O site MercoPress repercutiu as notícias da mídia brasileira sobre a futura aquisição de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil.

Foi dito que o negócio pode atingir a cifra de £ 2,9 bilhões, o que incluiria a compra  de seis navios patrulha (que custariam entre £ 60 a £ 80 milhões cada) e de 5 a 6 fragatas Type 26, ao custo de £ 300 a £ 400 milhões cada.

O Defensenews também anunciou que o Reino Unido está negociando com o Canadá a entrada deste país no programa de desenvolvimento do Global Combat Ship (Type 26 na Royal Navy), navio que deverá substituir as fragatas Type 23.

A Type 26 estaria para o Type 45, assim como a FREMM está para a “Horizon”. Serão navios menores e mais baratos, utilizando boa parte das tecnologias usadas nos navios maiores.

Uma fonte disse ao Poder Naval que a Marinha do Brasil trabalhava pelo fechamento da compra dos navios com os italianos. Mas a decisão do Brasil de manter o ex-ativista italiano Cesare Battisti no país, pode favorecer os britânicos.

Além disso, a oportunidade do Brasil de participar do projeto do Global Combat Ship é um grande diferencial, ainda mais com a possibilidade de diluir os custos de desenvolvimento com outros países. Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Turquia também estão interessadas no projeto da Type 26.

Por outro lado, as FREMM parecem não atender à todas as especificações brasileiras. Por serem navios otimizados para operação silenciosa, não atingem velocidades tão altas, necessárias para acompanhar um grupo nucleado em Navio-Aeródromo.

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Luiz Padilha

Poder participar deste projeto e ter o navio adequado as suas necessidades, para mim seria um gol de placa neste processo. O grande óbice é o tempo necessário para que este projeto seja finalizado e iniciada a construção dos meios.
Neste caso temos um Gap que a MB não tem como suportar, pois seus escoltas, por mais revitalizações que sofram, sofrem do grave problema de “idade avançada”.
Para suprir este Gap, a MB poderia receber alguns T-23 por Comodato ou algo semelhante?
Quem sabe?
Vamos aguardar e ver o que os bastidores irão nos mostrar.

Observador

Caro Luiz Padilha:

Nem fale isto. Tem gente aqui que não pode ouvir falar em velharia.

Do jeito que a coisa anda feia (corte de despesas, pixotada com a Itália pela permanência do Cesare Battisti, indefinição e interferências políticas),se viessem pelo menos as Type-23 já seria de bom tamanho.

É capaz de outro país ser mais rápido e levar as T-23. E a nossa pobre MB vai ficar “a ver navios”. Dos outros. Literalmente.

Observador

Caro Luiz Padilha:

Nem fale isto. Tem gente aqui que não pode ouvir falar em “velharia”. Para mim seria ótimo. O lixo de uns é o luxo de outros.

E, do jeito que a coisa anda feia (corte de despesas, pixotada com a Itália pela permanência do Cesare Battisti, indefinição e interferências políticas), se viessem pelo menos as Type-23 já seria de bom tamanho.

É capaz de outro país ser mais rápido e levar as T-23. E a nossa pobre MB vai ficar “a ver navios”. Dos outros. Literalmente.

MO

o tal çaite só esqueceu de mencionar a tal data …. 2.234 dc

pq quem deveria estar interessado nisto sta totalmente desinteressado, oa dona Governo …

daltonl

Voces não estariam referindo-se às T-22 que darão baixa ainda este ano ou ano que vem ?? Quanto as T-23, as primeiras já estão passando por uma modernização que as permitirá operar eficientemente até 2020s quando alcançarão 30 anos de vida e as últimas nem serão modernizadas. Achei curioso o último paragrafo sobre as FREMM não serem adequadas para escoltar um NAe pela “baixa velocidade”, uns 27 nós? Sei que em alguns casos a velocidade é essencial, e deve ser uma bela visão um NAe e seus escoltas navegando, obviamente em mar calmo, a 30 nós, mas será que haverão… Read more »

Bronco

Também achei que o Padilha se referia às Type 22 Batch III, afinal elas tiveram seu descomissionamento antecipado e deverão ser retiradas de serviço até 2018/2020.

Dada a obsolescência geral da esquadra, não sei até que ponto a MB poderá rejeitar qualquer oferta que seja de navios de segunda mão.

O que parece certo, apenas, é que as Niterói poderão ter sua vida útil extendida em pelo menos 10 anos em relação ao prazo (já longo) definido no ModFrag.

Mauricio R.

