NS ‘Brendan Simbwaye’ será entregue no próximo dia 16

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Outros clientes estão na mira da Inace

A entrega do navio-patrulha NS Brendan Simbwaye pela Indústria Naval do Ceará (Inace) à Namíbia, a acontecer no próximo dia 16, já amplia as oportunidades do estaleiro cearense no mercado internacional.

Vários países, em especial africanos, demonstram interesse em encomendar embarcações ao Inace, segundo garante a superintendente da empresa, Elisa Gradvohl.

O navio de guerra é o primeiro construído por uma indústria privada no País a ser exportado. Os maiores países africanos estão interessados. Na cerimônia deste navio, virão autoridades também de Angola. Além da África, também terão pessoas da Guatemala [na América Central]. Com a entrega, mais países deverão nos procurar´, informa.

No ano passado, o embaixador da Nigéria esteve em Fortaleza, onde fez contato com a Inace para tratar da compra de embarcações para seu país.

Na ocasião, ele sinalizou que haviam grandes oportunidades de fechar negócios.

A empresária, entretanto, pondera: ´ainda não podemos competir com o Primeiro Mundo´. A superintendente espera, todavia, que, aos poucos, a Inace possa elevar a sua competitividade.

Além do Simbwaye, que possui 200 toneladas, o estaleiro ainda irá entregar mais dois navios de guerra à Marinha do Brasil. Eles terão 500 toneladas, e o primeiro tem prazo previsto para entrega em outubro de 2009, ficando o segundo para quatro meses após esta data. ´São embarcações de maior potencial, acreditamos que em algum tempo poderemos estar competindo com os países desenvolvidos.

A Inace também irá participar de uma nova concorrência da Marinha para a compra de mais quatro navios de 500 toneladas. O procedimento está marcado para ser lançado no dia 8 do mês que vem.

O Brendan Simbwaye

O navio demorou quatro anos para ser construído, ´por opção da Namíbia´, esclarece Gradvohl. Ela explica que, no início, o governo iria oferecer um financiamento, que o país africano considerou de juros altos, e acabou demorando para tomar a sua decisão. ´O navio pode ser feito em 24 meses, só por conta do motor, que demora, sozinho, 10 meses para ser fabricado´, esclarece. Ainda em 2005, o Diário do Nordeste informava que o contrato fazia parte de um acordo comercial entre o Brasil e a Namíbia do ano anterior, e estava orçado em US$ 24 milhões, prevendo ainda quatro lanchas-patrulha, com construção prevista para após a entrega do navio.

A Inace já construiu outros dois navios irmãos do Simbwaye, o Guanabara e o Guarujá, entregues em 1998 e 2000, respectivamente.

Atualmente, as embarcações se encontram em Belém. Existem hoje 12 embarcações deste tipo. Além dessas duas da Marinha, há quatro fabricadas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e mais seis alemãs, que criaram o modelo do navio.

COLABOROU: Humberto Leite

FONTE: Diário do Nordeste

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Dunga

Marcelão , quem não tem potencial Coreano para construir navio de guerra de verdade,caça com GURURUs…
Aqui no Brasil com as políticas de “Lulinha paz e amor” “FHC neo liberal” e “Sarney, paz com nostros Hermanos” e sem uma guerra boa para participar a muitos anos, relaxou totalmente em materia de forças armadas…
Agora do jeito que está as forças armadas só são necessárias para socorrer os desabrigados dos desequilibrios climáticos, o uma operaçãozinha de treinamento anual para mostrar que estão “bala”…

João-Curitiba

Quando a Volkswagen se instalou no Brasil, perto do final da década de 1950, sua linha de produção fazia algumas poucas unidades por dia. Hoje ela está capacitada a produzir qualquer modelo numa cadência de centenas por dia. (Alguém saberia dizer se podem ser mais de mil por dia?)
Embraer a mesma coisa.
Portanto, é preciso maturação. No futuro a Inace poderá construir barcos mais rapidamente. Tudo vai depender da continuidade de uma política de incentivo oficial e da competência dos administradores do estaleiro.

