1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Corveta Mista a Hélice

Parnahyba

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1858
Incorporação: 11 de junho de 1859

Baixa: 1868

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 602 ton.
Dimensões: ? m de comprimento, ? m de boca e ? m de calado.
Propulsão: vapor; maquina a vapor de 120 hp, acoplado a um hélice.

Velocidade: máxima de 12 nós.

Raio de Ação: ?
Armamento: 1 canhão Whitworth de 70 calibres, 2 obuseiros de 68 calibres e quatro de de 32 calibre.
Tripulação: ?

 

 

H i s t ó r i c o

 

A Corveta Mista a Hélice Parnahyba, foi o segundo navio a ostentar esse nome(1) na Marinha do Brasil, em homenagem a esse rio do Piauí. Foi construída Augustin Normand, em Le Havre, França. Foi lançada em 1858.

 

1859

 

Chegou ao Rio de Janeiro.

 

1864

 

Em 4 de dezembro, em Divisão com as Corvetas Belmonte, Recife, Parnahyba e as Canhoneiras Araguaya e Ivahy, desembarcou forças brasileiras, que incluíram 100 Imperiais-Marinheiros, 100 soldados do Batalhão Naval e 200 Praças do 1º Batalhão de Infantaria de Linha, mais peças de artilharia. Essas forças sitiaram e iniciaram as tentativas de tomada da Praça Forte de Paysandú. Ainda em dezembro, as tropas brasileiras receberam o reforço de uma Divisão do Exército, sob o comando do Marechal Mena Barreto, mas a posição vantajosa da Praça Forte e as manobras do General (Blanco) João Sá em defesa de seus compatriotas retardaram a vitória brasileira.

 

Em 31 de dezembro, iniciou-se o assalto final a Paysandú.

 

1865

 

Em 2 de janeiro, após 52 horas de combate ininterrupto os defensores de Paysandú, sob a liderança do Coronel Dom Leandro Gomes, entregaram-se às forças brasileiras e orientais, comandadas pelo Almirante Tamandaré e pelo General Dom Venâncio Flores, respectivamente.

 

Em 30 de abril, partiu de Buenos Aires, sob o comando do Capitão-Tenente Aurélio Garcindo Fernandes de Sá, integrando a Esquadra comandada pelo Almirante Barroso, que era composta pela Fragata Amazonas (capitânia), e pelas Corvetas Beberibe, Belmonte e Parnahyba e pelas Canhoneiras Araguary, Mearim, Ipiranga, Iguatemy e Jequitinhonha. A Esquadra subiu o rio Paraná a fim de bloquear efetivamente o inimigo na localidade de Três Bocas.

 

Depois de vencer os paraguaios no combate naval de Corrientes em 10 de junho, a Força Naval Brasileira, fundeou nas proximidades de um pequeno afluente do rio Paraná, chamado Riachuelo.

 

O inimigo também tinha um plano: partindo de Humaitá, na noite do dia 10 de junho, seus navios deveriam graduar a velocidade de modo a atingir a esquadra brasileira, de surpresa, nas primeiras horas da madrugada do dia seguinte. Cada navio deveria abordar um dos navios brasileiros e, se algum deles conseguisse repelir a abordagem, teria sua retirada cortada pelas baterias de foguetes e canhões formadas sobre o canal do Riachuelo. Contudo, uma avaria em um dos navios inimigos permitiu que as duas esquadras se avistassem já às 09:00 horas da manhã do dia 11, o que atrapalhou os planos inimigos. Parte da guarnição brasileira fora à terra em busca de lenha para suprir a escassez de carvão, e o restante descansava, com exceção dos vigias e dos homens de guarda da tolda. Repentinamente o grito - “Navio à proa!”

 

Em 11 de junho, a Esquadra de Barroso travou com o inimigo a Batalha Naval do Riachuelo. Durante a batalha, resistiu a tentativa de abordagem das tripulações de três navios inimigos, Taquari, o Salto e o ex-Marquês de Olinda, sendo mortos em combate 80 homens de sua tripulação, entre eles o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, o Imperial Marinheiro Marcílio Dias, o Capitão do Exército Pedro Afonso Ferreira e o Tenente do Exército Feliciano J. de Andrade Maia. Depois de se livrar dos inimigos ainda conseguiu se juntar a Fragata Amazonas na perseguição do restante da Esquadra inimiga, participando da captura do Salto, que momentos antes tentou o seu apresamento.

 

Participou dos bombardeios contra Curupaiti.

 

A Corveta Parnahyba, fundeada no Rio de Janeiro. (foto: Marc Ferrez)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Aurélio Garcindo Fernandes de Sá __/__/1865 a __/__/186_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.199-200.

 

- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 501, mar. 1985; n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 686, jun. 1999.


(1) Forma sincopada de paranaíba. Em tupi, significa braço corrente no mar.