Nota oficial do MD: visita a Israel e perspectivas de parceria italiana para a MB
Viagem a Israel reabriu buscas por parcerias em defesa em 2010
Brasília, 01/02/2010- A viagem de uma semana a Israel, encerrada na sexta-feira (29/01) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, reiniciou, em 2010, o trabalho de prospecção de parcerias na área de defesa, especialmente com transferência de tecnologia. Na viagem, Jobim encontrou-se com as principais autoridades do país: o presidente, Shimon Peres; o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu; o ministro da Defesa, Ehud Barak; e o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Liebermann, entre outros.
Jobim também visitou importantes indústrias de defesa daquele país, como a Israel Aerospace Industries (IAI), a Rafael, e a Elbit, essa última parceira da Aeroeletrônica, instalada no Rio Grande do Sul e fornecedora da aviônica na modernização de aviões militares brasileiros feita pela Embraer.
“Quando o presidente Peres esteve no Brasil, ele nos procurou, queria conversar com a gente e fez o convite. Nós temos muitos interesses na área da defesa. Inclusive tem uma empresa israelense, a Elbit, instalada em Porto Alegre, que trabalha na modernização e digitalização do F-5, está mexendo com os aviões Bandeirantes e vai mexer também com A-1”, explicou Jobim em entrevista a correspondentes brasileiros em Israel. Ele informou que, em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá visitar o país.
Segundo Jobim, a intenção da visita foi mostrar a disposição do Brasil em buscar acordos de cooperação em defesa. “Agora, sempre com a observação de que o Brasil não é comprador de instrumentos de defesa, o Brasil aceita que, em qualquer tipo de transação, sempre esteja embutida a transferência de tecnologia, a capacitação nacional”, apontou.
O ministro informou que, entre as tecnologias de interesse em Israel, estava a dos Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), que é uma das prioridades previstas na Estratégia Nacional de Defesa. Mas ressaltou que não se previa nenhuma ação comercial. “O problema dos Vants está vinculado à nossa estratégia, na fronteira da Amazônia, que é a melhor forma de monitorar a Amazônia, já que é impossível você ter acesso a toda a fronteira, e também o uso de Vants para o monitoramento da zona do pré-sal, que é também outra área crítica”.
Jobim também participou do Seminário sobre Segurança Pública para os Jogos Olímpicos, que teve participação de diversos secretários de segurança pública brasileiros. “É importante que os secretários venham conhecer. Isso tudo é preparação para a Copa e para a Olimpíada. Nós temos que correr contra o tempo e isso nós sabemos bem”.
As próximas conversações de Jobim, com o objetivo de prospectar parcerias em defesa, devem ser com o governo italiano. O país é um dos principais candidatos a fornecer a tecnologia para a construção de novos navios da Marinha brasileira.
No ano passado, Jobim visitou estaleiros e bases militares italianas, para conhecer de perto os equipamentos daquele país. Um resultado mais imediato dessa aproximação foi a decisão do governo italiano de oferecer um porta-aviões para uma ação conjunta com o Brasil no socorro médico aos haitianos, vitimados por um forte terremoto em janeiro.
REFORÇO À DIPLOMACIA
Em 2009, a atuação do Ministério da Defesa na área internacional foi intensa, com a participação do ministro Nelson Jobim em 27 viagens internacionais, seja como participante de comitivas governamentais, com o presidente da República ou outros ministros, seja em missões individuais da Defesa. Além da França, com quem o Brasil tem acordo estratégico na área de Defesa, e contratos para construção, no Brasil, de submarinos e de helicópteros, houve visita também à África do Sul, com quem o Brasil desenvolve conjuntamente um míssil. O ministro também conheceu a indústria de Defesa da Ucrânia, em dezembro passado.
Outros dois temas também mobilizaram os esforços internacionais do Ministério da Defesa: a consolidação do Conselho de Defesa Sul-Americano e as conversações com países da África em busca de uma ação conjunta nos fóruns internacionais com o objetivo de atuar na definição de normas de exploração mineral nas águas internacionais do Atlântico Sul.
Eis a relação de viagens internacionais do ministro Jobim em 2009:
DATA / PAÍS
- Fevereiro Antártica
- Março Chile
- Março São Tomé e Príncipe
- Março África do Sul/ Pretória
- Março Moçambique/ Maputo
- Março Guiné Bissau
- Abril Trinidad e Tobago
- Abril Argentina
- Abril Bolívia
- Abril Haiti
- Maio EUA-Washington
- Maio EUA- Nova York
- Maio Cabo Verde
- Maio Angola
- Maio Congo
- Maio/Junho Namíbia
- Junho França – Paris
- Junho Espanha
- Junho Portugal
- Julho França
- Agosto Equador
- Agosto Colômbia
- Agosto Argentina
- Setembro Equador
- Outubro Argentina
- Outubro Itália
- Outubro Espanha
- Outubro Eslovênia
- Novembro Bélgica
- Novembro China
- Novembro Canadá
- Novembro Equador
- Dezembro Ucrânia
- Dezembro Peru
FONTE: Ministério da Defesa (o título e os destaques em bold, no texto, são do Blog. O subtítulo é o título original da nota do MD)
né que o cara ta se movimentando
Que venham as FREMM italianas, realmente multi-propósito, com capacidade de ataque terrestre! Chega de comprar equipamento francês apenas!