Marcelo Lopes

Agora o outro lado da mowda, 24 mess para fazer um gururu

deve ser um feito .. declarado pelo proprio estaleiro, wnquanto se constroe um LNG em 10 meses n Coreia …..

Não adianta, não é nossa praia mesmo ….

MO

Gabriel

Po é muito bom ver os produtos da nossa industria nacional de defesa
serem reconhecidos no exterior certamente o Brasil poderá tirar
bom proveito do mercado estrageiro os gastos em defesa aumentaram nos ultimos tempos.

Mas por outro lado como Marcelo Lopes disse um ano para entregar
um unico navio patrulha e tempo demais certa vez quando assistia
o famoso Discovery vi os coreanos construirem um super petroleiro
de um projeto ousado nunca foi feito nada antes anteriormente
em miseros 4 meses e meio.

JSilva

Alemaes que criaram o navio??????

Isso dai é um projeto do final dos anos 70, da Vosper Singapura.

Nós seguimos a poderosa marinha de Bangladesh que é a primeira usuaria da classe, onde tem o nome de classe Meghna (2 unidades). Uma se @#%@#%@ em um furacão e nao sei se voltou ao serviço.

Ah. Para aquilo a que são destinados, sao bons navios.

Robson Br

Conheço o irmão dele o Guarujá quando estava em exposição na “Estação das Docas” em dezembro/08 na cidade de Belém PA. Inclusive ele estava sem o canhão da proa. É um barco relativamente pequeno, mas adequado às condições da região. Pena que são poucos. No dia estava também o Bocaina (patrulheiro Feroz). É uma prova que a MB está no caminho certo. A FAB acertou com o “Super Tucano” para patrulhamento aéreo, tanto pela eficácia como pelos custos. Tenho certeza que a MB também está acertando com os NP de 500 toneladas. Além de nossas ameaças serem diferentes de outros… Read more »

Iuri Korolev

Parabéns ao INACE.
Só acredito em um modelo de desenvolvimento da industria militar naval do Brasil baseado em estaleiros privados.
É assim em todos paises bem sucedidos.
A DCNS francesa era toda estatal até 2002 quando descobriram lá um mar de corrupção e a Thales comprou 25%,acho que para ter um controle melhor e evitar negociatas.
Pelo menos é assim que penso

Abs
Iuri

Iuri Korolev

Penso que este nicho de mercado de barcos patrulha é muito bom.
Útil para tempos de paz, tem encomendas sempre e dá para manter o fôlego de produção durante muito tempo, pois as vendas não minguam.
O que a Ibrace precisa, se quiser crescer e ter escala para competir, é ter uma força de vendas internacional.
Pois competência já demonstrou que tem, não só nessa situação como em várias outras.
E além do mais é em Fortaleza, cidade maravilhosa !

Well

Parabéns À industria nacional. Aos poucos vamos saindo da condição de exportadores de comida para exportadores de itens industriais de alto valor agregado. Congratulações à INACE e a todos os teimosos empresarios nacionais que trabalham duro para ter renda a partir de produção e não especulçação

Mauricio R.

Inace??? Aquele estaleiro que fez tão porquinho o serviço, que a MB foi continuar a contruir as “Grajaú” na Alemanha???
Me poupe, politica de incentivo, tecnologia tem de ser comuns ao segmento industrial, como um todo.
Não privilegiando sabe-se lá como e pq, esta ou aquela empresa.

Tikuna

Gabriel,

Não dá para comparar com a Hyundai, nem os estaleiros americanos chegam perto deles, quanto mais o Inace. Esse estaleiro coreano que apareceu na discovery é o único no mundo que consegue essa velocidade de construção.

Sds,

[…] amplia as oportunidades do estaleiro cearense no mercado internacional. … fique por dentro clique aqui. Fonte: […]

[…] “O Brasil tem uma experiência nesse sentido com a Namíbia”, disse, recordando que o seu país “já formou 450 soldados e oficiais da marinha na Namíbia, nas academias brasileiras e inclusive construiu navios de guarda costeira para a Namíbia”. […]

[…] Ceará e começou em 25 de fevereiro de 2005. O navio foi lançado ao mar em 30 de abril de 2008 e entregue à Marinha da Namíbia em 16 de janeiro desse […]