais famosa do Brasil. Lá tomariam forma os cascos de mais duas fragatas da classe, com seus batimentos de quilha também comemorando quarenta anos em 2012: a Independência e a União. Ambas estavam assentadas numa carreira descoberta que não via construções de porte semelhante há aproximadamente três décadas, quando nada menos do que sete contratorpedeiros foram construídos e lançados dali, entre 1937 e 1946, além de mais dois na carreira menor, ao lado.

Mesmo sendo apenas dois navios, o desafio não era pequeno, pois as décadas de baixa atividade de construção tinham cobrado seu preço em perda de conhecimento. E, além disso, os métodos construtivos haviam evoluído consideravelmente naquele intervalo. Porém, o Arsenal já executava desde anos anteriores algumas obras de menor porte, como navios-patrulha fluviais e costeiros, voltando a treinar sua mão-de-obra e engenheiros para recuperar o tempo perdido e atender às encomendas de um novo Programa Naval, minuciosamente planejado ao longo da década anterior. Vale lembrar que, naquela Data Magna de 11 de junho em que se batiam as quilhas das duas fragatas, foram lançados os dois navios-patrulha fluviais classe “Pedro Teixeira”, liberando o espaço para as construções da Independência e da União.

Mas para entender esse programa, precisamos voltar um pouco mais no tempo, para uma época em que as carreiras do Arsenal estavam repletas de cascos em construção dos contratorpedeiros rapidamente citados acima: a Segunda Guerra Mundial.

Mariz e Barros em alta velocidade mostrando sua camuflagem de guerra e o armamento principal instalado nos EUA: lançador quádruplo de torpedos a meia nau e quatro canhões de 5 polegadas – DPHDM

Voltando no tempo, para uma época de outras construções e preocupações

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 1943: no então denominado Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras (AMIC), importantes cerimônias estavam sendo preparadas – as primeiras do tipo desde que o Brasil entrara em guerra contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), em agosto do ano anterior. No cais, três contratorpedeiros da chamada “classe M” ou “Marcílios”, cuja construção foi iniciada em 1937, estavam embandeirados e prontos para incorporação à Marinha. Eram navios desenvolvidos a partir da classe “Mahan” da Marinha dos EUA (USN), projetada pela empresa Gibbs & Cox, cujo nome vai aparecer novamente nas próximas páginas. Como resultado das boas relações com a USN, decorrentes da atuação no Brasil de uma Missão Naval dos Estados Unidos contratada em 1922, os planos foram adquiridos por um valor simbólico para construção no Brasil. E não eram projetos obsoletos: em 1937, navios semelhantes e posteriormente classificados na grande família norte-americana de “1.500 toneladas” (que englobou várias classes parecidas, com variações no armamento e maquinaria) ou “pré-guerra”, lotavam as carreiras de construção dos EUA. Eram os preparativos para um possível conflito com o Japão. As contrapartes brasileiras traziam os mesmos avanços que os “Mahan” introduziram na construção de contratorpedeiros nos Estados Unidos, como o largo uso da solda elétrica, método que foi introduzido no Brasil justamente com essas obras.

Naquela cerimônia de incorporação, os três navios estavam provisoriamente equipados com canhões longos de 120mm (4,7 polegadas) de emprego restrito a ações de superfície, retirados do encouraçado Minas Gerais em sua modernização, com controle local e informações básicas sobre os alvos informadas a suas guarnições por um sistema de direção de tiro simplificado. Esses armamentos serviam, pelo menos, para fazer pensar duas vezes algum comandante de submarino do Eixo mais afoito que os visse, enquanto participavam do esforço de escolta de comboios, sem falar nas calhas de lançamento de bombas de profundidade já instaladas. Os navios foram incorporados com ainda alguns trabalhos a serem feitos, além das provas de mar, e foi só nos primeiros meses de 1944 que começaram a cumprir suas primeiras missões operacionais, entre elas a escolta do primeiro escalão da FEB (Força Expedicionária Brasileira) rumo aos combates na Itália. Em agosto de 1944 os contratorpedeiros foram para os Estados Unidos, e no Arsenal de Philadelphia cada um dos navios teve seus 4 canhões de 120mm substituídos por 4 canhões de 127mm (5 polegadas) americanos de duplo emprego (superfície e anti-aéreo), recebendo também novo sonar, radar, sistema de direção de tiro completo, lançador quádruplo de torpedos pesados, dois canhões antiaéreos de 40mm e outros equipamentos padrão da Marinha dos Estados Unidos empregados em seus navios de porte similar. Em novembro, os três “classe M” estavam de volta às missões de escolta e guerra antissubmarino em alto mar que cumpririam até o final do conflito.