Não adianta comprar navios ou aviões ou blindados usados, sem se adquir os meios p/ mante-los funcionando de acordo. Adquirir 4 fragatas usadas, separar uma delas p/ o desmanche e reaproveitar aquilo que puder ser recuperado na manutenção das outras 3, não é adequado. Vc está lidando c/ materiais desgastados, cuja integridade é no minímo duvidosa, o que acarretará em mais e mais gastos c/ manutenção ou em algum acidente grave ou nos 2 combinados. A MB necessita deixar de construir essas “Macaé”; avaliar a possibilidade de converter as corvetas classe “Inhaúma”, em navios-patrulha c/ armamentos/sensores reduzidos e sem a… Read more »

daltonl

Bronco… as T-22 serão descomissionadas ainda este ano e não mais em 2017, e apesar de haver especulação sobre as T-23, acho que os britanicos não venderiam 4 T-23s agora, mesmo que fossem ideais para nós, justamente pela baixa das T-22s. Quanto a velocidade ser imperial para a MB participar de exercicios com a US Navy, realmente, alguns exercicios devem exigir mais velocidade, talvez exercicios onde envolvam NAes americanos que são muito velozes e manter uma alta velocidade é uma garantia contra submarinos convencionais por exemplo. A FREMM é mais compativel com o CDG que tem sua velocidade máxima estimada… Read more »

daltonl

Bronco… as T-22 serão descomissionadas ainda este ano e não mais em 2017, e apesar de haver especulação sobre as T-23, acho que os britanicos não venderiam 4 T-23s agora, mesmo que fossem ideais para nós, justamente pela baixa das T-22s. Quanto a velocidade ser imperial para a MB participar de exercicios com a US Navy, realmente, alguns exercicios devem exigir mais velocidade, talvez exercicios onde envolvam NAes americanos que são muito velozes e manter uma alta velocidade é uma garantia contra submarinos convencionais por exemplo. A FREMM é mais compativel com o CDG que tem sua velocidade máxima estimada… Read more »

Bronco

Dalton,

O último cronograma que vi dava conta de que os descomissionamentos começariam em 2014, uma por ano, até 2018.

Mas agora, alertado por você, entrei no site da Royal Navy e a primeira a dar baixa será a HMS Chatham. E a cerimônia ocorrerá amanhã, dia 08.

É uma pena, são belíssimos (e letais) navios.

joseboscojr

Se a Marinha do Brasil adotar esses navios com certeza estaremos dando um salto qualitativo. Parece que o projeto incorpora uma redução do RCS, além de lançadores verticais, radar 3D e o que parece ser um compartimento para um sonar rebocável. Provavelmente os mísseis seriam os Aster 15 (Sistema SAAM) o que também será inédito no Brasil, por adotar pela primeira vez um míssil sup-ar com orientação por radar ativo, data-link, TVC e com alcance o dobro do atual sistema Albatroz. No esboço a única coisa que não gostei foi o CIWS de popa, descentralizado. Bem que poderia ficar centralizado… Read more »

daltonl

Oi Bosco… o ideal mesmo seria ter 2 CIWS do lado do hangar e não em cima, algo semelhante aos canhoes de 40 mm instalados nas corvetas Inhauma. Muitas classes de navio não tem espaço para instalar mais de um CIWS, e normalmente não há dinheiro sobrando para instalar o ideal que seriam 4 , então resta o teto do hangar, mas estando em cima do hangar, o convoo e alguma aeronave lá estacionada poderia sofrer com fragmentos, então se é possivel evitar atirar sobre o convoo, melhor, devendo o navio manobrar para poder conteirar o CIWS. No caso especifico… Read more »

Bronco

Eu concordo que o ideal seria haver pelo menos dois CIWS na popa. Mas acredito que o projeto no navio pressupõe que existam medidas ativas e passivas de defesa. No caso das passivas, estão os jammers, chaff e flares, dependendo do tipo de ameaça. A característica stealth do navio é outro exemplo de medida defensiva passiva. Já no caso das ativas, estão os mísseis de longo alcance, de curto alcance, canhões de 57/40 mm e canhões de 30/20 mm de alta cadência de tiro. Ou todas essas armas em conjunto, formando uma defesa ativa em forma de camadas ao redor… Read more »

joseboscojr

Dalton, Seguindo sua informação, para o T-26 o ideal bem que pode ser 3 CIWS e não 4 (em termos financeiros), já que o CIWS de proa cobre o arco de proa e ainda os arcos de bombordo e boreste, e haveriam 2 CIWS de cada lado do hangar, cobrindo redundantemente o arco de popa e provendo uma sobrecobertura para cada lado , combinado com o CIWS de proa. Com a configuração descentralizada de um CIWS de proa centralizado e um CIWS em um dos lados do hangar, fica apenas um pequeno cone de “sombra” por bombordo oculto pelo hangar… Read more »

joseboscojr

O que poderia resolver o “problema” de se ter uma zona cega, não coberta pelo sistema CIWS, seria o uso de mísseis de defesa de ponto como o RAM, ao invés de um canhão.
O RAM lançado no modo LOAL (travamento após o lançamento) pode manobrar para cobrir alvos que venham pela “zona cega” contornando as estruturas do navio e se posicionando de modo a colocar o alvo no seu campo de visão, e travar seu seeker IR-RF na ameaça.