AUSTRÁLIA

O Seahorse Spirit, quando ainda se chamava British Viking
Foto: Kevin Blair

O Seahorse Spirit com nova pintura e operado pelo Serviço Maritimo de Defesa
Foto: Clyde Dickens

O Seahorse Standard como Balder Cabot

Foto: Arne Sognnes

Seahorse Standard com casco azul

Seahorse Standard com casco vermelho.

Foto: Mike Coombes

Na Austrália existem três navios desse tipo que são usados como navios auxiliares, pelo Serviço Marítimo de Defesa.

Seahorse Spirit e Seahorse Standard

Os dois primeiros, chamados Seahorse Spirit (ex-British Viking, ex-Balder Hudson) e Seahorse Standard (ex-British Magnus, ex-Balder Cabot), são classificados como Tender de Emprego Geral. Foram construídos pelo estaleiro Marystown Shipyard, Marystown, Newfoundland (Canadá) e entraram em serviço comercial em 1980 e 1981, respectivamente. Em 1998 o Serviço Marítimo de Defesa comprou os dois navios da empresa Dramgate Ltd., de Londres (Reino Unido). Em abril de 1998 o Seahorse Spirit, substituiu o HMAS Protector (atual Seahorse Horizon), como navio de apoio a testes de submarinos, em Adelaide, e em dezembro de 1998, o Seahorse Standard foi mandado para a Base HMAS Stirling, na Austrália Ocidental.

Os navios deslocam 3.967 toneladas, e suas dimensões são 72 metros de comprimento, 16.4 metros de boca e 5.2 de calado. A propulsão do navio é a diesel, com dois motores Montreal Locomotive Works-Alco 12V251F V-12, acionando dois eixos com hélices de passo controlável com potencia de 5.480 bhp. Conta também com dois Bow Thrusters (Propulsores Laterais de Proa) e dois Stern Thrusters (Propulsores Laterais de Popa), alcança uma velocidade 12 nós ou 7 nós com um motor e tem um raio de ação de 14.400 quilômetros a 10 nós e uma autonomia de 60 dias. A sua tripulação varia de 8 a 11 homens, mas tem acomodações para 60 homens. O Seahorse Spirit é equipado com um radar de navegação Decca RM-916C e um Furuno FP-2010 ARPA, já o Seahorse Standard, com um Kelvin-Hughes Nucleus 6000A e um 5000R. São equipados com STACON Furuno e ecosondas F-851-S e receptores GPS.

Esses antigos navios de apoio de plataformas possuem casco reforçado para operação no gelo, sistema de posicionamento dinâmico, equipamento de controle de poluição, capacidade de dar suporte a mergulhadores até uma profundidade de 54 metros e contam com tanque de mergulho central. Ambos podem usar o ROV de salvamento Ramora. Não possuem convôo, mas tem um convés de popa com área livre medindo 41 metros de comprimento por 11.5 metros de largura, capaz de realizar operações de Reabastecimento Vertical (Vertrep). Mantiveram a capacidade de carga do tempo de serviço comercial, incluindo 1.180 metros cúbicos de água doce, 600 metros cúbicos de água potável e tanques para cimento com capacidade com capacidade para 12.000 pés cúbicos e podem transferir água e combustível para outros navios a uma razão de 150 toneladas/hora.

Eles podem ser usados no apoio a operações de salvamento submarino, adestramento de reservistas navais, reabastecimento no mar, com o uso de mangotes pela popa, recolhimento de torpedos de exercício, reboque de alvos e transportando uma pequena embarcação para de contraminagem no convés.

Seahorse Horizon

O terceiro navio australiano se chama Seahorse Horizon (ex-Protector (ASR 241); ex-Blue Nabilla; ex-Osprey), e classificado como Navio de Adestramento de Navegação. Foi construído pelo estaleiro Elder-Prince Marine Services, em Fremantle (Austrália) e entrou no serviço comercial em 1984.

Em outubro de 1990, foi adquirido pela Marinha Real da Divisão Vitoriana do Conselho de Proteção Nacional, onde era usado como navio de controle de poluição. Comissionado em março de 1991, como HMAS Protector (ASR 241), ficou baseado em Adelaide desde janeiro de 1996, para dar apoio aos testes dos Submarinos da classe “Collins”. Foi descomissionado em abril de 1998, recebendo o nome Seahorse Horizon e foi transferido para o Serviço Marítimo de Defesa, onde passou a ser usado interinamente como Navio de Treinamento e de Familiarização de Navegação, para os alunos do Colégio Naval HMS Creswell, em Jervis Bay. Quando realizando treinamento, o navio é operado por um comandante e outros oito membros da Marinha Real, a tripulação civil opera o navio quando ele é usado para o apoio ao mergulho ou como embarcação auxiliar de contra-medidas de minas.

O navio desloca 670 toneladas e suas dimensões são 42.7 metros de comprimento, 9.50 metros de boca e 3 metros de calado. A propulsão do navio é a diesel, com dois motores G.M. 12V-92A, acionando dois eixos com hélices de passo controlável. Conta também com Bow e Stern-thrusters de 1360 bhp, alcança uma velocidade de 11.5 nós e tem um raio de ação de 8.450 quilômetros a 9.5 nós e uma autonomia de 14 dias. A tripulação e formada por um oficial e cinco marítimos civis ou nome militares da Marinha Real da Austrália, com acomodações para 31 homens. O Seahorse Horizon é equipado com um radar de navegação Kelvin-Hughes 1007 e um Koden MD 3010, com um Sonar de varredura lateral Klein e outro para evitar obstáculos do tipo Simrad Skipper, receptores GPS Magnavox e Trimble e Inmarsat SATCOM. O navio conta com uma câmara de descompressão para seis mergulhadores e pode transportar no convés ate 3 containers de 20 pés.

Em 1988 o navio teve o casco aumentado em 8 metros e recebeu uma plataforma para helicópteros, que foi removida quatro anos mais tarde.

O Seahorse Horizon como HMAS Protector (ASR 401) Depois de deixar a MArinha Real Australiana passou a ser operado pelo Serviço Maritimo de Defesa.

Foto: Clyde Dickens

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Marcelo R

Olha aí gente… Parece que todas as Marinhas do mundo estão de alguma forma se equipando com melhores e mais novos navios e acompanhando as novas tecnologias no mercado. Esta classe de navios (muito completa para salvamento no Mar)e nao tem nada a ver com o K 11 Felinto Perry que é para salvamento de subs, deveria fazer parte da nossa marinha do Brasil com umas tres unidades posicionadas uma no 5º distrito, Rio Grande , uma no 1º distrito, Rio de Janeiro e a terceira no 3º distrito, Natal RN. Na amazonia e necessario outro tipo de equipamento mais… Read more »

Nunão

Pois é, Marcelo, três unidades tipo “Supply Vessels” eu também acho que cairiam muito bem na MB, complementando os RbAm e substituindo com vantagens as últimas IM.

Almte Doenitz

É uma pena que um assunto tão importante como este tenha gerado tão pouco comentário. Vamos ficar atentos ao que está acontecendo lá fora.

Nunão

Pode crer, Doenitz. Gostei muito dessa bola que o blog levantou. Esses navios multipropósito na minha opinião representariam o que as IM foram nos anos 50 e 60, uma excelente aquisição para a época. E, se bem escolhida a classe, dentre as várias que são produzidas aqui mesmo a partir de projetos já bem manjados lá fora, seriam ótimos navios para os DN nos próximos 30 e tantos anos.

Nimitz

Pois é, navio que não tem canhão nem míssil não dá Ibope, não têm glamour, mas na verdade são tão importantes quanto os outros.

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