Mas não foi para a escolta de comboios no Atlântico Sul que a aquisição desses navios foi pensada originariamente: conforme um Programa Naval do início dos anos de 1930, aprimorado e modificado ao longo daquela década, eles deveriam ser líderes de flotilhas (“flotilla leaders”) de contratorpedeiros de porte ligeiramente menor, visando ações mais clássicas de ataques de torpedos contra uma linha de batalha inimiga – no caso, a da Argentina. Dois dos seis contratorpedeiros, que eles deveriam liderar, estavam prontos para a cerimônia de lançamento no dia da incorporação da “classe M”, em 29 de novembro de 1943.

Na carreira maior (a número 1), de onde os três “Marcílios” foram lançados entre 1940 e 1941, estavam em construção os cascos de quatro contratorpedeiros da “classe A”. E outros dois estavam prontos para o lançamento na carreira menor (a número 2), o Amazonas e o Araguaia, cerca de três anos após o batimento de suas quilhas. Eram ligeiramente menores que os “classe M” (deslocando 1.350 toneladas vazios) e, segundo o Programa Naval vigente, deveriam ter sido construídos na Inglaterra, paralelamente à construção dos “Marcílios” no Brasil. Mas o início do conflito mundial encontrou-os ainda em fase de acabamento nos estaleiros ingleses e, conforme estipulado no contrato em caso de guerra, foram incorporados à Marinha Real britânica. Em contrapartida, a Inglaterra devolveu os valores pagos pelo Brasil e entregou os planos para que pudessem ser construídos aqui. Montou-se no Arsenal de Philadelphia um escritório de projetos da Marinha do Brasil, com engenheiros norte-americanos e alguns brasileiros, para adaptar o casco inglês a equipamentos de fornecedores dos EUA, já que a Inglaterra não poderia fornecer itens como turbinas e outros. Também voltaremos a falar desse escritório.

Incorporação dos três contratorpedeiros “classe M” (Marcílio Dias, Mariz e Barros e Greenhalgh) em 29 de novembro de 1943. Notar os canhões provisórios de 120 mm e a ausência de diretor de tiro sobre o passadiço e de lançadores de torpedos entre as chaminés – DPHDM

O então diretor do AMIC, almirante Júlio Regis Bittencourt, escreveu em suas memórias que teve grandes dificuldades para conseguir, junto aos órgãos do Governo Brasileiro, que os valores devolvidos pelos britânicos pudessem ser empregados na aquisição dos itens indispensáveis para sua construção, o que só ocorreu às vésperas de caducarem as propostas de fabricantes norte-americanos para fornecimento dos “long lead time items”. Mas finalmente, após outras batalhas do gênero vencidas, naquele dia 29 de novembro de 1943 o almirante assistia ao lançamento dos dois primeiros daquela classe de seis, que tanto se empenhou em viabilizar para que as construções no Arsenal não parassem após os “Marcílios” que estavam sendo incorporados.

Mas é possível que já olhasse para aqueles cascos com algumas preocupações, que mais tarde foram se avolumando: conforme as carreiras se esvaziavam, não eram iniciadas novas construções para prosseguir com o Programa Naval da década anterior. Carreiras que eram sucessivamente ocupadas desde 11 de junho de 1936, quando a quilha do monitor Parnaíba inaugurou um AMIC ainda em construção, sendo seguida pelas quilhas de cinco pequenos navios-mineiros “classe C” (outro foi construído no velho Arsenal no continente) e depois pelas dos contratorpedeiros, chegando a comportar sete obras simultâneas.

Outra força motriz da execução desses planos, além do almirante Regis, foi o então ministro da Marinha, almirante Henrique Aristides Guilhem. Para que novas construções continuassem atendendo às necessidades de reequipamento, ele concordou com a construção de novos contratorpedeiros de uma classe mais moderna. Assim, a Marinha do Brasil entrou em entendimentos com sua contraparte norte-americana para a construção da classe “Fletcher” no AMIC. Três unidades deveriam ser construídas, e a nacionalização gradual de itens (que foi pequena nos “classe A” e “classe M”, embora com algumas conquistas importantes em tubulações, equipamentos elétricos e itens do casco e superestrutura) era um objetivo, produzindo-se aqui o que fosse permitido pelas patentes de seus fornecedores.

Esperava-se atingir até 80% de nacionalização nas turbinas da terceira unidade, 90% na parte elétrica, assim como a fabricação local de canhões e torpedos (cujas fábricas estavam sendo implantadas aqui, e que chegaram a produzir algumas unidades para a “classe A”, já depois da guerra). A Missão Naval Americana conseguiu a autorização para fornecimento de planos junto ao Departamento de Estado dos EUA, e os preparativos foram iniciados.