E, por favor por favor por favor, dois Cavours pra substituir o São Paulo! 🙂
Será que o Sr Jobim ira cumprir todas estas visitas,eleição chegando,a amizade dele com o Serra,vamos ver.
Será que o Jobin está de olho nas “Cavour”, nas “Andrea Doria” e FREMM Italianas?
Esse é um tanto quanto sem nexo, senão vejamos: O Presidente Lula recentemente recebeu o seu homólogo iraniano. O Presidente iraniano ficou famoso por ter roubado as últimas eleições, fechado jornais, intimidado e encarcerado seus opositores, ter reprimido de forma violenta as manifestações pela democracia. E o fez de forma truculenta, ou seja, na base da bala. Tudo isso sem falar que, segundo o próprio, no dia que o Irã possuir armas nucleares, ele irá mandar pulverizar Israel. Nunca é tarde lembrar uma pérola famosa do Almadinejah, ao dizer que na República Islâmica do Irã não há homossexuais. É, realmente… Read more »
Há OPVs italianos mto mais modernos que os franceses!!!
Israel e Itália são dois paises que possuem soluções muito interessantes para as Forças Armadas, tendo um pensamento muito mais aberto quanto ao estabelecimento de parcerias, joint ventures ou sociedades, conforme exemplos de sucesso com o Brasil. Vejo o estreitamento das relações no plano geral, mas também no desenvolvimento de soluções militares, como muito interessante para o Brasil, mas também para estas duas democracias, que, como qualquer outro país no mundo, devem procurar parceiros sérios e confiáveis para diluir o custo do desenvolvimento de material de defesa. O caso do Cavour, o porta-aviões italiano em missão hoje no Haiti com… Read more »
Maurício R,
Os OPVs são realmente muito interessantes, e extremamente necessários para a MB.
Ivan.
Não vi nehuma Inglaterra, Alemanha ou Russia, que são produtores de tecnologia e defesa em compensaçâo nosso super desnevolvidos vizinhos é o que não falta, cada coisa!!!
abs
Quando foi publicado que o Cavour ia passar pelo Brasil para pegar alguns militares (e helis) cheguei a comentar que isto me cheirava um MKT deles… Tomara que a coisa vá para frente..
[]
Duas plataformas com o deslocamento do Cavour é muito mais interessante para a MB do que uma só unidade de 40 mil toneladas. Vejam só a Ingaterra:vai ter que operar um de seus novos porta-aviões como porta-helicópteros de assaalto por causa dos custos probitivos de seu grupo aéreo com F-35.
O Cavour se impõe principalmente por ser uma plataforma multipropósito (capaz de conduzir operações aéreas de diversos tipos) como está especificado na END.
Uma pergunta aos Expertos: O Rafale seria capaz de ser lançado pelo “Sky Jump” do Cavours?
Acho que é esse mesmo o nome, salvo engano. “Sky Jump”
Cordialmente.
Mineiro, Mais correto é Ski Jump, e tecnicamente nesse caso o avião não é lançado, ele decola por seus próprios meios (ajudado é claro pelo vento relativo sobre o convoo, com a belonave em velocidade, e pelo ski jump ao final da corrida de decolagem). A princípio, creio que o comprimento do convoo do Cavour permitiria a decolagem do Rafale, a se acreditar no que a Dassault já afirmou sobre possibilidades da aeronave decolar de convoos do tipo. Mas não se deve esquecer que o peso máximo de decolagem de um caça “convencional” que possa decolar de um convoo com… Read more »
Acredito que nossa aproximação com Israel algo muito importante, essencial para a nossa capacitação. E lembro que Israel além de desenvolvedor de equipamentos de defesa, é também um grande comprador.
[]s
Marujo… há muita especulação sobre os futuros porta-avioes britanicos, mas a principio, como um dos dois sempre estará passando por manutenção, não haverá como um deles operar como “porta-helicopteros de assalto” deixando a Royal Navy sem nenhum porta-avioes…aliás, o mesmo acontece hoje em dia, com o Ark Royal e o Illustrious revezando-se como nau capitanea. Da mesma forma como a marinha americana tem atualmente 11 porta-avioes mas apenas 10 alas aereas, já que um porta-avioes sempre encontra-se passando por manutenção prolongada e reabastecimento (RCOH) não há necessidade dos britanicos terem duas alas aereas completas, bastará uma para servir o CV… Read more »
Vou duplicar o comentário no nosso colega”ALMEIDA”
Que venham as FREMM italianas, realmente multi-propósito, com capacidade de ataque terrestre! Chega de comprar equipamento francês apenas!
E, por favor por favor por favor, dois Cavours pra substituir o São Paulo!
Abraço hehehe
E a MB que sempre esteve na rabeira, está tomando a dianteira. É que o “””copac”” dela é diferente.
A FAB e a MB parecem muito com aquela estória da lebre e a tartaruga.
Bom…já deu para perceber quem é a lebre e quem é a tartaruga….todos conhecem o final…..
Nunão Obrigado pelas explicações. Sendo assim acho então um pouco temerário o Brasil adquirir um navio assim, pois acredito que esse tipo de embarcação deve ser utilizaddo em rezão das aeronaves que opera. E como está quase certo que o brasil adquirirá o Rafale, fica aí a indagação. Pra que comprar se não poderemos operar o nosso caça nele. Faço mensão ao Rafale Naval, que provavelmente virá.
Cordialmente.