Skyhook: uma ideia para transformar qualquer escolta em ‘Porta-Harriers’

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skyhookshipproposal

skyhookexplainedNo esforço para explorar o potencial de vendas do jato STOVL Sea Harrier, que repousava em grande medida na sua capacidade de operar a partir de pequenos navios, de baixo custo, a British Aerospace, no início da década de 1980, propôs a instalação de “ski-jump” em navios mercantes, e o conceito ‘Skyhook’, que permitiria ao Sea Harrier operar no modo VTOL a partir de escoltas, sem qualquer tipo de convoo especial.
O “Skyhook” foi inventado por Heinz Erwin Frick (um piloto de testes da BAe). Frick tinha ficado impressionado com a facilidade com que os Sea Harrier pairavam com grande precisão, independentemente das variações do vento. Ocorreu-lhe que, esta precisão em pairar poderia ser combinada com um guindaste-estabilizado “Skyhook” instalado num navio, para proporcionar os meios de recuperação e lançamento da aeronave, mesmo num navio com convés com grande oscilação. Se o desenho do navio impedia a utilização de uma rampa “ski-jump”, a aeronave poderia decolar e ser reabastecida diretamente do “Skyhook”, embora com carga de combate menor.
A BAe estimava que o desenvolvimento do sistema custaria em torno de US$ 12 milhões, em meados dos anos 1980, mas o MoD não demonstrou muito interesse no conceito e o “Skyhook” acabou não indo adiante.

skyhookinaction

britishnavyskijumpskyhookescortcarrier

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Fábio Max

Uma pessoa entusiasmada com algo é capaz de ter idéias pra lá de estúpidas mesmo… nessa época eles provavelmente não sabiam ainda dos problemas de estabilidade do Harrier na decolagem vertical, que levaram a RN a concluir pela instalação de uma biruta no nariz, visualiável pelo piloto.

E isso aí tem mais cara de pesadelo do que navio de guerra. Uma escolta pouco armada pela necessidade de espaço para armazenar aviões, um guindaste operando carga pesadíssima em alto mar, o desequilibrio que isso pode causar na embarcação, etc…

Cinquini

Coisa de inglês né? rsss 😀

Jacubão

Acho queo cara que inventou isso, deveria procurar um psiquiatra.

Rodrigo Cesarini

Coisa de inglês né? Mesmo por que eles não entendem nada de porta-aviões. 😉

Abraços

Nunão

Hehehe, nunca tinha ouvido falar dessa traquitana, mas até que é bem bolada… Se ia funcionar com mar agitado e lufadas de vento “surpresa” no través, já é outra história. Será que já tem projetista doido pensando em algo do gênero para os F-35?… Agora, em relação à ilustração principal, a outra mais embaixo que mostra uma variação com ski-jump e uma pequena pista para corrida de decolagem, mesmo ainda parecendo algo um tanto alucinante, parece ser um pouco mais viável e flexível. Mas o peso acima da linha d’água deve ser um problema e tanto, ainda mais num navio… Read more »

Jacubão

Agora imaginem durante um engajamento com múltiplas ameaças, o piloto do HARRIER está praticamente sem combustível e pedindo para pousar em emergência, e o navio está em manobras táticas para se livrar de mísseis, torpedos, navios e aeronaves, o que o piloto do HARRIER iria fazer????
Acionar o assento ejetável e tentar se salvar no mar, e se fôr gelado, F…

KURITA

Na minha opinião é o unico avião capaz de abater um f-22, pois basta pairar , esperar o f22 passar e disparar

Bosco

Pior que isso é um sistema desenvolvido para rearmar um caça em vôo que vi no site da “Segurança e Defesa” se não me engano.
Os dois projetos devem ter vindo da mesma empresa, as Organizações TABAJARA.

Nunão

Verdade… Bosco, não seria viável juntar as duas idéias e desenvolver a dupla “Harrier lanceitor e rearmeitor Tabajara”?

The Captain

Vocês são uns pândegos…

Bosco

Nunão,
rsrsrss…
Só de curiosidade, você viu um esquema do dispositivo de rearmar em vôo? Se não eu vou dar um jeito de achar e mandar o endereço da geringonça.

Mauro,
o Galante vai brigar com você. rsrs….

Bosco

Agora, mudando de pato pra ganso mas falando da mesma coisa. O sistema de recuperação de aeronaves dos NAe “convencionais” também é um geringonça. Esse negócio de pousar e parar e ter que acertar os cabos é uma coisa meio esquisita. Os sistemas de lançamento por catapultas ou por rampas vá lá, mas o sistema de recuperação é um troço de doido. No meu modo de ver o sistema mais adequado é o de lançar aeronaves por rampas sky jumps (ou catapultas) e recuperá-las por VTOL como no futuro NAe inglês. Até os americanos pensaram nisso quando quase escolheram para… Read more »

callia

Calma gente , vcs estão pensando em multiplas ameaças , e se o navio estivesse implesmente jogando?

Antonio

Vendo essas ilustrações do Skyhook me dá uma saudade enorme da minha coleção de Tecnologia & Defesa dos anos 80 …

Dalton

Antonio…

Bem lembrado. Numa epoca em que nao havia Internet, estas revistas valiam seu peso em ouro. Ainda tenho diversos exemplares desta epoca e lamento ter vendido algumas.

Outra revista que fez muito sucesso, nos anos 70, chamava-se VRUMMMM, isto mesmo…VRUMMMM. Nao tenho mais nenhum exemplar e já cansei de procurar em sebos.

abraços

Bosco

Dalton e Antonio, esse sistema Skyhook foi descrito em detalhes em um livro sobre o Harrier que fazia parte de uma coleção de livros capa dura ilustrado em português que saiu na década de 80 sobre aeronaves militares. Tinha um livro sobre os mais importantes aviões da época, como o Harrier, F-16, F-15, F-18, F-14, A-10, Tornado, AH-64, etc. Eu tinha toda a coleção pra variar, assim como todas as TeD, SeD, coleção de fitas de vídeo, revista aviões de combate, aqueles livrinhos pequenos tamanho de bolso, etc, etc, etc…. Eu também era fissurado em livros capa dura ilustrados estrangeiros… Read more »

Marcelo Ostra

Bosco

O Ostrinha tem este livro, quer que veja algo especifico lá ?

MO

Bosco

Pede pro Ostrinha o nome da editora.
Manda um abraço pra ele.

Marcelo Ostra

Bosco

O lvro tem o Titulo “Aviões de Comate – Harrier”

Ed Nova Cultural – 1987

Titulo Original: Harrier – Bill Guston – 1984 – Salamander Books Ltd., London

Sobre o Skyhook, esta especificamente nas pag 60/61

( )´s
MO

Nunão

Bosco, se quiser esse livro ainda é figura razoavelmente fácil nos sebos de São Paulo (pode tentar na internet).

Mas corra. Como já avisei outra vez, este blog tem uns bons milharers de visitantes diários…

Sobre o rearmamento em voo que apareceu na Seg&Def, eu vi sim… e não botei fé não!

Bosco

Ostra, Ostrinha e Nunão,
Valeu!
Um abraço meu caros!

Marcos T.

Derrepente em algum navío de Portugal.