Lançamento do Acre e do Apa em 30 de maio de 1945, na carreira grande (número 1) do AMIC

Lançamento do Amazonas e Araguaia em 29 de novembro de 1943, na carreira menor (número 2)

Mas o relaxamento das prioridades devido ao fim da guerra e à deposição do presidente Vargas, com a consequente mudança do ministro da Marinha, entre outros fatores, levaram ao abandono dessa e de outras iniciativas. A própria finalização dos “classe A” sofreu com a falta de verbas: os dois lançados em 1943 só foram incorporados em 1949. Outros dois lançados em 1945 incorporaram-se à esquadra em 1949 e 1951 e os dois últimos, lançados em 1946, só foram incorporados em 1957 e 1960. Embora estes últimos trouxessem alguns sensores mais modernos (que também foram instalados em modernizações dos primeiros da classe) e certas características advindas da experiência da guerra (como a introdução de um centro de informações de combate – CIC), eram muito inferiores em capacidade do que os contratorpedeiros que outras marinhas incorporavam à mesma época. Afinal, eram atualizações de projetos da década de 1930. Tudo isso, além da demora na prontificação e outros problemas de operacionalidade dos “Amazonas”, considerados híbridos inferiores aos bem conceituados “Marcílios”, estigmatizaram a classe e a própria reputação do Arsenal em construir navios.

Os “Fletcher” nunca ocuparam as carreiras do já rebatizado Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ, denominação conferida em 1948). Até o batimento de quilha das duas fragatas em 1972, as instalações só iriam se dedicar à sua função principal de reparo e manutenção de navios, além de obras de menor porte.

A classe “Fletcher” acabou chegando à Marinha do Brasil na passagem da década de 1950 para a de 1960, na forma de quatro navios usados que vieram como parte de um acordo que envolvia a cessão de uma base em Fernando de Noronha, para monitorar lançamentos de foguetes em Cabo Canaveral (Flórida). O acordo também incluía equipamentos para o navio-aeródromo ligeiro Minas Gerais, recém-adquirido e em obras de reconstrução na Europa. Outros navios da classe “Fletcher” se seguiram na década de 1960, começando a substituir precocemente os contratorpedeiros construídos aqui durante a guerra e acostumando a Marinha a receber e operar material usado dos Estados Unidos. A bem da verdade, esse “costume” já tinha sido inaugurado na Segunda Guerra, quando recebemos caça-submarinos e contratorpedeiros de escolta dos EUA, embora viessem com pouquíssimo tempo de uso.

Mas um novo Programa Naval estava em gestação nos anos 60. E com ele começava, efetivamente, um caminho um tanto tortuoso que levou à construção de duas modernas fragatas no Brasil.

NO PRÓXIMO POST DA SÉRIE: A década de 1960 e o nascimento da ideia das fragatas

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Um Marujo

Cadência !!!

Washington Menezes

Esta é a palavra magica

fabio Souto.

A fragata Niterói esta operacional?

Mauro

Sensacional! parabéns ao editor do site!! alta qualidade!!

Roberto F Santos

Parabéns, excelente reportagem. Já tá na hora de aposentar a bichinha

Ádson

Roberto F Santos 16 de Janeiro de 2018 at 22:25
Aposentar? Vai ter que carregar o piano ainda por uns dez anos.

Marco Figueiredo

Pensar que os equipamentos da classe M de 1937 eram ” radar de busca SFI, radiogoniômetro ADF-T-12/C, ecosondador ET-SQN-1, fabricado pela Cia Brasileira de Elericidade, sistema de escuta submarina projetado para fora do casco e rebatível quando a velocidade ultrapassasse 15 nós; equipamento de comunicação submarina (morse e voz) AN/UQC-1 no compartimento do sonar; agulha giroscópica Sperry MK XIV. Mod. 5 e suas repetidoras espalhadas pelos compartimentos do navio; sistema registrador de derrotas associado a agulha giroscópica; agulhas magnética de 7-1/2″US Buships MK1 equipada com compensador degaussing ; odômetro de fundo Pitometer Log e um odômetro de superfície Walker’s Trident… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Marco Figueiredo,

Só um reparo para que algum leitor não entenda errado: os equipamentos citados da classe M, entre outros equipamentos, são de instalação entre o final de 1943 e meados / final de 1944, quando os navios ficaram prontos e começaram a operar.

1937 é o ano do início da construção da classe M.

J. Neto

Excelente documento de pesquisa e resgate desta faina operacional e construtiva destes meios. Parabéns aos autores pela perspicácia e seriedade.

Marco Figueiredo

Perfeito!

Top Gun Sea

Uma grande e bela biografia. Parabéns aos envolvidos! Espero que a F40 vire um dia peça de museu.

