Encomendado o terceiro submarino nuclear francês da classe Barracuda

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Corte seccional do submarino nuclear de ataque Barracuda

No início do mês, o grupo DCNS informou que a agência francesa para compras de defesa (DGA) encomendou o terceiro submarino de ataque de propulsão nuclear da classe Barracuda, destinado àMarinha Francesa.

A encomenda faz parte do contrato concedido ao grupo em dezembro de 2006, compreendendo um total de seis submarinos nucleares de nova geração, a serem entregues entre 2017 e 2028. A classe Barracuda deverá substituir os seis submarinos nucleares de ataque da classe Rubis (foto abaixo), atualmente em serviço. Entre os armamentos que equiparão a nova classe, estão os torpedos pesados F21, de nova geração, mísseis antinavio SM39 e mísseis de cruzeiro do tipo MdCN.  Os novos submarinos deverão estar totalmente equipados para missões com forças navais da OTAN e para operações especiais.

Os dois primeiros submarinos da classe, o Suffren e o Du Guay-Trouin, estão atualmente em construção no estaleiro do grupo DCNS, em Cherbourg (França), com o apoio de unidades do grupo espalhadas pelo mundo.

FONTE / IMAGENS: DCNS

NOTA DO EDITOR: o nome do segundo submarino da classe Barracuda, Du Guay-Trouin, já foi dado a diversas belonaves francesas ao longo da história. Ele foi um comandante e corsário francês (no século XVIII, ambas as funções normalmente se sobrepunham) que, em 1711, comandou uma esquadra que realizou uma espetacular entrada na Baía de Guanabara, ocupando a cidade do Rio de Janeiro, numa expedição punitiva após saber-se da derrota da expedição de Du Clerc, realizada no ano anterior. A serviço do Rei da França, Du Guay-Trouin chegou a Comandante-Geral da Armada e Comendador da Ordem Real e Militar de São Luís.

A história da bem-sucedida invasão francesa ao Rio de Janeiro comandada por Du Guay Trouin pode ser lida em dois livros que recomendamos: “O Corsário: uma invasão francesa no Rio de Janeiro”, traz as memórias escritas pelo próprio Du Guay-Trouin em 1740, e publicadas em português em 2002 pela Editora Bom Texto. Outra obra tida como “clássica” sobre essa e outras expedições francesas é a de Augusto Tasso Fragoso, “Os Franceses no Rio de Janeiro”, publicada em 2004 pela Bibliex (as primeiras edições, também da Biblioteca do Exército, são de 1950 e 1965).

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oficial.endel

é…eles compram,esbanjam…..e nós BABAMOS!

Mauricio R.

Se desenvolvessemos nossa própria tecnologia, deixaríamos de babar pela deles.
Que aliás não é assim nenhuma “brastemp”.

oficial.endel

mais eu keria uma “consul” dessa em casa..rs

edcreek

Olá,

oficial.endel não liga não o Mauricio R. reclama de tudo que é Frances até do pão, kkkkk.

A roda gira e os Franceses seguem suas programações navais como as do ar no caso do Rafale.

Com esses submarinos e o desenvolvimento do Scalp naval, o poder de fogo e alcançe Françes terá um salto muito importante.

Abraços,

daltonl

Comparando com os “Virginias” americanos que são maiores, e que não necessitam de reabastecimento durante 30 anos ou mais, os futuros submarinos franceses precisarão ser reabastecidos a cada 10 anos,o que significa que quando o último dos 6 for comissionado, o primeiro já estará necessitando de combustivel. O lado bom é que os futuros “barracudas” utilizarão “combustivel” de usinas civis francesas o que irá baratear muito a operação. Também a capacidade de armas será bem menor quando comparado aos modelos americanos, já que o VLS não foi incorporado como se planejava no inicio; um máximo de 20 armas, contra 36… Read more »

Guilherme Poggio

Pelo menos o projeto deles conta com financiamento garantido.

Existe um cliente externo que garante a continuidade do programa deles.

Alex

O importante é não perder a doutrina da construção avançada e a continuidade da pesquisa em novas tecnologias. Como dito acima, queria uma “consul” dessas por aqui. Tem brasileiro que sequer tem um fiat e fica dizendo que queria uma ferrari. Santa mediocridade! É aquela estória, não tem arroz com feijão bem temperadinho, mas só quer comer filé. Quando a intromissão política daqui, parar de se entrometer nas instituições que deveriam ser independentes, aí as coisas vão andar. Porque a herança do coronelismo imperial, vive e está bem vivo por aqui até hoje. Isso é a nossa desgraça!