Marco Figueiredo

Aqui vai um link para quem quiser saber mais sobre a história de cada um da Classe M da US Navy ( of topic eu sei).

Marco Figueiredo
MARCOV

Parabéns pelo artigo. Nele nos é mostrado como sempre foi difícil conseguir verbas para manter os projetos em andamento.

Delfim Sobreira

E esses Classe M atingiam… 36 nós/h de velocidade máxima !
Em um país cujas águas territoriais, ZEE e SAR ultrapassam 13.000.000 de km2, velocidade não deveria ser desejável ?

Marco Figueiredo

Ate onde sei a velocidade era pra compensar falta de blindagem. Mesmo raciocínio entre encouracados e cruzadores

Dalton

Excelente ! Curioso é que na foto de incorporação, um dos 3 não está embandeirado .

Fernando "Nunão" De Martini

“Excelente ! Curioso é que na foto de incorporação, um dos 3 não está embandeirado”

Obrigado, Dalton.

Sobre embandeirar, os três estão. Precisa ampliar a foto e olhar com atenção a popa do navio à esquerda para perceber.

Dalton

Verdade Nunão…já havia ampliado a foto que tem no NGB e mesmo assim meus olhos cansados insistiram em dizer-me que o terceiro navio
onde se vê apenas o convés de ré não estava embandeirado 🙁

Fernando "Nunão" De Martini

Dalton, Só pra complementar, acho que você também vai gostar da foto abaixo. Foi publicada numa das partes da série recente sobre os 80 anos do monitor Parnaíba, e mostra os navios já embandeirados, mais cedo, naquele mesmo dia 29 de novembro de 1943, antes da cerimônia de incorporação: https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Classe-M-embandeirados-incorporacao-29-11-1943-DPHDM.jpg Aproveitando, aviso a todos que dei uma revisada na matéria e alterei um pouco os parágrafos que falavam do início das operações dos três “Marcílios”. Isso porque, de 2014 (quando essa matéria foi publicada originariamente) pra cá, minha pesquisa de doutorado mostrou que algumas coisas estavam fora da ordem cronológica… Read more »

Jacubão

A Pioneira agora é casco, tudo está sendo canibalizado principalmente para a Defensora;
É triste, mas acontece…….

Marco Figueiredo

Nunao, o design das classe M e “flush deck?” Vc poderia explicar melhor as vantagens e desvantagens?

Fernando "Nunão" De Martini

“Marco Figueiredo em 17/01/2018 às 12:51 Nunao, o design das classe M e “flush deck?” “ Não, Marco, a classe M não é flush deck, ou convés corrido. Ela segue o desenho mais consagrado de contratorpedeiros da época, com o seu “fore deck” ou convés de proa elevado (que por ser elevado também se usa chamar de castelo de proa, ainda que seja um termo mais antigo). Esse foredeck tem mais ou menos dois conveses de altura acima da linha d’água, da proa até cerca de 1/3 do comprimento do navio, e os outros 2/3 são mais baixos, com apenas… Read more »

Marco Figueiredo

Valeu pela aula Nunao!

Fernando "Nunão" De Martini

De nada, Marco Figueiredo. Fui corrigir um erro de digitação no comentário e acabei acrescentando, agora, mais alguns aspectos que acabei de lembrar.

Fernando "Nunão" De Martini

“Delfim Sobreira 17 de Janeiro de 2018 at 9:36 E esses Classe M atingiam… 36 nós/h de velocidade máxima ! Em um país cujas águas territoriais, ZEE e SAR ultrapassam 13.000.000 de km2, velocidade não deveria ser desejável ?” Sim, Delfim, só que nas últimas décadas e ainda mais hoje, é considerado mais importante uma boa velocidade máxima de cruzeiro, ao invés da máxima de pico. Por isso mesmo a classe Niterói, que é o tema dessa série, foi concebida com velocidade máxima de cruzeiro relativamente alta, acima de 20 nós (com todos os 4 motores diesel de propulsão acoplados… Read more »

Carlos Alberto Soares

Vou ler, mas adorei as fotos.

Marco Figueiredo

Uma coisa que agente observa em filmes sobre o comportamento dos CT ou DD daquela época e que eles adernavam muito nas curvas. Deviam ser bem instaveis. Devia ser pior que os ônibus no aterro do flamengo de antigamente hehe

Dalton

Nunão…
.
exageros à parte…quase tive um treco quando vi a foto do “link”…já salvei a mesma para poder vê-la com mais frequência !
.
Valeu !

Fernando "Nunão" De Martini

Sei como é, Dalton.

Quando encontrei no arquivo da Marinha tanto esta quanto outras dos meses seguintes, com tantos detalhes da configuração original de armamento dos navios, também fiquei muito feliz em encontrar.